Poema de Albert Camus

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They had thought with some reason that there is no more dreadful punishment then futile and hopeless labor.

Não há somente a desgraça de não ser amado;
há a infelicidade de não amar.
Morremos todos desta desgraça!

Os intelectuais fazem a teoria, as massas a economia. Finalmente, os intelectuais utilizam as massas e através deles a teoria utiliza a economia.
Por isso é-lhes necessário manter o estado de sítio e a servidão econômica - para que as massas continuem a ser massas manobráveis.
É bem certo que a economia constitui a matéria da história. As ideias contentam-se com conduzi-la.
Camus (teoria e prática)

Existe apenas um único problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida significa responder à questão fundamental da filosofia.

Não há grandes dores, nem grandes arrependimentos, nem grandes recordações. Tudo se esquece, até mesmo os grandes amores. É o que há de triste e ao mesmo tempo de exaltante na vida. Há apenas uma certa maneira de ver as coisas, e ela surge de vez em quando. É por isso que, apesar de tudo, é bom ter tido um grande amor, uma paixão infeliz na vida. Isso constitui pelo menos um álibi para os desesperos sem razão que se apoderam de nós.

E nunca me senti tão profundo e ao mesmo tempo, tão alheio de mim e tão presente no mundo.

Eu costumava anunciar a minha lealdade e não acredito que haja uma única pessoa que amei e não tenha, eventualmente, traído.

Compreendi que não bastava denunciar a injustiça. Era preciso dar a vida para combatê-la.

Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida é responder uma questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vem depois. Trata-se de jogos; é preciso primeiro responder. E se é verdade, como quer Nietzsche, que um filósofo, para ser estimado, deve pregar com o seu exemplo, percebe-se a importância dessa reposta, porque ela vai anteceder o gesto definitivo. São evidências sensíveis ao coração, mas é preciso ir mais fundo até torná-las claras para o espírito. Se eu me pergunto por que julgo que tal questão é mais premente que tal outra, respondo que é pelas ações a que ela se compromete. Nunca vi ninguém morrer por causa do argumento ontológico. Galileu, que sustentava uma verdade científica importante, abjurou dela com a maior tranqüilidade assim que viu sua vida em perigo. Em certo sentido, fez bem. Essa verdade não valia o risco da fogueira. Qual deles, a Terra ou o Sol gira em redor do outro, é-nos profundamente indiferente.

Para um homem que não trapaceia, o que ele acredita ser verdadeiro deve determinar sua ação.

Eu não creio na sua ressurreição, mas não ocultarei a emoção que sinto diante de Cristo e dos seus ensinamentos. Perante Ele e a sua história não experimento senão respeito e reverência.

Um intelectual? Sim. E nunca nego. Um intelectual é alguém cuja mente vigia a si mesma. Eu gosto disso, porque sou feliz por ser duas metades, o observador e o observado. "Poderão elas ser unidas?" Esta é uma questão prática. Devemos começar logo. "Eu desprezo a inteligência" na verdade significa: "Eu não posso suportar minhas dúvidas".

Todas as grandes ações e todos os grandes pensamentos têm um começo ridículo.

Um homem é mais homem pelas coisas que silencia do que pelas coisas que diz. Vou silenciar muitas. Sabendo que não há causas vitoriosas, gosto das causas perdidas: elas exigem uma alma inteira, tanto na derrota quanto nas vitórias passageiras. Criar é viver duas vezes... Todos tentam imitar, repetir e recriar sua própria realidade. Sempre acabamos adquirindo o rosto das nossas verdades.

Uma imprensa livre pode, é claro, ser boa ou ruim, mas, certamente sem liberdade, a imprensa sempre será ruim.

Eu amo a vida, eis a minha verdadeira fraqueza. Amo-a tanto, que não tenho nenhuma imaginação para o que não for vida.

"Marx foi o único que compreendeu que uma religião que não invoca a transcendência deveria ser chamada de política. . .".

"Um homem se julga sempre pelo equilíbrio que obtém entre as necessidades de seu corpo e as exigências de seu espírito".

O essencial, portanto, não é remontar às origens das coisas, mas, sendo o mundo o que é, saber como conduzir-se nele.

Imaginar que os outros eram ainda menos livres que eles. "Há sempre quem seja mais prisioneiro que eu" era a frase que resumia a então única esperança possível.