Poema água
Nordeste sim!
O nordeste é uma poesia
que encanta muita gente
do sol forte que irradia
a água fria da nascente
parece ter uma magia
aos que vem passar um dia
e quer ficar eternamente.
Dizem que no início tudo são flores
Então... não deixe muchas flores do início troque a água todos os dias
E floresça em uma Felicidade Plena
Á flor
Foi como uma flor murcha tentando sobreviver á seca
Depois de tanto tempo sem água
Vem uma nuvem e te cobre com o sereno
Avisando que algo pode mudar.
Quem sabe florescer, e no campo reviver, ou então morrer?
Pobre flor, não sabe ela que a água
não revive metade das tuas raízes
Tão poucas eram as gotas que se atreviam a toca-la
Sua sede era tão intensa, acabou economizando as gotas
Mas os dias de poucas chuvas passaram, a seca voltou
e a flor novamente sem sua água ficou.
Pobre flor está morrendo aos poucos, tão desconsolada
e caída ela está, que nem o outono resolveu esperar
para suas pétalas secar e o vento levar
Quem sabe para o encontro do mar.
Upêndica Poesia
P'RA QUE
P'ra que chorar o passado,
se essas lagrimas amanhã...
Não terá sal, não terá água
não terá nada! Nada, nada.
Antonio Montes
Alguns são como água, outros como fogo
Uns são a melodia e outros são o ritmo
Cedo ou tarde todos terão virado poeira
Porque não continuam jovens.
É tão difícil ficar velho sem um propósito
Eu não quero ser sacrificado como um cavalo inútil
A juventude é como um diamante ao sol
E os diamantes são eternos. As pessoas são lapidas como tal pedra preciosa e quando estão prontas já estão perto de envelhecer e isso é cruel, mas é o jogo da vida.
Eu queria ser jovem para sempre , mas isso também não teria graça, pois eu teria que ver todos as pessoas que amo morrerem e eu ficaria aqui sozinho. Isso não seria justo seria só vantagem para mim, e não é certo viver só obtendo vantagens só para si.
Sei que Deus fez tudo perfeitamente. Nada é eterno, tudo um dia acaba, e esse é o jogo da vida. Nesse jogo podemos ganhar ensinar, aprender todas as lições, se deixar lapidar e com certeza ter a coragem de dizer eu estou pronto para envelhecer...
Chuva na bica!
A seca aqui é traiçoeira
no sertão tem mais calor
falta água na torneira
ligada só sai vapor
a chuva quando ela queira
caia em cima da biqueira
e abasteça meu tambor.
"O homem que toma água salgada e se espalha, a água doce é loucura; e um tolo é o homem que descansa sobre o formigueiro e se espalha deitado na cama; A Grande confiança deixa o homem aos portões da prisão."
Wagne Calixto ✍️📖
Respiração:vento
Cabelo:folhas
Pés:raiz
Ovulo:terra
Espematozoide:semente
água : sangue
somos a imagem e semelhança do planeta terra
Meus olhos podem ver uma gotícula de água se formar.
Meus olhos podem ver um vazio em seu olhar.
Meus olhos podem ver o bater de asa de um beija-flor.
Meus olhos podem ver uma pessoa suportar a dor.
Meus olhos podem ver uma estrela se formar.
Meus olhos podem ver a luz de um luar.
Meus olhos podem ver uma agulha no palheiro.
Meus olhos podem ver o seu reflexo no espelho.
Meus olhos podem ver que nada se mantém.
Meus olhos podem ver que você está sendo refém.
Meus olhos podem ver um futuro iluminado .
Meus olhos podem ver que nada está acabado.
Meus olhos podem ver você chorar.
Meus olhos podem ver você se lamentar.
Meus olhos podem ver solidão e desespero.
Meus olhos podem ver você sofrer o tempo inteiro.
Roda d'Água
(Victor Bhering Drummond)
Ela girava na direção das águas
Movia-se como um um mundo controlado por aquele universo de prazeres que corriam por suas entranhas
Trazia vida e movimento
Porque vida é energia cinética
Capaz de enfeitiçar e tirar do eixo
Até mesmo o mais pacato dos corações.
Como a flor de Lótus
Nasço até em meio a água putrefata
Viajando pela eternidade
Eros psicografa
Um Madiba rasgando diásporas
Um Neruda usando metáforas
Fluindo no Nilo na Barca de Ísis
Por Osíris
Um Ésquilo nesse terror cósmico
Passei pelo forno alquímico
Lembra de quando a água batia no cais?
Sentávamos no píer esperando ver golfinhos
O que nós tínhamos na cabeça?
Dávamos formas às nuvens, nomes às estrelas
Nossos corpos com frio, cobertos pelo céu negro
Já faz muito tempo que não somos aventureiros
Que você não pega na minha mão
Não acaricia meu cabelo
Seu sorriso já não é como a lua minguante
Perdeu o brilho, não é verdadeiro
Onde estão os sentimentos?
Estamos tão entediantes
Jovens com alma de criança
Mas esse espírito se foi
Era uma época de boas lembranças
Mas o tempo passou
E a nossa viagem para Marte?
O foguete quebrou?
Não sente falta dessa alegria? De ficar rindo à toa?
Eu sinto falta de ser sua princesa
Mas acho que perdi a coroa
SERTÃO SECO.
Por aqui só tem verão
a chuva é uma raridade
a água vem de caminhão
nem sempre tem qualidade
e só quem vive no sertão
sabe o que é dificuldade.
"A arte"
A arte não paga as contas
Água, gás, luz
Não se paga com o som do blues
Talento não compra comida
A carne o leite o pão.
Não se paga com o son de violão.
O do aboe, não vale o café.
Não se veste as notas.
Não se bebê a cantoria.
Nas singelas teclas do piano
Não se ganha as vestes se quer de pano.
A arte não alimenta meu corpo..
Mas sustenta minha alma..
ESSA ÁGUA
Cuidado João...
Vê se não se afoga com essa água
que um dia, pessoas com ela molhada
teve n'ela, a sua alma batizada
e consagrou-se, no banho do amor.
Hoje, em meio a tanto respaldas...
Essa água, permeando por tanto má
arrastando, poluição, horror e terra
banha rumores, podridão e guerra
soterra, rios e nascentes da vida...
e vai desaguar, no meio do mar...
Cuidado João...
Com essa água, que um dia foi tanta!
Batizou n'ela, cristo e todas as santas
mas hoje, essa água raza, tem que filtrar!
porque assim, desse jeito natural...
Essa água, não afaga, e nem dá para tomar.
Antonio Montes
A seca aqui consome
o pouco que ainda tem
o pingo de água some
e os recursos nunca vem
não respeitam nosso nome
e o nordeste passa fome
sem ajuda de ninguém.
MENINA!
O brilho é de um riacho
que tem água cristalina
beleza ela tem de cacho
mas não pense que domina
e pode baixar seu facho
se o cabra não for macho
não conquista a nordestina.
Um dia ela nasceu , cresceu e desabrochou , sentindo o calor do sol.
Alimentava-se da água da chuva e quando deitava-se , no quentinho da terra, dormia com a luz da lua.
Acordava de manhã, ouvindo o canto dos pássaros e encantada com o ronco dos trovões, banhava-se nas águas do rio.
Anoitecia e ela cansada dormia serena , embalada pelo brilho das estrelas.
E novamente amanheceu , ela acordou e percebeu, que o seu tempo havia passado , que já estava velhinha.
Mas com muita sabedoria olhou para o céu agradeceu e disse :
“ Desperta natureza deste sono ;
Acorda vem depressa me abraçar.
Permita que meus olhos veja o encanto
De seu último encontro em meu olhar”.