Poema água

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Como meteoros.

Somos o óleo doce
na água salgada.
A luz da vela
acesa na madrugada.

Que por mais que ao
longe seja vista
na verdade
não clareia nada.

É o que somos
que faz de nós
Lembranças.
Ou somos mais
como outros nos vêem
nos sentem e guardam.

O que fala mais de nós.
mais até que entendemos.
O que importa.
Quando se é um meteoro.

Ser cem kilos de ferro fundido
Fazer muito barulho na queda
Morar em cinco metros de buraco
causar cem metros de cratera.

Porque depois que eu cair
Não serei mais nada
Só aquilo que guardar.

No passar do vento
Serei só um pensamento
Aonde você colocar
Seja como for a resposta
a verdade é o tempo.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA



A vida ensina
Aos trancos e barrancos
O amor verdadeiro
Sem nenhum apego

Frases de clichês
Feito água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
A alma empedernida

É quando desanuvia
Valores subjetivos
E o presente é vivido
Sem passado ou futuro

É ver a beleza
Da pedra no caminho
E agradecer a oportunidade
De ter como retirá-la

Regar a planta amortecida
E perceber no dia a dia
O desabrochar da flor revigorada
Pela água embebida

Sentir a liberdade no frescor
Do voar de um passarinho
Sem se preocupar
Onde ou quando irá pousar

A vida ensina
Aos trancos e barrancos
O amor verdadeiro
Sem nenhum apego

Ensina a seguir
Sem olhar para trás
Deixando no caminho
Sementes de amor

A vida ensina
Aos trancos e barrancos
Que somos peregrinos
Em constante migração

A vida ensina
Aos trancos e barrancos
Que nada temos e temos tudo
O que ela (a vida) nos oferece

A vida ensina
Aos trancos e barrancos
O amor verdadeiro
Sem nenhum apego...

(Nane-27/04/2015)

NOVO DIA

Olhos sonolentos
Janela semi-aberta
Chinelos calçados
Tem que levanta.

Água fria da torneira
Face fechada reclama
O despertar é vida
Manhã acompanha.

Mesa posta
Café com leite
Rosca salgada
Bom dia no ar.

A porta abre
Range a dobradiça
O sol brilha
É tempo de acordar!

A saudade é uma dor que perdura
é ter sede e a água estar impura
é mosca na fruta madura
é espinho que a carne fura
a saudade é um remédio que não cura
é solidão na noite escura
é tormenta que se atura
é uma mancha na pintura
é um lamento,uma amargura
um sofrimento,é uma agrura
é simplesmente dor pura
que atormenta e que tortura

{O Mar}

Sou mar,
sou água e sou sal,
sou só e sou frio.

Sou mar,
sou água da dor,
deserto de amor,
trago a vida e a morte,
trago destino e a sorte.

Quantas embarcações,
meu Deus quantas.

Se foram em minhas águas,
levaram vidas lavadas,
nas águas da triste sorte,
fui eu quem lhes trouxe à morte.

Me lembro daquele barco,
o primeiro que navegou,
lembro de o ter levado,
nas águas, que se afogou,
lembro de ter marcado,
tais águas com mui ardor,
lembro de ter partido,
suas velas levantou,
foi-se ao sabor do vento,
foi-se e me deixou.

Veio o segundo barco,
veio ao natural,
levei-lo por minhas águas,
viagem comercial,
foi vazio e indiferente,
foi naufrágio, pois fui ausente.

A terceira embarcação,
foi em meio à um tufão,
turbulenta a viagem,
marcante de emoção,
mas eu mesmo o afundei,
pelo que me agitei,
não vi-lo à naufragar,
pois o vento à soprar,
minhas ondas à agitar,
não me deixei de encapelar,
o vento então cessou,
já nada posso fazer,
apenas optar,
por lembrar ou esquecer.

Hoje vejo outro barco,
que navega sobre mim,
vou-lhe deixar ir,
para não trazer lhe o fim.

Muitos se foram,
não mais estão à navegar,
estão dentre as águas,
são memórias à recordar.

Não mais quero ser mar,
agora quero navegar,
não importa que eu afunde,
quero dentro em ti estar.

Como mar serei só,
pois não te quero naufragar,
antes ver-te no cais,
apenas à margear.

Assim prossigo,
sempre frio,
só com o vento à papear,
não olhe a ilusória calma,
pois é triste a sorte do mar.

MEIO HOMEM INTEIRO
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
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Adoro, sei lá por quê,
esse olhar
meio escudo
que em vez de meu álcool forte pede água Perrier.

Antonio Cicero

Nota: Trecho da canção Água Perrier, em parceria com Adriana Calcanhotto.

O encontro

Em breve ao encontro daquele mar,
Da transparência,
Do arrepio da água fria,
Dos grãos de areia que juntos desenham pegada,
Ao encontro das gaivotas cantoras,
Maresia é cheiro de coisa boa,
De dia farto de risada,

Olhar a linha do horizonte e só olhar,
Ouvir o silêncio e nele, encontrar um barulinho bom
Espuminha branca marcando território,
Parece colarinho de chopp mas é salgada!

Deitar e olhar o céu,
Ver depois das horas,
O rosa pôr-do-sol,
Receber de brinde as estrelas,
Fechar os olhos,
Sentir o clarão da lua,
Dormir e ver,

Tudo recomeçar...

Amor,
alimento do faminto,
água pura do sedento,
sol do homem inexpressivo;
conforto do desolado;
indispensável seiva de quem vive.

DEIXE DOER O QUE FOR HONESTO

Quando dói em mim, eu deixo. Deixo doer até a última gotinha de água salgada. Depois ela se vai. A dor não quer outra coisa que não seja exercer sua função: doer. E não é banalizando, embotando as emoções que ela vai deixar de surgir de tempos em tempos. Não sei como dói em você, mas por saber como dói a minha dor, imagino: de tão abstrata, incomoda fisicamente, de tão ignorada ela se humaniza...em nós, no que eram laços, certezas, sobram apenas as mãos entrelaçadas, sem ter onde segurar.

Deixo doer o que for honesto. Deixo alagar meus olhos de chuva, escorrer pelo meu rosto e traçar caminhos sinuosos ou retas perfeitas como fazem os rios. A dor só quer te lembrar que há vida naquilo que você rejeitou porque compunha um outro extremo do que imaginamos ser a felicidade.
Ela quer que você adquira sabedoria experimentando a totalidade...

(Acho que o que mais dói na dor é que ela nos deixa tristes...)

O rio é diferente do lago.
Ele está sempre fluindo, não pode ser estancado.
Sua água, rica em nutrientes, leva vida por onde passa.
Suas reservas nunca se esgotam porque existe uma
nascente que o abastece constantemente de água pura.
Da mesma forma, quando estamos conectados com
a Fonte nos tornamos doadores de bons sentimentos
a todos aqueles que encontramos no caminho.
Não importa o quanto alguém tente obstruir você,
assim como o rio, continue a fluir o bem.

Não me prendas, amor
Sou como água
Que sairá por entre
teus dedos…

Não me prendas, amor
Sou, como brisa...
Escapulirei de teus braços



Não me prendas, amor
Sou como a flor
Que embeleza teu olhar
Mas…
Morrerei em tuas mãos

Não me prendas, amor
Enlaça-me com doçura…

No mar dos teus sonhos
No desejo impetuoso
Na profundidade
Do amor...

O amor é como o ar você sentir mas não pode pega-lo.
O amor e como a água que mata a sua sede e torna você dependente.
O amor é como ladrão quando você menos espera ele rouba o seu coração.

Na gota de água está a essência do Mar.
No grão da terra está a essência do planeta.
Na semente está a essência da árvore.
No amor está a essência da paz.
Na paz está a essência da Harmonia.
Na harmonia está a essência do equilíbrio.
No equilíbrio está a essência da compreensão.
Na compreensão está a essência do conhecimento.
No conhecimento está a essência da sabedoria.
Na sabedoria está a essência da Luz.
Em vós está a essência da Vida e a vida é Deus.
Parai de caminhar na horizontal e subi na vertical.
Libertai a mente prisioneira de vosso cérebro.
Caminhai para essência de todas as coisas e de vós.

EXPIAÇÃO

A tua memória nasce como a água,
e corre pela pedra monótona da vida.
Só as folhas que te tocam não sabem:
tu és só distância longa, sem medida.

E tudo que vai por ti, não tem destino.
Apenas bruma beijar-te-á, minha criança.
E tudo que te ama, conhece do teu fado...

(Só eu que ainda te tenho na esperança).

O tempo é como um rio.
Você nunca poderá tocar a mesma água duas vezes, porque a água que passou nunca passará novamente.
Aproveite cada minuto da sua vida...

Se a nuvem falar pra terra
O segredo do vento
Eu tenho certeza que a água
Dominará o tempo.

Choro Sem Lágrimas
Um homem sem água É um homem seco,desidratado
É um homem sem sentido
Um mar sem peixes...

Um homem sem água,
É uma folha sem cor
Um céu sem nuvens
É a poesia da fonte e a flor; sem fonte...

Um homem sem a água
É um homem destruido!
É um homem bem sofrido!
É um choro sem lágrimas.

Um homem sem água
É um homem sem valor
É um homem sem ar
Uma floresta com dor...

Um rio sem rumo!
Uma tristeza de vida...

Maria Teresa Cambronio ( do livro Meus Momentos)Paracatu MG

Sou como a água imponente que corre sem nada temer.
Sou como as pedras que rolam pela força das mesmas.
Sou o infinito amor de Deus nas ondas do mar.

A água chia no púcaro que elevo à boca


A água chia no púcaro que elevo à boca.
«É um som fresco» diz-me quem me dá a bebê-la.
Sorrio. O som é só um som de chiar.
Bebo a água sem ouvir nada com a minha garganta.

ALBERTO CAEIRO