Poema 18 anos
Não conto as horas, os dias, os anos
Eles sempre são iguais
Apenas vivo os momentos
Pois eles são eternos
Do que passou...
Guardo apenas as boas lembranças
Sem arrependimento do que fiz ou deixei de fazer
Ano velho, ano novo, ontem, hoje e amanhã
Seguindo... Pois o tempo não para
Deixe as folhas secarem
Os anos passarem
Mas que eu não
Pare de olhar para o azul
Deixe as luzes da cidade
Se apagarem
Mas que eu seja
lamparina acesa aqui
Mesmo que eu chore
quando o sol sorrir
Mesmo que finja rir
Quando as nuvens
choram por mim
Mesmo que as estrelas
troquem de lugar
Que tua presença em mim
sempre possa brilhar
A Primavera aconteceu,
O mundo não esqueceu,
- dez anos -
Floresceram flores,
Mulheres de vários nomes,
E de todas as idades,
Lutando por mil liberdades,
Dos mil sangues de seus sangues,
Das mil carnes de suas carnes,
Ainda no Outono
- persiste -
Destruindo juízos,
Calando vozes,
Surrando corpos,
Não tratando enfermidades,
Trucidando com os jovens...
Tudo aconteceu há dez ano atrás,
Das Damas de Branco roubaram a paz,
Essa Ditadura que sufoca demais...
A Primavera Negra,
Ainda persiste,
Trancafiando filhos, maridos,
sobrinhos, namorados, tios,
- parentes da liberdade -
Da mais preciosa delas:
a liberdade de consciência.
A liberdade de consciência
é aquela que ninguém domina,
- Nem a mantendo sob cárcere
Ainda que persistam,
A liberdade de consciência derruba,
Algozes, regimes e tiranias,
Ela tomba as ditaduras,
Alcança o céu com as palmas das mãos,
E ultrapassa todos os limites...
Eu quero que você saiba, que...
Pode se passar ao lado de alguém anos, meses, semanas ou apenas cinco dias, que nunca saberemos quem são as pessoas.
Nunca saberemos o que elas passaram, guardam, pensam, sentem, sofrem ou escondem.
Podem te passar análises psicológicas, históricos de saúde, árvore genealógica e mapa astral, mas nós nunca saberemos a verdade absoluta de quem são as pessoas.
Elas podem criar um personagem ou um novo universo a sua volta, sorrir, chorar, gritar, lhe beijar a alma e te fazer gozar, mas nós nunca em hipótese alguma, sabemos quem são as pessoas.
Então pense antes de navegar, reflita antes de se importar e mantenha seu “eu” sempre em primeiro lugar
Daqui há duzentos anos
alguém descobrirá meus poemas
e os lerá, e sorrirá, e chorará...
Então saberei (mesmo sem saber)
que minha poesia valeu apena.
No meio do caminho perderam alguns anos.
Perdeu pela verdade e pelo egoismo do doutor.
Ofendeu-se pelo eufemismo.
Acreditava ter todos os direitos.
E tem. Longe de mim.
Longe daqueles que não sabe
que a amizade é mesmo uma coisa sem fim.
FIM DE ANO EM SONETO
Sim, vão-se os anos de fim de ano
Assíduos, só a aparência mudou
O tempo passa e tudo passou
O destino é mesmo soberano
Há anos pós anos, o sonho mitou
A minha rota tem outro cotidiano
Num entra e sai do desígnio tirano
Do nada como antes, vil sobrevoo
Saudade é a mesma, mesmo dano
Esperança, sim, desta nunca enjoo
E com a quimera nunca fui profano
Assim vou, mais um ano, num atroo
De comemoração, então seja ufano
O revoo, pois o fim, ainda não chegou...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
dezembro de 2016
Cerrado goiano
Jogo de Bola: Infância e Adolescência -
Numa tarde como esta,
há alguns anos,
eu era feliz.
A brisa no rosto,
alguns amigos,
um campinho de terra batida
e uma quase bola
eram o suficiente.
Foi há muitos e muitos anos já, desde que eu apanhei o meu navio num reino ao pé do mar. Eu disse...
Aquela que eu soube amar e desfrutar e fazermos amor no navio com as estrelas por cima de nós.
E vivia sem outro pensamento porque te admira como pessoa e como mulher que és.
Que amar-me e eu a adorar de poder ver te e beijar-te.
Eu era criança e ela era criança, agora homem e mulher apaixonados pela vida.
Venho em igual
período orbital
de Vênus em anos
em sigilo de amor
no meu peito,
à espera por
um alguém com
estrelas nos ombros,
Neste momento
que o mundo
anda todo virado
ando pensando
como há de ser
daqui para frente:
Sinto-me assim
te esperando
na próxima alvorada,
pois destino não
concedeu a graça
do amor fazer
no coração morada;
Não tivemos tempo
de nos conhecer,
e isso tem me dado
um receio danado;
os teus olhos feitos
de meteorito raro.
Bem mais brilhosa
depois de ter ido
conhecer de perto
a Lua e com ela
quase nos confundem
porque esta poesia
quando surge
sempre se parece,
seguindo além como
quem ajoelha todas
as noites em prece:
Reverencio todo o dia
o Universo para que
o caminho se abra
sob a luz inefável
da próxima madrugada
de estrela Vésper,
assim tens me inspirado
os teus cálidos(cópios)
e pensamento forte
como o mais ilustre
cidadão do meu éter.
Minha audição é falha,
Levo a bengala na mão,
Já vivi oitenta anos,
Já perdi tanto irmão,
Vivo fazendo lambança,
Ajo como uma criança,
Dos filhos levo sermão.
O Mesmo Caminho -
Depois daquela primeira
vez,
por conta de um copo
d'água (isso sete anos
antes),
não me recordo mais
quantas e quantas vezes
eu peguei o mesmo
caminho com lágrimas nos
olhos e aperto no peito.
Com aquele gosto amargo
do desprezo, da decepção, entalado sufocando, quase insuportável.
Sempre acompanhado de
uma frase:
"é, mais uma vez".
Na esperança que aquela
fosse a última. (Nunca foi).
Ah,
meu pai sentiria vergonha
de mim.
Hoje é o dia dela
E essa data é peculiar
Ela completa 17 anos
E irei lhe parabenizar
Eu te desejo toda felicidade
E que Deus ilumine seu coração
Que a alegria esteja ao seu lado
E que nunca lhe falte inspiração
Por ser tão bela
Jamais poderia deixar de falar
Da beleza e do brilho cintilante
Que vejo no seu olhar...
Sei que hoje será marcante
Amanhã muita responsabilidade
Pois ano que vem é o ano
Que você será maior de idade
Divirta-se muito
E não ri do meu presente
Pois ele é simplesmente palavras.
É um presente diferente.
A Bandeira da Pátria
no peito está tatuada,
é deste amor sublime
que por todos os anos
tenho sido sustentada.
Sei que tudo passa,
mas é com poesia
que alivio a agonia
diante da estiagem
e da grande desgraça.
Muito mais de mil
vidas foram dragadas
na guerra sem tiros
onde uns ainda vivos
mataram a própria alma.
O ar há tempos não
anda leve e para foragir
de discussões inúteis,
preferi caçar estrelas,
descobrir planetas
e viajar pelas luas,
não ando podendo
andar pelas pelas ruas.
Sei que você está
da mesma maneira
nesta sexta-feira,
o importante é não
perder o ânimo,
a lucidez e a serenidade,
para manter a esperança inteira.
No Limite -
É uma noite maldormida por anos;
Dias que não amanhecem ou
nunca acabam;
É um desânimo crônico
estendido;
Uma falta... excessos... solidão.
É um não trabalho;
um não relacionamento;
uma não realização — pequenas e repetidas rejeições diárias — invisíveis aos outros.
Invisíveis a todos
os outros.
São dias cheios de coisas vazias,
em que nada acontece
e,
aparentemente
são nesses dias em que
"nada acontece",
que pessoas esgotadas,
saturadas — no limite —
desistem de
tudo.
Não sei não, mais toda vez que olho em seus olhos sinto como já te conhecesse anos atrás, sinto uma Paz incrível dentro de mim, uma coisa diferente, sei que é e seria proibido te amar, mais que eu te acho a poesia mais atraente , com seu jeito diferente vem tocando minha mente.
E faz brota em meu coração esses poemas de adolescente.
💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓💓
Alexsander Nascimento.
Os anos se passaram
e o florescer abundante
do amoroso Ipê-candeia
no Espírito Santo está
vivo na minha memória,
Algo me diz que juntos
nos dois faremos História.
Imigração Alemã no Brasil
(200 anos)
Os nossos antepassados
levando o azul prussiano
dos jardins de centáureas
na memória e num outro
tempo a sua Bandeira
tricolor das quais peguei
o negro, o amarelo e vermelho
para adornar o poema
feito de orgulho e esperança
desta herança florescida
em pleno Brasil Brasileiro.
Herança do povo alemão
que cruzou o azul
do Oceano Atlântico,
entregar a alma, o coração,
o sonho romântico
e construíram o Brasil como lar.
São dois séculos de imigração
alemã com muitas histórias
para contar, honrar e comemorar
a imigração alemã que elegeu
o Brasil para a vida toda entregar.
Pouco mais de oitenta
anos se passaram,
a tragédia marcha
como se fosse normal,
as tristezas da Lua
que choram pela Palestina
ninguém na Terra escuta.
Rodeio 87 anos
Magnífica beleza fundada
em pleno Médio Vale do Itajaí,
amor tremendo por morar aqui
nesta cidade que pertence ao roteiro
do Vale Europeu Catarinense,
Dias e noites nos envolvem
e brindam com beleza infinita
iluminando lavouras de amor
deste rincão de Santa Catarina.
Rodeio amada que me brinda
com paz e eu homenageio
com fé, gratidão e poesia
por ter o privilégio ímpar
de poder continuar inspirando
e inspirada contigo sempre
por tudo o quê vejo e ouço
da virtude do teu povo herdeiro
e seguirei testemunhando.
Rodeio profunda Rodeio
cantando as canções
da nossa ancestralidade italiana
escutando o teu Canário-da-telha,
ave por esta terra eleita,
vou vivendo para escrever o poemário
da minha vida inteira sob a bênção
das tuas águas, dos montes
das florestas e do Pico do Montanhão
celebro o aniversário da sua existência
com o quê há de mais sublime no coração.
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