Poema 18 anos
O coração e eu!
-- Meu coração, minha melhor companhia.
-- Caminhamos juntos, grudadinhos
noite e dia.
-- Você, meu coração,
é meu melhor amigo,
mesmo que às vezes me põe em perigo,
por gostar confusão,
de viver na emoção.
-- Às vezes você e eu nos enganamos, albergamos corações traiçoeiros.
-- Sempre existiram e existirão os corações forasteiros.
-- Você não sabe julgar, vive para amar
-- Viver o AMOR, é seu atributo genuíno,
e isso é DIVINO
-- Nos dois temos um pacto de fidelidade, vamos nos ajudando nessa caminhada, você faz tum-tum continuamente, e eu prometo não ficar muito estressada, e nós dois ficamos contentes
-- Mesmo quando nos perdemos pela vida, e no meio do itinerário, as coisas
não ficam tangíveis,
e você se põe sensível
-- Sobressaímos, chegamos juntos para realizar essa jornada!
Sentaria na calçada com você,
para admirar as estrelas.
Mas você não entenderia a língua das estrelas,
e não toleraria ouvir-me te explicar.
— Habituada a desenrolar, (fazer acontecer), ela é forte, ousada, determinada.
— Sai por aí, esbanjando charme e simpatia!
-
— Escondidos atrás dessa fortaleza, existem momentos sombrios pra superar.
— Ela também tem suas lutas, sonhos, desafios, seus medos.
— Ela chora na fragilidade.
— Sorri, nas alegrias!
— Carrega um coração sensível no peito, que só quer amar e ser amado!
— Um amor SIMPLES, leve… VERDADEIRO!
— Um amor, que seja maior que os problemas!
— Aquele AMOR só seu!
Rosely Meirelles
— Se a VIDA me impossibilitar de fazer algumas coisas, e minhas mãos tremerem, se as forças me faltar.
— Não irei lamuriar!
— Reviverei lembranças de outros tempos.
— Saborearei vagarosas saudades!
(Como quem está poetizando).
— Se as palavras me faltarem, não irei choramingar.
Sempre fiz e faço o meu melhor;
— Sorri… Sempre que a vida me trouxe alegrias.
— Chorei… Quando me faltou o chão.
— Viajei, levei minha alma pra passear, conhecer outros lugares…
— Flores plantei… Belos jardins cultivei!
— Estou deixando minha marca no tempo!
Vivo Poetizando cada momento!
Rosely Meirelles
Minha alegria muitas vezes é tristeza,
Da minha alegria a maioria sempre ria,
A risada até me alegra um pouco,
Mas sem forças o suficiente para ser frequente.
Descartes assim descreveria...
O vazio que engole minha alma existe, logo, também existo.
Cada particula desse ser humano ordinário vive para o fim.
Acorda
Certamente as cordas não eram para isso,
Pensei em amarrar os punhos da rede,
Quando dei por mim estava amarrada em outro lugar.
Socorro me ajuda, por favor, me ajuda!
Ninguém veio me ajudar.
O brilho dos meus olhos,
Pouco a pouco se esvaindo,
No canto direito do olho, uma lágrima caindo...
Minhas pernas esticadas tentando tocar o chão, meus olhos se fecharam, pensamento a milhão.
O filme de uma vida se passou, o ar que regava meu peito ardeu e, por fim o coração parou. Acabara com a minha dor e enfim, a solidão morreu.
Não há um pensamento sequer
Para dizer o indizível
Existente.
O cantar do galo
Quebra instantaneamente
O exprimível
No poema.
Arde a felicidade em minhas entranhas
Nunca em mim coisa mais estranha
A manter - me cega
Me dei o direito
Mesmo sem jeito
Caio em seus braços
Feito pintura apática
Feito desenho sem traço
Sua sedução é concisa
Como perna de bailarina a levantar
Cada movimento calculado
Cada rodopio é estudado
E me entrego totalmente a seu deleite
Visto que sua sedução foi só enfeite
E o perigo está por vir
Porque não existe perfeição
E se assim é volúpia
Certamente morrerei
Encarcerarei
Feito presa fácil
Sem mais cantar
Nunca mais cantar
Nunca mais
Nunca
Epílogo
Essas benditas estruturas, enredo e rima –
por que não me auxiliam agora
que busco elaborar algo
com a imaginação, não com a memória?
Ouço o ruído de minha própria voz:
A visão do pintor não é uma lente,
ela freme para acariciar a luz.
Mas às vezes tudo o que escrevo
com a arte trivial dos meus olhos
parece um instantâneo,
vívido, premente, chamativo, carregado,
intensificado em razão da vida,
paralisado no entanto pelos fatos.
Tudo são desditosos enlaces.
Porém, por que não dizer o que se passou?
Clame pela graça da precisão
que Vermeer imprimiu à iluminação do sol,
a avançar furtivamente qual maré sobre um mapa,
até sua garota hirta de desejo.
Somos pobres fatos passageiros,
por isso orientados a dar
a cada figura na fotografia
o seu nome vivo.
És bela sim, por natureza,
Esbelta aos olhos do luar,
Onde se afloram canções inigualáveis
De silêncio.
Com isso, descobre-se que
O nosso maior medo é recomeçar,
Mas que não vale a pena se perder,
Pois em meio a esta sórdida embriaguez,
O que importa é amanhecer.
Deixa amanhecer...
Há mil motivos para viver.
Panacea
Rabiscando ao natural
meia página de linhas
descrevo a visão minha
do sorriso dessa jovem
imagem que não me foge
sol de aurora outonal
brilhando luzes como tal
ostentando seu feitiço
não quero viver omisso
e meu desejo abrumar
embebido quero estar
no seu toque de veludo
senda lírica que rumo
se encanta ante ela
ah, beleza etérea
és digna de Panacea
...de Panacea
eu sempre pensei em você
bom eu ainda penso,
seu olhar sempre me encantou
assim como seu sorriso
você conseguiu fazer eu ter borboletas no estômago de novo
quando te vejo e sempre que penso em você
seus olhos,boca e corpo são uma forma de arte para os meus olhos,
queria que você me amasse do jeito que eu amo você
nossa amizade é tão boa e não gostaria de estragar ela por conta de eu sentir algo a mais,
uma pena vai ser eu nunca me declarar
a bela moça dos olhos castanhos,
e nunca vai foi ou vai ser apenas atração carnal
é só amor...
Um lugar todinho meu!
Quero uma vida assim de simples;
— Um lugar onde ao amanhecer eu poça acordar, ouvindo o barulho das ondas do mar.
— Ao olhar para o quintal, que eu possa ver o encanto dos barquinhos pesqueiros a balançar, como se estivessem a dançar.
— Numa casa linda, e bem ventilada, pela brisa do mar.
— Banhada pelo sol nascente, porque calor não pode faltar.
— Uma casa confortável, para na minha velhice me aconchegar.
— Um lugar prazenteiro, onde os amigos que vierem me visitar, sintam vontade de voltar.
— Onde as tardes na varanda seja pura tranquilidade, tranquilidade de um lar.
— Uma rede preguiçosa pra relaxar, não pode faltar.
— Com caminhadas à beira do mar, para que eu possa exercitar.
— Que tenha um mirante, onde eu possa me assentar, olhar pro horizonte, e ficar extasiada com a beleza do infinito, onde mesclam terra, céu e mar, e que eu possa agradecer a Deus.
Há, Senhor, me surpreendeste, que presente tão bonito.
— Meu recanto a beira mar!
Rosely Meirelles
(2023)
🌹
ROSEIRA {soneto}
Embaixo de uma roseira, apreendo a poesia...
Poesia que faz da roseira uma trepadeira...
Vi uma rosa ao chão escura, da vida se ia...
Vi outra Viçosa que ainda da vida sem beira...
A pobre roseira posta pelo jardineiro arqueada,
Contemplava a vida de focinho pro chão.
Jardineiro desavisado, roseira chateada.
Sua sensibilidade não o chegara então?
O homem sempre destoando a natureza.
Seria a rosa morrendo, o próprio mal?!.
Seria o chão, não o chão, mas "a profundeza"?!
Qual rosa conhece o mal na verdade?
A que estava ao chão morrendo ou...
A outra Viçosa, ou o jardineiro de meia idade?..
poeta_sabedoro
Você é ponte
Você é ponte
Através de você chego ao céu e também ao
inferno
Por você passei pelo caos mas também avistei o por do sol mais bonito que o céu já mostrou
O céu sempre mostrou o lado mais lindo dele pra gente
Você é ponte
Você ja me levou pelos caminhos mais lindos da cidade
Mas através de você senti as estações mais frias
Você ja me aqueceu no inverno mas já me fez chorar no verão
Você é a ponte que eu precisei pra perceber que eu não preciso das pontes
Eu posso atravessar o rio sem me afogar
Por que nada me sufoca mais do que a dúvida de sentimentos que você me causou
Até as nuvens já derramaram tanta água que tampava o vidro suado do carro
A natureza sempre se fez presente nos nossos momentos
Por que é isso que nós somos, natureza ao ar l i v r e
As paredes dos nossos quartos não aguentaram fechar a energia que exalava quando a gente se tocava
Liberdade sempre foi o nosso forte e também o nosso ponto fraco, quando você me deixou livre eu te amei, quando eu te dei liberdade você foi embora
Mudamos de infância para adolescência,
De adolescência para juventude,
Tornamos adultos.
Muita coisa fica,
Nem tudo se vai,
Nem tudo muda.
Mudamos de máscaras.
Porém a verdade
Está no íntimo,
No mais íntimo de nossas mudanças.
EU-JORGAL
Ó trovador que abre seu lábio antigo,
Diga a musa que ouve doce as cantigas de amigo:
Assim como tu sabes que mente para si,
És tola e eu tolo, mesmo sem a tua harpa,
Minha harpa é tua harpa, pois é para ti.
Chego até querer ir a tua corte com lira de maldizer,
Porem tua íris céu, cabelo ouro e branca rosada,
Expulsa de mim a sátira grosseira a cavalgada
Feito Segrel e seu cavalo perdido em toada .
Desde as melodias da antiguidade
Os trovadores sopravam realidades.
E tu dama a mim desfere lira de escarnio
Enquanto minha harpa compõe amor em grande ensaio.