Poema 18 anos
IMAGINAÇÃO
Como cai em tal
Feição?
Talvez seja apenas imaginação
Ou não?
Olhos profundos como o mar
E cabelos ondulosos como
Ondas do mar
Como eu fui te
Amar?
Talvez por que quando apreciei
A profundidade de seu
Olhar
Ou talvez por que fiquei preso
Na profundidade de seu mar
*ONDAS II*
Sou um surfista
Que surfei nas ondas
De seu cabelo
Ondas marrons
Ondas brilhantes
Ondas de um mar de chocolate
Isso é mesmo realidade?
Fui levado pelas suas
Ondas para a
Profundidade de seu
Olhar em meio ao
Mar
NÃO QUE EU ME IMPORTE
Volte para casa
Fora a tempo já está
Não vê a tempestade vindo?
As folhas do outono caindo
Não percebestes o inverno chegando?
As estações mudando
E o tempo passando
A porta sempre estará aberta
É so querer voltar
Mas se voltar, traga curativos
Para curar minhas feridas feitas
Na sua ida
Mas, não irei implorar para você voltar,
Pois se voltasse no mundo deixaria de
Acreditar, pois não tem como construir tantos degraus
Para você descer,
Antes de meu ser falecer
E tal carne apodrecer.
ALGUMAS CORES
Nosso amor era tão
Quente, com cores de felicidade
Agora, nosso amor é
Gelado, e sem cores
Um amor congelado
Por um coração mal
Intencionado
Um coração sem
Emoções
Resultou em terríveis
Ações
E com isso, você
Acabou enterrando,
E congelando o
Meu coração
UMA ESCURIDÃO PECULIAR, EM MEIO AO SEU OLHAR
Em seu olhar quero me
Entorpecer
Até do meu ser eu me esquecer
Olhos escuros, profundos
Olhos bonitos, que eu via com clareza até
Cegar minha visão
Em tamanha perfeição
Nas ondas de seu cabelo
Quero surfar
Até eu me afogar
Nadar, nadar em
Seu bendito
Mar
E poder te amar
E poder amar-te.
ATÉ O FIM, TE AMAREI
Nossa entrelinha vamos criando
Versos traçando
E amor demonstrando
Um mar a vagar
E águas a compartilhar
Denso seja o mar
Que tentar me parar
Pois até o fim irei
Até o fim, te amarei
À MORRER
Meu amor por você...
Como poderia o descreve?
Talvez em uma carta romântica
Te comprando a cidade perdida de
Atlântida
Ou até nas entrelinhas que estamos criando
Versos vamos traçando
E amor? Demonstrando
Talvez eu pudesse te comparar a
Uma estrela cadente
Tão bela e reluzente
Como uma
Te comparando com os quadros de Van Gogh?
Com o outono?
Mas...
Na realidade
Você não é nenhuma dessas coisas
Você é um campo de rosas perdido, um
Vale perdido e abandonado
Vale na qual contém as mais belas flores,
E também as mais letais,
Flores na qual eu poderia sentir o belo cheiro
De todas, mesmo que sem querer
Eu me espete na flor errada
E vá a morrer
A ONDE ME LEVARÁ?
Em suas águas vou nadando
Aos poucos afundando
Bendito seja o dia que nadei nesse mar
Queria navegar
Mas acabei a amar
Ó denso mar
Para onde ira me levar?
Talvez para a eternidade de seu coração?
Ou apenas para toda a sua inimaginável feição
Mas se for me afogar,
Afogue-me em
Suas ondas, pois é lá
Que eu quero estar.
FLOCOS DE NEVE
Vejo flocos de neve
Sendo derretidos de meu coração
A chama foi acendida
E o amor intensificou
E meu coração? Para sempre, lhe amou
Você, o tocou,
O sentiu,
E o amou
E com isso, em você meu
Coração se apaixonou
E minha vida se intensificou
Com um toque do seu amor
Com seus olhos
Ele me chamou
Em seus olhos perdido estou
Amando-te para sempre estarei
Com você me identifiquei
E para sempre, te amarei.
A poesia ganha corpo
Ganha cor
Ganha veste
A poesia se traveste
De onda de puro furor
Condena a majestade
Ao ínfimo chão gelado
E traz ao trono o infame
De versos adocicados
A poesia emudece
Quem cansa de ouvir falar
Entretece seu tecido
Como um rio vir a ser mar.
A poesia empertigada
Sobre a sobra da centelha
Engana os olhos incautos
Refrigera, queima, beira
À loucura ensandecida
Ao brio do terno pastor
Fulgura o novo tempo
Canta o cântico d'amor.
A poesia hiberna dentro
Da pele de quem consome
Seus atos, aços clementes
Seus pesos, uivos e fomes.
Da roça...
Da roça, das mão suja de terra, que é de prantá,
Sô fia do mato, doce quinem água de mina,
Meus véi trabaiva na roça, pra famia sustentá,
O zói enche d’agua do tanto que admira.
Sô poeta lá da grota, dos versim de roça,
Carrego na voiz a sanfona e a viola,
Sô o disco de vinil da veia vitrola,
Minhas rima mantém viva aquelas moda.
Inda lembro do rádio vermeio do meu veio avô,
Da casa de assoaio alto, do chêro das marmita dos trabaiadô,
O café margoso pra curá as pinga de onte enquanto escutava,
Se eu tô aqui é purquê meu povo da roça abriu os camim na inxada.
Só cunverso nos verso cas palavra de antigamente,
Pra honrrá quem veio antes de eu e me firmô nesse chão,
Foi na roça que pai e mãe prantô pros fí coiê mais na frente,
Passano dificudade e guentano humilhação.
Meu povo era brabo demais da conta, pensa num povo bão,
Parece que iscuto a voiz dos meu véi quando iscuto os modão,
Meu peito dói de tanta farta que faiz, oi ai,
Vovô resmungava nos canto e parecia poesia, até dava paiz.
Da roça sim sinhô. Essa poeta aqui é fia do sertão,
Não herdô terra nem fazenda, mais nunca se invergonhô,
E eu vô falá procêis, tentano num chorá, guenta coração!
Eu tenho um orgulho danado doncovim e da muié que eu sô.
(Texto completo)
O inferno está vazio e todos os demônios estão dentro de mim
Mostrando a face que eu tento esconder
Chorando lágrimas das quais eu não queria mostrar
Gritando palavras das quais eu não desejei falar
Mostrando para mim que eu não sou tão forte
E que eu não tenho controle sobre mim ou sobre as situações
Mostrando que todo o significado que a vida tem dentro de mim
Não passa de uma mera
E fraca
Ilusão
Estão dentro de mim
Me rasgando de dentro pra fora
Me expondo e mostrando pro mundo
Que eu não sou nada mais
Que um ser-humano
Que nem todas as vezes que errei
Foi porque quis
Que nem todas as vezes que amei
Foi correto
Que nem todas as vezes que o ódio inundou em mim
Era o que realmente tinha em meu coração
Eles estão aqui, dentro de mim
Fazem parte de mim
Porque eu sou eles, e eles são eu.
Em câmera lenta
Parecia o fim
Mas então, no meio do choro
Uma música começou a tocar
Uma coisa estranha me invadia
A vida entrou tão sorrateiramente
Como um adolescente chegando tarde da noite em casa
Qual a relação que a vida tem com a morte?
Eu não sei te dizer
Mas sei que é sempre muito bom
Ver e sentir
Esse relacionamento deles
Dentro de mim
Se eu pudesse
lhe desconhecer,
talvez
eu não sofresse
tanto por seu amor.
Ou eu só viveria a procura
de alguém como você.
Pelo visto o seu sorriso
gosta mais de mim
do que de você,
pois sempre que
você sai
ele permanece
em minha mente
CHUVA EM SOBRAL.
A chuva molha a terra, exala petrichor, juntos trazem refrigério pra alma do homem sertanejo, simples e trabalhador. Em pleno agosto, mantém o pinga - pinga; Será as Ondas de Leste? Ou modificações do Criador?
Pra sempre sempre acaba
É verdade sempre foi mentira
Errado é estar certo
Não faz sentido ter sentido
Loucura é ser lúcido
Cada dia que passa percebo que estou errado em um mundo certo e previsível
Amar é sofrer?
Sofrer é amar !
Sou diferente pelo simples
E a cada dia que passa percebo que posso até estar certo mais nesse mundo o certo é errado e imprevisível
E será que o pra sempre acaba mesmo ?
E a verdade sempre foi mentira ?
Aos olhos dos outros sempre haverá erro até no seu melhor acerto
Pra min não vejo nenhum sentido e acho bom assim
Louca mas lúcida
Sim amar é sofrer! Amei sofri amei tanto que jamais esqueci aquele louco amor que vivi
Sofrer na maioria das vezes é por amar e quem ousaria viver a vida sem sofrer
Inconstante, não como a maioria simplesmente diferente uma maluca sem precedente pra que viver se for pra ser lembrando da gente
Por isso que digo amar é sofrer.
"Abdiquei do meu Deus, abandonei minhas divindades.
Mas para os ouvidos que me ouviram, os olhos que me leram, isso já não é novidade.
Minha mente fantasia loucuras, minha boca grita leviandades.
Talvez tudo isso, seja insanidade.
O mais provável, é que sejam sintomas de saudades.
Eu tentei me acostumar, aceita-la, ignora-la, eu tentei, e tento, de verdade.
Mas por que eu deveria me acostumar com a saudade?
Não é qualquer saudade.
É aquela saudade intrínseca, que me invade a cada fim de tarde.
É aquela saudade, que vem quando o vento me lembra seu cheiro e o desejo inflama, o peito arde.
Aquela saudade é permanente, não um momento, uma fase.
Me vem as lembranças, meus olhos transbordam, rega e floresce essa saudade.
Vou-me, mas não por querer ir; vou-me, pois sei que já é tarde.
Prostei-me de joelhos, rogando para que tal sentimento, do meu eu, Deus levasse.
Mas em prantos, não fui atendido e lembrei-me, que abdiquei do meu Deus, abandonei minhas divindades..."
Doce são os sonhos
Doce são os sonhos
Bonito é o mar
Colorida são as flores
A lua tão ímpar
E lindas e belas são as estrelas a piscar
O verde das matas me encanta
Me enalteço se um passarinho canta
E no sorriso de uma criança
Tão bonito é a inocência
Me enlevo numa prece
A natureza me enriquece
Tudo enche os olhos meus
Porque tudo vem de Deus
Respiro puro o ar
Na chuva posso até me molhar
Depois vem sol sempre alegre a brilhar
Essa liberdade é de cativar
A terra meus pés podem tocar
Sobre ela, podemos caminhar...
Colher um fruto doce e degustar
Neste aroma de encanto
Em cada canto
Só encontro mais motivos pra sonhar
Depois de tudo um dia após o outro
Há sempre mais tesouro
Lá naquele arco íris,
Com brilho em minha íris
Posso buscar até um pote de ouro