Poema 18 anos
Existia algo naqueles olhos, que era impossível decifrar.
Queria me perdoar, por uma combinação tão complicada.
Era vazia e intensa.
Pois era a única coisa que carregava consigo, seus sentimentos.
Escravo do que seus próprios olhos viram, sua alma era coberta de cicatrizes.
Noite de Lua cheia, o vento corria a sudoeste, suspeitava que levaria uma vida solitária.
Sentava à beira de um lago reluzente em cor de prata, e observava o horizonte infinito.
Uma música comovente ao fundo arrepiava qualquer um que escutasse.
Uma neblina forte se ensaiava, e ao passar, não existia mais ninguém.
A angústia e a paixão, nasceram ali.
IMAGEM
As velhas imagens guardadas no escuro sótão, respiram o pó de memórias que nunca morrem. O rosto fixado na percepção já amarelado, revelam histórias escondidas em olhares e pixels desbotados no tempo...
Caminhos e pensamentos estreitos do passado são palavras em ecos longínquos. Corre-se despreocupado nos campos, em tardes douradas que o tempo esqueceu engavetado. A brisa ressoa saudade..
As representações é um portal de lembranças, um reflexo de instantes cristalizados. Os anseios nos rostos familiares, contam sagas de amores que se foram e desafios presentes, hoje, são apenas folclore...
Na velha casa de palha, a mesa é sempre posta para o jantar, onde o aroma de pratos esquecidos ainda pairam. As risadas ao redor, agora sussurros, são a prova de que o passado está presente em formatos absortos...
E assim, diante dos apocalipses que se guardam, rever-se o obsoleto que nunca se apaga. As lembranças, como estrelas no céu noturno, iluminam o presente com sua imitação quase eterna...
Em cada rabisco, uma vida se desenha, traçadas por sonhos, lágrimas e gracejos. O tempo, senhor de todas as coisas, é vencido pela eternidade do instante capturado...
As imagens nunca morrem, subversivas trocando sonhos. E o encontro é sempre afável, numa trilha que não finda. E assim caminha-se, perpetuando imagens criadas...
--- Risomar Sirley da Silva ---
terapeuta frustrado.
*
"Trapaças feitas, e, o lodaçal me cobre desorientado até o pescoço. Já não sinto minhas pernas e quando enxergo uma saída é a do colégio que alguém ali está a minha espera espreitando para me atacar. Os muros! Sim. Não despistam o meu vulto pálido do frio que se desloca do meu corpo com um soco. Manchas no portão e as roupas no varal azul. Ríamos eu e ela; ela e eu, nós corríamos sem despistar os perseguidores.".
*
Ricardo Vitti
Nas Asas do Gonzagão
Pernambuco não poderia imaginar
Que a partir do dia da Santa Luzia
Januário José e Ana Batista
Atrairiam olhares para Exu, em melodia
Foi quando o pequeno Luiz nasceu
E com o seu dom alegre e festeiro
Depois da farda militar, seguiu o seu destino
E lá foi ele para o Rio de Janeiro
De Gonzaga à Gonzagão
Com artistas famosos fez parceria
Repertório "Danado de Bom"
Exu já não era mais monotonia
O moço simples conheceu a Europa
A sua vida e talento invadiram a literatura
E todos souberam da ardência da seca
E da vida nordestina que era pura bravura
Descobriram que não há luar como no sertão
Que no relógio marcando seis, o sertanejo ajoelhado
Suplica, à virgem, força para resistir ao peso da cruz
E que para todo mundo tem um "psiu" angustiado
Nos seus versos, o amor perdido dói mais
Quando para os braços do xodó não se poder voltar
Ôxi, que amargo de jiló tem a saudade
Adeus Januário. Deus ilumine o seu regressar
O sonho da água farta para a sede, gado e plantação
No sertão, vem na esperança com a flor de mandacaru
Banana, maxixe, batata, mandioca e buchada
É Fartura e benção na feira de Caruaru
Que difícil resumir a importância do Gonzagão
Deste brasileiro amado, que virou o rei do baião
Valor inestimável
Nada como o sossego diário
A paz da mente no travesseiro
O vida num verdadeiro cenário
O Tempo, com qualidade, sendo um bom companheiro
A saudade visitando as lembranças
Recordações nos proporcionando sorrisos
Pular, cantar, dançar como as crianças
Ter nos amigos, diversos abrigos
Lamentar não ter conquistado um coração
Mas o encontro ser gratidão no fundo da alma
Amanhecer com a certeza do dia em construção
Ser capaz, na tensão, manter a tão difícil calma
Entender que, na vida, nem tudo se encaixa
Dissabores também fazem parte
A autoestima muitas vezes fica em baixa
Mas a esperança não é item de descarte
Quando o sonho ainda pulsa vibrante
Por mais que, nos nossos momentos frágeis, ele decline
É porque foi atribuído à alguém especialmente gigante
Produza-se. Arregasse as mangas.
Faça acontecer. Seja vitrine
Tudo pode ser surpreendente e valioso
Quando o prazer de viver é a base de tudo
Se há fé, cada dia é milagroso
Quanto ao resultado, é aprendizado fecundo
Uma dica pra quem até aqui nada entendeu
Nem sempre o que queremos é o melhor para nós
O nascimento a bonança não nos prometeu
Vai devagar, para não ser o seu próprio algoz
Construa com carinho cada momento da sua história
Mas atente para quem é seu coadjuvante
Nem todos à volta são afins à sua vitória
Observe se derrotas são a tua realidade constante
Mas se tens ao lado um fiel parceiro
Alinhado à tua valiosa missão
Tens o privilégio de partilhar teu roteiro
E constatar o poder de uma sagrada união
Nada como a vida no sossego diário
Nada como uma noite relaxante
Do sono tranquilo ser o proprietário
Do arrependimento manter-se distante
Deixe a vida decorrer na certeza
Que não estamos sós nessa jornada
Quanto mais verdade e menos esperteza
Mais iluminado será o palco da tua chegada
p.o.e.s.i.a
eu poderia viver sem a p.alavra feito bicho o.dioso,
intratável e e.goísta, mas não abriria mão
(essa acostumada às nuvens) do s.ilêncio,
que me escuta, da i.lha, que me abraça, e das a.lturas,
que me cobram comp.a.i.x.ã.o
Vai servir um "Brunch"?
*
Fim de semana
Acordo cedo
E levanto tarde...
Fico na cama
Rabiscando poema...
Dou ordens ao mordomo
A este meu folgado pensamento:
Bote a mesa num texto,
Estou com fome, me mostre o menu.
E informe o que tem aí pra comer ou devorar.
Já sei!...Vai servir um "Brunch"
Um misto de café da manhã e almoço.
Olha aqui seu moço,
Sirva calado
Sem condenar o que eu faço...
Depois prepare o micro,
Hoje vou pular o muro
Dessa dura realidade...
Vou acessar as "minhas imagens",
Viajar meus olhos em lindas paisagens,
Quem sabe em uma a caminho do "México".
Naquelas antigas estradas poeirentas,
É nestas que farei um itinerário Poético!...
Nova publicação
"Lindo
e doce anoitecer" *
Quando o sol começa a se esconder, eu sinto-me uma criança, olhando a tarde morrer. *
Me vem a mente o teu rosto, teus olhos que presumo ser "castanhos" *
Minha mente logo quer escrever e desabafar o coração a falar de ti, das tuas palavras que leio nós versos dos teus poemas. *
Queria apenas saber que alegria é essa, que emociona-me se transforma em poesia e se resume depois em um poema, falando e pensando somente em ti...
*
Seria amor!?
Não sei?... *** (Francisca Lucas) ***
Quando um texto esta pra nascer,
as palavras circundam a minha volta, como querendo dizer:
"usa-me aqui estou!"
E elas
iguais parteiras
oferecem suas frases e vErSoS,
para apanhar o poema.
***
✍️🌹💌
<<< Francisca Lucas >>>
" AH, O AMOR "
Eu já vivi o amor! Ah… O amor…
Sublime, majestoso, embriagante,
um tanto mentiroso e arrogante
mas, sempre, um sonho lindo, encantador!
Me fez mais sensual, melhor amante,
voraz quanto à paixão em seu ardor…
No entanto, mais sensível, sonhador…
Um poeta em seu espasmo delirante!
Cravou-me à alma os versos da poesia
e fez-me estar bem mais em sintonia
com todo um cosmo de real candura…
O amor… Ah, sim! O amor mais verdadeiro!
Vivi-o como um sonho derradeiro
confiando, eu, inocente, em sua jura!...
**"Sem Resposta"**
**(Verso 1)**
Eu te mandei mensagem outra vez,
Mas o silêncio foi tudo o que você me deu.
Olho pra tela esperando seu sinal,
E cada minuto sem você me faz tão mal.
**(Verso 2)**
A saudade aperta o peito sem perdão,
Fica um vazio onde morava a emoção.
Já tentei seguir, tentei me convencer,
Mas sempre volto a te querer.
**(Ponte)**
Por que você não responde, não me dá atenção?
Eu só queria ouvir de você uma explicação.
Será que errei, será que te perdi?
Ou será que nunca estive aí?
**(Refrão)**
E eu choro, sozinho no meu quarto,
Com as lembranças que me deixam em pedaços.
Eu te espero, mesmo sem saber,
Se algum dia vai voltar a me querer.
**(Verso 3)**
No rádio toca a nossa canção,
E a dor aumenta dentro do meu coração.
Tantas promessas, tantos planos ao luar,
Agora tudo se perdeu no teu olhar.
**(Ponte)**
Por que você não responde, não me dá atenção?
Eu só queria ouvir de você uma explicação.
Será que errei, será que te perdi?
Ou será que nunca estive aí?
**(Refrão)**
E eu choro, sozinho no meu quarto,
Com as lembranças que me deixam em pedaços.
Eu te espero, mesmo sem saber,
Se algum dia vai voltar a me querer.
**(Final)**
Sei que talvez eu nunca vá entender,
Mas ainda assim não consigo te esquecer.
Te espero, mesmo na escuridão,
Com a saudade apertando o meu coração.
O mundo só vai mudar
Quando tivermos a tática
De tudo que nós falarmos
Seja também nossa prática.
Santo Antôniodo Salto da Onça RN
Sublime Estrela!
Num belo dia
Foi permitido
A uma estrela
Brilhar na terra.
Com sua essência
Sentiu a vida,
Brincou em cadências;
Sorriu na estreia!
Perante as sombras
Foi imponente
Do impossível
Fez sua plateia.
Protagonista...
Brilhou em vidas
E até nos "deuses"
Causou inveja!
A cada sonho
Foi aprendendo
Mostrar ao mundo
Tudo o que era.
Com um amor imenso
Brilhou pra gente
Sublime estrela;
Fernanda... eterna!
(Homenagem de Aniversário dedicada à grande atriz brasileira Fernanda Montenegro - 16/10/23)
Olhos do Coração!
Quando a visão falhou
Meu querer confortou
Minha voz confirmou
Inspirando a confiança
Quando a visão falhou
Meu abraço acalmou
Minha fé perfumou
Exalando em abundância
Quando a visão falhou
Seu coração notou
E o amor me enxergou...
Revelando a esperança!
Tanto!
De tanto me importar
Menti pra minha essência
Pequei pela insistência
O "nós"... quis consertar!
De tanto me importar
Clamei por paciência
O "estar" virou ausência
Do amor quis duvidar!
De tanto me importar
Sofri com a indiferença
Ganhei resiliência
Você perdeu de amar!
25/05/22
Chama-me
flor luminosa, cheia
de azul e verde, o ventre
criador de poemas, de sol, de
luzes, a rosa que respira... amor.
De tanto pensar que aos 90 chegaria,
Percebi que na crise dos 20 me perdia.
Pensei tanto em viver por muito tempo,
Que sobrevivi, mas perdi o momento.
Deixei de viver minha adolescência,
Pois morri na crença de uma falsa existência.
Acreditava que aos 18 seria feliz em qualquer lugar,
Com 16, sonhava com amores a encontrar.
Com 14, queria envelhecer pra enfim viver,
Mas hoje, nem 18, nem 16 posso ter.
Habita em mim o espírito de 90, cansado,
Viu a vontade de vencer dos 20 ser deixado.
Agora, tudo se resume a sobreviver,
Para um dia tentar, enfim, viver.
Perdido entre sonhos e realidade,
Busco um caminho para a verdadeira felicidade.