Poema 18 anos
Existência
O saber existencial
Onde saber que existimos
Mas, se comparando a tudo que
Podemos saber,
O que realmente se sabe,
Além da superficialidade,
Da atual Sociedade,
Do Racismo e preconceito
Na contemporaneidade
Ou, No que consideramos
Humanidade
Em que grande parte das vezes,
Nem sabemos se é realidade,
Ou mera ilusão,
Da grande Cidade.
Procurando a cura do mundo, em um só segundo.
Mas me sinto seguro aqui atras do muro.
Me debruço e seguro, o que gritaria ao mundo.
Eu já não aturo, qualquer vagabundo
que se acha dono do mundo
por possuir o ouro de tolo
que desvaloriza o outro
por ter dente torto, e não de ouro.
TRIGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO
Queira pois o Tempo e o Sem-Tempo
“Ksana” é momento favorável
hierofania do ser sagrado
iluminação dos opostos
no espaço do contraditório
produz ser e sabedoria
TRIGÉSIMO NONO HEXÁSTICO
esquece da morte profana
transcende-te a ti tão somente
verás que do eterno retorno
tua ossatura será outro verbo
após livre da mundidade
toda vida é sabedoria
À BEIRA DO CAIS
De João Batista do Lago
O velhinho sentado à beira do cais
é silêncio puro
num final de tarde febril
no ocaso de um dia de abril
onde o sol não sorriu para os cabelos brancos
feito asas de gaivotas soltos na imobilidade do vento
Sento-me ao seu lado
vazio...
e calado...
e mudo na prenhez do tempo e do espaço…
Os meus cabelos ainda estão viçosos
alinhados e sem quaisquer querelas com o vento
estão nervosos
e bem mais sofridos que aqueles cabelos brancos sustentados de experiências
capazes de tudo falarem sem uma palavra sussurrar
E eu tão jovem querendo auscultar
o lamento que somente as ondas do mar ouvem
caladas e correm como loucas para...
para guardar na profundidade do seu mar profundo e eterno
as minhas queixas...
as minhas querelas...
e todas as minhas
mágoas guardadas na plenitude daqueles cabelos brancos feito asas de gaivotas famintas do peixe
De repente
o velhinho sentado à beira do cais
levanta-se
e sem me dizer uma palavra
sem um adeus
sumiu na plenitude do tempo e do espaço
Fiquei só sentado à beira do cais...
Deus é bom.
Pela arte,
e pela lida,
Deus é bom.
Por toda parte,
e por toda vida.
Deus é bom.
Nos novelos,
e nos caminhos,
entre camelos,
e espinhos,
Deus é bom.
se alguém chora,
alguém diz paciência.
E nessa hora.
Vemos a ciência.
Que Deus criou.
Por isso Deus é bom.
Viver sozinho,
ou acompanhado.
E com carinho,
ser maltratado.
Chorar sozinho.
E ficar emocionado.
Deus é bom.
por que criou a vida.
e a lida,
que a vida traz.
Por que criou a união,
e na solidão.
podemos reconhece - la.
Por que criou a paz.
E na bagunça,
pedimos por ela.
Pelo pequeno chinelo,
que calça os pés.
E amortece o caminho.
Como Deus é bom.
Pelo ar,
pela voz,
por respirar,
Se sentir a sós.
Como Deus é bom.
Pela dor,
pelo amor,
Pela pequena flor.
Que diz o beija flor.
Como Deus é bom.
Pelo céu azul.
Pelas nuvens,
pelo urubu,
e pela chuva.
Como Deus é bom.
No cacho de uva,
sistema solar.
E para provar.
Que tudo tem criador.
Com tanto amor.
Deus criou.
como Deus é bom.
Pelo corpo,
e pelas funções.
Como Deus é bom.
Por caminhar,
Por chorar,
Por lamentar,
Por pensar,
Por falar,
Por tocar,
e sentir que,
Deus também está ali.
Como Deus é bom.
Pelos cabelos,
E por enxergar,
pelos joelhos,
e por se ajoelhar,
como Deus é bom.
Por ouvir,
e por estar aqui.
simplesmente.
Deus é muito bom.
por permitir.
Que vida passe.
depressa,
ou devagar.
só pra provar.
Que na quermesse.
e no próprio ar,
Ele também está.
Como Deus é bom.
Palavras
Conjunto de sons articulados
Quando de gestos de amor
Ao coração tem significados
Quando de brilho no olhar
Ao espírito vem acariciar
Quando redige sorriso
Aquece a alma, tira o griso
Quando repleta de emoção
Denota histórias de paixão
Quando de lágrima furtiva
Vem da operação acusativa
Quando sem sensibilidade
Ao medo traz autoridade
Quando nos da liberdade
Dá asas, sonhos, finalidade
Sempre expressando a nós
Diversidade. Desatando os nos
Que deixa o nosso viver calado
Aí então grifa elocução ao fado...
Palavras, sentimento ortografado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
“Flanco Véu “
Não o levarei ao céu,
Não rasgarei o meu véu,
Não farei de ti meu fel.
Não quero teu calor,
Não sabe ser amor,
Não guardo rancor.
Teu lençol é trapo,
Teu trato não trago,
Teu amor é fraco.
Meu certo imperfeito,
Não quer teu alento,
Aceito o esquecimento.
Não escrevam no meu corpo,
Palavras não poderei apagar,
A forte chama precisa findar.
Que tal gentileza?
Viver a leveza
dos movimentos a um toque,
o encontro do olhar sem esperas,
a escuta com alma,
e a paciência de saber ser paciente
num mundo com pressa
compressão
explosão
ainda assim,
resta a suavidade
de uma nova resposta:
a Gentileza...
Nasce uma estrela
Brilha forte e queima
Traz inveja ao de redor
Apagar talvez alguém queira
Por vezes tentaram
O brilho fraquejou
Mas Deus não permite
Que derrubem o que ele criou.
Aprendemos a correr atrás do impossível, como o tempo que degenera.
vivemos expectativas de algo surreal dando conceito a algo além do dia.
Quando um sorriso vai te emocionar?
No oceano naufraguei em tuas palavras afoguei.
Distraido com o céu e os planetas a testemunhar;
Em uma concha aos meus pés, um eco, tua voz, sem explicação.
Duas distancias de um único meio de sentir.
Uma historia e duas formas de imaginar e levar;
Lembranças de um futuro com fotografias retro.
Ponte aérea Porto alegre e Paraguai.
Espero não deixar a saudade matar.
Eu peço que não tente desafinar meu riso frouxo.
Pois não podes imaginar como estou feliz com minha loucura.
Todas noites eu fecho os olhos e me emociono de tantos sentimentos vivos que borbulham.
Feio é não sentir, feio é não sorrir, feio é de definir.
minha mania de corrigir brinquedo torto não vai mudar...
Pois amar não é delimitar o que de belo a vida te ensinou a compartilhar.
Quando te delegam poder, você usa ele para florescer relações inspiradoras ou vira escravo do próprio ego?
A empatia humana que existem em nós vai muito alem do ser profissional. Muitos "criadores de realidades" deixam de lado a razão e a ética e se deixam mover por pequenas vaidades.
A forma como você toca o mundo é um eco da sua alma, ela fala apenas sobre você. Faça parte de uma nova era, ame novos ciclos, seja liderança e lembrança inspiradora.
E terminou tudo assim
História sem início e sem fim
Um beco sem saída
Uma verdade não vivida
Aquele passo não dado
Aquele grito abafado
Aquela frase abortada
Aquele silêncio gritante
O incógnito semblante
Um poema nunca escrito
Aquele começo infinito
E aquele adeus nunca dito...
Ganância
Vivemos em um mundo sublime
E o tempo voa,
O ar flutua
Entramos em obstáculos, sem volta
Caminhamos no infinito cosmo
Onde a vida vira sonhos.
E enganos.
Os seres brigam entre si
Onde a ganância vira caos:
No amor, no prazer, na misericórdia,
Na guerra...
Tudo vira e cai em si mesmo.
Tudo está azul
Sinto um lindo cheiro no ar!
Alguma coisa vem de longe
Caminhando como uma dança
Cheiros de mar
Dentre as nuvens
De todos os meus sonhos
Ilusão...
É a essência do dia
Que me desfaz de todos os tormentos!...
De todos os momentos
Enquanto isso passa,
Tempo!