Poema 18 anos
Seria eu uma pessoa fadada a solidão?
Será que algum dia sorrirei sem me preocupar?
Isso me tortura todos os dias, e a resposta dessa questão eu sei, não?
Basta uma noite silenciosa para a tortura começar
Queria novamente chegar em casa e ter alguém para me receber
Já cansei de ouvir a torneira gotejar
Estou perdido, não sei mais o que fazer
Por fim, me resta ao silêncio me entregar, e lágrimas derramar
Estou vivendo com várias incertezas
Será que daqui uma semana aqui vou estar?
Ou irei entregar todas as minhas defesas
É nisto que a dias venho a pensar
A Maldição
O dom maldito de um poeta, que coloca os sentimentos em meio as rimas
Dom maldito que é suprido pela dor e sofrimento
Alimentado por lágrimas
Dor que destrói tudo o que no coração há dentro
Na alma um buraco vem a se abrir
Aos poucos seu mundo vai perdendo toda a felicidade
Quando se nota, você não consegue nem mais sorrir
E ali, você vê toda a verdade e observa como é a realidade
É doloroso ver aos poucos sua alma morrer
E no fundo você tenta lutar
Porém não há mais nada o que fazer
E por fim? Lhe resta sonhas e sentimentos tristes em pequenos versos rimar
Oi silêncio.. você está ai?
Eu prometi que nunca mais te procuraria
Mas não consigo mais sorrir
Prometi pois achei que isso novamente não aconteceria
Mas vivo em um loop infinito
Em que por curtos periodos fico bem
Esqueço de tudo e vivo com a leveza de algumas penas
Mas tudo isso se esvai para o além
E resta-me tristeza apenas
Sabe silêncio.. eu estou perdido
Sinto que não vou me encontrar
Pois como uma criança alegre e pura, já não tenho mais sorrido
Já são incontáveis as vezes que me deparei a chorar
Juro que estou suportando o máximo que puder..
Mas venho morrendo a cada dia
Não se surpreenda de em algum dia eu aqui não estiver
Saiba que pelo menos, a dor deste aspirante à poeta se cessaria
Naquela noite eu escutei a sua promessa
Eu te vi desabar como jamais tinha visto
E confesso que doeu à beça
Pois por mim, você é benquisto
Aquela noite choveu, e como choveu
Fora de casa molhava a rua, e dentro molhava o travesseiro
A melhor parte daquela noite, foi quando a vista escureceu, e você adormeceu
Pois neste momento você repousou, e seu sonho foi seu maior conselheiro
Por algumas horas, sua mente parou de te torturar
Por algumas horas, você conseguiu ser feliz de verdade
Mas quando você acordar, toda a dor irá voltar
Eu e você sabemos qual é única coisa disso que lhe trará liberdade
Por que você parou de lutar?
E vi quando de ti, aquele antigo monstro veio a dominar
Você disse que deste monstro, era o maior guardião
Mas você o deixou escapar... Você se entregou a escuridão
Você tinha um sorriso tão radiante
Eu sei que isso de você vieram a arrancar
Toda aquela dor incessante
Mas você não podia parar de lutar...
No dia em que toda essa dor veio à tona, a todos surpreendeu
Por que era você que de alegria a todos a sua volta encheu
Por que você não se deixa ajudar?
Se a todos a sua volta, é você quem faz a cabeça levantar
Meu maior medo é um dia você transbordar
E sabemos qual fim isso lhe trará
Mas uma coisa eu te digo...
Até o fim, até seu último suspiro, estarei aqui contigo...
Ass: Gustavo A. Justino
Ele tentou tanto se moldar para agradar
Que no final de algo importante veio a esquecer
Sem perceber, começou a se machucar
E hoje em dia não sabe quem é ou quer ser
Aquela frase citada: "Pessoas confusas machucam pessoas incríveis". Nunca fez tanto sentido
Pois alguém incrível, perdendo seu brilho no olhar
Por conta de estar ferido e nem terem percebido
Tanto ajuda, mas no fim, suas lágrimas sozinho tem de aguentar
E como dói não é verdade?
Essas lágrimas são tão pesadas
Elas doem tanto.. parecem uma enfermidade
Mas nem são notadas
Pois de ti a dor se apossou como morada
De lágrimas seu peito se inundou
E no silêncio da noite calada
Sua mente por ajuda implorou.. mas novamente, ninguém escutou
Nem sempre poemas que exalam felicidade
Muitas vezes relato a tristeza.
Mas a exalto na sua mais pura essência e beleza.
Usufruindo destas linhas para frases de amor;
E das entrelinhas para sentimentos de dor.
A natureza e ela
Seu nome me lembra as ondas do mar
Os seus olhos me lembram o mais lindo luar
E eu não posso negar, seu abraço é onde eu queria fazer moradia
Para algum dia desfrutar de te ver acordar, quando o sol raia.
Você é a natureza.
É a mais pura beleza que se pode apreciar
O mais delicado vinho que se pode tomar
E caso não goste de beber, por favor, me deixe viver ao seu lado
Eu ficaria desolado de não poder te ver
Você é a natureza.
É a viagem mais perfeita para Veneza
É os novos ares de um local distante
Lá se acha diamante, mas nunca a preciosidade do seu semblante
Você é a natureza.
E não se engane, você não vai ser desmatada ou prejudicada
No quintal do meu coração não vai te falta nada
E vamos, juntos, colher os frutos do nosso amor, por isso esteja preparada.
Você é a natureza, e como explicar que sem você não há vida, que me faz respirar ao mesmo tempo que me alucina... É algo essencial, que pode ser prejudicial, mas assim é o amor, algo inexplicavelmente natural.
Você é a minha natureza.
Força de Vontade
Nenhum sacrifício é eterno, um dia todo mundo que luta e corre atrás consegue chegar no topo da escada.
O que o amor faz com a gente
Sei lá
Às vezes a vida é assim
Hora parece uma brisa suave no rosto
Hora parece um tsunami que engole uma cidade inteira
Parece besteira
Bobeira
Um assunto sem eira nem beira
Às vezes a vida parece uma grande mentira
Mas o amor é de verdade
É lealdade
É honestidade
É vitória
É história
Sim
Às vezes escória
Como numa cidade deserta
No tempo esquecida
Perdida
Ferida
Aniquilada
Despojada
Mas quando aquilo que é verdadeiro se manifesta
A cidade então é restaurada
Erguida
Suprida
Reconstituída
E algo semelhante acontece em nossa vida quando o amor verdadeiro se manifesta
Tudo se renova
E a vida
Que as vezes dá tanta volta
Nos coloca de volta no mesmo lugar
Mas não da mesma forma
Primeiro ela nos deforma
Depois nos forma
E de uma maneira excepcionalmente absurda e perfeita
Ela nos transforma
Eu vou e volto
No mesmo lugar
Mas igual jamais
E sim diferente
Agora um indivíduo experiente
Muito mais inteligente
E depois disso?
Que tipo de ser humano eu me torno?
Um ser complexo
Fico perplexo
E agora só vejo o reflexo
De minhas próprias experiências
E é exatamente aí que se revela um ser humano consciente
Quem sabe um soldado insistente
Que ao olharmos no fundo dos seus olhos
Veremos as marcas de um sobrevivente
É justamente isso que o amor faz com a gente
Nos torna mais resilientes
Eficientes
Coerentes
Prudentes
Transparentes
Pacientes
E aprendentes
É isso que o amor faz com a gente
Labirinto curto
A manga da blusa vai queimando
Devagar,
Vai chegando no coração e
Para de queimar.
O fogo do inferno ainda é pouco
Perto das decepções jogadas
No rio ao lado.
Subjetivo se torna o gelo
Que se esconde entre a costela
Tentando convencer a lua
De que o sol é apenas luz morta.
Tão tolo humano,
Pensas que tudo dele é dele.
Mas tudo que o pertence,
Um dia vai estar sendo vendido,
Jogado fora,
Ou sendo gasto na mão de outra pessoa.
No fim, é só pele e suor,
No labirinto curto da vida.
Angustiado coração
Ainda sinto o cheiro
O toque, o beijo
Embriagado de paixão
Latente desejo
Melodia de arpejo
Dependente compulsão
Lascivo e imoderado
Anseia o ser amado
Sestrosa condição
Noite fria
Cama vazia
Enfim sós, melancolia.
Eu tenho que ver meus amigos
Passar um tempo junto
Fazer umas palhaçadas
Fazer da noite um vulto ...
Eu tenho que ver meus amigos
Passar um tempo junto
Ter um pouco de nada
Já que eu não tenho tudo ...
Ó meu sol
Eu te amo tanto
Não preciso das outras estrelas
Pois vc ja me ilumina por inteira
Os seus cabelos são como fios de ouro
Você não enxerga a grande beleza que tem
Seu rosto como de uma pintura
Não quero dizer adeus
E sim um até breve
Obrigada por tanto
Sempre foi mais fácil ficar olhando para o céu enquanto as nuvem partiam.
E eu sempre quis ser as nuvens, mudar de formato e pode ir a todos os lugares ,contemplar de cima a pequinês humana que tanto me fazia querer crescer voando...
Hoje olho meu álbum tentando reconhecer a garota que queria voar e vejo que ela agora só quer pousar, pousar na paz do dia a dia, conseguir levantar de cabeça erguida ainda que os pés não saiam do chão; a garota de ontem esperava ansiosa o final de semana para viajar , hoje ela viaja em seus pensamentos que outrora a fazem levitar; a garota que de criança sabia que o tempo não andava e sim corria, que tanto temia a virada de ano e não gostava de festas natalinas, hoje queria que do lado da família e amigos passar todas essas datas pertinhos...
ontem meu relógio parou e até agora não consigo lembrar o que fazia naquele horário; a vida corrida desgasta os sapatos o tempo e até as lembranças...
E meus cadernos ainda com páginas em branco e sem que eu tenha o que escrever, estão envelhecendo, sem serem escritas novas histórias, esta sim é uma triste forma de morrer...
Por vezes me perco viajando em tempos que já estive e em outros que não sei como serão.
Saber o que se espera do futuro nem sempre é suficiente, as vezes queremos regular os ponteiros quando o relógio não nos pertence, uma forma de tentar correr mesmo sabendo que a aprendizagem se faz principalmente no início do andar, onde as pernas ainda bambeiam.
Quando fechamos os olhos e abrimos o coração nos vem respostas que nem nós somos capazes de elaborar.
Sentir as intuições, porém sem desacreditar das intenções...
As maiores revoluções acontecem no interior e nem sempre é visto a olho nu, nosso universo está em constante caos, ainda assim a ordem existe.
Ela existe , mesmo que minha visão fique embaçada e que meus passos rápidos percam a pressa por medo de tropeçar.
São instantes de perca do chão, voo livre, pássaro preso, remessas de vozes, escassez de sons; e ainda que tenha contrastes, as cores do amor que sinto é reluzente e transparente, meu amor que se faz puro não tem cor, porem todas as cores se cabe.
Então vem comigo para se desconstruir, deixa eu me fazer de casa e sempre que cansada em mim encontrar descanso, me deixa ser teu abrigo e se houver perigo segurança em mim sentir.
Me deixa ser, se eu não for me diz...
O Pintor de poesias
Assemelha-se o poeta,
A um jeitoso pintor,
Que após desenhar a reta,
Faz um quadro de valor.
Enquanto o dotado artista
Pinta as cores de uma flor,
O hábil e audaz lirista
Acha a alegria na dor.
Imagens a tinta escreve
E a palavra pinta rima;
Mesmo um feito muito breve
Torna-se única obra-prima.
Risca, pincela, sombreia
Às letras mortas, aviva.
Zela, contenta, anima
Ao bom descanso convida.
Pensa, avalia, medita,
Às cores mortas, alegra.
Rima, argumenta, versa
À bela arte invita.
É o pintor de poesias
E o poeta de afrescos.
O feitor das alegrias
E dos autos principescos.
Vinde à agradável arte
Do espírito eloquente.
E pintai seu estandarte
Adornado belamente.
A uma professora que partistes
Professora tão cedo partistes
Deixando a saudade entre nós
E em todos os seus
Foste tão guerreira em sua luta
Mas, agora estás aí com Deus
Em vida fostes a criança em colo
Foste a adolescente de sonhos
Foste a mulher que amou
Foste a mãe que destes consolo
E também a professora que ensinou
Não nos conformamos com sua ida
Mas, descanse em paz amiga querida
Descanse na eternidade com Deus
A todos nós ficará a saudade imensa
E rezaremos por ti e pelos seus
Você estará sempre em nossa lembrança!
Maria Lu T. S. Nishimura
Passo o dia chorando
Trabalho mal minhas ideias
Não preciso de corte minha alma tá sangrando
Preciso de ajuda mas a solidão é a minha plateia
Preciso de amor mas não me amo
Finjo que está tudo bem mesmo não estando
Não da pra viver sorrindo e chorando
Queria ver minha mãe caminhando e vivendo
Enquanto isso eu estaria num caixão
De mim mesmo sou refém
liberdade de tirar sua vida é uma prisão
Drogas me mantém vivo mesmo quando estou morrendo
Prometi que ia me matar aos 21
5 anos da depressão e uma hora essa bomba explode
Troco livros raros por uma dose de rum
Monstros de 21 cabeças, chora e não morde
Vivo versos sem verve
Vou viver como verme
Ou escrever como Verne
Cartas manchados para hermes
Tempo passando e eu sofrendo
Liberdade pode ser cantada
Mas a prisão é escrita no tempo
A loucura pode ser materializada
Troquei a corda pela corrente
Obeso demais, preciso de algo mais resistente
Dismorfia desde criança
Quando fui magro eu estava doente, eu quero a morte e ela é vingança
Soro do super soldado é heroína sem esperança
O amor é uma equação com variáveis infinitas.
Não há uma maneira certa de falar.
Não há uma maneira certa para escrever.
Não há uma maneira certa de o viver.
Mas o amor transforma todos os errados em certos.
Ah isso sim