Poema 18 anos
Quando você lida com coisas mitológicas por alguns anos, você aprende que paraísos geralmente são lugares onde você é morto.
Eu treinei 4 anos para correr apenas 9 segundos. Tem gente que não vê resultados em dois meses e já desiste.
Bendito é aquele que inventou os dias, os meses e os anos, pois nos fazem lembrar que a vida não é uma linha reta com início e fim, mas um eterno recomeço.
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: não tenho neles prazer. (Eclesiastes 12:1)
Por muitos anos procurei-me a mim mesmo. Achei. Agora não me digam que ando à procura da originalidade, porque já descobri onde ela estava, pertence-me, é minha.
Muita gente entra e sai em tua vida ao longo dos anos. Mas só os verdadeiros amigos deixam impressões em seu coração.
Se você quiser um ano de prosperidade cultive grãos. Se você quiser dez anos de prosperidade, cultive árvores. Se você quiser cem anos de prosperidade, cultive pessoas.
Sinto como se tivesse envelhecido dez anos ou mais, por ter parado no tempo para repensar o que fiz, o que sinto, o que escrevo sobre as coisas. Cada palavra faz parte de mim, de cada pensamento, cada ideia que tenho. Vivo momentos tristes, felizes, revivo lembranças que estavam esquecidas na minha mente, e procuro esquecer de pessoas que não me fizeram e não me fazem bem. Aprendi a me desapegar das coisas e criar novas histórias, novos momentos, esquecer de certas coisas, viver cada dia realizando tudo aquilo que posso, esperar mais das pessoas, pois surpresas podem acontecer todos os dias. Descobri que para se ter felicidade, é preciso saber viver, olhar para frente e destruir obstáculos, cuidar de si, saber a hora certa de dizer e se calar; hoje, mais do que nunca, tenho a alegria de poder dizer que me sinto bem sendo quem sou de verdade, pois é preciso se descobrir aos poucos, decifrar o que a vida lhe dá, e agora percebo quem eu realmente sou, e adivinha… eu amo ser assim!
Que importam os anos? O que importa mesmo é comprovar que, afinal de contas, a melhor idade da vida é estar vivo.
Não existem casais perfeitos. Existem pessoas que se dão bem por algum tempo, anos, ou por uma vida inteira.
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!
Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.
...MaisOs vinte anos remetem ao fim da mocidade
Inicia-se um ciclo escorregadio, o prêmio marcado pela idade
Tem marcas mais profundas, o deleite de uma esperança
Calada tão cedo por uma política de amargas alianças
Meu país não é meu lar
Não me restam forças, inda na mocidade, para lutar
Essa profundeza de abismo coberta por purpurina
Não engana minha mocidade, trágica euforia
Ser não mais nova
Ser inda não velha
Resistir para que os versos em mim resistam
Insistir para que as saudades em mim não consistam
Com o eterno esperar
Olhos de alma inquieta
Tão só, naufragada
Refugiei-me em ilusões incertas
Sonhei como marinheiro, a espera da alvorada
Vinte anos, o nada
Bilhões de anos, astrais
De que me valeria a estadia
Se a alma não regozija? Se a alma não tem paz?
E de que valeria a paz
Se só se mostra ela presente
Ao término do ciclo
Da vida intermitente?
Se tantos sonhos ainda sonho
Se tantos versos não sou mais capaz de compor
Por onde anda o sonho de marinheiro
Que um dia em meu peito desabrochou?
Se puder, eu, enfim, ser borboleta
Sem rumo, vagar entre flores do equinócio primaveril...
Por que não veneramos também as mariposas
De vidas noturnas, outonais de abril?
Se tantos sonhos já desisti de sonhar
Por que ainda é latente no peito
O esboço do desejo
Da eterna desventura?
Eu quero me calar
Eu quero gritar aos mares
Para a moça bonita que passa
Que traga a vida na morte
A resposta inconstante
De como se navega para o norte
Fatigada dos sonhos
Do deixar de sonhar
Alçar os céus no prumo da borboleta
Nos ventres da mariposa, repousar.
Fazer 30 anos é como alinhar os astros do nosso próprio universo.
Já não somos o que querem,
já não queremos agradar,
mas ser em essência.
Muitos passaram,
mas só continuam os que vibram na mesma frequência.
É valorizar, mais do que nunca, o que realmente importa.
Chegar aos trinta anos
Quando se chega aos trinta anos
Você vê que amadureceu
Quando percebe que seu receio
Aos trinta não aconteceu
E que o medo da casa dos trinta
Era bobagem e preocupação tola
E ao invés de ser gatinha
Agora quer mais é ser uma loba
Mesmo sendo mulher madura
Seu lado menina não deixa morrer
Percebe que a força interna
É o que te faz rejuvenescer
É assumir que ama poesia
Marisa Monte, Roberto Carlos e Peninha
É não se importar com o que pensarão de você
Chegar aos trinta é então perceber
Que cada fase tem seus encantos, sua magia
É querer chegar aos quarenta ou cem anos
Sendo a mulher mais feliz dessa vida.