Poema 18 anos
Quem me dera
Quem me dera voar como a águia... esquecer que ao longo da vida perdi algumas penas e outras que foram arrancadas
Quem me dera contemplar a aurora do amanhecer a beira de um penhasco onde nasce a flor rainha do abismo
Quem me dera sobrevoar o oceano acima das nuvens escuras onde o céu permanece azul e o sol radiante
Quem me dera despender das velhas penas, bicos e garras curvadas e voar sem destino pré definido
Quem me dera cruzar o céu ao som da brisa suave, bailar e cantar a mais bela canção
Quem me dera alçar voo ao seu lado sem olhar para trás... pois o universo é pequeno e a vida curta demais
Quem me dera, quem me dera
Se permitir abrir suas asas
Se permitir ver a vida além do horizonte
Se permitir um novo caminho
Se permitir uma nova história
Se permitir voar ao meu lado
Quem me dera, quem me dera
Amor, amor, amor
Será que o amor existe?
Ou apenas em poesias e contos de fadas?
Se existe, porque ele é efêmero?
Porque o amor machuca?
Será que o amor é para todos?
Ou poucos para o amor?
Talvez o idealizo demais
Tipo Romeu e Julita
Amor eternizado por shakespeare
Amor, amor, amor
O que será o amor?
Tangível, intangível, louco, sublime...
Amor que nos eleva
Ao céu e ao inferno
A confiança e a dúvida
Amor que as diferenças atraem
Com o tempo as diferenças
Questionam o amor
Mesmo com tantos questionamentos
Me pergunto o que seríamos de nós
Se não existisse o tão questionável amor
O amor que nos eleva
Ao céu e ao inferno
A confiança e a dúvida
Amor, amor, amor
Será?
É madrugada
A lua sussura-me algo
Porém o vento dispersa as palavras no ar
Não permite que eu as ouça
Será que a lua também conversa contigo?
Diz-lhe o quanto te amo...
Diz-lhe que nas madrugadas corro para a sacada imaginado que está vindo ao meu encontro...
É madrugada
A lua sussurra-me algo
O vento já não se importa
Meu coração chora ... chora a sua ausência
Me diz
Reamente existe ou será fruto da minha imaginação?
Nos meus sonhos és tão real
Do nada invade minha mente, meu coração, minha alma
Por onde andarás ... sinto que existe em algum lugar
Quem sabe vagando em algum relacionamento vazio e exausto de me procurar
Tenho te procurado a cada segundo, dias, meses e anos
Meus dias e noites são longos e vazios
Despertar é doloroso e adormecer traz um breve descanso da procura implacável por você
És tão real quanto o vôo de uma águia
e abstrato como a brisa do mar
Nos meus sonhos, sinto que está chegando...
Reamente existe ou será fruto da minha imaginação?
Me diz
Irineu,
Viveu,
Filho de liceu,
É judeu,
Foi no Coliseu,
Se entorpeceu,
Falou do fariseu,
Se comoveu,
Depois escafedeu,
Quando Entendeu,
Aí escreveu,
Esclareceu,
Que Sou seu,
Cresceu,
Leu,
Virou ateu,
Prometeu,
Depois concedeu,
Do que assucedeu,
Mas dependeu,
Do Morfeu,
Foi pro parque Ateneu,
Quando ele bebeu,
Ganhou e perdeu,
O pneu,
Então se converteu,
Tudo esqueceu,
Quando se submeteu,
Algo lhe favoreceu,
Foi pro breu,
Quando ocorreu,
Que se envolveu,
Em algo bateu,
Era o museu,
Que acometeu,
Disse que doeu,
Então adoeceu,
Algo lhe absoveu,
Quando ele creu,
Achou que valeu.
Faleceu...
A noite a lua,
De dia o sol,
Vivo tudo,
O frio,
O calor,
Alegria,
E a dor,
Até amor,
A família,
Amigos,
Mas Sozinho sigo,
Tento achar,
O mar,
Pra poder me encontrar,
Me perco,
Depois te acho,
Olho e vejo,
Daí percebo,
Pequeno riacho,
E uma vizinha,
Sozinha,
Lavando roupa,
Criança no colo,
E bem lá no solo,
A plantação,
Bonitas maçãs,
E hortelãs,
No meio um sorriso,
Por que,
tudo isso?
Nem sei,
Pra que?
Ou mesmo,
Por que?
Que o vento sopra,
O dia raia,
A tropa,
E a traia,
Se arruma,
Se vai perder o rumo,
E tudo vai,
Morrer.
O EGO
Você pode sair da prisão!
Você quer sair da prisão?
Você se acha livre?
Acha que vive?
Então pensa o que quer?
Ou faz o que quer?
Não obedece o tempo?
Você controla o tempo?
Ou te controlam?
As vezes você enrrola?
Vai pra onde quer?
Ou tem o que quer?
Pra que isso?
Por que isso?
Vida, mundo, trabalho, lugares e pessoas,
Um fardo,
Ou uma diversão?
Você tá de que lado?
Se vê libertado?
Ou na prisão?
Tudo pode?
Ou chora também?
Acha isso um trote?
Como eu também?
Ou
Muito surreal,
O bem e o mau.
Até o final.
Tchau...
Desleixado,
Jogado na rua,
Olhar parado,
Contemplando a lua,
Passar da noite,
Ouvindo os açoites,
Querendo viver,
Pensando como fazer,
Tem esperança,
Nessa luta,
Nunca se cansa,
Da labuta,
O sol já vem vindo,
Já estou sentindo,
Luz para nós,
Pra todos vocês,
E os que estão a sós,
Parece que vai chover,
Debaixo da ponte,
Pode se proteger,
Alguém mais se esconde,
Daqui dá pra ver,
Pensei ser sozinho,
Da pra entender?
Vamos ficar juntinhos,
Ali vamos nos esconder,
A chuva passou,
O sol raiou,
Lindo dia começou,
Fico de pé,
Vou logo correndo,
Quem mais quiser,
Vai lendo,
Essa passagem,
Que é homenagem,
A solidão nas ruas,
Das almas nuas,
A vagar,
A vida passa devagar,
Da a impressão,
Talvez não.
Não tem como saber,
O triste viver,
De alguém deste jeito,
Perdido desnorteado,
Meu amigo,
Falar é fácil,
Difícil é poder ajudar,
Feito madre Teresa de Calcutá,
São Francisco de Assis,
Que em algum lugar está,
Mahatma Gandhi,
Só pra agradecer,
Chico Xavier,
Não da pra esquecer,
Buda e Lao Tse,
Bezerra de Menezes,
Quantas vezes,
Jesus,
E tantos outros
Que a eternidade,
Lhes eternize,
E gratifique,
Como merecem...
A vida agradece,
E ninguém esquece,
A bondade,
E a caridade,
De verdade,
Solidariedade,
Por toda parte.
Sentimentos adormecidos
Antes da estrela do dia acordar
Abri asas em voo solitário
Rasguei penhascos e oceanos
Em busca do tudo em busca do nada
Alimentei-me de outrora esquecida entre nuvens escuras
Bebi o cálice amargo do abismo entre nós
Seu nome ecoou através de gritos sentidos
Acordando lembranças de outros tempos vividos
Solitária como águia fiz do deserto morada
Icebergs aqueceram minha alma gelada
Sonhos guardados deslizaram entre os dedos
Caíram sem chance de serem alcançados
No peito coração partido batia o pranto da dor
Nos lábios o canto cinzento sufocou o canto da fonte
O véu que abraçava o silêncio dissolveu com a voz do trovão
Acordando raios que iluminaram sentimentos adormecidos
A morte é tão doce,
quanto a sorte que te trouxe,
Se não fosse,
A tosse,
Tudo que se retorce,
Em sua passagem,
Até que forcem,
A homenagem,
Que deveria ser,
Um incrível viver,
Caridade e amor,
Provando ser professor,
De matéria tão repetida,
Por tantos nessa história,
E quantos nessa vida,
É só buscar a memória,
Sair da corrida,
Da tentação,
Da reprovação,
Desta massa falida,
Que destroe o viver,
Só quem não vive pra saber,
Que o animal morre,
Só pra comer,
O desmatamento,
Só pra comer,
Acham que dura pra sempre?
Vamos ver...
Também gostaria,
Mas nossa rebeldia,
Me fez refletir,
Nessa covardia,
Que fazemos aqui,
Somos seres humanos,
A causar tantos danos,
E a proibir,
O saber,
Desta ilusão,
Que acaba com a morte,
Ou com a devastação,
Quando vem o furacão,
Terremotos e guerras,
Aí toda ilusão
Se quebra,
E enxergamos a verdade,
Fim da nossa vaidade,
Somos frágeis
Basta tempestade,
Pra ficarmos amáveis,
Como entender,
Uma vida inteira,
Ou várias pra ter,
Uma razão passageira,
Uma intenção
Verdadeira,
Pra todos,
Pra tudo,
Absurto...
Acordei e me pus a falar,
Levantei sai pra andar,
Caminhando devagar,
Protestando na vida,
Alguém a vagar,
Alma perdida,
Ou não,
Atenção...
Era reflexão,
Com toda razão,
Cheguei na conclusão,
Que alivia o nosso coração.
Cai a chuva,
Nasce a uva,
Enfeita a viúva,
Para o velório,
No envoltório,
O Sr. Pretório.
Que faleceu.
Morreu.
Polos Opostos
Pois não deve ser coincidência
Delas estarem assim tão próximas
Mas ao mesmo tempo tão afastadas
E ainda assim se mostrarem presentes em minha alma
Como dois polos opostos
Mas que fazem parte do mesmo conjunto
Visões que se complementam
E dão sentido ao mundo
Hei de conseguir expressá-las
Através de meu estudo
E de imaginá-las
Com o que em mim é profundo
Pois com ambas eu sei:
É possível mudar o mundo.
E caso seja difícil
Crio outro em meu imaginário
Utilizando da poesia e da filosofia
Já tenho pronto o meu cenário
O Gigante Adormecido
Num dia de calor em meio a vulcões
Ele emergiu do fundo do mar da vida
Ao seu redor viu explosões
Mas seguiu em frente tornando a terra garrida
Durante muitas luas mudou seu ar
Durante muitas chuvas veio a se molhar
Durante muitos dias precisou caçar
Durante muitas noites tentavam o assassinar
Mas ele não queria parar
Do lugar que o via como estranho
Ele veio a ser senhor
As feras tornaram-se parte do rebanho
Mas ele ainda sentia dor
O que queimava e partia a pele
Agora ardia no fundo da alma
Quando ele pensava estar seguro
Percebia em si algo obscuro
Durante muitas manhãs queria descansar
Durante muitas tardes precisava trabalhar
Durante muitas noites tentava se aconchegar
Mas era nas madrugadas que ele se via ao chorar
Mas ele não queria parar
Do lugar que ele era senhor absoluto
Ele já não tinha tanto amor
Pensando que tinha tudo
Só tinha olhos que viam vultos
E então
Quem sorria ficou de luto
Quem perdeu seguiu a luta
Quem estava junto era tudo
Quem venceu não tinha culpa
E ele precisou descansar
Começar de novo.
Uma dia novo,
No meio do povo,
Comendo ovo,
Pra se entreter,
Ver o tempo passar,
Tudo isso pra que?
Um novo dia esperar,
Para começar de novo.
Vir.
Vida,
Planeta,
Grande teatro,
Palco de ilusões,
Parecem ter corações,
Mas sempre vivem em aflições.
Precisamos de boas intenções,
Já Chega de falar palavrões
Necessitamos de perdões,
Mais colaborações,
Boas funções,
Boas ações,
Canções,
Morte,
Fui.
D'ia clareou
E'ntendeu?
L'ugar lindo,
Ì'amos juntos,
R'ua parada,
I'gual ontem,
O'utros viram,
S'ua face.
A'manhece o dia,
L'abor a seguir,
I'nsvetirdor contagia,
V'endo amor,
I'igacões e mensagens,
O'nde me pedem.
Quando a chuva cai,
O vento vai,
Saudade do pai,
Chove de novo,
Fim de um dia,
Saudade judia,
Vida vazia,
Longe de tudo,
No seu mundo,
De sabedoria.
Flor,
Belo dia,
Regue minha alegria,
Lave minhas vaidades,
Encontre minhas verdades,
Me ajude a descobrir ruindades,
Saudades,
Da horas passadas,
Da vida tempestiva,
Que imperava,
minha alma vagava.
Pelos doces sorriso se encantava.