Poema 18 anos
não se banhe no deserto
abraça-te em um mar aberto
beija-te com um oceano infinito
se envolve num jardim bonito
Na floresta das arvores gigantes eu
caminhava,
imerso em meus pensamentos eu flutuava,
trazendo a paz somente a verdadeira paz,
que minha alma enfim procurava.
Outrora me debati em perdição
Como irmão
Lhe dediquei o mais puro amor
Era pouco não havia calor
Pouco depois em devaneio e prosa
Me esclareci em versos
E clara como verdade
Descobri meu amor
Perfeição
Em meio a tanta sinceridade
Eu amor de tenra idade
Me enamorei como menina
E em loucura e chacina
Fui aos poucos me tornando vazio
E perdida em concessões
Me vi sem vida
Tudo era você
Tudo era para você
Tudo em vida
Que em peleja só teve ida
Por enquanto em força quente
Eu ministra de vontades próprias
Me vi em rasteiro diário
Já não era eu
Era um trapo em aceite escancarado
Que um tudo um farrapo melindrado
Fui secando
De generosidades
Hoje sou pedaço
Fragmento de alegria à procura de um sorriso
Me exauri
Sou um ar viciado
Que balança calado
Prestes a cair
Me seguro em podre
Um amor magoado
Que nem em dia sem medida
Reza e deseja a despedida
Fruto de meu maior valor
Rasga - me o peito porque é dor que se abunda
Em síntese a lua cheia me inunda
E perece meu peito feito noite escura
E como dura
Rasga meu peito porque fundo foi
E o inesperado a seda corrói
E um torpor dilacera as trevas
Já não aguento
E que me passe o tormento
Porque dilacerando de tanto tanto
Já não sei se levanto
É inundação meu pranto
E amanhã quando o dia levantar
Estaremos cheios de buracos
Fracos buracos a vagar
A procura sempre devagar
E assim serão muitos e corroi
Serão fontes inesgotáveis de lembranças
Saudades que trarão herancas
Traga ar meu peito dói
Mas depois saudades
E assim vazios e odores
Que serão preenchidos
Com perfumadas flores
16/01/18
Rotina
“Bom dia,
Mais uma manhã se inicia,
O sol no céu e a polícia na periferia.
Helicópteros sobrevoando e as crianças pra escola caminhando.
Seis da manhã vocês não querem nem saber
O que pode acontecer? Só Deus pode saber.
Na prece de cada um “que eu não seja mais uma vítima, amém”,
A culpa é do governo que não enxerga o que há além,
Há amor e luta, sobreviver aqui é maior loucura.
O bandido vende seus bagulhos pelas de cem, mas os políticos lá do Plenário lucram também.
A TV ensina que somos maus: as pessoas de cor, os gays, os favelados etc e tal.
Não nos querem nas praias, não nos querem na Zona Sul,
Mas se eu der calote, chego até em Istambul.
Polícia, pare de nos matar porque é moda! Na hora cês não pensam, mas tudo que vai, volta.
Polícia do Estado é o veneno. Por que fazem isso com a gente? Não compreendo.
Tô cansado, tô exausto de ser tratado desigual por ser favelado.
As pessoas daqui não merecem seu respeito? Tô cansado de ignorarem nossos direitos.
Parem de nos matar, eu imploro, só queremos respirar!”
LETRAS
Transformo-me em textos
Há dias que sou uma palavra apenas
Em outros sou sentença
Já acho que sou mais letra que gente
Às vezes amanheço verso
Anoiteço poema
Adormeço toda prosa.
Assim como as nuvens,
Eu também choro.
Sou delicada como uma rosa,
Mas também sei ser brava.
Sou destemida como um leão,
Mas também sou frágil
Como um pássaro que
Acaba de nascer e não sabe voar.
Sou ondas do mar,
Sou o sol que lhe dá calor.
Sou esperança, sou amor,
Mas também sou ódio e dor.
O amor
O amor é indefinível,
tem nele todo indizível,
difícil de se entender...
Tudo que dele se diga,
é, certamente, plausível,
mas não passa de clichê...
O amor vem de alma pura,
não veste-se de fuga ou medo
é forte tal qual um rochedo
não é doença, ele é cura.
Perene, pra sempre dura,
não divide, multiplica;
não se traduz nem se explica,
em palavras, sua essência,
mas se expressa na evidência
dos gestos de quem o sente...
A cor dos olhos não mente
quando irradia o seu lume;
no amor não cabe o ciúme,
mas sim respeito e lealdade.
O amor traz felicidades,
não a dor nem o sofrimento,
insegurança e tormento,
sentimentos doentios...
Se é amor tem que ser sadio,
ser livre e sem vencimento...
Alma forra
Antes da delicada frieza
era devotado
também de atitudes arrojadas
com a deia em forma de mulher
que me arrebatou...
me fez, do mundo, declinado
um servo, aos seus pés, inclinado
de raios desembestados
que por fim surtou...
fui amante fiel endiabrado
de corpo, dessossegado
fui o louco mais apaixonado
e cativo do amor...
mas hoje sou barco imbicado
dali fui desacorrentado
co'as fenestras do ceticismo
que me alforriou...
Eu quero ficar presente
Na lembrança de quem me importa
Deixar meus bons exemplos ultrapassando gerações
Seguir o meu instinto do que é o bem e o mal
Você sente quando olho com ameaça de fazer
o que penso e que revelo no meu gesto de roer
As minhas unhas com nervoso de emoções ,
na ânsia de sentir o teu perfume e te beber
Direto da tua boca os teus amores de ilusões
Hoje eu sei o que eu espero
Nessa vida o que eu quero
Amores mais e menos bens
E um dia quem sabe ser de alguém
Meu dia amanheceu antes do sol raiar,
no brilho do seu sorriso depois do amor
Foi uma noite de estrelas e de luar...
REMEMBER
Na memória ficou enraizado
o desabrochar da existência:
pela lente com que foram gravados
momentos da adolescência.
O rio e a flor
Eu sou o rio que passa
Que encantado se espanta
Com a beleza da flor
Que me observa e canta.
Oh não deixes, mim leva!
Não quero ser prisioneira
Do galho que me segura
E me mantém na ribanceira.
Tão livre e solto a passar
Tanto chão a percorrer
O vento te acariciando
E o sol a te aquecer.
E eu aqui vou ficando
De saudades definhando
Vou murchando até morrer.
E como rio que sou
Não posso parar meu curso
Não quero me estagnar
Para não perder o pulso
O meu destino é o mar
Contornar os obstáculos
E adiante passar.
Ele não tá nem aí
Então vou aparecer por aqui
Aqui ele vai me notar
No feed nao tem como ignorar
Vai lamber a tela do celular
Vai reprovar na arte de suportar
Minha ausência em consciência
Te vejo amanhã então?
- onde?
-aqui mesmo, no feed
-pq?
-pq só existo ao ser visto aqui
Ele é malandro
Com seu amor conquista todo o mundo
Sua simpatia contagia
Não é à toa sua alegria
Seus motivos são reais
Superficiais, ademais,
Pra quem não te conhece
Manda bjo e agradeçe
Amo-te, Belém!
Como te quero bem.
Seus rios, suas paisagens, sua floresta.
Fazem-me perceber como não posso ficar Tanto tempo assim longe de você.
Suas mangueiras são como adorno nos cabelos de uma bela moça.
Os rios que te envolvem são tão majestosos que a mais bela roupa.
Amo-Te Belém!
Como te quero bem.
As vezes, tantos carros por um tempo me fazem esquecer.
Quanto verde há em você.
Mas, na verdade quem é você?
Você é Belém!
Cidade das mangueiras,
Do tacacá, do açaí e do pato no tucupi.
Metrópole da Amazônia,
Capital do amado estado do Pará,
E quem te visita sempre deseja voltar.
Minha linda Belém, como te quero bem!
Ele é tatuado
Meio humano
Todo gato
Sonho verde
Cheiro de mato
Abraço apertado
Tem direito
Tem amor no peito
Um homem de respeito
Tomara que chova
Tomara que venha
Eu e vc aconteça