Poema 18 anos
Bálsamo
A poesia é como
um bálsamo
que traz o conforto
nos momentos difíceis...
Ela faz viajar,
caminhando nas palavras,
que deslizam leves
por sobre os dedos,
sem ao menos sair do lugar...
Acalenta o coração,
ilumina os caminhos
com sua luz reveladora!
Oh! A poesia...
Como ela me completa
fazendo parte da minha vida...
Ela me instiga,
quando, através dela,
consigo me conhecer melhor
e enxergar a vida
de uma forma diferente...
Que bom que ela existe!
Raio de sol
Entontece o amanhecer.
Um lindo raio de sol
que logo aparece,
e os pássaros, com seu canto
de paixão, vêm me endoidecer.
O tempo não dá tempo
Quanto mais tempo você espera
O tempo vai passando
O tempo é esperto
Te deixa confuso
E de cabelo branco
O tempo que passa
O tempo que vem
O tempo que espero
Espero que o tempo
Me dê mais um tempo
Pra eu me organizar
O restante do tempo
Não se paga por sonhar!
E não se põe preço na liberdade!
Onda positiva!
Procure a paz e busque a felicidade!
Covardia
Não existe lisura na abstenção
Simbolismo jamais será princípio da omissão
Aquele que se exime da culpa é tão leviano quanto o alienado convicto,
Porém arrogante por não se permitir errar
Eramos nós os loucos?
Querendo amar de maneira eloquente
Nadando contra a correnteza nesse mar de gente
Eramos nós os loucos?
Que sonhávamos em ser livres
Até descobrir que liberdade não existe
Eramos nós os loucos?
Voando por ai sem ter asas
Fazendo da vida um belo conto de fadas
Eramos nós os loucos?
Proliferando paz num mundo de ódio
Correndo atras de felicidade sem se preocupar com o pódio
Eramos nós os loucos?
Sim! Eramos nós, os únicos loucos sem maldade no coração.
Onisciente
Imensurável de tudo sei
Em todo lugar estou
Dos corações que criei
Meu filho é o redentor
Transcendo as leis da física
Vou além do seu pensamento
Indulto todas as críticas
Pois sou o senhor do tempo
Comando a fúria do mar
Desperto o brilho das estrelas
Não tente me desvendar
Respostas não irão obtê-las
Meu poder é infindável
Mas não quero demostrá-lo
E mesmo que seja intolerável
Perpetuamente irei amá-lo
Vernáculo do Amor
Incondicionalmente a amarei
Em vida e após a morte
Num barco sem nau a navegar
Teu coração é meu passaporte
Ao perfeito mundo onírico
Que se tornou realidade
Negar amor é um ato ilícito
Vai trucidar a felicidade
De apreciar minha cônjuge
Incólume em meio a dor
Almejando o horizonte
Exercendo o vernáculo do amor
Beija Flor
Eis o beija flor
De visão apurada
Onde vais com tanto amor?
Planar sobre as águas!
Do que precisas no ardor?
Só do néctar das flores
Num voo livre sem temor
Polinizando amores
Ao redor desse esplendor
Habita um sentimento
Diz a ela beija flor
Que seu beijo é o meu alimento.
Parodiando Renato Russo,
Hoje nos perguntamos
Que país é esse?!
Em que se idolatra boçais
Em que a religião justifica preconceito
Em que armas são a "solução" para os problemas
Em que vidas negras são perdidas , porque militares "se enganaram"
Em que a educação não é valorizada
A cultura desprezada
E a arte é incompreendida
Que País é esse?
Em que as bestas estão no poder
E as ovelhas , defendem o lobo
Onde o povo sustenta a corja de patifes burgueses
Que País é esse?
Em que homens covardes, matam mulheres, porque acham que elas pertencem a eles
Imbecis!
Que país é esse?
Em que o diferente não é aceito
E o amor não é livre
Onde a justiça é falha,
pune inocentes, pela cor que tem ou pela quantia que não tem
e absolve criminosos pela cor que não tem e pela quantia de dinheiro que tem
Que País é esse?
Onde vidas indígenas são perdidas
para o avanço massacrador do agronegócio
Que País é esse?
Brasil!
O País onde os que defendem a moralidade, são imorais
E os ditos intelectuais, são ignorantes
Onde a Bandeira é exaltada pelos "patriotas",
que defendem o lema " minha bandeira jamais será vermelha",
Mas deixam ela sangrar
Hoje o verde, amarelo, azul e branco
foram trocados pelos escarlate do sangue de inocentes
E o "ordem e progresso" se tornou loucura e regresso!
Que País é esse?
Brasil...
Tão doente Brasil
A MUSA
A poesia de seus olhos
Superam até os versos de Shakespeare
O mel dos seus lábios
Tem mais sabor
Que o mais doce dos néctares
O encanto do seu sorriso
Tem mais beleza
que a mais bela das pinturas
A sua voz
É mais sublime
Que a Nona Sinfonia de Beethoven
Você é mais deslumbrante
Que a própria Lua
Você me fascina
Me envolve
Me encanta
Me cativa
E tem meu insensato coração
em suas mãos
Os Vermes
Eles dizem duvidar da nossa força
mas eles nos temem
Eles tentam nos calar
mas nossa voz ecoará ainda mais
Eles nos olham com asco
mas não somos nós, os vermes
São eles!
Eles nos chamam de imorais
mas são eles que escondem a verdade
Dizem que somos pecadores
mas são eles que matam por ódio
Falam que tudo o que fazemos é ilegal
mas se esquecem que a lei nem sempre é justa
A lei já defendeu a escravidão, meus caros!
Eles acham que estamos errados,
mas não somos nós que usamos da ignorância para resolver conflitos
Eles dizem nos odiar
mas é mentira!
Eles odeiam a si próprios, e sabem que se transformaram em parasitas
e agora nos culpam por isso!
Eles sabem o que são
e precisam humilhar os outros para se sentirem melhores
Eles querem ser superiores a todos
Acreditam que são o centro do universo
Não aceitam opiniões diferentes das deles
Não amam ninguém, alem de si mesmos
Não lutam por uma causa justa
e sim pelo PODER
E pelo "direito" de ofender os que não se adequam aos seus fantasiosos padrões
Humanos? Não!
Eles são vermes,
Parasitas
Não passam de patifes fanáticos
São monstros que assassinaram sua própria humanidade
É isso o que eles são!!
PRIMEIRO HEXÁSTICO
De João Batista do Lago
na república dos canalhas
Homero não se faria ser
não sentiria qualquer prazer
mudo graçaria pela hélade
feito poema sem virtude
carente da felicidade
SEGUNDO HEXÁSTICO
onde está o pão da vida?
— no sacrário do si mesmo
tu somente és único verbo
hóstia que se dá de si
e sendo da cruz do madeiro
o único cristo a resistir
TERCEIRO HEXÁSTICO
vida de infinda busca eterna
venturosa… enigmática… é
fio de navalha… é mágica
nada quer do morto passado
nada espera do futuro
dela sabe-se só o presente
QUARTO HEXÁSTICO
esquece a glória prometida
vaidade é tesouro pobre
resiste só ao instante fátuo
sucesso luta nobre é
revela assim sabedoria
sagrando a alma da poesia
QUINTO EXÁSTICO
não revela à toa o teu segredo
guarda-o no baú da tua razão
melhor não saberem dos medos
assim não te imporão degredos
falsos demônios anjos são
todos parados nos umbrais
SEXTO HEXÁSTICO
eis-me aqui sujeito póstumo
zumbi de deambulações
aedo de poemas tortos
catando esmos corações
ditirâmbico sem o báquico
hino para minhas orgias
SÉTIMO HEXÁSTICO
líquidos eruditos vãos
velhos discursos si produzem
ágoras de sós volatizam
logos e verbos pós-modernos
etéreos assim conduzem
infernos campos niilistas