Poema 18 anos
Há amores que se escondem
debaixo de uma camuflagem
com receio de se declararem
e perdem o tempo, que bobagem!
Querem que o outro advinhe
quais são seus sentimentos
correm risco de que tudo definhe
porque são teimosos jumentos !
Afinal qual o problema da sociedade de consumo?
Será muito volume e pouco conteúdo?
Ou talvez muita conexão mas pouca informação?!
Século XXI é só apertar um botão que se compra uma emoção
O mundo é um computador
A vida algo inovador
E o fim, um código de barras que não passou
A mídia martirizou a mente
O cérebro deixou de ser coerente
O consumo passou a ser inconsistente
E o dinheiro, um mero assistente
Cada país tem sua invenção
Para esconder a miséria de sua nação
Um coração é apenas um órgão sem função
Em um mundo onde comprar virou obsessão.
Por que você está chorando?
Eu perdi o meu ursinho,
meu único amigo,
como ele era?
Como um grande irmão.
Kay é uma menina
Muito Engraçada
Diverte o Leo
Só fazendo palhaçada
Na frente dos amigos
Ela é feliz
Mas por dentro
É triste até o nariz
A gente vai e ajuda
E ela aceita
Mas não dá
Huff,nem tenta
Não fique triste
Tenha felicidade
E por favor
Não encare a realidade
"Kando
Há um vale de belas flores,
Um oceano calmo e límpido,
Uma noite de céu claro e estrelado,
Quando meus olhos te encontram...
Ouço música soando docemente,
Percebo o ritmo de uma dança,
Uma leveza transmitida no ar
Quando ouço a tua voz...
Escrevo versos e poemas,
Ouço canções que você gosta,
Vejo a todo momento seu status
E fico aqui em você, pensando...
Se eu não pudesse te ouvir,
Se eu não pudesse te ver,
Nem mesmo te encontrar,
Ainda assim te sentiria dentro de mim..."
Temos que parar,
Se concentrar,
Não deixar nada
A nossa felicidade
Estragar.
Não deixar se afetar,
Por afetos errados,
Não deixar se abalar,
Por algo que te atinge
Sozinho (a).
Temos que parar,
Às vezes de olhar,
Da internet sumir,
Dar uma volta e ir,
Para não sucumbir.
Dar um tchau
E partir...
(09/02/2018)
Escritor,
Escrevi dor.
Escritor,
Escri ator.
Escritor,
Escrevi ardor.
Escritor,
Escrevi amor.
Escritor,
Finge dor e amor.
(10/02/2018)
IMPRESSÕES DE MAIO
.
AS pétalas caem como um banjo,
Um violão, um som vazio,
Lembrando a queda de um anjo
Na foz vertente de um rio.
.
Um silvo escapa pelas costas
Que a gente ouve sem saber
Que a foz e rio são opostas
À direção que se quer ter.
.
A tarde suave, um fio imenso
Recolhe as pétalas da aurora
Não gosto nada do que penso
Nem penso em nada nessa hora.
Ninguém disse.
Eu não espero mas me engano mesmo assim
Logo me desespero...
Lidar com o invisível é tentar enxergar no escuro
Sempre encontro "Amor" onde não procuro
Me abraça o vazio, me encanta tudo aquilo que não posso ver ou ter
Reconheço minha necessidade de me ganhar
Por eles, me perdi de mim
Não me atrevo dizer que amei não sei amar
Póis só é amor quando é recíproco e nunca senti isso enfim
Uma bela saudade ou uma grande burrice
Um ciclo vicioso ou simples tolice
Só sei que gostaria de ouvir um "sinto o mesmo" mas... Quem foi que disse?
As músicas que gostávamos tocaram na rádio
Na primeira noite em que fizemos amor.
E eu te dizia enquanto nos beijávamos: eu amo essa musica.
Desacreditados que o universo já compunha a trilha sonora da nossa união.
E depois você me levou pra sua casa e pegou aquele seu velho violão
Todo rabiscado, passado de geração a geração.
E você tocou com entusiasmo, as músicas do nosso passado em comum.
Ali descobri que tínhamos a mesma afinidade, as mesmas nostalgias
As mentes parecidas
E os corpos ali apenas para consumar
O que a alma já sentia.
E a trilha sonora dos nossos dias
É a minha playlist preferida
Depois do som da sua voz.
Voz que eu já não ouço, que não faz mais parte do meu dia.
Mas ninguém pode me roubar a trilha
Que compôs a história do nosso amor.
Essa eu ouço todo dia, sonhando que um dia
Seja de novo o som da tua voz.
Você ainda mora em mim, e de você eu não quero sair.
De alguma maneira eu não quero deixar de me abrigar em ti.
Teu abraço imaginário é onde eu faço morada;
E quando eu fecho meus olhos, é nos teus que fico mergulhada.
Teus olhos, tão verdes, vistos tão pouco pelos meus.
E o mar tem a cor do teu olhar,
e pra ele que olho quando quero me lembrar,
do quão bom era você me olhar, antes de me dizer Adeus.
O Adeus que saiu tão friamente dos teus lábios,
estes mesmos que me beijavam,
como se nunca fossem se despedir dos meus.
E Eu viveria tudo de novo, mesmo sabendo como iria terminar,
só pra poder vivenciar cada encontro do teu corpo com o meu.
Se a condição de te ter de volta nesta vida
fosse passar por cada momento nosso de novo,
até pela despedida,
então eu iria ao teu encontro de maneira repetida.
E eu ficaria neste ciclo, sabendo que depois de cada fim,
nosso recomeço viria em seguida.
Eu teria infinitos começos e fins com você,
vários encontros e desencontros,
vários últimos beijos de boa noite,
milhares de primeiros olhares de bom dia.
Eu teria as caricias no cabelo a cada manhã,
e os beijinhos rápidos de “Até a próxima vista!”
Eu teria a gente na cozinha no lanche da madrugada,
e você me esperando no posto de gasolina.
Eu teria os encontros com os amigos, as risadas, as piadas;
E você me dizendo: mais 10 minutinhos e já vamos pra casa.
Tua casa!
Minha morada nos fins de semana,
minha paz com hora marcada.
Mas agora tive que fazer do meu coração o teu lar,
e te abrigar em cada parte do meu ser.
Porque agora pra te encontrar eu tenho que olhar pra dentro de mim.
É o que resta de um amor que chegou ao fim,
sem nem ter chegado a ser amor enfim.
Ao cruzar comigo
pode ter a impressão de que sou doce
Mas perceba que no final de todo doce , há um gosto amargo.
(In)Certeza
Incerto,
Como se o sol fosse amarelo,
O limão fosse azedo,
Um mais um, fosse dois,
Como se um violão soltasse uma melodia,
As estrelas do céu, brilhassem,
O universo fosse infinito.
Incerto,
Como se a verdade, fosse real,
Ou a mentira falsa, talvez?
O nascer, fosse uma vida nova,
O morrer, um fim, ou recomeço.
Incerto,
Até que provem o contrário,
Com teorias clássicas de filósofos,
Matemáticos e cientistas.
Estudos comprovados cientificamente,
teologicamente, aceitamos também.
Mas, quem disse que, isso tudo é certeza?
Pode ser a maior incerteza já dita!
Como já citado:
"Até que provem o contrário",
Seguimos o incerto.
Sonhos
A paz mundial,
Ou uma coisa banal?
Poderia ser um carro,
Talvez um gato!
Voltar no tempo,
Ou voar com o vento!
Viajar para a lua,
Tirar todos da rua.
Ter uma pedra filosofal,
Quem sabe exterminar o mal?
Sempre ter paciência,
Ou curar uma doença.
Não haver mais lixo,
Todos terem um livro!
Conhecimento abundante,
Ser gigante!
Ter superpoderes,
Descobrir outros seres.
Viajar o mundo,
Ter um sono profundo!
Ser rico,
Não existir riscos.
Rever a família,
Fazer uma trilha.
Ir além, faz bem.
Seja extravagante,
Pense grande!
Siga em frente,
Sonhe sempre!
Livro exclusivo
Guerra, países, ambos em crise/
Direita, esquerda, aumenta audiência /
Imprensa inocenta a violência/
Religião e ciência, buscam a carência/
Opiniões, obrigações, falta de opções.
Mundo perdido, como um romance mal lido/
Ou nova releitura, cheia de loucuras?
Senso comum, não vai a lugar algum/
Acorrentado, calado, impedindo qualquer ato/
Mentiras, vendidas até em revista/
Politica ilícita, governo sem vida/
Indigno trabalho, problemas com salário?
Mundo perdido, como um romance mal lido/
Ou nova releitura, cheia de loucuras?
Tempo de sofrimento se vai com o vento/
Mundo em caos, pedindo o mal/
Vingança gerando esperança/
Sem paz, sem mas?/
Laços leais, ilegais/
Favela, referência de terror com plateia.
Mundo perdido, como um romance mal lido/
Ou nova releitura, cheia de loucuras?
Flores, trazem amores/
Dores, favor, sem vigores/
Buscar entendimento, ah o conhecimento!/
Imaginação trazendo uma nova ação/
Aventura surgindo como cultura/
Um poema?
...
Não,/
Um dilema/
A realidade parece mortalidade,/
Mas a esperança, é um mantra,/
Renasce a cada dia, sem palavras perdidas,/
Surge todos os dias, para sempre demonstrar a vida!
Mundo novo, escrito por todos/
Pergaminho popular, que chamamos de lar.
Encanto
Despretensiosamente
Assim como quem nada deseja
Encanto todos ao meu redor
Pois no fundo
Este alguém tudo almeja
Talvez seja este o problema
A grande falta de expressão
Ou talvez seja a sorte
Pois cativei sem querer
Querendo o seu coração
Eu te amo
porque te amo,
essa é a única explicação!
o meu amor sempre proclamo
sob as ordens do coração ...
Vida,
que te quero em mim,
almejando realizar sonhos,
sonhos que os quero sim,
devaneando louca
Louca...
que nem sou, enfim,
mas grito palavras em ecos,
que as vezes como espinhos ferem,
mesmo tendo
a voz de cetim,
sonho...
vivo...
sou assim...
assim...
assim...
Sonhos
Minhas memórias lesam meus sonhos
Que tramam tramas em tom abstrato
E em tais sonhos apenas me basto
Bobo, sofrido, esquecido, inato
Pulsa o romantismo perdido
E meu eu lírico tornou-se amigo próprio
Aflito é o coração lesto
Perde-se devasso
No ritmo acelerado
Um pensamento sem rota indeciso
Me torna inconcluso
O subconsciente conciso
É apenas um visitante amigo
Ou um invasor em forma de sonho.
Inimigo Virtual
Era mais que amigo
Um acompanhante
Um querido
Além do palpável
Estava no virtual
Me tornava viral
E seu teclado derramava likes sobre meu corpo
O nu era quase exposto
Cada toque era um gosto
No entanto certo dia
Tanta poesia virou agonia
Como poderia possuir-me se era apenas fantasia
Se minha criação confundiu-se com a realidade
E a tecla delete tornou-se banal
E sem a menor linha
Apagou toda linha do tempo
Como se a cibernética fosse mais real que a carne
Como se o sangue não fosse todo esse fluxo de informações e mutações constantes
E em forma de rebeldia
Deletou aquela história pública com um simples toque
E tudo que foi construído então parecia desaparecer da memória
Esqueceu que a CPU é um coração virtual
E que formatar deixa marcas n’alma
E o bloqueio apenas deixou o seu choro mais exposto
A realidade vai muito além do virtual
E os cabos que foram rompidos
Tiraram apenas a imagem do monitor
Mas o coração grafou antes nas memórias eternas espelhadas em outras linhas de tempo
E o que pareceu desaparecer com um simples delete
Ficou eternizado na internet.