Poema 18 anos
Lua
Atraente e brilhante.
Guia da meia noite.
Sobre mim, carrega,
e como o mar me leva.
No escuro é a luz.
No meu pensamento reluz.
Dizem que tu és magia,
e, de fato, me encanta.
Para crianças é de queijo.
Para o sol, um lampejo.
Conjunta ao frio,
presencia abraços e beijos.
Te vejo refletir no mar,
e deitado na areia,
com tuas ondas em mim,
minha mente anseia.
Pensei em dar-te a lua
Com a luz do sol toda vestida
Queria que fosse sua
Mas para muitos já foi prometida
Então te darei Saturno
Pois ele me faz sonhar
Com seu sorriso inesquecível
E o brilho de seu olhar
Sua beleza que fascina
Como um disparo no peito
Esse seu jeito, menina
O imperfeito mais perfeito
Uma alma nova então ascende
Mostrando toda sua beleza
Contra tudo que há na natureza
Acordando um antigo arcanjo
que costumava ficar em toda mente
Para o mal fazê-lo
Nada digo eu para aquelas plumas
quando as vi caindo
Enquanto jogadas nas ruas
passava dançando, sorrindo
e nenhum pingo de mágoa escorria
E as noites foram passando
cada vez mais as plumas brilhando
E cada vez mais o corpo decaía
e nenhum sorriso mais -senão o delas-
naquelas ruas surgia
O dia em que não me viste
transformou-se em noite
a noite em escuridão
escuridão em sonho
sonho em delírio
delírio numa flor.
A flor murchou
e nas palavras se machucou
o meu beijo não foi enviado
a caminho de um sem face
não era teu.
Esse beijo meu foi para outra face,
essa tem cor, dor, amor,
a nossa história
o meu e o dele,
combinação em arte
um que dá voz e o outro
cria a outra parte.
Criaram-me em complexos jogos
amar não é jogo, é arte
e quando se tem com quem amar
a criar, um universo pode gerar
os dois partilham o mesmo corpo,
conhecem as linhas um do outro.
AGENDA DE POETA:
Agradecer pela vida. Feito;
Cantar uma canção. Feito;
Desejar felicidade ao mundo. Feito;
Escrever um poema. Feito;
As armas de um poeta:
são uma caneta e um papel
E com elas conquistamos
o nosso próprio céu
O poeta é aquele
que escreve a voz da alma
Como se fosse um dom...
Aquele dom que acalma
Ele fala da vida
de sonhos e de alegrias
Pois se não falar dos mesmos
dele o que seria?
Ele tem o seu mundo
repleto de fantasias
Mas é lindo, é belo...
E você entrando nele
Sair jamais deveria
Nesse mundo ele toca
Sua alma e coração
Sua vida interior
É tudo luz, é canção
Como também ele grita
chora como criança
Mas depois é tão incrível...
renasce sua esperança
(MARQUES, Iraci. Mundo-poeta. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 56).
Sou filho: mas que filho sou?
Como nasci e como vou crescer?
Onde meu sangue está instalado?
Que lição na escola irei aprender?
Será que a vida me espera
com lápis e pincel pra eu pintar?
Com brincadeiras, musiquinhas
junto a colegas compartilhar?
E, se eu morar numa rua à margem
do coração desta periferia,
poderei contemplar a paisagem
do que hoje ainda é fantasia?
Tenho medo de ir à escola
e logo assumir responsabilidade
Mas quero conhecer o alfabeto
e outras proporções da cidade
para o meu futuro dar certo
Não, não! Não quero pensar!
Eu quero é me divertir.
Quero brincar no parquinho.
Quero cantar e também sorrir.
Quero fazer muitos rabiscos.
Quero meu mundo colorir.
Que não tardando me chegue,
o que prevê a Lei do Brasil:
creches, praças, cinema...
Quando a Magna sair do papel
se fará nosso justo sistema
(MONTEIRO, A. L. Pensamento Infantil. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 33).
Seria eu o sertão? De solo árido batido quebradiço
Terra sofrida
E poucos pássaros por aqui hão de cantar
Mas a questão é, oque a fez se encantar
Por tamanha e devasta terra que chamo de lar
Não sei, mas o teu caminhar
Faz dos sulcos da terra água brotar
E o verde começa a espalhar
Logo aparecem os rouxinóis a cantar suas melodias pelo ar
Árvores a crescer, onde fará ninho o sabiá
Talvez tamanha mudança seja feita de amor?
Tenho certeza que sim!
E logo a terra devastada, se torna vasta e densa de vida
Que tu trouxe, e logo parto contigo
Rumo ao infinito
Duas ararinhas vermelhas a voar
Os céus a desbravar, e seguindo as estrelas a nos guiar
E lá vamos
Juntos
Eternos amantes a voar
Eternamente se amar
E ver aos poucos a vida brotar
Na beira do mistério, onde a morte espreita,
Descobri a simplicidade que a vida me deita.
Não mais me perco no labirinto do porvir,
Aqui e agora encontro razão para sorrir.
No limiar do desconhecido, renasço mais leve,
Deixo de lado o peso do que não se deve.
Otimismo brota como erva no chão,
Valorizando a existência em sua plenitude, então.
Não adio mais a felicidade, pois ela se insinua,
No murmúrio do vento, na luz da lua.
Cada instante é uma dádiva a celebrar,
Grato pelo prolongamento, pela chance de continuar.
Assim como o sol brilha no céu azul,
Eu me ergo, simples e sereno, a viver o meu sul.
Na poesia da vida, encontro meu refrão,
Amando cada momento, sem hesitar, sem não.
E assim sigo criando nuvens...
Te trago em brasa
Desviando das névoas que surgem.
Transbordo em lágrimas
Esperando cair suas gotas pesadas
Deixando que nos inundem
Me leve em sua brisa levada
De leve a quebrada
Suaviza sua alma
Deus nos ajude! Thibor
Você já viu o nascer do sol?
É a transição de temperatura
Onde o calor do sol
Aumenta o calor de sua gostosura
Seu corpo e suas linhas
São totalmente detalhadas
O corpo de uma Deusa
Que é linda e admirada
Sua beleza me encanta
Seu sorriso me alegra
Seu corpo me aquece
E você toda me completa
Espero ansioso todos os dias
Para a luz do sol
Iluminar teu rosto e assim te admirar
Como a praia admira o mar
Você
Sem Querer Amei Você!
Você chegou como quem não quer nada,
se aproximando lentamente, igual o Sol
que chega ao alvorecer se sobrepondo
a escuridão.
Com um brilho intenso no olhar, você foi
me envolvendo, com o calor de seu corpo,
você foi me aquecendo, com suas palavras
doces, você foi me conquistando.
Pouco a pouco, você foi me convencendo
que o amor não maltrata, não machuca,
não prende e nem destrói, porque amor é
sinônimo de liberdade, de paz e felicidade.
E de repente, me vi acreditando, o gelo foi
lentamente derretendo, e pouco a pouco,
eu fui me entregando, sem perceber fui te
desejando e sem querer amei você.
Tu és meu grande amor,
Que arrebata minha alma, inflama meu ser,
Me consome até o último alento,
Mesmo quando machuca, sou incapaz de te abandonar.
És fonte de incertezas e esperanças,
Um paradoxo que desafia a razão,
Mas entre nós, surge a clareza:
Há diferença entre o grande amor e o amor certo.
O grande amor, um fogo ardente que consome,
Deixa cicatrizes profundas, marcas da paixão desenfreada,
Enquanto o amor adequado é o fogo que aquece,
Que acalma a tormenta e traz serenidade.
É o amor que não causa dor, que não traz sofrimento,
Mas sim paz e plenitude,
Aquele destinado a mim,
Que nunca deixa dúvidas, simplesmente é certo e perfeito.
CHUVAS DE OUTONO
Sonhei que chovia, acordei chorando. Antes de levantar-me, penso sobre o quanto a vida é injusta, e o quanto somos egoístas ao ponto de priorizarmos nós mesmos e nossos sentimentos. Bom, ao deixar minha cama, volto ao meu cotidiano entediante.
Já não fico mais faminto, é como se eu estivesse cheio, mas de que ? Sendo que não comi nada. Cheio de sentimentos negativos ? Cheio de pensamentos autodestrutivos ? Talvez eu só esteja cheio de você.
Você é saudade, e vem rasgando minha carne. Mas eu me recuso a sofrer de novo, embora a tentação seja grande. Tomara que as águas de abril carreguem a tristeza e a solidão que em mim habitam.
O dia dos Namorados
para mim é todo dia.
Não tenho dias marcados
para te amar noite e dia.
O dia 12 de junho,
como qualquer outro, diz
(e disso dou testemunho)
que contigo sou feliz.
MORTIFICADO
Por que senhor, por que me fizestes tão quebradiço ? Quando essa sequência de derrota há de acabar ? Mesmo não crendo em ti, sei que tua maldade não seria tão grande com teu filho. Há tempos que não vejo lágrimas descendo sobre meu rosto, a solidão que antes me afligia e me dava medo, hoje já não me assusta.
Nem o remédio mais forte, a cirurgia mais precisa ou a terapia mais intensa tirariam os pensamentos lastimosos que venho tendo. Eu não queria refletir com tal profundidade, mas agora é tarde demais, o demônio da dúvida se sentou no meu ombro, e agora papeia comigo sobre tudo.
Já não reconheço semblante estampado em meu rosto, já não me sinto mais o mesmo, já não tenho mais a sede de viver. Acho que a fonte da vida, um dia seca para todos.
- SIBELLY -
Se sente num inférno ,em um infinito interno
Com sorte não acordava, seu sonho um sono eterno
Uns dias na Suíça, depois vai pra Veneza
Tem varias amizades, a que mais fecha é a tristeza
Rouba cena onde passa, se amarra nas balada
Desejada, e descarada, chega chegando com sua nave importada
Dança a noite toda com seu vigor de menina
Na mão energético, na mente meio quilo de cocaína
Se tranca no quarto, pra mais uma sessão de choro
Seus coroas ném percebem, tão nos corre dos ouro
Uns pano de grife bém chique á veste
Se pudesse compraria lagrimas, tão secas feito nordeste
Vinho espumante sai depois de ingerido
Lança seu nojo emporcalha o vestido
Roda a tropa ficar não sai da moda, pega todos Mauricinho
Fogo em baixo, fogo em cima, fogo no parquinho
Péga um, pega dois se marca, pega até vinte
Solução farmácia, aquela do dia seguinte
Mais um dia mais uma dose
Diz que a vida ta um pórre
Quebra a taça, faz pirraça briga até com o baseado
Culpa ele pela ponta dos dedo queimado
Insônia deita e a abraça, e quando dorme apnéia
A depre não bréca estaciona e logo lança as ideia
Se tranca no banheiro um surto sem lógica
Prepara a lamina encorajada por vodka
O pulso avulso moscando tadinho
De novo outra mancha e dessa véz não é vinho
Chega o tão esperado, aclamado Adeus
Se livra de vez do que ninguém percebeu