Poema 18 anos
Rico e pobre.
A diferença vem na morte,
Que qualquer hora pode chegar.
E entrega a própria sorte,
Qualquer um que ela venha buscar.
--------------A morte-------------
Não escolhe por diploma,
Nem perdoa vida difícil,
Nesse dilema a vida soma,
Só mais um no precipício.
É lindo pousar ao lado que quem amo e poder em nossos sonhos voar;
É lindo saber que temos nosso ninho e o melhor caminho é nele morar;
É lindo ter a certeza, que mesmo na dor ou na tristeza, você sempre será meu par.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
------------VIVA----------------------------Pare--
------------MAIS---------------------------Olhe---
--------AME-----------------------------Reflita---
--------MAIS-------------------------Entenda---
----------------------------------------Aproveite---
---------------------------------A grande vida---
----------------------------Que está contida--
------------------No do interior da gente---
----------Uma Grande luz do universo--
-----Nos permite olhar para a frente--
---Por isso compreenda esse verso--
Agora posso e contesto esse gesto-
-------De simplesmente saber amar---
-----------Como o sol poente enfeitar---
--------------As lindas belezas do luar---
-----------------Também pode explicar----
--------------------Até nas tempestades---
-----------------------A fonte de caridade---
-------------------------A grande bondade---
--------------------------------Da eternidade---
-----------PAZ-------------------De respirar----
-----========-----------------Sentir o ar---
---------SINTA----------------------Acalmar---
-------------A--------------------------Realizar---
--------CALMA-------------------------Amar----
-----PLENITUDE----------------------Falar----
--SOLIDARIEDADE-------------------Mar---
---------------------------------------------------Ar---
GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA
Essa nação que só tem coração
Não têm olhos nem têm ouvidos
Mal se compadecem pelo seu cidadão
Sofrendo e chorando morrendo aos gritos
Ouve-se, então, um pedido de socorro
Lapidado no tom de uma voz pueril
Do fundo da garganta de um corpo febril
Mas ninguém pára, ninguém quer, ninguém vem ajudar,
estão todos ocupados pra se preocupar
E de pouco em pouco morrem os nossos cidadãos
Manchados de sangue sem justiça nas mãos
Homens que traçam seu próprio destino
Com tempo e suor verdadeiros artesãos
Infelizmente permanecem reclusos
Escondidos nas sombras de seus desvãos
Queria eu poder sonhar com a revolta do pião
A quebra do tabuleiro e o fim da disputa
Nem branco nem preto, nem cutia nem gavião
Nem rico nem pobre, nem cético nem cristão
Apenas pessoas, frutos do mesmo embrião
Mas com esse jeitinho brasileiro
Que é quente no frio e frio no verão
Tanto pode ser ruim como também pode ser bão
Que ajuda seu josé mas prejudica seu João
Que esconde os erros embaixo do colchão
Esse jeitinho brasileiro
Que temo que seja nossa problema
mas também nossa solução
Nada hai de mudar por ele senão
Até lá, vejo fome surgir e corrupção se espichar
O povo que come milho se debulhar
Que engole verdade sem questionar
Que ve os estragos sem se assanhar
De nada adianta “Deixa pra lá”
Afinal, se não for futebol, samba e novela
Nem é brasil, só mais uma remela
Pois eu lhe digo: tenha muita cautela
Limpe seu olho e acenda essa vela
Cuidado pra não ser pego pela própria rela
Pássaro de asa cortada é prisioneiro de sua própria cela
Aquele que se conforma é barco sem manivela
Vive pra ser guiado sem direito a sua tutela.
Suzano está em toda parte
Mais uma escola derrubada
O ódio entra pela frente sem pedir licença,
Mais um caso, fatos fortes banal
Um verdadeiro free fire da vida real.
Só pra deixar bem claro a culpa não é do jogo,
É da vida que é o inferno pegando fogo!
Chamas como na cheche em Janaúba,
Inferno embaixo da terra coisa nenhuma!
Como é querer orar se você não tem fé?
Estado é laico mas anda em marcha ré
Sei que vai ter hashitags pra confortar a dor
Mas não importa mais nada:
A dor já é uma mãe perdida na estrada
O importante é o verde amarelo eles dizem,
Vestir a camisa da seleção
A revolução já está vindo armada!
De frente, da direita, da esquesta, pelas costas
Ninguém está seguro,
Nem mesmo quem fica em cima do muro.
Mas quem disse que precisa armas?
É só não haver amor:
A Isabella não tinha asas
Quando da janela o próprio pai a jogou.
Bernardo também tava lá
Perdido, enterrado no meio do mato,
Crimes que a justiça se arrasta...
Mas um caso de pai e madrasta
Von richthofen quem nunca ouviu falar?
A Susane filha dos pais que mandou matar
E o Amarildo ninguém mais vai achar?
Deve ter mulher ainda esperando por notícia
Pelo menos um corpo pra enterrar.
Maldita hora que até isso vira alívio
Como muitos perdidos na lama de Brumadinho
Inferno é na terra eu li num bilhetinho.
Agora finalmente acreditei:
Acreditei quando vi um rapaz morto esguelado
Gerar menos mídia que o caso de um cachorro
Acreditei que nós erramos,
A carne mais barata não é a carne preta
E a do ser humano!
Quando Cabral o descobriu,
será que o Brasil sentiu frio?
Diz a História que os índios comeram o bispo Sardinha.
Mas como foi que eles conseguiram abrir a latinha?
Qual o mais velho, diga num segundo:
D. Pedro I ou D. Pedro II?
De que cor era mesmo (eu nunca decoro)
o cavalo branco do Marechal Deodoro?
Amor vagabundo
O seu corpo molhado
Banhado por cachoeira,
Sua pele macia
Entrelaçado a minha!
Laço árduo...
Corpo quente...
Beijos ardentes...
... Alma inspirada!
...
Aonde vai voando
Deixa-me lasso?
Alma
Entra em meu corpo ingênuo
O aroma da natureza
E bate uma serena guerra
Profundamente!
Entra em meu corpo singelo
Umas das grandes sensações
Divinas
Purificam a minha alma oculta,
E no final pergunto
O que é alma?
O ar me deixa sem respostas.
...
Sobrevoo na plenitude.
Desgraça alheia
O nariz corroído,
Os pulmões manchados
Por fatores poluentes;
Por fatores químicos,
Cérebro em tumores,
Enxaqueca, ilusão,
Esquizofrenia, delírio,
Ironia, overdose, alucinações,
Suor, tentativa de cura,
Abstinência… Dores,
Tormentos, internação,
E na saída nunca é o mesmo,
E na volta dos vícios
Um finado…
Fugitiva
Sinto-me o sol
Quando o tempo me aproximar
Porém, fugitiva,
Não te aproximas
Para não te queimares
Louca paixão!
Que enlouquece
E revira
O meu ser solitário!
Mesmo que distante
Trilhar um longo percurso
Na busca da essência.
Vê-la distante, e acompanhá-la.
Assim… Querer-lhe perto
Em cada momento.
O desejo faz parte de quem
Tanto se quer, e quando
Se quer, vai na busca
Vou partir… – em sua busca,
Somente não sei qual destino tomar.
Não desistirei em momento algum.
Lá, em algum lugar a encontrarei
Para matar a minha sede
E a minha angústia.
Pegada
Meu peito é nada mais nada menos
Que um mar de ondas.
- Vai e vem pelas areias
Sem fim. Meninos pequenos
A construir castelos, e a criar
Em suas imaginações, dragões
E eu com a minha amada, a beijar
O tempo... E peixes por entre rufões
Águas marinhas a fazer o encanto,
Conchas a espalhar-se pelo chão,
E o vento a fazer do meu peito lamento
Minha amada partindo, vai paixão,
Nada posso dizer vai, deixando pranto
E assim acordei do sonho, presas no coração.
QUADRAGÉSIMO PRIMEIRO HEXÁSTICO
Dou à tua nova carne sentido
Velhos e novos rios transportam
Verbos sacrílegos… parábolas…
ao poeta cabe encarná-los
dando-lhes luz às novas almas
sequiosas de novos saberes
Vivinha
Vivinha é uma menina cheia de sentimentos e com vários pensamentos .
Pescou uma estrelinha
Colocou em sua testa
Acendeu a alegria
Atirou longe suas cobertas
Voou para mesinha
Era um grilo
Que cricrilava comprido
Naquela noite vivinha começou a escrever
Ela só parou quando seus olhos começaram a arder
Mas afinal , qual a diferença de uma fada ea mulher maravilha ?
Esse era o pensamento de Vivinha
Muitos perguntavam que flor era aquela
Ela respondia que era seu girassol
Que agora passara a viver de baixo de sua janela.
Injustiça
Vem em forma de bicho feroz,
Dirigido por um ser subordinado.
Por que devoras sonhos
realizados
Se a minha vida é o meu trabalho
Agora destruído?
Joga meus esforços
Por água abaixo,
Injustiça!
Nessa vida me sinto perdido,
A maré me sufoca,
Os pássaros me beliscam,
Os meus olhos já não brilham...
O que me resta,
O que me falta
Nesses duros e cansados dias?
Monólogo
Gostoso é o nosso
Expressar:
Íntimo, quente, prazeroso, suave...
Nos lastimáveis momentos
Subitamente nos afastaremos
Para não fustigar as flores
Para não romper as rosas...
Quero enfatizar o amor,
Fantasiar a nossa vida.
Rapidamente não te avisto
Bato-me com os dentes
Faz-me derreter os olhos,
Não conseguindo
Avistar beleza.
E faço a minha vida
Um monólogo
Sombrio sem respostas.
Os seus olhos são como estrelas
Com seu brilho me conquista
Sua voz é obra de arte
Do nosso maior artista
Meu amor por ti é tão grande
Que até se perdeu de vista
O que se passa aí dentro?
O que houve que o deixou tão confuso sobre você mesmo?
Você tem seu universo particular, sua forma de agir, pensar.
Só não esqueça que dentro de cada um também há vida, momentos, cortes e feridas.
O calor que no teu corpo habita, em meu corpo fez breve moradia, e já não mais corresponde com tua saída vazia.
Seu toque, sua pele, seu beijo, se perderam em meio ao gracejo que a vida nos aprontou, como também por sorte e pouco tempo nos transbordou.
Mas a vida é assim, água que não deve ser desperdiçada, areia pisada, doce e marmelada, choro e ventania, água de coco e maresia, verso, prosa e poesia.
Soneto de autopostumação
Sensações póstumas devem ser reconfortantes,
pelo alívio do sofrimento de uma vida inteira,
tornando todo o peso do dia a dia uma besteira,
uma vez do outro lado nada mais será como antes...
Preocupações de outrora em vida serão irrelevantes,
parte de uma extinta realidade passageira,
meu espírito, móvel velho em que se tirou poeira;
renovado, fará de angústias e mágoas coisas distantes...
Não há medo, confio no que mereço, por tudo que fiz;
a morte é um processo natural, calmo e bem-vindo,
finalmente terei a chance de ser bem mais feliz...
Ao partir sei que a caminho do maior estarei indo,
será bom, jamais vi uma caveira com semblante infeliz,
todas espontaneamente estão sempre sorrindo.