Poema 18 anos
A MUSA
A musa sempre abusa
da erudição,
ao descrever ao poeta,
um poema ou canção.
Vai alem do que pretende
do que espera a emoção,
ela diz de forma clara
que deseja ser razão.
Mas o poeta iludido
se trai por contradição,
pensa que ama poesia
quando ao certo o que queria
era fugir da perdição,
Ser escravo da beleza,
mas seu ato de nobreza
dispensa a resolução,
escreve o que não entende,
muito menos compreende
de onde vem a inspiração.
Em busca de sentido encontramo a dor, por isso o grande poema deve ser composto de dor, precisa identificar a dor e oferecer sentido...
Por meio da arte encontramos o sentido, não o sentido da vida, mas o sentido necessário para suportar a dor de viver, e a dor produzida pela consciência da nossa fragilidade mortal.
Antes havia um vazio, a ausência de sentido, depois conhecemos a dor, então inventamos a arte para suportar a verdade.
Poema para o café ☕
Café, aroma quente
que invade os sentidos
desde a manhã cedo
até os fins de dia
sabor que encanta
e faz sonhar
com histórias e viagens
nos mundos a desbravar
Café, companheiro
de horas solitárias
que inspira a criatividade
e desperta as ideias
refúgio dos inquietos
e dos sonhadores
alimento de almas
e dos amores
Café, tesouro
que cresce em terras distantes
e chega a nossas mesas
como prova do amor
da natureza por nós
esse néctar divino
que aquece e acalma
e nos faz sentir vivos
nessa jornada mortal.
No Meio do Não
É um poema que não,
um poema que falta,
que no meio se quebra,
e no meio, é.
É verso que não se encontra,
sombra que dança sem corpo,
e mesmo assim és lábio
que nunca toco.
Poema que nega e me afirma,
é o avesso que se revela,
nome que se cala e, no entanto,
arde no meio do peito.
Um poema que se escreve ao não,
que vive do entre, do meio,
onde és e não estás,
onde me consomes, ausência-presente.
Oh, não, de fogo e silêncio,
um eco sem som,
és o que me falta e me sobra,
és o meio de tudo que não.
Mas no meio, no meio, que não.
Poema do Abismo
O homem ergue-se, cego, sobre as ruínas do ser,
com a ilusão de tocar o céu, de conquistar a luz.
Mas o céu é vazio, a luz, um reflexo do abismo,
e ele caminha em círculos, perdido, sem fim.
A razão, essa chama fraca, não ilumina mais o caminho,
apenas queima, sem piedade, a carne que se arrasta.
O mundo é uma mentira, um espelho quebrado,
onde os rostos são sombras e a verdade é um grito.
Os poetas, esses destemidos, olham o abismo,
mas o abismo é profundo demais para ser compreendido.
Eles escrevem, mas suas palavras são ecos de desespero,
gritos que se perdem nas cavernas do caos.
O homem luta, mas a luta é fútil,
pois o caos não cede, ele apenas se expande.
A liberdade é uma ilusão, um véu rasgado
que a morte, implacável, rasga sem compaixão.
E assim, o homem cai, sem saber, sem lutar,
afogado em suas próprias mentiras,
enquanto o poeta observa, impotente,
sabendo que não há fuga, que a dor é eterna.
Poema do, o teu aroma adocicado como as planícies de galiza, o teu cheiro gostoso como o mel, o teu coração puro como o universo, o teu toque poético como uma poesia pelos nossos corpos húmidos e ardentes.
Tu és a minha realeza.
Eu não preciso de titulos reais.
Mas sim tu és o meu maior titulo minha duquesa. Eu vivo de amor e paz e não de titulos e glórias. Tu és a minha maior glória.
CÂNTICO PARTIDO
Meu poema busca a poética cantada
Do coração, a tal sensação em glória
Traçando o rumo sedutor na história
Pra não se deter na rima amargurada
Meu sonho clama pela mesma vitória
Que já estravou em prosas já passada
Quando a poesia vivia só apaixonada
Em lágrimas e dores em sua oratória
E o amor, ah como é abrigo o seu zelo
Quero-lhe versejar em delírios e o tê-lo
Na alma, no sentido e doces emoções
Essa procura é um verso amordaçado
Angustiado no estro e no canto calado
Por ter errado demais nas inspirações...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 fevereiro, 2022, 15’50” – Araguari, MG
POEMA MARGINAL
Poeta,eu? Eu não !
Meu poema não tem poesia
Não tem bandeira
Não tem corrente
Não tem escola
Tremula no meu terreiro poético
o mastro nú. Pau de sebo.
Meu poema é cheio de falhas
Meu poema é vazio
Meu poema mente.
Discretamente como o moço
lúcido no ponto do ônibus.
Meu poema não tem sentido
Não tem boca
nem ouvido
Vai como um rio sem direção
à margem da cidade acesa...
do livro "Licença Para a Vida " Editora do Escritor
O poema é lindo
O amor tem um aroma de romance
Me torno romancista sempre que tenho chance.
O poema é lindo..
O poema é lindo quando transformamos os acontecimentos da vida em grande teor.
O poema é lindo..
Onde está o mar, está o azul
Onde está o céu, estão as nuvens
Onde está a noite, está a lua e as estrelas
Onde está o amor, está a vida e também o poema.
O amor dá vida a todo poema..
Se um poema é lindo
Então traz...
Café e paz
Te fortificará
Se estiveres mórbido.
“Volontà di”
Perdido aqui, num poema sem direção
entre saudades, solidão e tanto pelejo
que ao estimar tanta sensação, desejo
usar cada sentido e cada pura emoção
Do coração um olhar repleto de paixão
aquela visão numa poética em cortejo
de poetar a quem mereça o doce beijo
abraços, em resumo uma grata razão
Aquelas odes bem talhadas, diferente
repletas dum sentimento inteiramente
pairando numa vontade farta de ardor
Aquelas odes com tudo, não metade
que nos carrega além da eternidade
as autênticas prosas do total amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 fevereiro, 2022, 15’42” – Araguari, MG
🎇⿻̸̣˖໋݊·ᜒᜓ⸙𝅄݊꒺࣪࣪ꫬ.⁕✾ᰰ۪{nosso mundo} Poema XLVII
Nosso planeta vaga por esse universo abundantemente solitário
Tão silencioso mas cheio de outras formas de vidas
Tantos planetas
Tantas galáxias distantes
Tantas estrelas brilhantes
Portanto nós,minúsculos seres
Somos nada vagando ao eterno esquecimento
Mas para um ao outro
Somos tudo
Um só até o fim.
𖦹໋᪶۫·ꥈ୭𖢻ֹֺ໋᳝·݊🍁⃨ຳི{alma livre} Poema XLVIII
O mundo irá mudar
Quando eu for me tornar aquele que desejo ser
Então por favor
Não diga o que eu devo fazer ou devo dizer
Pois eu sou livre
Nasci num mundo belo apesar das interferências
Apesar das circunstâncias atuais
Não sou mais uma criança para me lamentar de minhas derrotas
Sou um adulto que anda com a graça e a sabedoria de alguém que sabe o que é aprender
Viver sem medo de se perder no meio do processo
Então não me prenda e não me subestime
Cuidado, mundo
Você conhecerá o meu nome.
Apego por Saik
Eu escrevo poema sem notar
E penso "Porra, isso eu devia anotar"
Eu nem ao menos tô tentando disfarçar
Sincero? Minha vontade é de gritar
Já escrevi despedida
Já escrevi reconciliação
Já escrevi desculpas
Já escrevi perdão
Estou cansado disso tudo, já estava, antes mesmo de começar
Foi tudo tão natural e difícil de imaginar
Nem em meus sonhos mais loucos aconteceria coisa similar
O que é meu e está com voce, peço que devolva
Se isso tudo for apego, que se dissolva
Mas se for amor, eu espero que logo se resolva
Guardei
Declarei-te o poema que, a ti, fiz
Pois queria guardar-te para mim
Pois Cícero, aquele infeliz
Fez-me querer-te pertinho assim.
Agora certe estás de que te amo
Oh, céus! Como isso me apavora!
Sabe que, por anos, te aclamo
Como temo perder-te de vista
Como temo ter-te à minha vista
Como temo amar-te agora…
Eu ganhei uma carta de amor
Gostei do poema que nela estava escrito
Li em voz alta, quase que gritando
Depois guardei e informei a você
Para vim jantar comigo
Pensei em ligar a lâmpada para iluminar
Mas você preferiu as velas.
*Ansiedade*
*Introdução do poema*
O que é o que é, aquilo que não tem cor, não tem cheiro, não é sólido e pode te matar de algum modo?
Opa pelo que eu percebi você pensou água, que pode causar afogamento, mas tinha me esquecido de um detalhe, ele também não é líquido, Sim, essa é a famosa ansiedade...
*Poema*
Ansiedade, é como uma brisa que passa pela sua mente e te deixa levar pelas fantasias, como uma criança de mente fértil percebendo o que é a noite, e o que é o dia, sem ter explicações sobre aquilo, começa a desenvolver euforia, fazendo recorrer ao colo da sua mãe. Nada mais se define a ansiedade como uma emoção, como uma angústia ou como uma frustração, de algo que você se esforçou, e no final foi em vão, fazendo suas perspectivas cair sobre o chão. Tendo em mente tudo aquilo que você deveria ter feito, que causa uma enorme dor no peito e uma vontade de voltar atrás. Ah a ansiedade… pode ter pontos positivos ou pontos negativos, mas não deixar de ser um sentimento que pode te deixar aflito, fazendo você ter atitudes sem sentidos, que no final faz você se perguntar "por que eu fiz aquilo" em procura de uma explicação. Mas não devemos nos preocupar, é só pensar em uma maneira que você possa controlar, fazendo sua mente e coração se acalmar, para uma nova ansiedade que daqui a uns vinte minutos pode voltar.
Relatividade por Saik
Poema de amor
Poema de dor
Poema só por compor
Pra aliviar o autor
Sou oscilação
Sou o bem e o mal
Sou razão e emoção
Sou um ser dual
Nada é permanente
Pois a mudança é iminente
Por isso triste fico contente
Tudo é relativo por que depende
Aquele Ar Pesado por Saik
Ahh há quanto tempo não escrevo um poema
Talvez por isso minha cabeça está um caos
Embaralhada, confusa, cheia de problema
Aquela neurose de sempre, etc, e tals
Ninguém disse que seria fácil tudo isso
Nem também disseram o quão difícil seria
Quanto ao destino tento não ser submisso
Mas no fim, nada sai como eu queria
Ainda sinto aquele mesmo ar pesado de antes
Apesar de tudo estar melhor e ter mudado demais
Quero poder me cercar de caixas e alto-falantes
Aumentar o som até não ter como mais
Quero sufocar com som essa sensação
Que as batidas acompanhem a do meu coração
Matar no grave esse sentimento ruim
E que essa música nunca tenha fim