Poeira

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"Tudo o que somos é poeira no vento."

Poeira
A terra que dá seiva à flor,
sustenta o aço nas colunas de cimento
e está sobre os móveis,
sob os tapetes suntuosos
que ostentam o grande palácio
onde vive e reina o filho da terra!!!W. Lira Franca 01/02/2014

Verd'água

Teu leito é sombra de água lavada,
Poeira da inveja de olhos inaptos,
De quem não sabe lutar pelos sonhos !

-- josé cerejeira fontes

Eles são poeira estelar e estrelas voltam a ser quando brilham em vida ou se apagam em morte.

Era só uma árvore,sozinha no meio da poeira cinzenta.

poeira ao vento
nem bem veio
ficou dentro

Tira a poeira das asas, meu anjo. O sol brilha tão lindo lá fora... Os pássaros cantam, as flores desabrocham, e há sorriso nos casais enamorados, deitados na grama do parquinho ali ao lado... As crianças brincam tão felizes, alheias a tudo... E por que as suas asas andam tão empoeiradas?

Tira a poeira das asas, meu anjo. Ainda há tanta coisa por fazer... Um filme engraçado a dois no cinema, uma bebida qualquer num barzinho diferente, um caminhar sem destino de mãos dadas ao vento... Aqueles dois idosos parecem ignorar que já passaram por tanta coisa juntos, olha só o sorriso deles, tá vendo?

Tira a poeira das asas, meu anjo. Não se entrega... Não me dá a opção da escolha, ainda prefiro que você lute... É tão lindo o brilho que sai dos seus olhos quando você sorri... O teu toque fica tão mais macio, o seu abraço fica tão mais quente... O teu beijo fica tão mais doce...

Tira a poeira das asas, meu anjo, já tá na hora de voltar a voar...

Tire o tecido que cobre seu coração, e remova a poeira ao seu redor

O tempo não arruma as coisas dentro de nós. Pode cobri-las de poeira, mas não as muda de sítio.

Sempre há mais pó do que imaginamos ao levantar o tapete. Poeira úmida e indecifrável que me fez emudecer de assombro com tamanho acúmulo.

Meu vento,Minha poeira

Meu passado me acompanhou por muito tempo
Eu o queria pra viver o meu presente
Ele era a minha porta
Das alegrias e conquistas
Das tristezas, eu sabia que estavam lá
Eu fingia não estar

Era como vento que só traziam poeira
E pensar que as tristezas eram minha poeira
Minha vida o vento

Mas um dia eu percebi não haver esperanças
Era o meu passado que me prendia no tempo
Tive que me desfazer de todas as boas lembranças
Pra entender que todo o tempo eu corria do vento

Eu deixava de ver meu futuro
Foi difícil deixar meu passado pra trás
Hoje vivo o hoje...
Mesmo que me doa lembrar,sentir a poeira
Se o passado não doer,
Eu não cresço.

Poeira do chão

O que te dei em carinho
Tu devolveste em traição
O que era um claro caminho
Tornaste desolação
Hoje,tu voltas chorando
Para implorar meu perdão.

O meu perdão nada custa
Falando a palavra justa
Há muito eu te perdoei
E por amar de verdade
Vendo tanta falsidade
No fundo eu te lastimei.
Se é baixo e vil o interesse
O amor bem cedo fenece
É flor que morre em botão.

Não
Não pode alcançar os astros
Quem leva a vida de rastros
Quem é poeira do chão...

Uma bonequinha de estante!
Parada, imóvel!
Ali, bem ali!
Olhada!
Como se a poeira a vestisse, no mais lindo vestido preto (já desbotado do uso contínuo).
Com uma maquiagem borrada, fazendo de seu rosto uma perfeita pintura mal feita.
Feita pelo lápis preto que, de velho endureceu meus olhos.Olhos estes, pequenos, castanhos, cílios curtos, grossos, com um rímel de quinta.
Estes, não olham mais, endurecidos pelo tempo e desgosto de estar ali!Parada, isolada!!
Sua boca não sente mais o gosto dos sabores divinos! Esta ali!
Adormecida, rude!
Com um gosto amargo ela tenta falar, pedir!
Como se alguém fosse escuta-la!Uma bonequinha cansada, mais que consegue manter um sorriso aberto!
Que precisa ser retirada dali! Bem ali! Não por um momento!
Por um tempo!
Respirar, tirar a tristeza , a magoa, caminhar, amar!Fazer voltar um brilho em seu olhar!!
Fazer voltar a bater de volta seu Coração!
Cansado, desanimado, chora!
Esperança! Ali ele sabe que tem!
Forte, calejado, lindo!
A bonequinha o ama!E luta para fazê-lo feliz!

O SOBREVIVENTE
Eu sobrei da poeira atômica
E sinto a radiação em meus poros.
Um míssil como urubu doido explodiu nos ares.
Explodiu em algum lugar.
Eu não tinha nada com isso.
Pagava minhas prestações,
trabalhava,
vivia honestamente,
E no fim, o fim.

Eu sou um sobrevivente,
talvez o único do globo,
fui o escolhido para ver tudo,
e não poder fazer nada,
e quanta gente minutos atrás,
fingia não ver nada,
e podia tudo!
(Meu Deus, eu não fiz as pazes com meu irmão!)

Eu sobrei da poeira atômica
sobrei e não posso cumprimentar o pai da bomba,
o pai da bomba explodiu com ela,
ele se fez ingrediente dela.

Eu sou um sobrevivente
Não posso chorar porque as glândulas secaram,
não posso gritar porque as cordas vocais pifaram,
nhão posso ouvir porque meus tímpanos arrebentaram.

Estou vendo um vulto,
Sai dos destroços...
É...
É minha mulher.

Meu Deus, quando eu podia abraçá-la, e não abracei,
Agora posso...
Mas não tenho braços.

⁠Eu vou te amar mesmo quando eu for poeira no vento.

Não Vou Mais Lavar os Pratos

Não vou mais lavar os pratos.
Nem vou limpar a poeira dos móveis.
Sinto muito. Comecei a ler. Abri outro dia um livro
e uma semana depois decidi.
Não levo mais o lixo para a lixeira. Nem arrumo
a bagunça das folhas que caem no quintal.
Sinto muito.
Depois de ler percebi
a estética dos pratos, a estética dos traços, a ética,

A estática.
Olho minhas mãos quando mudam a página
dos livros, mãos bem mais macias que antes
e sinto que posso começar a ser a todo instante.
Sinto.

Qualquer coisa.
Não vou mais lavar. Nem levar. Seus tapetes
para lavar a seco. Tenho os olhos rasos d’água.
Sinto muito. Agora que comecei a ler quero entender.
O porquê, por quê? e o porquê.
Existem coisas. Eu li, e li, e li. Eu até sorri.
E deixei o feijão queimar...
Olha que feijão sempre demora para ficar pronto.
Considere que os tempos são outros...

Ah,
esqueci de dizer. Não vou mais.
Resolvi ficar um tempo comigo.
Resolvi ler sobre o que se passa conosco.
Você nem me espere. Você nem me chame. Não vou.
De tudo o que jamais li, de tudo o que jamais entendi,
você foi o que passou
Passou do limite, passou da medida,
passou do alfabeto.

Desalfabetizou.
Não vou mais lavar as coisas
e encobrir a verdadeira sujeira.
Nem limpar a poeira
e espalhar o pó daqui para lá e de lá pra cá.
Desinfetarei minhas mãos e não tocarei suas partes móveis.
Não tocarei no álcool.
Depois de tantos anos alfabetizada, aprendi a ler.
Depois de tanto tempo juntos, aprendi a separar
meu tênis do seu sapato,
minha gaveta das suas gravatas,
meu perfume do seu cheiro.
Minha tela da sua moldura.
Sendo assim, não lavo mais nada, e olho a sujeira
no fundo do copo.
Sempre chega o momento
de sacudir,
de investir,
de traduzir.
Não lavo mais pratos.
Li a assinatura da minha lei áurea
escrita em negro maiúsculo,
em letras tamanho 18, espaço duplo.

Aboli.
Não lavo mais os pratos
Quero travessas de prata,
Cozinha de luxo,
e joias de ouro. Legítimas.
Está decretada a lei áurea.

Desculpe a minha poeira.

Dorothy Parker

Nota: Sugestão de epitáfio dado por Parker para a revista “Vanity Fair”, em 1925. Porém, ela não inventou a expressão, que tem autoria desconhecida e já estava em circulação alguns anos antes.

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⁠Somos apenas, poeira cósmica, surfando num grão através das ondas gravitacionais do universo

⁠Somos feitos de poeira cósmica, mas acho que você é feita do universo, tão mágica e misteriosa. Você é cheia de cores mas não mostra nenhuma, garota você é perfeita, não importa o que digam, você é a única que vem antes de tudo.

⁠Deixe que meu vento te assopre
E carregue toda poeira
Que lhe traga boas energias
Que o vento frio se afaste
E o sol possa voltar a brilhar
Feche os seus olhos
Sinta o cheiro de tudo que lhe cerca
Permita-se viver