Poeira
O desejo compulsivo dado como auto-acusador de ações premeditadas é o primeiro passo para uma série de arrependimentos.
“A flor se realiza em seu pólen pegando carona nas abelhas
para que seu fruto não nasça sem antes ter a sensação dos ares.
A poeira testifica a vontade do chão de ganhar os céus.
Tudo que existe anseia as alturas.
Assim, o pensamento em mim.
Meu pensamento criou asas,
fez minha alma voar.
Minhas palavras, essas sim, caminham.
Por isso,
Não sei se por dom ou por oficio,
quando você é o tema
Nunca sei se vou ou se voo. “
Porque tentas destruir o pilar da minha barraca,
Se ele já está em pó?
Porque não limpas esta poeira,
Se foste tu que a causaste?
Porque me fazes sentir que o que eu faço não é suficiente,
Se deposito em ti todo o meu ser...
O ser humano pode ter a arrogância tão imensurável quanto a vastidão do Universo. Todavia, se esquece de que é apenas poeira das estrelas.
É engraçado os caminhos que a vida toma, as vezes longas estradas, curtos caminhos, becos, vielas, pontes, em alguns deles há apenas poeira, ventos, em outros, entulhos, as vezes caminhos livres, outros interditados, mas eles estão lá e a gente tem que passar por eles! Em cada um há um aprendizado que fica para vida inteira, não podemos contar nosso passos, mas nossos pés sabem os caminhos que eles pisaram...
A caminhada continua entre tantos lugares e caminhos,
os passos ficam gravados no destino...
Folhas Brancas
Folhas brancas
Tinta preta
Desenhos coloridos
Tudo foi feito a estrema mestria.
Quem observa
Porém não o consegue ver
Jamais poderá sentir
O que palavras podem produzir...
Amor,ódio,
Ciúme,paixão
Quem mostra mais estes
Do que as palavras do coração?
Cada letra,
Cuidadosamente desenhada,
Cada palavra revelada,
Escondem a dor,
De um coração aos mil pedaços,
Por trás de desenhos abstratos,
Palavras desordenadas,
Se encontra a poeira,
Sim,o pó da alma,
Destruída a partir do coração.
DUAS ALMAS
Alma, que junto a minha caminhas
pelos espaços do céu.
Segredos entre nós, não há, nos entendemos
muito bem, pelo pó das estrelas vamos,
em qualquer espaço entre os astros descansamos.
Não diria sermos almas gêmeas, porém ,
existe entre nós um entendimento perfeito.
Penso eu, que o molde foi usado duas vezes,
porque por mais que se procure, não se encontra
um defeito.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
A morte é muito traiçoeira
Nos leva pessoas que amamos sem ao menos podermos dar o último abraço
e tudo vira pó, poeira
de baixo da terra ou dentro de um frasco.
Eu vivo para absorver todo o conhecimento que se anunciar no caminho. Vivo para conhecer sentimentos jamais experimentados. Vivo para experimentar a conexão que nos faz um só em meio a imensidão do Universo. Vivo para inspirar canções, comédias, dramas, contos de fadas. Vivo para ser mais do que poeira ao vento.
Como o corpo não aguenta dias sem água
A terra implora por alguma gota
O vento seco espalha o monte de terra no chão
E vira poeira...
Poeira...
Poeira seca...
Dias sem chuva...
Dias de sede...
Dias de seca...
Aquela roça antes, tão sonhada
Agora deserta e silenciosa
O gado morrendo nos fundos da fazenda, antes formosa
A grama que era verde, hoje é terra vermelha e fina
A esperança nos olhos do menino e da menina
Olhando pro céu
Esperando a chuva cair
Esperando a poeira baixar
Como se eles nunca tivessem nascido
Crianças fantasmas na seca...
Miragem no horizonte seco
O solo não fertiliza mais nada do que se planta
É como se a seca arrancasse do fundo da terra tudo o que é vivo
E como se tudo o que sobrasse fosse pó
Amigos não são colecionáveis. Não se pode abandoná-los em sua prateleira, e só de vez em quando passar um pano para tirar a poeira.
REBOLAR, SAMBAR
Não fique parada
Levante dessa cadeira
Venha dançar
É samba no pé
Levante a poeira
Sambe daqui
Numa geração
Cheia de emoção
Vamos ver
Quem rebola melhor
Esse samba vai pegar
Veja como é bom sambar
Não fique parada
Venha prá cá sambar
Rebolar
Vida faceira
Em várias rasteiras
Torna-se ligeira
Reverte em feiticeira
No nariz, coceira
Eternamente brincadeira
De palavras verdadeiras
Cósmica poeira
Alvisse loira
Respira na fogueira
Rodando na bobeira.
Se fizesse sentido, não seria asneira!
Afinal
que tipo de mal
pode te tocar
a partir do momento que
des-máscara-da-mente
você se recordar
que é poeira estelar?
Valéria Centenaro ©
Perna de pau
Sou filho da terra
pera de pau
A noite vem tempestade
Perna de pau
Me escondo na toca
Do vendaval
E guardo a pipa
Do vendaval
Corro no terreno
Perna de pau
Conto meu segredo
Perna de pau
Cavalo de troia
Perna de pau
Azul é o veneno
Perna de pau
Saio correndo
Do vendaval
Poeira no terreiro
Do vendaval
VELHO VIOLÃO
Autor: Farley Dos Santos.
Numa cabana abandonada
Com um grande porão escuro
Lá está ele
O velho violão esquecido
Jogado a anos em meio a poeiras
Imóvel, ele fica em silêncio
Suas poucas cordas que lhe restam
Já não trás mais melodia
O sucesso que fazia
Virou memórias inesquecíveis.
Os dias passam lentamente
E ele fica alí, parado
Pois nada pode fazer
Já é tarde demais
Desafinado e enferrujado
Ele lembra dos aplausos da platéia
Cansado e sem mais esperança
O velho violão descansa.
A felicidade está cada dia mais próxima! Muitas vezes não enxergamos porque as neblinas das incertezas, a poeira das frustrações e o desespero da angústia insistem em bater à porta! Mas o tempo passa e as incertezas viram certezas, a poeira abaixa e angústia vai embora! Deus é fiel e ele vai me ajudar!
Disso eu não tenho a menor dúvida! ♥️🙏🏼 Um dia de cada vez...” 🌸🍃
ILUSÕES DO COTIDIANO
"O que os olhos consentem em alarde
Nossa mente insisti em fazer
Sempre e sempre a calar-se
O que sem razão insisti em dizer.
Que dos embrulhos que a vida nos trás
A surpresa está no entender:
Sou desmerecido do presente
Ou do passado pertence o meu ser?
O que os olhos insistem em mostrar
Nosso consciente se contorce sozinho
O que parece é
O que não é, é só um pouquinho.
POEIRAS DE MIM
"Oh, poeiras de mim
Se desvais do meu corpo
E me deixas assim.
Oh, brilho de mim
Se apagas de meu corpo
Me desmorono daqui.
Oh, grãos solitários, Caim
Sozinho vagas a pé
Meros fragmentos de mim.
Vais, resto, perdi!
Partes numa penugem só
Sobram ruínas apenas, resumidas a pó.
Fico, agora poeira sou
Pertenço ás paredes e ao chão
Me desfaço num só voo.
Vou-me, enfim, oh
De lembranças serei eterno
Mas de saudades morro só.
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