Poeira
Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
(São verde e rosa, as multidões)
Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra
Características do mês de Agosto
Em Agosto predominam os dias enevoados, ar seco e muita poeira trazida pelos ventos característicos do mês.
E foi assim que o dia amanheceu hoje . Um vento frio que cortava os ares, varrendo tudo que encontrava pela frente , brincando com os cabelos da moça toda arrumada em direção ao colégio.
No quintal rodopiam velozmente folhas secas, como a brincar displicentemente. . Um desafio para a mulher que em vão tentava recolhê-las.
Folhas secas que estalam sob os pés do passante apressado...
Folhas secas que levam sonhos, mas trazem também novas esperanças.
Folhas secas que caem e se perdem , mas que sinalizam um final de ciclo.
Sinalizam também que com as chuvas que virão logo após, nova vida, novas alegrias surgirão.
Você me esclareceu muita coisa, e se foi como poeira dos meus olhos...
Em minha mente ecoa vozes e lembranças de uma admiração intensa cor sentimento e cheiro do amor...
A quelas horas minutos ao meio do publico de um especifico local, sua voz enfurecida poi-se a salutar tempos e com eles profecias .
Fazendo-me te procurar , esperar , implorar ,
Se ouver alguma dobra no tempo Gostaria de me "dobrar diante de ti" ali naquele momento, mas porem perplexo de escultar tais coisas, talvez ai se afroixa uma argola em meu coração.
Na quele momento totalmente paralisado tentando ouvir e gravar o máximo de coisa que vós disseste..
Te busco em minha mente ainda não sei como te encontrar , te abraçar, te amar, te ter conversar ou ate ti dar o que mais desejar talvez pra vida inteira ou como você preferir
Ter a parceria de tempos e vidas ao aproveitar, realizar essa felicidade...
Somos todos poeira estelar, viemos todos de um mesmo lugar e teremos todos o mesmo destino. Não se sinta superior ou inferior a ninguém. Aos olhos do criador temos, todos o mesmo valor.
"Levanta a poeira e dá a volta por cima.Depende de nós, faça valer sua voz, não depende somente do clima.Hora temos o outono, o inverno e a primavera que ao abrir as flores nos ensina.A lutar pelo nosso espaço, lutar pelo fim do errado e ter olhos para o que vem de cima".
(Rodrigo Juquinha).
Quando o coração é nobre, nenhuma poeira, por mais densa que se apresente, é capaz de ofuscar o brilho.
Relação
Depois da poeira levantada, as verdades se assentam,
De repente, a balança ficou mais pesada para um lado,
O sorriso voltou a encantar, a dança ganhou um balanço novo,
Tentar sobreviver perdeu o sentido, agora o ritmo da música é viver e existir.
Graças a Deus
Pelo menos hoje
Sou um móvel novo, brilhante
Sem pó ou poeira, deslumbrante...
Curtindo ser a novidade
Numa sala qualquer.
BEIJO DO MAR
Sou poeira de um sonho que tive,
No qual o mar, vinha me beijar.
Poeira de areia,
Fina que lhe escapava entre os dedos.
Em um sonho,
Que sonhei a muito tempo,
No qual você, vinha me amar.
Ao acordar suada,
Pude sentir, ainda em meus lábios,
O doce sabor úmido dos seus beijos.
Mais mesmo ao acordar,
Percebi que o sonho, tinha sido,
Sonho dentro de sonho.
E que talvez você nunca saberá,
Do amor que sinto.
Talvez em sonho seu,
Você descobrirá, o doce sabor,
De me amar.
Sou feito do pó, da fina poeira cósmica contida
em todas as coisas.
Sou de tudo um pouco e um pouco de tudo.
Sou finito, posto que sou vivo, sou parte.
Sou eterno, posto que sou divino, o todo de tudo.
Andanças
Pelo caminho a vida vai traçando passos. Os pés vão aprendendo a dançar na poeira do tempo. Tempo de sóis e ventania.
Mudanças nas andanças são rotineiras, certeiras e ferozes. Guarda teus pés da lama e procura os lírios que nela nascem. Vivencia as pegadas que estão à frente, mas finca teus pés no teu próprio traçado. Vale a pena, pequena, cuidar de ti. Lavar os pés em água de chuva, às vezes é necessário, muitas vezes imprescindível. Reconhece tua dança, teu canto, tua morada. Redescobre o caminho quando se perder. São eles, os teus pés, que lhe trarão de volta, e, também, a farão prosseguir. Lava tua alma na canção do rio. O rio que corta a tua estrada vai dar no mar do coração. E aí, escuta, criança, no barulho dos teus passos, os segredos da viagem, e transforma em laços todos os nós do caminho. E que teus pés te levem, te tragam, te conduzam, desenhem e contem sua história: história de mulher com detalhes de menina.
Somos mais estrelas do que pensávamos ser: 90% da massa corporal do ser humano é composta de poeira de estrelas, pois todos os elementos químicos são criados nelas, excluindo hidrogênio e hélio.
Não Vou Mais Lavar os Pratos
Não vou mais lavar os pratos.
Nem vou limpar a poeira dos móveis.
Sinto muito. Comecei a ler. Abri outro dia um livro
e uma semana depois decidi.
Não levo mais o lixo para a lixeira. Nem arrumo
a bagunça das folhas que caem no quintal.
Sinto muito.
Depois de ler percebi
a estética dos pratos, a estética dos traços, a ética,
A estática.
Olho minhas mãos quando mudam a página
dos livros, mãos bem mais macias que antes
e sinto que posso começar a ser a todo instante.
Sinto.
Qualquer coisa.
Não vou mais lavar. Nem levar. Seus tapetes
para lavar a seco. Tenho os olhos rasos d’água.
Sinto muito. Agora que comecei a ler quero entender.
O porquê, por quê? e o porquê.
Existem coisas. Eu li, e li, e li. Eu até sorri.
E deixei o feijão queimar...
Olha que feijão sempre demora para ficar pronto.
Considere que os tempos são outros...
Ah,
esqueci de dizer. Não vou mais.
Resolvi ficar um tempo comigo.
Resolvi ler sobre o que se passa conosco.
Você nem me espere. Você nem me chame. Não vou.
De tudo o que jamais li, de tudo o que jamais entendi,
você foi o que passou
Passou do limite, passou da medida,
passou do alfabeto.
Desalfabetizou.
Não vou mais lavar as coisas
e encobrir a verdadeira sujeira.
Nem limpar a poeira
e espalhar o pó daqui para lá e de lá pra cá.
Desinfetarei minhas mãos e não tocarei suas partes móveis.
Não tocarei no álcool.
Depois de tantos anos alfabetizada, aprendi a ler.
Depois de tanto tempo juntos, aprendi a separar
meu tênis do seu sapato,
minha gaveta das suas gravatas,
meu perfume do seu cheiro.
Minha tela da sua moldura.
Sendo assim, não lavo mais nada, e olho a sujeira
no fundo do copo.
Sempre chega o momento
de sacudir,
de investir,
de traduzir.
Não lavo mais pratos.
Li a assinatura da minha lei áurea
escrita em negro maiúsculo,
em letras tamanho 18, espaço duplo.
Aboli.
Não lavo mais os pratos
Quero travessas de prata,
Cozinha de luxo,
e joias de ouro. Legítimas.
Está decretada a lei áurea.
'QUANDO EU CRESCER...'
Abarcarei montanhas e mares de ausências, turbulência e poeira nos olhos tornar-se-ão verdadeiras. Ficará a saudade dos abrolhos nas plantas rasteiras exalando o que realmente seria a vida...
As lágrimas cor de sangue ficarão mais impetuosas e perceptíveis. Não haverá mais lugar para elas caírem ou mãos para agarrarem-nas nas pontas. O sol agora em ruínas tornar-se-á mais avassalador, dissecando dores e as poucas esperanças nas tempestades e dias sombrios...
Quando eu crescer, quero ter olhos de criança. Não o ser sem bonança que fizeram de mim: sem identidade própria e lugar no mundo, trancafiado numa caixa de pandora, respirando desvairados acasos e um amotinado de questões sem respostas ...
Tudo acontece lentamente quando se vai espichando o espírito. A coleta de sorrisos esparramados tornam-se resquícios, sem arco-íris. Quer-se acalanto, um mundo menos profano e de todos, sem metafísica...
Quando eu crescer, quero ser um casebre de palha, sem retratos pendurados nas janelas. Sem sequelas ou falas para reproduzir a harmonia passada. Tudo sem dualidades, sem metáforas que fazem da vida uma repetição desastrosa e colapsada. Eu nunca pedi para crescer! ...
O novo está se aproximando!
Vá tirando a poeira do passado e deixando o caminho aberto para realização de seus sonhos!
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