Poeira
Celebrando a vida
Não somos muito, somos poeira levada,
pelos ventos, que a chuva vem e apaga.
...Que a nossa passagem aqui na terra...
Seja pelo amor marcada. O instante faz
a minha existência plena, é o que tenho.
O que tenho, não posso chamar de meu
o que tens também não te pertence, nós
não temos nada além de nem as nossas
vidas, não pedimos para nascer, sequer
conhecemos o dia em que, iremos partir.
Deixemos então os meus e os teus, que
sejam somente pronomes, pois chegará
o dia em que talvez eu nem saiba qual é
o meu ou o seu nome. É triste, mas pura
realidade, talvez nem sejamos saudade.
O silêncio da noite foi quebrado pelo seu, belo som que cai dos céus lava o telhado levando a poeira que acumula assim com as tristezas dos corações aflitos.
Assim como quando vamos arrumar a nossa casa, é necessário, as vezes, sacudir também a poeira das nossas vidas e trocarmos as coisas de lugar. O mundo está passando por uma fase de transformação e não sabemos como ficará depois de tudo... A única certeza que temos é de que a vida nunca mais será a mesma.
Só quero agradecer por estar aqui, por estar vivo e por todos aqueles que estão superando esse novo mundo com fé e resignação, pois dias melhores virão!
O ser humano pode ter uma descomunal arrogância, todavia, se esquece de que é apenas poeira das estrelas.
Quem sou eu nesse vasto mundo?
Eu sou apenas um grão de poeira que a qualquer momento pode ser levado pelo vento! Mas, assim como um grão, passarei por lugares e momentos e não esquecerei de nada até o momento do repouso eterno!
Chore o tempo suficiente para curar a sua alma, depois recolha os cacos e sacuda a poeira que a vida continua
Uma casa,
precisa de reforma.
Os trabalhadores.
A destruição, é feia.
Barulho, entulho, poeira...
Limpeza, material, construção...
Paciência.
Não acontece, em 5 minutos.
Depois,
quando fica pronto;
aparece o resultado.
Gente positiva é a que cai, levanta, sacode a poeira, sorri para a vida e diz:
“LÁ VOU EU DE NOVO.”
Filho do deserto
Eu sou o árabe, filho do deserto,
Já comi poeira nessa árdua caminhada,
Estive longe e hoje estou perto,
Gratidão,ao lembrar da fria madrugada.
Durante o dia,sob um sol escaldante,
E as noites, eram longas e geladas,
Com um sofrimento frio e degradante,
Estava eu e minha consciência de mãos dadas.
Vivia em constante preocupação,
Com as insistências do vil inimigo,
Eu,embrenhado naquela solidão,
Procurando ajuda ou apenas um abrigo.
No deserto impera a lei do forte,
Onde bestas feras vivem à torturar,
A vida,briga com a morte,
E os pesadelos, conflitam com o sonhar.
No deserto há muito medo,
Há também a sonhada alegria,
Um grande e eterno segredo,
Envolto numa eterna magia.
No deserto também se purifica,
Há encontros e desencontros,
Onde a alma se sacrifica,
Em um duro e demorado confronto.
Deserto do aprimoramento,
Deserto dos bravos e dos fortes,
Onde há dor e também o sofrimento,
Tem nascimento e também morte.
Lourival Alves
Eu desabei
Não me restava mais nada a fazer
Como nos filmes, assisti os destroços, a poeira e tudo que eu tinha caindo por terra
Em câmera lenta, sentindo cada lágrima misturada ao suor
Só que não havia multidão
Eu estava sozinha
E ali eu entendi de uma vez
Que as mãos que tanto me acolheram
Eu as rejeitei
E apenas ficaram as minhas
Para reconstruir tudo sozinha
Eu sou a chama da estrela que em poeira se fez em uma grande explosão. Hoje a estrela explode em cada batida do meu coração!
Sobre Viver
viver é
sobre
sobreviver a
solidão de ser
só poeira nesta imensidão
viver é
sobre
sobreviver a
sonhos que
se vão
viver é
sobre
sobreviver a
sentimentos que
se tornam imortais
viver é
sobre
sobreviver a tempestades
sazonais sem se deixar levar
pelos vendavais.
Odai Flores
25 de julho de 2017 às 09:08 ·
Não se assuste com toda essa poeira, todos esses destroços. nem com toda essa aparente destruição a minha volta! Tudo isso, é o resultado de uma reforma que estou fazendo em meu interior!
odair flores
Poeira
Preso em um tempo
Onde o edifício
Desmoronou.
É difícil
Mas agora no silêncio
Sobre o túmulo
Encontro o sentido.
Somos nada
Apenas poeira.
As tempestades do deserto de minha alma trouxeram-me até você. Da grande massa de poeira da areia, formou-se um sentimento dourado, que deixei deslocar-se através dos ventos de meu ego, para o solo de meu coração. Tudo resultou numa única palavra: VOCÊ.
Flávia Abib
A eternidade é algo inexistente, seremos poeira em estantes de livros, esquecidos até as traças devorarem em uma velocidade voraz.
Rainha do deserto (versão 2)
Pedras a rodeiam,
desenhando suas asas,
jogada num cinturão de poeira,
o sol drena a água das raízes,
sobre sua cabeça emulando uma coroa.
Calibres de areia se moldam,
sobre as curvas do corpo emulando um vestido.
A encapada flutua nas areias quentes do Saara,
o véu distorce ao vento,
até ladeira abaixo ornamentada.
Guiada por calangos e dromedários,
abutres e carcaças,
levando fé, paixão e garra,
ela é a rainha do deserto,
a cigana flamejante das terras
áridas e quentes,
escultura de areia que resiste as dunas,
a seca, as tempestades e a poeira,
na imensa vastidão desértica.
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