Poeira
Calma
Sacode a poeira
Se virá nos trinta
O tempo é de Deus
Agradeça e sinta
Nem sempre é flores
Mas tem cafuné
Acalme-se querida
Que muda a maré
No fundo do coração
Há uma força inexplicável
Coragem e fé meu bem
Que vence o improvável
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 10/02/2022 às 08:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Um dia você será honrado, não importa a poeira de inveja que caia sobre ti. Respire, Deus costuma enviar a chuva para fazer a limpeza.
Gente: um pinguinho de poeira das estrelas, perdida nas próprias ideias e sentimentos, que se sente capaz de mudar um universo.
Em dias insanos, a poeira do passado me faz perceber o quão fútil é muito do que me cerca no presente.
Esse é o mundo do momento, o demais não é o suficiente.
Frase de Islene Souza
Mas guarde um espaço aí pra mim, por mais que se encha de pó e poeira eu ainda serei a sua melhor sujeira.
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Somos poeira das estrelas. O cálcio nos dentes e ossos, o ferro no sangue, o fósforo, o nitrogênio, o hidrogênio, o oxigênio e o carbono — tudo o que há de mais abundante no universo — são os elementos que nos constituem. Somos um aglomerado de átomos, divididos em partículas de prótons, nêutrons e elétrons, e as subpartículas mésons, léptons, quarks e bósons de Higgs. Sendo assim, o que resta é apenas energia. Então, nos tornamos macros em massa atômica de um arranjo de números atômicos da tabela periódica com seus 118 elementos, dos quais nossos corpos contêm 62, ou 50,85% desses elementos.
No findar da existência salutar ou da forma física e carnal, vem a decomposição, o que chamam de MORTE, que é na verdade um STANDBY até um próximo agrupamento em outras instâncias. Eternos todos nós somos, assim como o universo, porque nada se perde e tudo se transforma. #deusesnaoexistem o universo existe!
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O Espelho da Poeira
O espelho da poeira reflete o que não vemos,
O brilho das promessas se esconde no chão,
Na sujidade dos becos, os sonhos perdemos,
E o futuro parece uma vaga ilusão.
Há um vazio entre o discurso e a ação,
A poeira cobre o que poderia ser claro,
Mas a verdade é um grito de revolução,
Que ecoa nas ruas, um grito amargo.
Seja a poeira o espelho do que não queremos,
Uma fachada que oculta a nossa dor,
E que a luta seja a resposta que buscamos,
Para transformar a poeira em algo melhor.
Ventos bons também levantam poeira,
Tempos são incontáveis, como a areia.
No escuro da noite, um céu estrelado,
Amor forte é viver, mesmo longe do lado.
Oceano imenso, sem fim, cheio de vida,
Ondas ferozes, como os ventos, são a lida.
Coração valente enfrenta os conflitos,
Dores na alma fortalecem os aflitos.
Pensamentos vagam em busca do coração,
Constantes vozes ecoam na reação.
Gritos amarrados na garganta, isso é real,
Mas o amor de Cristo trouxe salvação surreal.
"Para obter vitórias em sua vida, é necessário primeiro você tirar a poeira da sua Bíblia".
Anderson Silva
Poeira estelar.
Céu noturno
Pra onde se dirige meu olhar.
E fico a me perguntar: de que partícula sou... como aqui vim chegar?
Mergulho profundamente nos processos cósmicos que moldam este mundo...
Vou em busca de respostas...
E vou até o fundo.
Chego à minha raiz – nuvens cósmicas gigantes... as nebulosas.
Entrelaçaram-se elas num balé cósmico.
Chegam a um frenesi sem igual.
Explodem numa explosão fenomenal.
Olho o céu noturno.
Em busca do meu passado.
E repito sempre palavras que em algum lugar li: “eu, universo de átomos, um átomo no Universo”.
É estranho estar aqui agora simplesmente a fazer disso versos.
Poeira de estrelas formam corpos errantes, que seguem seu percurso, ao acaso, sob a luz proveniente do divino e do empírico.
Palavras são como pó, grão
Todos os dias nos invade do cosmos
Uma duna de poeira espacial
Para pagar as palavras escritas
e não deixá-las ao esmo,
Sem correspondência
Com algo que exista
E não precisar apagá-las.
Por isso, saber o peso do que se fala
e, mais ainda, do que se escreve
é de suma importância.
Seguimos em viagem, lançados nesse universo infindo.
Somos átomos aglomerados, da poeira cósmica fomos formados. Estamos inseridos numa existência, completamente interligados. E não há nada e ninguém independente.
Somos partículas de um todo, muito bem ajustados.
Como nos desligar desse plano existencial, se dependemos uns dos outros e de todos os astros?
Cada ser celestial tem sua função no cosmo expandido. São bilhares de galáxias existentes.
E nada é injustificável. A perfeita maestria do universo, intriga nossa mente limitada. E a verdade diante de tudo isso, nós humanos não somos nada.
E você aí cheio de vaidade, achando que é muita coisa dentro da comunidade. Mas não passa de um sopro de vida, de apenas um instante. Diante da grandeza desse universo. O que é a sua vida perante as eras estelares? Ou as incontáveis gotas existentes no oceano? A vaidade passa e bem ligeira, Como a chuva que escorre na vidraça. Ou como as águas de um intenso temporal. Que vai e vem nos tempos determinados. Quero ter serena e mansa ombridade, reconhecer que não sou nada. E adorar o Eterno Criador, por tua graça em minha vida alcançada.
Não somos nada, realmente nada além de poeira amontoada. Somos partículas atômicas agrupadas, somos barro com arrogância exacerbada. Somos um sopro e mais nada. Qual barro na mão do oleiro, que amassa e refaz sua arte animada, que molda ao seu bel prazer e como lhe apraz ser adornada.
E essa liberdade tem o artífice criador, moldar o barro para desonra, ou faze-lo para o encher de honra e louvor.
Somos todos poeira cósmica e a estrela que insiste em brilhar sozinha continuará vivendo na ilusão da escuridão.
“VIADUTOS”
Você virou poesia,
te sobrei como poeira na estrada.
Esperança vazia,
seu olhar me cala.
Cruzo municípios, rodovias,
empunho o caderno e passo por avenidas...
... queria tanto atravessar somente seu coração!
Por diferentes rotas e vias,
o destino é sempre o qual não queria...
... você se tornou só canção.
Crônica: A Poeira na Varanda.
A poeira na varanda é testemunha silenciosa de um tempo que deixou saudades.
Naquela época, a cidade era pequena, e a vizinhança era uma grande família. Todos se conheciam pelo nome e sobrenome, e os compadres e comadres se encontravam na missa de domingo.
Era um ritual sagrado, onde as famílias se reuniam para uma boa conversa, um dedo de prosa, enquanto o sol se punha no horizonte.
A cidade, com suas poucas ruas, era um lugar onde tudo estava ao alcance. Da padaria ao bolicho, do pequeno mercado à farmácia, tudo era próximo. A vida rural era pacata e cheia de simplicidade. Nos sítios e chácaras, criava-se de tudo.
O leite fresco chegava à porta, e as frutas e verduras eram colhidas no quintal, fresquinhas e saborosas.
As famílias eram grandes, compostas por avós, tios, tias, primos e padrinhos. Todos conviviam em harmonia, e aos finais de semana, a festa era certa. Sempre havia um motivo para comemorar, seja um aniversário, uma colheita farta ou simplesmente a alegria de estarem juntos.
Era um tempo de vida calma, cercas baixas e muros que não escondiam os vizinhos. Todos se cumprimentavam com um bom dia, boa tarde ou boa noite.
Hoje, resta apenas a varanda empoeirada e as memórias de um tempo que deixou saudades. A poeira, que se acumula lentamente, é um lembrete constante de que, apesar das mudanças, as lembranças daqueles dias continuam vivas no coração de quem os viveu.
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