Poeira
Às vezes memórias passam como uma simples poeira no vento.
E o que um dia foi importante, apenas é esquecido.
A poeira sobe. Uma poeira escura, simplesmente cobriu todas as laterais da cena.O sol, por sua vez, focou a luz naquele sorriso mais sincero e lúcido de encontro com meu olhar tímido e insano.
A desanimação evaporou e ficou junta com o meu oxigênio, mas felizmente ia até meu pulmão e voltava com uma bolha em meu pensamento, dentro, aquela cena, meio que desfocada, mas ao mesmo tempo bem lúcida.
Quando minhas palavras saírem meio que perdidas, tente entendê-las de modo contrário... quem sabe você compreende o verdadeiro sentido ou o verdadeiro sentimento significativo e cientificamente comprovado: Meu amor por você...
Tudo o que somos é poeira no vento.
Agora, não espere,
Nada dura para sempre
Mas a terra eo céu.
Elas escorregam
E todo o seu dinheiro
Não vai comprar outro minuto.
Vislumbres
No balanço das ondas
No frio das águas
Na poeira da areia
A luz da lua
O brilho das estrelas
O sussurro do vento
O cheiro das algas
O esconderijo dos corais
O vaivém dos passantes
O esconde-esconde dos caranguejos
O amor dos amantes
A risada dos viajantes
E lá de longe, o navio mais brilhante.
[Maceió-AL, 15 dezembro de 2012]
Depois de tanto tempo sofrendo e chorando, você merece sorrir. Você merece sacudir a poeira, dar a volta por cima e novamente ser feliz.
Tristezas e decepções são como a poeira que se levanta numa tarde seca e tempestuosa, mas quando vem a chuva, volta a se tornar areia fina.
E se cair,levante;Não bate de tua roupa a poeira que ficou,segue em frente,vença sem humilhar ninguem,e la na frente com a poeira do teu corpo vai lembrar que perante as quedas existe a vitoria,pois o caminho dos sonhos e longo,mas não impossivel".
E chegará o momento em que todos irão abrir suas cabeças, limpar a poeira de seus corações e dai então vão começar a entender o peso da palavra amor. Não o som que sai de seus lábios ou as letras tecladas, mais sim a verdadeira essencia do que seja amor. O amor que cuida, que espera, que sonha, que as vezes não toca, mais que sente. O amor que não mente, não trai, que respeita e sabe brincar. Enfim, o amor livre de duas pessoas que sabem conjugar o verbo amar.
Caminhei com pernas firmes, chutei algumas pedras, corri e fiz poeira arrastando os pés meio cansados claro, mas não parei. Haviam buracos e muitos eu pulei, pulei até mais de um com um único pulo, em outros eu tropecei, ralei o joelho, feriu, mas sarou, não sem dor óbvio, parei em sombras grandes de árvores, mas chegava sempre o outono, as folhas caiam e já não havia sombra, então voltava a caminhar, e o inverno trazia o frio, as chuvas, os trovões, o medo, porém em meio aquelas nuvens negras sempre havia um sol a brilhar na manhã seguinte. Caminhei não sem medo, quando veio a primavera, as belas rosas, os perfumes mais balsâmicos, criei uma ilusão daquilo tudo, parecia não acabar, até chegar as abelhas em busca daquele néctar e então me fez correr, o ambiente ficara hostil, elas me atacavam, corri, corri incansavelmente em meio as rosas, o vento ao nariz já nem me permitia sentir aquele perfume, corri até chegar o verão, o sol nas costas, o calor na alma, uma angústia desgastada com passos já cansados e uma certeza em mim: Independente da estação em que nos encontramos na vida, sempre haverá um motivo que nos faça mudar a rotina, mudar as relações com o ambiente, essa é a forma mais certeira que a vida tem de alertar que nada é para sempre, tudo tem começo, meio e fim. As estações existem para lembrar-nos que devemos ser permissíveis as mudanças, sermos camaleão, modificarmos, adaptarmos nosso eu para uma melhor relação com o ambiente, as pessoas e os seres que nele existam. Por fim só não podemos parar com a caminhada, ela é longa, porém é prazerosa mesmo que as folhas sequem, que as abelhas piquem, que o sol queime, tudo deve ser experiência, deve ser vivido com prazer e sem arrependimento.
Acorda princesa... A vida continua... Levanta , enchuga essas légrimas , sacode a poeira , levanta a cabeça e tenta mais uma vez.
Querendo implodir, e desaparecer num buraco negro como uma supernova e que nem a poeira restante sirva para algo nunca e inexistir eternamente, na mente e no corpo estelar implodido pelo desejo de tornar-me nada para sempre.
O tempo passa como poeira que baila com o vento ficando as lembranças perdidas no meu espaço, cria-se um compasso entre a realidade de agora e o sonho de outrora. Meses e meses eu caminho só. No meu íntimo continuo a lembrar da nossa primeira vez. Fomos adolescentes, fomos crianças, loucos jovens maduros, fomos até inconsequentes, mas nada apaga um amor como esse que se foi e somente lembranças ficaram. Meus olhos continuam como rio que desce, continua como lâmina que fere. Na minha face meus olhos inflamados, no coração o aperto da perda brusca e na minha alma a memória conserva aquele amor interrompido e de um adeus contido ainda em lágrimas.
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