Poeira
Ás vezes, o que me consola, é saber que sou uma poeira no universo (e que não sei o que é o universo). Que desconheço os mistérios do espaço e do tempo. Que mal sei onde estou, quanto mais em que velocidade anda a luz. Que não faço idéia se estamos ou não sozinhos nisso tudo, e nem ao menos imagino o que seja isso tudo... E aí começo a me desconsiderar. E desconsiderar meus problemas de mortal. E olhar com desconfiança essa jabuticabeira no meu quintal, considerando que ela estava aqui antes de eu nascer e que vai continuar quando eu me for. A esta altura, eu percebo que queria dizer apenas que diante de tudo, (perceba que quando digo tudo, quero dizer TUDO) , não temos nada a fazer além de agradecer a Deus por viver, mesmo sem nada saber, e aprender a perceber que mesmo onde muitos consideram “o nada”, algo maravilhoso sempre, sempre está acontecendo. E de todas as coisas que acontecem, nenhuma é assim, tão significante. Nem tão banal.
E que as coisas ruins virem poeira. Se grudarem em mim eu bato a mão, jogo água e sabão, deixo a poeira baixar e prossigo, como se nunca houvessem existido.
Segunda-feira
é dia de espantar a poeira
dar um susto na pasmaceira
e iniciar a semana da melhor maneira...
.
Já, já vou indo...
Por aqui:
Coisas e marasmos.
Marasmos mineiros,
ondas bovinas,
poeira verde
nas ventas.
Saudades daí,
sinto.
Da pressa dos carros
e dos passantes.
Dos sorrisos esquálidos,
dos projetos risíveis,
indizíveis.
Vontades minhas,
gastronômicas,
da padaria da esquina.
Da Liberdade.
De andar por ruas
e pelas vinhetas sonoras, daí...
Bobagens que recolherei,
logo,
logo,
abraçando vocês.
Antes de agosto findar.
A gosto meu estarei
por aí.
Só falta um pouco de vento.
.
vento, que sentimos, notamos a poeira, O amor que sentimos notamos os seus feitos, mas nunca ninguém viu.
Nascemos portando a luz,
Mas as vezes deixamos a poeira ofusca-la.
A lampada não queima,
Isso nunca...
O que me resta é poeira batida por emoções do tempo, marcados por sentimentos inválidos, cicatrizes marcadas pelo mundo, me perdi nesse mundo onde quero me encontrar, busco aquela luz onde meus sentidos se encontram e reluzem meus sentimentos e que essas mágoas desapareçam pelo mesmo modo que a natureza transforma a pedra em poeira e meus sentidos apareçam para um reencontro. O mundo pode este perdido mais isso não vai me tirar de você.
Nem sempre é bom pegar atalhos. Muitas vezes a estrada é insustentável e a poeira do caminho pode afetar 'a liga' e nada mais dar certo, - entre nós dois.
Um dia eu te escrevo.
Pode ser carta, bilhete, mas escrevo.
Espera a poeira baixar, espera meu café esfriar.
Espera o coração parar de bater tão forte ao pensar...
Um dia eu te paro na rua, te digo a aquela verdade toda.
Digo que senti tua falta, tua ausência.
E aí depois disso eu te escrevo.
Escrevo como foi passar tanto tempo sem ti.
O que foi matar tudo que eu senti.
Te digo o que foi não sorrir ao saber de você.
Por não poder mais te ver.
Não poder mais te escrever.
Ei menina, já tá na hora de retirar a poeira daquele sonho que você guardou na estante . . . O dia tá sorrindo pra você!!
C O R A G E M!!!!
Amanhã é dia de sacudir a poeira e seguir em frente, mas por hoje, me reservei o direito de estar triste.
Assoprando a poeira, passando um espanador. Tô tirando um sonho do prateleira, já já, irei repor. Não gosto de espaços vazios.
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