Poeira
Se não der pra sacudir a poeira, pelo menos levante e dê todos os dias a volta, mas sempre por cima, de cabeça erguida,mesmo que por dentro esteja destruído.
Não importam os tropeços, as quedas...o que conta são as tentativas...bata a poeira, rode a baiana...siga !
Tudo no universo está sujeito ao espaço e ao tempo. Tudo baila em ritmo de caos na poeira cósmica, mas há uma força, formando, de forma incompreensível, o equilíbrio matemático dos sistemas... por um instante sonhei que esta força fosse o amor... pois no instante em que vi você, toda física, toda teoria, tudo que fosse consciente passou para outra dimensão que não me dei conta e quando vi me encontrava entrelaçado em teus braços, sentido o pulsar do teu interior. Não tinha controle da situação, mas tudo era bom e fluia numa perfeita sintonia. É estranho, mas acontece. É esse, talvez, o grande mistério sobre tudo. Sem o amor, tudo é caos. Com amor, é tudo bagunçado aos nossos olhos, mas perfeito na sintonia invisível das forças que sustentam o universo.
Se cair, levante. Sacuda a poeira.
Deixe o tempo levar.
Devagar descobrimos as regras dessa brincadeira de viver.
Descobrimos ter perdido lágrimas por besteira.
Assim vamos criando defesas.
Assim vamos fortalecendo fraquezas.
Encontrando verdades, aprendemos a aceitar.
Não que seja ruim, faz parte.
Crescer é mesmo assim.
Vai poeira levanta
Sopra pra lá seu mal querer
Te deixa bem longe
Teu mal me faz mal
Meus olhos não o querem
Para não chorar de dor
Faze sua tristeza voar
Bem alto pro céu levar
Traz o que me queiras bem
Assim como lindo é o mar
Infinitas são as águas a rolar
Me dê seu luar e seu mar
Mande a tristeza partir
Sem pegadas na areia
Nem lágrimas de um pássaro triste
Abre teu mais belo sorriso
Abre suas asas
Me acolhe
Escreva no céu
Seu mais belo traçado de amor
"Ventos sopram e coloca a poeira em suspensão
raios brilhantes riscam o céu enegrecido
o som do trovão assemelha-se
ao rugido de um monstro furioso,
enchentes destroem o que a mão plantou,
ainda assim, nem tudo fica perdido,
reconstruir é o caminho para desvendar segredos."
Nada derruba o que Deus cuida...Quem não esta na rocha firme de Deus é apenas poeira ao vento sem lugar nenhum...
Leve, levito
e levo comigo cada poeira do que passou.
Lívida estou.
O que restou da poeira menos algo que fui é o que sou:
Poeira que pensou
não ser poeira.
NO PRETO E BRANCO
Um romance de amor na parede
em moldura de um tempo sem cor
à poeira que queimou nosso verde
um amor que a prisma registrou.
Os abraços e beijos...
No branco, e no preto ficou
os desejos e ensejos
suspenso na parede... Amarelou.
Flores e jardins, no chassi, estão cinza
E o arco-íris...
Um surreal preto esvoaçado no ar.
Pássaros sob espaço
chuva de risco
lágrimas pontilhadas
olhos de carvão...
Água branca para matar a sede
venha menino...
Vamos com essa vida rindo
Me de a sua mão.
Antonio Montes
O TOPO
Estrondo no topo
olhares para o morro
é chuva apagando poeira
é agua despencando na ribanceira
Os bêbados...
Estão todos encharcados
Os relâmpagos...
Com seus pontos e encantos,
correm costurando as nuvens
tudo sempre foi como esta.
Maria pra que falar mal...
Corra, corra! Corra...
Vá recolher as roupas do varal.
Antonio Montes
A vida é assim...
Tropeços, quedas, machucadas...
Sacudir a poeira, sarar as feridas...
E seguir em sempre.
Eu sou uma poeira, e tem um grande aspirador de pó chamado "Tristeza" me sugando, e eu não posso e nem consigo lutar..
a poeira oculta o passado...
a vida,alegria as cores pintadas dia a dia sem fim...
recordações do bem e do mal...
luz criada aos poucos...
numa tela de momentos...
alegria,felicidade com ingredientes de sofrimento...
páginas lavradas pelo passar do tempo...
memórias perdidas no imaginário...
ventos que passam em sentido contrario...
a vida mudou...
ficou o diário...
O vento levanta poeira assim como a chuva molha as madeiras, destarte como o ser humano sorri e chora goteiras.
Terra Seca
Tristeza minha companheira
Caminha comigo neste chão de poeira
Muito difícil se acostumar
Com sua companhia ao caminhar...
Meus filhos e eu neste lugar
Sem terra fértil para plantar
Comemos e bebemos o que conseguimos arranjar
Nesta terra que nos castiga
Sem esperança a dar
Sou escrava desta situação
Prisioneira desta região...
Meus filhos precisam de mim
Nesta terra seca sem fim
Sair daqui não dá
Tenho filhos pequenos para criar
Não aguentariam a viagem
Que seria sofrida e selvagem
Não sou feliz aqui, é verdade
Mas meus filhos me confortam
Nesta dura realidade
A capacidade de informação de nossa mente contemporânea é como poeira na praia se comparado a quantidade de informações que utilizamos hoje
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