Poeira
Um escritor se faz de dia, sobre o asfalto ou sobre a poeira, sofrendo e aproveitando, odiando e amando como só um louco ou Deus podem fazer.
Expressar-se através da escrita é uma necessidade. Palavras se perdem ou são modificadas na poeira do tempo.
Neste mundo somos pó. Viramos poeira ao vento se não cuidarmos em viver e oferecer o que a vida tem de melhor. Vivamos intensamente!
Arrasta a sandália no chão e come a poeira do tempo.
Bota o sorriso na cara e corre de encontro ao vento!
Acena pro povo que fica a ver navios da janela.
Enquanto planta a semente, dança e afina a canela!
E seja sem pé nem cabeça. Que te chamem de mundano!
O mundo foi feito pros loucos,ser normal é um engano!
Pula a poça d'água e depois molha o seu pé.
Que adianta rezar se na reza não tem fé?
Colhe felicidade e cultiva boas novas!
Se a lição não prestar, sem dó a gente reprova!
E faça da vida uma arte: Pinte e borde à vontade!
Se for pra falar de tristezas, deixa isto pra mais tarde!
E quando chegar a hora de deitar-se moa braços Deus,
leva contigo a certeza de que pra vida, não há adeus!
poeira sobre teu ador, sobriedade
terror, silencio, no mar de desilusão...
tentar fingir, sorrir poço sem fim, ser tão feliz,
tudo está escondido no profundo da alma,
os espaços, se tornam maiores,
covardia...sendo forte sem ter forças para viver.
A poeira nunca é perene. Ela sempre precisará do vento para soprá-la. Passou o vento, passou a poeira.
Oque somos nós, além de nada mais que poeira em um universo tão vasto, mas mesmo assim nós achamos tão superiores a tudo,que para aos nossos olhos é considerado inferior, mesmo sendo nada mais que seres insignificantes e ignorantes a cerca da razão do diferente e do desconhecido.
Devemos sacudir a poeira quantas vezes preciso for,sacudir tudo que nos pesa na alma,pra recomeçar leve,linda e solta,pra vida.
"A poeira tinha se baixado pois a vassoura não tinha mais ação naquele terreno e a terra tinha se transformado em barro e vermelho cor de sangue..."
O inicio eramos poeira dentro muitos mundo vivemos...
entre tantos vivemos por um sopro de um espirito...
imanamos a alma que sopra aos ventos,
dentro da humanidade somos políticos,
e na natureza seremos apenas predadores.
A água cai levemente em meio a um corpo exausto.
A poeira de um dia vazio desce ralo abaixo. Palavras que não foram ditas saem dos lábios num sussurro e se perdem no vapor morno.
Abraços que não foram dados, sorrisos que não foram mostrados, olhares que não foram trocados, são levados, arrastados pela água morna do chuveiro.
Uma alma inteira, sentimentos inteiros são levados todos os dias, pela água morna do chuveiro.
Letras, Poeira de Estrelas
Ofuscando imagens
viagens
espaços
melhor transparecer enigmas.
Nada que iluda
seja vago
ou imerso, obscuro.
Quem sabe líricas pipas coloridas
em montanhas da alma
ou apenas espalhar letras
como suave poeira de estrelas!
Um dia eu serei
poeira no ar
gota de oceano no mar
brisa da madrugada
luz apagada...
do tudo um quase nada.
Um dia serei
o que não sou mais
ausência de tudo
suave mistério
a envolver tua falta de paz.
Então, enquanto ainda sou
Aproveita tudo de mim
Suga de mim esse oceano sem fim...
enquanto ainda sou...
... um dia apenas serei
vaga lembrança de que um dia fui,
de que teu caminho atravessei.
O riso nos dá alívio na alma, pois a alegria deve superar a poeira dos entulhos e os arremates mal feitos, seja onde for que eles estejam.
O amor existe mesmo que surja dentre as pedras e poeira, às vezes incompreensível como a vida ansiando o horror, haverá de existir e de existência viveremos a procura desse amor...
Quando a poesia acaba
Nós resta na poeira do pensar
uma leve brisa do que foi o amar.
Quando a poesia acaba
não há violão para cantarolar,
Nem verso fundo e raso de amar...
Quando a poesia acaba
Não há ninguém para beijar.
(Cicero Laurindo)
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