Pobres e Ricos
A beleza física da mulher é como um delírio aos olhos do homem cansado, mas seu coração pode ser negro como um abismo, e tem o poder de matar até o varão mais astuto ou o guerreiro mais poderoso.
" Enquanto uns se entristecessem por serem pessoas humildes e simples, por serem esquecidas e rejeitadas pelo mundo, eu fico feliz por que até Jesus passou por isso e contudo os seus opressores não sabiam que ele era o Rei do Universo, enquanto mais humilde mais forte, mais guerreiro, mais sábio, o dinheiro constroe palácios mas não um caráter"
Dizem que dinheiro não traz felicidade, e de fato realmente não trás. Mas não significa que pelo fato de não tê-lo você será feliz. A felicidade não está relacionada a isso, e baseado na minha situação atual de felicidade, antes rico do que pobre. Pelo menos uma das coisas eu tenho o direito de desfrutar!
Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!
Ainda sobre o Catete, comecei a ver um "cara de rua" direto... Vive nas imediações do Museu do Catete. Negro, boa complexão física, aparentando uns 50 anos. Usa, habitualmente, roupas rasgadas deixando à mostra, por desgraça, vamos reforçar, o que os nudistas exibem por prazer. Seu corpo é infestado de parasitas e por isso vive se coçando. Tem aquelas tromboses com lepra nos tornozelos e grita poemas a seu modo, ali em frente a lanchonete Big-Bi; xinga as crianças que saem do palácio e o provocam, ou pára em frente ao palácio e perde a compostura xingando o governo pelo que ele acusa de "roubalheira nas eleições". Dorme na calçada, ou, quando chove, se vê obrigado a dormir sob as coberturas da Rua do Catete, da Rua Pedro Américo, ou adjacentes... Não dá pra deixar de reparar que ele é extremamente admirador do palácio... Por vezes pára, e fica com uma cara de pão doce, imóvel, olhando o imóvel. Vive por isso fazendo versos em homenagem ao palácio. Versos gozadíssimos, cujas rimas param algumas pessoas mais perceptivas... O seu nome, ou apelido, não consegui descobrir ainda. Sempre que tento, quando ele está mais calmo, recitando os versos em frente ao palácio, é sábado ou domingo, quando as crianças ficam provocando o pobre homem, que, ao perceber a gozação, inicia uma série decorada de palavrões impossibilitando-me de qualquer contato. Ainda lembro de alguns versos: "Tcham, tcham, tcham, ninguém faz nada por mim, tchan tchan tchan também quero casas". São uns versos meios bizarros mesmo, no estado bruto. Esse "tcham", é pra entender que ele canta seus versos. A melodia, se bem me lembro, é quase igual ou semelhante em todos os versos, sobre tudo, sem estribilho. Ele bebe, vive de esmolas, e quando as recebe agradece com bons modos, os restos de comida de quem sai da lanchonete e mitiga sua fome. Mas, desde que não discordem do que ele diz durante a aproximação. Se alguém der uma esmola, e ainda der um conselho, é certo a descompustura e, de acordo com o grau do conselho ( "o senhor tem que parar de beber", "cadê a sua família, procure sua família", "procure um trabalho") ele chega, por vezes, a atirar no doador da esmola a própria esmola recebida. Até agora apurei que, assim como eu, ele também tem seus momentos de introversão. Reparei que é sempre quando está chovendo. Nessas ocasiões, quando passo por ele, está sentando na calçada com uma parada tipo um pregador de varal, daqueles antiguinhos de madeira, e com ele inicia um rápido movimento entre os dedos, fazendo com que o pregador deslize ao longo do polegar até o indicador. Assim está sempre quando chove. Parece que fica curtindo sua desgraça, ruminando o passado possivelmente melhor do que o presente, e certamente bem melhor do que o futuro sem esperanças. Sem esperanças porque não podemos ser hipócritas; um ser humano alheio a tudo e a todos. Sua figura marcante de miserável de rua se apresenta bem nítida e ninguém liga. Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!! Feliz Carnaval.
Você tem mais de mil razões para agradecer todos os dias, tem certeza que prefere canalizar suas energias em três situações que não deram certo? Eis a diferença entre sucesso e fracasso, carisma e solidão. A abundância assim como a miséria, está intrínseca a sua cognição e visão de mundo, pois gratidão, gera gratidão.
Minha definição de sucesso é o conhecimento.
Tenha conhecimentos e você dominará não apenas o mundo, mas, especialmente, a pobreza financeira...
Ao observar a vida alheia, é crucial abster-se de presumir prosperidade com base em meras aparências. O verdadeiro discernimento requer compreensão de que a organização pessoal não reflete necessariamente o status financeiro.
Até quando esperar a plebe ajoelhar, esperando a ajuda de Deus?
Quanto mais miserável é o povo, mais milionários são os shows internacionais, mais luxuosos são os templos de louvor e a maior quantidade dos endinheirados políticos por corrupção.
O SAPATO E O CAIXÃO
Acolchoado, reluzente, macio!
Escalavrado, plenamente, esguio!
Nobres salões, multidões, sucesso?
Entre moirões, solidões, retrocesso?
Alardeado, aciado, petulância!
Acanhado, laciado, só andanças!
Emoldurado, lustroso, escotilha!
Todo apagado, opaco, caixilha!
Finas pompas, interesses, doentio!
Almas prontas, muitas preces, plantio!
Nós e diversos outros países somos colônias sem percebermos; dando o fruto de nosso solo e o suor de nosso trabalho para desconhecidos em troca de quase nada.
Tudo porque alguns “enriquecem” para fazer o capital girar, tal como no cassino, essa ilusão de livre mercado nos faz entregar todo nosso tempo a aprender como ser escravo para depois passarmos o resto da vida o sendo.
A triste realidade da corrupção se revela cruelmente quando uma minoria detém vastas fortunas enquanto milhões sobrevivem com migalhas, lutando diariamente contra a fome, a falta de educação e a ausência de cuidados de saúde. É um mundo onde o poder está concentrado nas mãos de poucos, deixando a grande massa à mercê da miséria e da desesperança.
Se uma pessoa tem o objetivo de enriquecer, o primeiro passo é identificar o que faz dela uma pessoa pobre
O pior efeito da desigualdade social é a naturalização ética da mesma, permitindo sua normatização!