Pobre
O pobre gasta muito para parecer rico. Não é o quanto possui mas sim o que você faz com o que possui,e parecer possuir é viver numa ilusão arquitetada por si mesmo.
Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!
Ainda sobre o Catete, comecei a ver um "cara de rua" direto... Vive nas imediações do Museu do Catete. Negro, boa complexão física, aparentando uns 50 anos. Usa, habitualmente, roupas rasgadas deixando à mostra, por desgraça, vamos reforçar, o que os nudistas exibem por prazer. Seu corpo é infestado de parasitas e por isso vive se coçando. Tem aquelas tromboses com lepra nos tornozelos e grita poemas a seu modo, ali em frente a lanchonete Big-Bi; xinga as crianças que saem do palácio e o provocam, ou pára em frente ao palácio e perde a compostura xingando o governo pelo que ele acusa de "roubalheira nas eleições". Dorme na calçada, ou, quando chove, se vê obrigado a dormir sob as coberturas da Rua do Catete, da Rua Pedro Américo, ou adjacentes... Não dá pra deixar de reparar que ele é extremamente admirador do palácio... Por vezes pára, e fica com uma cara de pão doce, imóvel, olhando o imóvel. Vive por isso fazendo versos em homenagem ao palácio. Versos gozadíssimos, cujas rimas param algumas pessoas mais perceptivas... O seu nome, ou apelido, não consegui descobrir ainda. Sempre que tento, quando ele está mais calmo, recitando os versos em frente ao palácio, é sábado ou domingo, quando as crianças ficam provocando o pobre homem, que, ao perceber a gozação, inicia uma série decorada de palavrões impossibilitando-me de qualquer contato. Ainda lembro de alguns versos: "Tcham, tcham, tcham, ninguém faz nada por mim, tchan tchan tchan também quero casas". São uns versos meios bizarros mesmo, no estado bruto. Esse "tcham", é pra entender que ele canta seus versos. A melodia, se bem me lembro, é quase igual ou semelhante em todos os versos, sobre tudo, sem estribilho. Ele bebe, vive de esmolas, e quando as recebe agradece com bons modos, os restos de comida de quem sai da lanchonete e mitiga sua fome. Mas, desde que não discordem do que ele diz durante a aproximação. Se alguém der uma esmola, e ainda der um conselho, é certo a descompustura e, de acordo com o grau do conselho ( "o senhor tem que parar de beber", "cadê a sua família, procure sua família", "procure um trabalho") ele chega, por vezes, a atirar no doador da esmola a própria esmola recebida. Até agora apurei que, assim como eu, ele também tem seus momentos de introversão. Reparei que é sempre quando está chovendo. Nessas ocasiões, quando passo por ele, está sentando na calçada com uma parada tipo um pregador de varal, daqueles antiguinhos de madeira, e com ele inicia um rápido movimento entre os dedos, fazendo com que o pregador deslize ao longo do polegar até o indicador. Assim está sempre quando chove. Parece que fica curtindo sua desgraça, ruminando o passado possivelmente melhor do que o presente, e certamente bem melhor do que o futuro sem esperanças. Sem esperanças porque não podemos ser hipócritas; um ser humano alheio a tudo e a todos. Sua figura marcante de miserável de rua se apresenta bem nítida e ninguém liga. Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!! Feliz Carnaval.
Atualmente, se fosse dada a oportunidade aos brasileiros...
Para saírem do Brasil e tentarem ser feliz em outro país do mundo.
Há Tenho certeza, que aqui só ficaria os sadomasoquistas!
A única diferença entre o pobre e o rico na trilha para o sucesso, são as dificuldades, pois ambos tem condições de alcança-la!
É exatamente por isso que é preciso mudar.
O que mata o jovem é a ausência de educação, de emprego de segurança, Saúde e moradia digna. O Estado não faz a parte dele simples assim.
E não me venha falar que a população pobre também não faz nada para evoluir porque é uma generalização absurda. Aliás, um dos grandes problemas do pensamento atual são as generalizações. Devido à um ou mais casos especificos colocam todos na mesma panela.
É complexo por que precisamos individualizar caso a caso, mas individualizar exige analise apurada e pensamento crítico e por isso mesmo da muito trabalho.
E como nós, como sociedade, obteremos esse grau de lucidez se a matéria prima abundante é formada por cérebros preguiçosos?
De que adianta você estender a mão para ajudar alguém que sente fome e depois ir às urnas eleger políticos que vão tornar a vida da pessoa que você acabou de ajudar ainda mais difícil?
Enquanto as elites se preocupam em ampliar a participação das famílias na política; os pobres estão preocupados em ampliar a participação das comunidades na taça das favelas.
Não confunda riqueza com mau-caratismo... assim como nem todo rico é mau-carater, nem todo pobre tem boa índole...
O milagre está na forma como você percebe e reage ao mundo. Enquanto a mente pobre vê limitações e escassez, a mente rica enxerga oportunidades e abundância. O verdadeiro milagre é a transformação interna que muda a maneira de ver e criar a própria realidade.
Não é pelo facto de ser "Pobre",
Que eu deixo de olhar para o Alto,
Pois, é de lá que me vem a Luz e Força de Deus!
É Pobre,
O Rico Materialista, que não se entrega ao Benquerer,
E ao Amor de Outrem,
Com receio de perder a fortuna que tem!!!