Planta
Da casa
Morei numa casa,
Feita de cal, madeira e planta.
Tinha facho de velas,
E raios numa porta debruçados.
Minha mãe nos ensinava,
A fazer um pão chamado sonho.
Por vezes tínhamos que fermentar com mais vigor.
Mas por fervor ou insistência, crescia.
Nessa casa se contavam estórias.
Como a luz que ficou presa na sombra,
Até que o vento a libertasse.
Ou da lagoa que desaguava no mar,
Porque ele por ela estava encantado.
Tinha uma que ninguém entendia.
Revelar-se-ia mais tarde na travessia.
Era de uma voz que somente se ouvia,
No agudo silenciar, tomado na profundeza.
A casa inda lá continua.
Minha mãe ajuntou-se noutro tempo.
Só agora, enxertado de silenciamentos, aquela voz ecoa.
Abre-se na boca do menino que se avizinhou da saudade.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
Já parou pra pensar na vida de uma planta em uma sala de estar? 🌱
As pessoas passam por ela.
Vem e vão.
Só ficam um momento.
Eles podem até querer ficar, mas é um vaso com uma planta. Por que gastar tempo desnecessário observando-a?
Se ela não estivesse na sala junto com as outras decorações, não faria falta. Por que não tem utilidade nenhuma.
É um vaso com uma planta, ocasionalmente colocado naquele lugar.
Ela não pertence ao solo em que habita e tira os nutrientes. Só está aprisionada nele. E não há plena felicidade nisso.
É um vaso com uma planta.
Seus donos a regam e gastam seu tempo com ela, por que eles a compraram e tem essa obrigação. Sim, a amam. Mas eles não gostam da planta.
Ela nem é tão bonita assim. Não é feia, mas também não a atenção como as mudas que nascem ao ar livre.
Sobre o teto dos donos, ela sempre dependeu do regador pra sobreviver.
Ela sonha em se livrar dessa porcaria de vida que vem levando.
Ela tinha tudo nas maos, mas nao tinha nada. Ela nunca sentiu a sensação das gotas da chuva nas suas folhas depois de um dia ensolarado. Nunca pertenceu a um belo jardim. Nasceu em uma loja. Sempre foi regada.
Passam invernos e outonos rigorosos. Ela envelhece e se pergunta, quando vai chegar a tão esperada primavera.
O vaso em que ela veio não era do agrado de seus donos. A cor não combinava com a as paredes. Não caia muito bem na decoração. Eles pintaram o vaso de uma cor que se encaixa-se.
Mas se você olhasse bem, dava pra ver as falhas no belo disfarce.
As vezes acontecia de um visitante ou outro parasse mais que um momento com ela. Um dia uma das visitas que passavam pra lá e pra cá, ficou mais tempo que os outros.
A planta nem se importou muito, pelo contrário, ela o odiava antessipadamente, por que tudo havia começado como a mesma novela de sempre. Eles chegavam com um belo presente embrulhado de ilusoes e falsas esperanças, mas quando ela desfazia o laço percebia a mentira. Eles prometiam, mas nunca planejaram realmente ficar com ela pra sempre ou levá-la para um jardim, para viver.
Mas esse moço foi diferente. Ele se interessou tanto pela planta que olhou de perto. Viu as falhas no vaso, mas ao invés de a julgar por isso, dizia que a amava ainda mais por elas é que ela era a mais linda criatura que tinha visto. Dizia que queria levá-la dos donos, queria planta-la no meio de uma clareira iluminada, onde ela pudesse se livrar daquele vaso pesado em que ela estava plantada a tantos anos. Queria o seu bem.
No começo ela o ignorou, imaginava qual seria o desfecho dessa história. Mas ele passou a visita-la todos os dias, e em todos eles, a regava delicadamente, falava-lhe que ela era unica no mundo pra ele. Contava loucas histórias, a incluindo sempre no futuro e nos sonhos. E pouco a pouco ela foi cedendo, também passou a incluir ele nos seus sonhos. Suas raízes naquele vaso ficavam mais soutas quando ele estava perto. Passou a ama-lo, como nunca amou ninguem antes.
Os dias não eram mais insuportaveis, por que ela sabia que nas madrugadas ele estaria lá com ela.
Um dia ela resolveu se entregar por completo, queria ser feliz e livre.
Pediu a ele pra que fugissem juntos. Ele exitou, porque sabia que só teriam uma chance. Se fossem pegos tudo acabaria ali, para os dois. Mas cansada da prisão de viver no vaso da sala, ela insistiu.
Infelizmente ele a amava de mais pra negar.
O plano não correu bem para a pobre planta. Na madrugada em que ele a roubaria para si, o vaso acabou escorregando das suas maos e caiu no chão, fazendo muito barulho.
Os donos imediatamente acordaram. Perceberam o quão distante deles a planta estava.
O vaso havia se despedaçado.
Eles estavam arrazados. Ambas as partes.
Ela nem fazia ideia do quanto era querida na sala de estar e os donos nao sabiam como ela estava infeliz.
Mas o que ela esperava?
Que eles adivinhassem?
Não.
Ela sabia que por mais que eles a amassem e tentassem entender o sentimento dela.
Eles nunca entenderiam.
Por que afinal, eles já saíram da sala de estar. Conheceram o mundo lá fora.
Ja ela.
Nasceu em um vaso, sem pernas ou asas capazes de liberta-la.
Já ouviram aquele ditado;
" o tempo cura até a mais dolorosa das feridas" ?
Eu acho que está completamente equivocado.
Por mais que o tempo passe, o vaso não vai se concertar a não ser que você junte os cacos e os cole novamente.
Nós já dizemos - o tempo "passa"- por que sabemos que ele não para pra te esperar. Nem pra curar ferida alguma.
O tempo só passa.
Os donos tentaram esquecer e perdoar, mas sempre que olhavam para a planta, viam as rachaduras no vaso. Nada nunca seria como antes. Um vaso que se quebrou nunca volta a origem.
A tristeza nao os abandonaria.
Eles passaram a deixar a janela sempre fechada para que não houvesse mais chance de roubo ou fuga.
Ela não tinha mais a chance de tentar sentir os raios de sol que entravam ou os respingos de chuva que rabatiam do parapeito da janela. E ela perdeu uma das poucas razões para existir. Obvio, proibiram a visita daquele que, ao ver deles, destruiu a sua amada e pura planta.
Até hoje a planta não fez nada além de coexistir pacificamente com as pessoas que passam, olham e se vão.
Ela ameaça desistir as vezes. Há dias mais sombrios que outros.
O que a impediu de tentar acabar com essa vida-morta foi a existência de uma lagarta 🐛que está essa com a planta ha muito tempo. Quando a lagarta nasceu a planta não gostou nada dela.
Achava que a lagarta acabaria comendo todas as suas folhas verdinhas. E que os donos a abandonariam.
Mas depois de algum tempo juntas elas passaram a se amar incondicionalmente. A planta sempre deixava a lagarta de alimentar dela.
Por vontade própria.
Por amor. Mesmo quando as mordidas doíam, ela aprendeu a suportar.
A lagarta estava se encasulando na época da tragédia. Por isso a planta não morreu.
Ela ainda tinha um último objetivo de vida. Esperar a lagarta sair do casulo e ver a linda borboleta que ela se tornaria. Queria ver as cores vibrantes que ela teria e queria que ela voasse livre e feliz. Já que a planta não tinha certeza se um dia ela mesma poderia ser feliz. O que a ela mais queria no momento era isso.
Ver a lagarta feliz. E mesmo sabendo que a lagarta vai deixá-la ao virar uma borboleta isso não dava medo, mas sim vontade de viver.
A lagarta era símbolo de esperança, felicidade e amor. E quem sabe ao assistir esse lindo espetáculo ela voltasse a sonhar.
Sonhar em conhecer novos vasos, novas salas de estar, novos solos férteis, novos nutrientes, novas lagartas e talvez até belas flores florescendo em seus galhos.
A planta voltou a sonhar, apesar de tudo. E ela pretende ser ousada e ter coragem pra realiza-los.
Pras outras pessoas eu sou desnecessária como um vaso de planta em uma sala de estar. Mas pela borboleta, vale a pena sonhar. 🦋
A boca fala aquilo que o coração ta cheio.
Que seus lábios falem apenas o que Deus planta no seu coração,
não o que o inimigo soprar em seus ouvidos.
Que você viva para Agradar a Deus,
não as pessoas.
Porque é Agradando a Deus, que as pessoas que verdadeiramente te amam,
se aproximarão e permanecerão.
Não viva de aparência,
vivendo assim, você só engana a si mesmo.
Porque Deus vê o seu coração.
Jamais se envergonhe do Deus que te formou,
Para que Ele não se envergonhe de você diante Dele.
Você precisa ter orgulho do Deus que te criou
e parar de viver para agradar quem não sustenta
sua vida, nem fornece o ar que você respira.
Acorda... sua vida é limitada.
Deus não!
Se a luz do criador habita em você, onde colocar a planta dos seus pés, o caminho será iluminado.
De forma que ao colocar a planta dos seus pés em lugares sombrios sem a devida preparação do ruach (espírito), trará consigo um pouco da escuridão daquele lugar.
Sabe aquela frase: " você colhe aquilo que planta" talvez ela não seja a mais correta e completa.
Imagina que você é um cultivador de plantas, então você encontra algumas sementes e revolve plantar-las, e então você aduba a terra, planta as sementes, rega a planta, e a planta vai crescendo e você corta as partes muchas, você coloca a planta no sol, na sombra, até que aquela pequena sementinha vira uma planta que depois se torna uma árvore. E você faz de tudo, mas quando chega num ponto, você percebe que aquela planta não dá frutos, então não tem o que colher,e a frase"a gente colher aquilo que plantamos" passa a não fazer sentido, você olha para o passado, e se vê, você se vê em todos os momentos que passou fazendo com que a planta pudesse crescer e talvez quem sabe se tornar uma árvore grande de frutos doces. Mas agora, tudo que você consegue ver é o tempo que perdeu, E agora acha q a culpa do tempo perdido é sua? Claro que não, como você poderia saber que aquelas sementes eram de plantas infrutíferas? Como você saberia? Você não errou em querer, em acreditar que talvez fosse provar dos frutos da árvore, você nunca saberia se não tivesse plantado.
19/05/19
Quem planta mentiras... jamais irá colher credibilidade. É um plantio que não germinará... e a seca total... é simplesmente... vidente...!
O amor e bom pra quem saber cuidar cultivá, o amor e igual uma planta se voce cuidar amar e dar seu carinho ela vive e ficar linda, mais se você planta e não cuida e nem dar amor e carinho ela morre cada dia mais.
Uma pessoa que nunca foi capaz de aguar uma planta, preparar uma boa comida para o parceiro e dormir com perdão oferecido é um perfeito de exemplo de filho de Deus que precisa de Jesus e deve viver na casa do Senhor conforme Lucas 5:32.
Antes de colher o que planta, você escolhe o que plantar. Cuidado, não esqueça de avaliar minuciosamente as sementes.
Nunca é tarde para agir corretamente, a vida sempre te retribui aquilo que você mesmo planta. Então escolha as sementes certas e você terá coisas boas quando elas germinarem.