Planta
Eu preciso ir buscar uma planta
Que alguns até chamam de flor
Entre tantas outras existentes
Sei que é esta e somente esta
Que agradará o meu amor
Vai fazê-la me olhar com carinho
E querer ficar perto de mim
E gostar de mim pra sempre
Como um dia prometeu
E apesar de eu gostar muito dela
Esqueceu-se quem sou eu
Porém, esta planta delicada
Chama-se dente-de-leão
Quando aberta o vento a carrega
E a espalha pra Terra do Adeus
Mas ela ainda está em botão
Isso me dá algum tempo, então
E eu preciso chegar até ela
Caminhando devagar
Sentindo paz no coração
Eu sei que acabou de brotar
Num lugar inquietante
Um pouco mais longe de além
Mais além do ponto mais distante
Que eu posso enxergar
Quando eu olho do Mirante
Esta flor está lá me esperando
Sei que eu vou chegar lá
Não sei quando
Tenho pressa, pois sei que nasceu
Lá na Terra dos ventos uivantes
E peço ao vento por favor
Tenha calma, me espera chegar
Não carregue este presente
Que eu agora estou indo buscar
Pra ofertar ao meu amor.
Entre lições – Parte I
É de longa data o ditado “planta hoje, colhe algum dia”, que nas palavras polidas de Robert Louis Stevenson, poeta escocês do século XIX, implica não julgar cada dia pela colheita que você obtém, mas pelas sementes que você planta.
"Planta hoje, colhe algum dia" é imperativo que nos dá a certeza de que devemos plantar exatamente hoje, mas a colheita não sabemos qual dia virá, de modo que falacioso é o pensar que se colhe sem plantar.
Tudo isso é lição que aprendemos somente com a própria vida, e não vai adiantar muito explicar para quem não quer escutar, pois só a vida pode dizer e mostrar aquilo que os ouvidos não são capazes de ouvir e os olhos não querem enxergar.
Lição de vida cabe a cada um apreender ou não, a prova somos nós quem fazemos. Assim, a colheita só pode ser feita se um dia se plantou a semente. E semente só arvora se chover na medida certa. Como a vida: só crescemos quando lutamos e cuidamos para sermos melhores que nós mesmos; seguindo em frente, ainda que algumas lágrimas caiam vez em quando...
Não queira colher flores se vc planta espinhos,
flores nascem de sementes delicadas, plantadas com amor e cultivada com carinho.
O amor não chega embrulhado em uma caixinha de Natal, ele se planta, se rega, se cresce e depois é colhido pela pessoa que fez de tudo para que ele pudesse florescer e ser vivido não só por você mas também por aquele que ajudou a fazer de tudo para que suas tentativas dessem certo, e seu futuro fosse brilhante com aquela pessoa.
O abraço da morte é sutil como uma planta hospedeira. Chega de mansinho e sem perceber já te envolveu por inteiro. Age como algo que pode te fazer bem e devagar vai crescendo tomando grande proporção e quando você menos espera, no momento certo, dá o bote e mata sufocando aos poucos, gerando tristeza da alma, pois no fundo, era tudo o que queria: dar-te o abraço da morte
Efêmera
Sou quem planta a planta dos pés
no fundo do rio das ariranhas
na poeira cósmica
no vértice do kilim
Nada me enaltece
nada me tortura
para cada sensação
revolvo as quimeras da infância
É volátil o voo da emoção
é como seguir os rastros que deixei
nas infinitas dunas em que caminhei
Todo elemento com o seu movimento
cada momento, enriquecimento
os meus fascínios, passatempos.
ENXERTIA DIVINA
Toda criatura, em verdade, é uma planta espiritual, objeto de minucioso cuidado por parte do Divino Semeador.
Cada homem, qual ocorre ao vegetal, apresenta diferenciados períodos na existência.
Sementeira, germinação, adubação, desenvolvimento, utilidade, florescência, frutificação e colheita.
Nas vésperas do fruto, desvela-se o pomicultor, com mais carinho, pelo aprimoramento da árvore.
É imprescindível haja fartura e proveito.
Na luta espiritual, em identidade de circunstâncias, o Senhor adopta iguais normas para conosco.
Atingindo o conhecimento, a razão e a experiência, o Pomicultor Celeste nos confere precioso recurso de enxertia espiritual, com vistas à nossa sublimação para a vida eterna.
A cada novo dia de tua experiência humana, recebes valiosos concursos para que os resultados da presente encarnação te enriqueçam de luz divina pela felicidade que transmites aos outros.
És, contudo, uma “árvore consciente”, com independência para aceitar ou não os elementos renovadores, com liberdade para registrar a bênção ou desprezá-la. Repara, atentamente, quantas vezes te convoca o Sublime Semeador ao engrandecimento de ti mesmo.
A enxertia do Alto procura-nos através de mil modos. Hoje, é na palestra edificante de um companheiro. Amanha, será num livro amigo. Depois, virá por intermédio de uma dádiva aparentemente insignificante da senda.
Se guardas, pois, o propósito de elevação, aproveita a contribuição do Céu, iluminando e santificando o templo íntimo. Mas, se a incredulidade por enquanto te isola a mente, enovelando-te as forças no carretel do egoísmo, o enxerto de sublimação te buscará debalde, porque ainda não produz, nos recessos do espírito, a seiva que favorece a Vida Abundante.
Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier pelo espírito
Emmanuel
Sertão sem água.
Aquele homem do sertão
que planta e colhe respeito
que cuida da plantação
que luta por seu direito
a enxada é firme na mão
e a esperança é forte no peito.
Meu sertão.
A beleza aqui encanta
e o sertão é o endereço
se tem chuva nasce a planta
lugar melhor não conheço
a comida não é tanta
mas ser feliz não tem preço.
Para ter uma boa colheita, só se planta sementes selecionadas. Cuidado com as suas palavras; elas são sementes lançadas no terreno da vida.
Porque esquecer o passado? Lembre, é o passado que escreve a história, onde o presente Se planta e o futuro ganha possibilidade de simplesmente acontecer...kkkk