Planeta
Tudo que você possuir em sua forma material vem da natureza desse gigante planeta, algo que modificaram e suas origens apagaram.
Aos pobres mortais restam penas desiguais, simples animais imaginam sempre ser mais.
Livres por condição, aprisionam-se por opção, congelam sua mortalidade correndo atrás apenas de falsas verdades.
Cada segundo passado esquecem no mesmo minuto, idealizam um amanhã humilhando seu próprio futuro.
Um dia que se passa sempre quer outro dia, e isso está errado, o certo é que é sim MENOS um dia de vida: Cada minuto é um minuto perdido, cada momento é raro e precisa ser perfeitamente aproveitado.
Conscientes da sua própria mortalidade talvez a desgraça reinasse menos. Um dia fecharão os olhos e nunca mais irão abrir, nem aqui nem outra dimensão, apenas ossos sem função, apesar de terem o cérebro de fato o mais complexo é também o mais sem reflexo.
O tempo tem que ser encarado como um investimento positivo e um dia enriquecerá-se de bons sentimentos, enxerguem seu fim e cuidem-se enfim...
Tudo que você possuir em sua forma artificial provem da natureza, desse gigante planeta, algo que modificaram e suas origens eliminaram.
Aos pobres mortais restam penas desiguais, simples animais imaginam sempre serem mais.
Livres por condição, aprisionam-se por opção,
congelam sua dignidade correndo atrás apenas de falsas verdades.
Coletividade individual paira sem final.
Cada segundo passado evapora-se instantaneamente, idealizam um amanhã humilhando antecipadamente um incerto futuro desejado, fantasiado. Apenas maquiado...
Cada minuto é um minuto perdido, cada momento é único e precisa ser perfeitamente aproveitado.
Conscientes da sua própria mortalidade talvez a desgraça não reinasse e a vida plena a todos prolongasse.
Num piscar fecharam os olhos e nunca mais os abrirão, nem aqui nem em outra dimensão, apenas ossos sem nenhuma função.
Apesar de terem o cérebro, de fato, o mais complexo,
é também o mais sem reflexo.
O tempo tem que ser encarado como um investimento positivo,
sempre com respeito enriquecera-se de bons sentimentos.
Enxerguem seu fim, vigiem enfim...
Nosso planeta é um grande teatro, onde Anjos e Demônios se amam, se odeiam, se reproduzem e se destroem.
Ser ladrão no nosso planeta é algo descomunal, por isso, o roubo nunca acaba.
O suposto filho do Deus, foi morto ao lado de dois ladrões uma honraria ou um deboche, talvez, ninguém sabe ainda ao certo.
Ser Pai. ..é abraçar e cuidar com zeladoria à um bem maior ;há muitas vidas neste planeta terra, portanto tem- se a chance de deixar fluir e propagar a essência de: ser Pai ;feliz, abençoado e agraciado aquele que consegue abraçar a outra vida sem interesse próprio, sabendo a hora certa de resguardar em zeladoria e sabendo a hora certa de libertar e que a relevância se faça não tão somente nos atos em que haja razão, mas que haja à todo momento muita sabedoria para que com plenitude possa-se: ser Pai .
Matematicamente existe vida fora deste planeta.
Queiramos acreditar que existe vida na matemática.
Para haver alguma lógica na vida fora dela.
Observando e sentindo o mundo e não somente nas manhãs, o planeta e a vida é zen.
Qualquer atividade natural não zen é passageira.
Qualquer atividade humana não zen poderá não ser passageira e é certo que é de ordem mental e não natural.
A normalidade em conformidade salutar é (zen).
O tempo existe no espaço.
Na dimensão planeta terra o tempo do todo é fatal, sendo relativo para cada percepção.
Pode ser que o tempo seja ilusão na dimensão pós-código-fonte do universo.
No plano terra o tempo é a base da impermanência, é condição e possibilidade, é poderoso e nada ainda pôde retorná-lo ou adiantá-lo.
Podendo ser ilusão em simulações mentais ao recordar memórias passadas ou ao imaginar o futuro. Podendo-se adiantar ou atrasar ações na matéria, enquanto o tempo do todo segue o mesmo no agora.
O espaço é o que há e o tempo é o que tem-se.
A soma do tempo que passou fez o tempo do agora e ambos podem interferir em partes do tempo futuro.
O tempo é relativo quando indivíduos com diferentes tamanhos de pernas dão passos em sincronia e logo com as pernas maiores anda mais rápido.
O tempo é ilusão em estados inconscientes.
O tempo é o fundamento de sua própria verdade.
Deus é um coletivo de extras terrestres, jardineiros do planeta, cada um em sua área. A terra é tipo uma escola e conforme o grau de maturidade que chega-se, pode-se repetir a encarnação ou encarnar em outras dimensões mais elevadas onde não há certas emoções e problemas.
Gira a o planeta em torno do seu próprio eixo...
Leva o dia traz a noite nesse movimento de rotação, só não leva a sanidade de minh'alma á claridade, nem estanca meu amor pela imensidão...
Gira a o planeta em torno de si mesmo
fora de si faz o contorno
feita borboleta num labirinto
A Terra contorna seu ninho
repete sempre os mesmos movimentos
Leva o dia traz a noite , mel ou fel
conforme os momentos...
Faz que o tempo é passarinho
passando livre no céu todo o tempo.
Mote
Num ponto do infinito
há um planeta azulado,
enquanto gira de lado
visto de longe é bonito…
Diz-se aqui no Galapito
que há lá um certo animal
que se faz um maioral
e pensa que sabe tudo,
como um grande cabeçudo
da poeira Universal.
Glosas
I
Diz o povo aqui da Corte,
do lugar aonde estou,
que o ponto p`ra onde vou
é sítio de gente forte…
Vou entrar no Pólo Norte
para ver se ali medito,
um prazer que necessito
P`ra gelar o meu sentido
e passar despercebido
num ponto do infinito.
II
É ali no pedregulho,
que aqui comparto e vejo,
onde está o Alentejo
que descansa sem barulho…
Há quem diga que é orgulho,
há quem diga que é um fado,
que se leva descansado,
nas guerrilhas desse mundo,
e vejo que lá ao fundo
há um planeta azulado.
III
Confesso estou curioso
p`ra chegar ali depressa,
onde dizem que a cabeça
tem um dom meticuloso…
Viajando o céu viçoso
avanço no céu estrelado,
o percurso é encantado,
o destino bate certo,
no azul que fica perto
enquanto gira de lado.
IV
Quero ver a cor das serras,
nessas grandes altitudes,
e passar desertos rudes
que apagam outras terras…
Também quero ver as guerras,
para ver se eu acredito
no que a Corte me tem dito
e não quero acreditar,
mas olhando esse lugar,
visto de longe é bonito.
V
Com a nave desengatada
vejo algumas claridades,
talvez sejam as cidades
da parte mais abastada…
Noto a porção anilada,
durante o soar de um grito,
que soa como um apito
e zune como um consolo.
- Vamos ver esse bajolo!
Diz-se aqui no Galapito.
VI
A nave sorri em festa
pelo azul dos oceanos,
que exibem aos humanos
a frescura que lhes resta…
Dizem que à hora da sesta
esse anil é divinal,
no austro de Portugal,
onde está uma cicatriz,
toda a nave aponta e diz
que há lá um certo animal.
VII
O Galapito avança mais
para ver mais à vontade,
e reparo outra verdade
destapada por sinais...
São fumaças colossais
vindas lá do corpo astral…
Penso que algo está mal
nesses tons que não se somem,
e que ficam mal ao Homem
que se faz um maioral.
VIII
Vejo a Lua olhar p´ra mim
como uma Deusa do céu,
a sorrir de corpo ao léu
e a benesse não tem fim…
É ditosa em ser assim,
com um ar sempre amorudo…
Enquanto me quedo mudo,
penso nessa criatura,
que é pomposa na figura
e pensa que sabe tudo.
IX
Lá em baixo oiço trovões,
ou estouros das disputas,
que são o maná das lutas
e o pesar dos corações…
Entre as muitas criações,
de cariz grave e agudo,
avisto o animal taludo
entretido nessa esgrima,
que diviso aqui de cima
como um grande cabeçudo.
X
Finalmente, o meu destino,
entre a sombra dos chaparros,
nesses campos tão bizarros
dos meus sonhos de menino...
Dou um salto repentino
para as mãos dos chaparral,
onde tudo é sempre igual
e onde não me sinto só,
como um grãozinho de pó
da poeira universal.
OS ÚLTIMOS DIAS DO CAFÉ PLANETA
.
Somente eu no Café
O mundo acabou-se
Numa nódoa tônica
Ou com o último doente
De um vírus suicida
.
Passarinhos cantando
Se foram prá sempre,
Palmeiras tremendo
Não há mais,
Toda espécie de vida
Era demais
.
Somente eu no Café ...
Indago ao destino
Questões irreais
.
As garrafas vazias
Não me respondem,
As mesas ausentes
Não me contestam,
Sequer do silêncio
Outrora inexistente
Partem palmas de gente
Ou apupos de ente
.
O que eu não daria por uma vaia !
Uma daquelas vaias gosmentas
Que grudam na pele por toda vida
Uma vaia daquelas cruéis
Que nos dão vergonha
Depois da piada mal resolvida
.
Queria ter perto ao menos uma tosse
Ouvida por acaso
Contra o empenho do silêncio
Ou, quem não sabe,
uma respiração entrecortada
Que anunciasse vida
Onde não há mais vida
.
Ainda que fosse, então, um chiado negro
Que escapou da estante
Vindo de alguma traça
(Ah, mas nem mesmo o trânsito
Lá fora passa)
.
Somente eu, no Café
O mundo encontrou a solução
Que os filósofos não pensaram:
Não há mais problema
Não há mais questão
.
Apenas eu não me furto ao hábito
De freqüentar a nação
As cadeiras e mesas
Vazias de gente
Me contemplam
.
Aqui, neste Café
Reúne-se toda a humanidade do país
(quiçá da Terra)
Que sou eu
.
.
[publicado na revista Água Viva, vol.6, nº3, 2021]