Piano
Fios de um acaso incompreensível se esticavam como cordas de piano pela minha vida, e nessa noite uma forja de fogo soldava passado e presente.
Suave brisa
Perfume, cheiros...
No ar
Sons de piano
Músicas
Sonhos e planos
Dividindo segredos
Compartilhando verdades
Eu e eu
No espelho !
19/06/2020
MiniConto
Em si bemol menor, o vento soprava na sala, a Sonata número 2. O piano deserto num canto.
Sand, aluada, pálida e sentimental , o olhava com saudades.
A vida é um martelo de piano e nós, somos as cordas, de tanto a vida, o martelo nos bater, começamos a desafinar, a não sermos tão firmes, como em outrora.
Piano
Ouço a melodia
ecoar nos meus ouvidos
aquela música
um momento especial
ainda guardo lembranças
pessoas dançando
sorrisos e conversas
foi onde eu te encontrei
naquela sala tom pastel
de tapetes vermelhos
um copo de vinho
regado de carinho
olhares
fantasias
esperança
no mesmo espaço
hoje...
tenho piano velho
salão vazio
e o copo de vinho
afogador de lágrimas
@zeni.poeta
Para esta minúscula aventura, escolhi Andrés Segovia como pano ou pane de fundo.
Um piano ao cair da tarde, era um programa antigo de rádio.
Procurei uma lapiseira, questão de gosto, compõe o modus operandi do tagarela que não vos fala, mas agora escreve.
A cena é de certa forma bizarra, no mínimo pitoresca
Numa avenida, uma mulher, feliz pelo semblante, humilde pela vestimenta, passa... empurrando um carrinho de supermercado, dentro dele um cachorro, naturalmente pouco a vontade e sem nenhuma ação em comum com quem o carreia mundo afora.
Parou no canteiro entre as duas vias e conversava animada e afetuosamente com um conhecido ou amigo dela sobre o que não imagino, não consegui prestar atenção.
Isso durou alguns minutos, uma dezena de copos de cerveja e uma coleção de interjeições verbalizadas.
A impressão que eu tinha é que ela literalmente não se conectava com o mundo que eu via, era o mundo dela que valia a pena e talvez nem existisse outro...
Sim, foi um alívio ver que não foi xingada nem atropelada, ela continuava feliz...
Me dei por satisfeito.
Sorri como outros tantos que ali estavam.
Não sabia exatamente se podia definir aquela demonstração de afeto e puro “non sense”, acho que continuo sem poder, continuo sorrindo.
Não a vi mais, nem o cachorro...
Preciso fazer umas compras no supermercado.
"Carregar um piano não é fácil, incomoda, pesa, dói, machuca, sufoca e cansa, mas quando se entrega o piano vem o alívio e a paz. Entrega o "Piano”, que você carrega, na confissão e sentirá paz e alívio!"
Sempre fui melancólico, assim como Chopin, a diferença é que ele demostra isso no piano, já eu, nas palavras.
A vida ensina, e a sabedoria assina embaixo!
E o homem toca no piano
as teclas abduzidas dos efeitos colaterais ..
A seu dispor
Um Piano na Sala -
Na solidão dos dias cansados,
num apanágio de silêncio,
há um Piano na Sala ...
O barulho das gentes
vai e vem e volta sem sentido!
Nos rostos cansados, severos,
que a parede proclama,
suspendem-se os gestos
de quem está.
No ar ... o Piano ... a musica ...
... a voz suspensa, calada,
dos estáticos homens
e a voz dos que vivem, sentem
e falam ... tudo no espaço
em torno do Piano!
Há Poesia no ar ...
E a musica ... sempre a musica
... união entre mundos!
Aquela era a trilha sonora
De uma vida, sobreposta
Aos pequenos erros seus.
E o piano que tocava
Era o coração que já amava
Sem o pianista, que era eu
*Copo de veneno*
La em cima do piano
Havia um copo de veneno
Quem bebeu, não morreu
Sentiu o doce na boca...
... se corrompeu
E o culpado?!!
O culpado...
Claro!!!
Fui eu!
Pois ninguém ... ninguem
rouba pão na casa do João ..
A não ser que o Zé
Tenha aberto o portão
Por isso
Não confie em palavras bonitas
Pois
Muitos tem açúcar na boca
E veneno no coração
Abre as portas da casa
Mas te tranca no porão
Não, não, não
Não!! é não !!
Na terra do "quem pode manda"
Quem não pode "abaixa a orelha"
O "não" se tornou ilusão .
Nessa de faça o bem, sem olhar a quem
O mal me quer... bem mal, meu bem.
Vigiando seus passos
Todas as câmeras estão em você.
Se não te valorizam
Vai encher bolsa de valores, pra quem?
Para os que se contaminam
Com cartelas de intrigas
Ou os que se afogam
nas garrafas da fofoca
A diferença entre remédio e veneno
é apenas a dosagem
Uma gota de amor
Duas de ódio
E três só de ruindade ...
Thibor
A velhice vai chegar, eu sei, meu temor é ficar como um piano velho e desafinado, emudecido, jogado em um canto!