Pessoas Sábias
Admitindo, todavia, que existe alguém que chega a considerar como paixões essenciais da vida ao ódio, inveja, cobiça e comando, como principias fundamentais da vida, como algo que lia economia de vida deve existir fundamental e essencialmente e que por conseguinte deve ser ainda intensificado se se deseja intensificar a vida, este homem sofrerá algo como um enjôo devido à orientação de seu próprio juízo. Contudo esta hipótese não é mais penosa e a mais estranha, neste imenso domínio quase virgem do conhecimento, do qual todos têm mil e uma boas razões para se manterem à distância..., se podem. Nosso barco sofre a tormenta! Serremos os dentes! Vigilantes! Firmes no leme! Naveguemos em linha reta acima da moral! Porém, apesar de tudo decidisses conduzir vossa nau a essas praias, então só vos resta o remédio de manter esse valor, ficar alerta e manter firme o timão. Que importa nosso destino! Nunca até agora encontraram os navegantes, intrépidos e aventureiros — um mar de conhecimentos mais profundos e o psicólogo que faz tais "sacrifícios" (este não é o sacrilizio dell'in telletto)
Suponto, porém, que alguém tome os afetos de ódio, inveja, cupidez, ânsia de domínio e querer vencer sempre, como afetos que condicionam a vida, como algo que tem de estar presente, por princípio e de modo essencial, na economia global da vida, e em consequência deve ser realçado, se a vida é para ser realçada - esse alguém sofrerá com tal orientação do seu julgamento como quem sofre de enjôo do mar.
No entanto, mesmo essa hipótese está longe de ser a mais dolorosa e mais estranha desse desmesurado, quase inexplorado reino de conhecimentos perigosos; e existe, de fato, uma centena de boas razões para que dele mantenha distância todo aquele que - puder! Por outro lado, se o seu navio foi desviado até esses confins, muito bem: Cerrem os dentes ! Olhos abertos ! Mão firme no leme ! - navegamos diretamente sobre a moral e além dela, sufocamos, esmagamos talvez nosso próprio resto de moralidade, ao ousar fazer a viagem até la - mas que importa nós ! Jamais um mundo tão profundo de conhecimento se revelou para navegantes e aventureiros audazes: e o psicólogo, que desse modo "traz um sacrifício" - que não é o 'sacrifizio dell'intelletto', pelo contrário! - poderá ao menos reivindicar, em troca, que a psicologia seja novamente reconhecida como rainha das ciências.
Curiosa simplificação e falsificação vive o homem! Impossível se maravilhar o bastante, quando se abrem os olhos para esse prodígio
Apenas onde o Estado termina, começa o ser humano que não é supérfluo.
Queres marchar, meu irmão, à solidão? Queres buscar o caminho que leva a ti mesmo? Detém-te um pouco e escuta-me. “Aquele que busca, facilmente se perde a si mesmo. Todo ir-se à solidão é culpa”: assim fala o rebanho. E tu formaste parte do rebanho durante muito tempo. A voz do rebanho continuará ressonando dentro de ti. E quando disseres “eu já não tenho a mesma consciência que vós”, isso será um lamento e uma dor.
Aquilo que chamamos de consciência, não interpreta, nem esclarece, mas tenta descrever aquilo que se mostra, sendo, portanto, “um comentário mais ou menos fantástico, sobre um texto não sabido, porém sentido”.
Cumpre colocar-se apenas nas situações onde não é permitido ter falsas virtudes, mas onde, como o dançarino sobre a corda, caímos ou nos equilibramos, - ou ainda conseguimos tapear...
Há casos em que somos como os cavalos, nós os psicólogos. A inquietude se apodera de nós porque vemos nossa própria sombra balançar diante de nós. O psicólogo deve desviar-se de si próprio para conseguir se ver.
Morrer pela “verdade”. — Não nos deixaríamos queimar por nossas opiniões: não somos tão seguros delas; mas talvez por podermos ter e alterar nossas opiniões”
Quem quer que tu sejas, amado estranho, a quem eu encontro aqui pela primeira vez, aproveita esta hora feliz e a quietude que nos rodeia e acima de nós, e deixa-me dizer-te algo do pensamento que subitamente surgiu diante de mim como uma estrela que fracamente lançaria raios sobre ti e sobre cada um, como convém à natureza da luz. – Companheiro! Toda a sua vida, como uma ampulheta, sempre será revertida e se esgotará novamente - um longo minuto transcorrerá até que todas as condições das quais você evoluiu retornem na roda do processo cósmico. E então você encontrará toda dor e todo prazer, todo amigo e todo inimigo, toda esperança e todo erro, toda folha de grama e todo raio de sol mais uma vez, e todo o tecido das coisas que compõem sua vida. Esse anel em que você é apenas um grão brilhará novamente para sempre. E em todos esses ciclos da vida humana, haverá uma hora em que, pela primeira vez, um homem, e então muitos, perceberão o poderoso pensamento da eterna recorrência de todas as coisas: – e para a humanidade, essa é sempre a hora do Meio-dia.
Sugestão para o título de um filme que venha a abordar a relação de Camus e Sartre no período pós-guerra: “Incompatibilidade de Gênios”.
Diz Camus, que o homem é o único ser que não aceita o que é
O espírito humano necessita de novidades diárias; e assim quando não as tem, as inventa...
Não viver satisfeito faz parte da natureza do homem, mas a natureza não é assim, sobretudo com os irracionais não ocorre a mesma insatisfação.
Os animais, que não possuem consciência nem sofrem com as ansiedades do amanhã, se contentam com seu vai e vem incansável de dias e noites sempre iguais. Contudo, se observa entre homens comuns, não raro a mesma motivação ou costume.
Vejo homens que vivem enjaulados, numa rotina obstinada ao fim caótico sem lamentar sua injusta sina.
Penso que entre homens que possuem o mesmo espírito, o da conformação, estes não são capazes de mudar seu Status quo, sua simples existência se resume em existir e não em viver.
O jornalista, escritor de romance e filosofo Albert Camus ensinou algo fantástico.
"O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não se amar a si próprio"
Diga-se de passagem, concordo com ele. Ate porque é impossível você dar algo que não tem, ou seja, só podemos amar, se primeiramente nos amamo; respeitar, se nos respeitamos; cuidar, se nos cuidamos...
Pois, quando estamos deliberadamente bem conosco mesmo, estaremos livres para viver leves, felizes e contestes com aquilo que tem acontecido conosco, pois uma coisa é verdade, só alcançamos determinadas coisas, quando estamos de bem conosco mesmo.
Nada mais contraditório do que ler Camus num domingo assim tão pleno." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Mote: Albert Camus
Glosa: Gélson Pessoa
Nenhuma guerra no mundo
Se consegue explicar
Pois guerra é ambição
De um líder pra se elevar.
Paz é a única batalha
Que vale a pena travar.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
O Mito de Sísifo
Segundo Camus, o suicídio é o único problema filosófico. Muitos visualizam no suicídio, somente uma maneira de conseguir o que almejam, a saber, extirpar o absurdo da existência. Então, provavelmente, ou é um pico de angústia muito alto, aliado a essa não subjetivação ou um pico, uma angústia contínua e perene que vive como ruído. É um pico de sofrimento tão alto e com pouco recurso para simbolizar esse sofrimento, você tem como defesa, desafetar, ficar em uma lógica um pouco cool, sendo mais da metade Blasé, sendo expert em defesas desinfetantes ou maníacas, indo ao movimento do consumo e se entretém e, quando você entra no olho do furação e enxerga sua própria vida, história, você mesmo não tem recurso, não tem pensamento, não tem formação psíquica, não possuindo conteúdo mental, verbal, simbólico, físico, sem linguagem, potencialidade, se ausentando da inteligência psíquica, cognitiva, para fazer face à vida, e se extingue o conhecimento e a consciência. É muito mais como uma defesa para uma angústia, para um afeto muito avassalador do que uma decisão de que está bom para mim.
Camus dizia que “acabamos sempre por adquirir o rosto das nossas verdades”. E isso é verdade. Mas eu diria diferente, porém parecido. Eu diria que sempre adquirimos a cara daquilo que somos ou sentimos interiormente. Aquilo que somos e sentimos sempre se reflete na nossa imagem, mesmo que momentaneamente, seja ela física, psíquica, virtual, pessoal, social, profissional, fotográfica ou espiritual, é aquilo que se mostra à primeira vista nas pessoas, e que reflete um sentimento ou estado de espírito, como alguém que obtem uma fotografia num momento de tristeza ou amargura, e que, por mais que se esforce, geralnente, não fica bem na foto, geralmente fica com cara de enterro, observe para ver se não é verdade. E deve ser por isso que, não muito raramente, algumas pessoas adquirem a aparência de uma bruxa má, provavelmente pela existência de alguma maldade interna para com os outros; como, por exemplo, aquelas que nutrem mais inveja do que amor pelos amigos, ou como aquela fofoqueira, despeitada, que todo mundo conhece pela cara, ou só de ouvir falar, e que sempre acabam não ficando “bem na foto”. E o mesmo acontece com políticos e empresas, alguns não ficam "bem na foto" de jeito algum. Alguns políticos saem sempre com "cara de madeira". Enquanto os seus eleitores ficam com "cara de tacho". E você, tá com cara de quê, agora?
´´Nunca é tarde para aprender,porém; quanto antes melhor.´´ Tiburcio”
´Se todos os filhos respeitassem seus Patriarcas,os presidiários seriam inexistentes no Planeta Terra.´´Tiburcio
Se a Justiça dos Homens fosse semelhante a de Deus Pai todo Poderoso no Planeta Terra não haveria nenhum tipo de discriminação. Tiburcio
´´A Justiça do Homem não deve ser partidária e sim semelhante a de Deus que por justiça emite sua luz para todos brilharem.´´ Tiburcio
´´Se a sua missão é ministrar aulas, não reclame dos alunos.Ensine- os.´´ Tiburcio