Pessoas Estranhas
Maior Abandonado
Ele, agora crescido, caminha pelas ruas da vida com uma sensação estranha de vazio. As ruas, como ele, são lugares onde tudo se perde, a começar pela inocência. Quando era pequeno, falavam do "menor abandonado", aquele que, por falta de cuidados e afeto, era deixado à margem da vida. Mas, e o maior? O maior abandonado? Pensando na canção Maior Abandonado, de Cazuza, ele se vê refletido em suas palavras.
Este adulto, invisível em sua dor, carrega o peso da ausência e do silêncio. Não há mais mãos estendidas com a frequência de outrora para aquele que, supostamente, aprendeu a caminhar sozinho. O mundo acredita que ele já esteja forte, que o coração, endurecido pelo tempo, saiba resistir aos ventos gélidos da solidão. Mas quem cuida de quem já não sabe pedir? Quem estende os braços àquele que, por costume, esconde as lágrimas sob sorrisos apagados? Ele caminha, solitário, nas ruas largas, onde ninguém se enxerga. Tal como na canção, busca restos e fragmentos de ilusões. E o que passou, talvez, só ele saiba.
O maior abandonado não grita por socorro. Não em voz alta. Ele anseia por mentiras sinceras, por gestos que, mesmo que breves, o façam esquecer a solidão. Sentado à mesa dos encontros, ele ri das piadas, compartilha olhares, mas, quando as luzes se apagam, sente o eco de uma ausência profunda. Não há mais braços que o envolvam com o calor de antes. Não há olhos que vejam além das máscaras que ele se habituou a usar. E, por vezes, aceita a presença de um corpo, com ou sem amor, apenas para não ficar só. Como migalhas dormidas do pão de outrora. Sua alma clama em silêncio, mas o mundo parece ocupado demais para ouvir.
E assim, ele segue sua caminhada solitária. Pergunta-se, sem respostas, quando foi que deixou de ser digno de cuidado. Em que instante a vida lhe impôs o fardo de carregar sozinho dores que nunca cederam ao tempo? Ele percorre os próprios desertos e, a cada passo, seus ecos se apagam, deixando apenas o silêncio como companhia.
Talvez, no entanto, o maior abandonado não seja ignorado pelos outros. Talvez tenha sido ele quem, ao crescer, aprendeu a se esconder. Talvez a maior solidão não seja a imposta pelo mundo, mas a que ele mesmo construiu, ao deixar de acreditar que também merece colo, afeto e mãos estendidas. E talvez, no fundo, ele reze para que o sagrado o proteja de si mesmo — desse vazio que, por medo ou acomodação, continua a alimentar.
Leonardo R. Pessoa
a vida é estranha. algumas pessoas alegam isso. eu acho que a vida é uma junção de memórias e uma hora, elas se dissipam no ar. pode ser isso. a diferença disso com os textos de outros escritores relatam é que na frase deles há relações com a sociedade em geral. uma simples menina indo comprar um sorvete já é suficiente para se tornar uma memória e uma relação com a sociedade quando fala qual sabor de sorvete quer).
Sim, sei que sou uma pessoa "estranha", por vezes reclusa, reservado. Me retenho em meus pensamentos e sentimentos, até mesmo para não ultrapassar a linha tão tênue entre a opinião e o julgamento. O que hoje em dia é tão rotineiro de se fazer e tão leviano em muitos casos.
Estou "anos luz" de alguma perfeição humana, talvez tenha mais defeitos do que qualidades. Sou muito auto crítico, me cobro por demais e me perdoo de menos. Certo ou errado?! Não sei...
Mas dentre as poucas qualidades que possuo em minha personalidade, estão o caráter, a hombridade e o senso de justiça e desses não abro mão em nenhum momento e me orgulho disso.
Caráter, não é apenas um sentimento honroso, não é apenas ser e ter atitudes corretas, é muito mais que isso, é o que te define como um HOMEM, é algo que você constrói em sua vida pouco a pouco, dia a dia, com seus erros e acertos, caindo e levantando, aprendendo.
Hombridade, talvez um sinônimo de caráter, uma qualidade de um homem com sua transparência e honestidade de atitudes.
Senso de justiça, pode ser tido como algo pessoal, uma opinião ou visão do que achamos/pensamos como justiça. Mas o que pode ser justiça para mim, pode não ser para outro.
Mas disso tudo, existe algo dentro de mim que arde, queima, tão forte e tão descontrolado, que até dói fisicamente. Que é o sentimento contra a hipocrisia e a falsidade. Eu as odeio com toda a força de minha alma.
São duas "irmãzinhas" do mal, que andam lado a lado, de braços dados nas vidas de inúmeras pessoas. Mas digo e afirmo, que não na minha! Repudio e ojerizo qualquer uma das duas e qualquer pessoa que as possua, independente de quem seja.
Mas infelizmente, no mundo de hoje, não sabemos ao certo quem as têm. Por algumas vezes temos a sorte e a bênção de descobrir e de nos livrar delas. Por outras, a seleção natural da vida se encarrega disso. Proteção Divina talvez!
E pensando nisso tudo hoje, me peguei olhando aqui no meu Facebook, a lista de amigos e de outras pessoas e me fiz uma pergunta: Será que tenho todos esses como "amigos"?! Por que alguém precisa ter em sua lista quinhentos, mil, duas mil pessoas adicionadas?! Nós temos isso tudo, verdadeiramente em nossas vidas?
Tenho absolutamente certeza que não!
Vejo aqui muitas pessoas que passaram pela minha vida, em momentos e situações diferentes, cada um com sua importância, cada um com sua personalidade, cada um com sua vida particular. Mas também o mais importante...cada um com a sua opinião sobre mim!
Não que isso seja imprescindível e vital para mim, mas de uma certa forma me faz refletir sobre várias coisas. Como por exemplo, por que essa pessoa, que um dia foi tão próxima a mim, nem me cumprimenta hoje em dia, mas ainda assim permanece como um "amigo virtual"?
Será pelas adversidades da vida? Pela rotina atribulada e corrida dos dias de hoje? Pela falta de tempo livre?
Ou simplesmente por alguma opinião ou julgamento pessoal? Por algo que foi dito em algum momento e talvez mal interpretado? Por que pessoas que um dia foram tão próximas, se afastam repentinamente sem alguma razão aparente?
Se for este o caso, então é o que eu chamo de Hipocrisia e falsidade!
Pois ninguém é obrigado a gostar de ninguém, ninguém é obrigado a aceitar ninguém, seja pelo seu jeito de ser, sua personalidade ou suas atitudes. Mas sejam ao menos honestos, tenham caráter. Saia ou fique na vida de alguém com verdade e não por qualquer consideração, porque em algum dia vocês se falaram. Porque se for assim, o que você faz hoje sendo falso ou por uma mera consideração, apaga tudo o que possa ter dito de sincero um dia. Não faça isso!
Não se antecipe em seus "achismos", você não sabe o que se passa ou se passou na vida de alguém até você ter o mínimo de desprendimento e sentimento e procurar saber, se informar.
Mais vale uma verdade dolorosa do que qualquer mentira!
Mas atentem-se! Ao falar suas razões, suas verdades, saiba ouvir também. saiba ter o "senso de justiça". Pois as suas verdades, são apenas SUAS até que ouça o outro lado. Existem sempre dois lados de uma história!
Portanto pessoas, amigos, colegas, conhecidos, familiares, sejam corretos, honestos uns com os outros e principalmente, consigo mesmo!
Será que amizades verdadeiras são apenas aquelas numa mesa de bar entre as tulipas de cerveja gelada ou no futebol de fim de semana? Nas baladas e pegações? Nas festinhas?
Será que famílias e parentes só são assim nos Natais? Réveillons? E aniversários?
Para mim não. Mas sozinho fica difícil de fazer acontecer o contrário disso.
Não nutram dentro de vocês o sentimento do arrependimento. Pois esse talvez seja o mais doloroso e pesaroso de se sentir.
Porque a dor da tristeza você pode suportar. A dor da solidão você pode mudar. A dor da depressão você pode melhorar. A dor da perda você pode superar.
Mas a dor do arrependimento é imutável. Porque você não pode voltar no tempo e refazer, consertar.
Então, se vigie, se policie. Ajam corretamente, com todos a sua volta.
Personalidades e opiniões são e sempre serão diferentes de pessoa para pessoa. Ninguém é igual e jamais será. Mas não use isso como desculpas e justificativas por suas atitudes. Respeite!!
Não perca, desfaça, se distancie de pessoas, amizades e familiares por conta disso. Dialogue, procure, seja transparente e não tenha orgulho.
Fale, mas saiba ouvir também.
Pois a solidão é horrível. E a pior solidão é aquela que se sente mesmo rodeado por milhares de pessoas. Mesmo com quinhentas, mil ou duas mil adicionadas em uma rede social!
E se não há sinceridade e honestidade, o que restará, será sempre a hipocrisia e a falsidade!!
Muito obrigado a todos!
Porque atribuirmos “mil defeitos” as pessoas que nos parecem estranhas, se aos olhos de quem não nos conhece, também somos anônimos forasteiros. (taw ranon)
Nao quero mais pessoaa estranhas , intensas. Quero gente normal.... viva estar inteira! Viva a naturidade ! Que nao me sobrem segundos para me mover às emocoes, e que nao me faltem desejos e inspiracoes.
"Como era estranha a maneira que as pessoas me olhavam. Me perguntava se havia algo errado, se minhas ações eram incomuns, se meu jeito causava espanto. Estaria eu ultrapassando os limites entre o racional e o irracional?!"
-Aline Lopes
Como é estranha a vida, as vezes você não ta nem interessado numa pessoa, mas ela se interessa por você e você resolve ver o que vai dar, de repente vocês começam a ficar mais proximos e quando você assusta você está gostando muito dela.Até aí tudo bem, até que um dia ela fala que não quer se envolver muito com ninguem e acaba se afastando um pouco e se tornando fria com você. E sem entender aonde errou você fica perdido em devaneios sem fim
Pessoas nascendo estranhas. Estranhas pessoas pequenas querendo algo. Viver. Só queriam viver do jeito que tinham vontade. Só queria poder gritar do jeito que queriam. Mas não podiam. Não podiam fazer nada a não ser beber seu café frio. O que adianta canta, se alguém vai lá e faz melhor. Sempre. Poetas de todo mundo falam. Falam sobre sentimentos, partes do corpo, pessoas. Apenas falam. Ninguém presta atenção na essência que eles tem a mostrar. Por que escreveram aquilo? Ninguém sabe o por que, mas sabem que escreveram. O que é isso? Uma coisa imprópria, incerta, inesperada. O inesperado, na verdade, é realmente esperado, mas com um certo sabor de novidade. Dizem por ai que o significado de amor é a perfeição. Nós que complicamos demais para não ver nada de mais nele. Nem sei mais o que escrevo. Só sei que alguém, entre todos que lêem, se importa, se identifica. Talvez feche a ferida aberta por uma pessoa inesperada na vida alheia. Talvez só abra mais ainda o machucado deixado por um ser distante. Talvez não seja nada, só amenize a situação. Não pretendo nem vou mudar o mundo, mesmo querendo. Só transmito o que penso, e penso no que transmito. Escrever é a arte de buscar todas lembranças, sejam elas boas ou ruins. Ler é a arte de buscar as suas lembranças, por meio das lembranças de quem escreve. Complicado, não? Não. Na verdade, não. É tão simples que eu poderia até cair. Cair não, me atirar de algum lugar alto. Mas mesmo assim vivemos felizes, felizes não, levamos a vida. Nem todos somos feliz, nem todos tem tempo bastante pra ser feliz. Não saber o que fazer. Melhor fazer para melhorar, do que esperar melhorar para fazer. Nem sempre somos presentes nas coisas importantes, coisas insignificantes nos tocam todos os dias. Amigos. Eu nada seria se não fossem vocês. Acredite nas coisas que se mostram realmente pra você. Não adianta nada querer tentar passar por cima de seus problemas, tem que enfrenta-los de frente. Todo mundo diz isso. Tenha dó daqueles que sofrem, tenha dó daqueles que fazem por merecer e acabam perdendo a esperança. Perder o que nunca imaginaríamos perder na vida. Ganhar o que nunca íamos merecer.
Peaple are strange
As pessoas são estranhas quando você é um estranho
Os rostos ficam feios quando você está só
As mulheres são malvadas quando não lhe querem
As ruas são irregulares quando você está triste
Quando você é um estranho
Rostos se formam na chuva
Quando você é um estranho
Ninguém se lembra do seu nome
Quando você é um estranho
Quando você é um estranho
Quando você é um estranho
Irreal
Palavras cruzadas!
Imagens confusas!
Poesia? Talvez!
Pessoas estranhas!
Linguagem esquisita!
Visão obscura!
Fantasia? Talvez!
Não sei onde estou!
É tudo tão vago!
Bagunça inebriante!
O que faço?
Como sai daqui?
Talvez seja sonho?
Não, não é!
É tão real!
Corro pelas ruas,
mas... Ninguém me vê!
Serei um fantasma?
Me sinto só!
Não sei o que faço!
Fujo? Fico? Morro?
Não, não. Definitivamente morrer não!
Sinto meu corpo!
Espere!
Ali! Tô vendo!
Tem alguém ali!
Peraí! Ele me viu!
Tá me puxando!
Puxa! Que sorte!
Voltei!
Ué! Aquilo era a morte!
Voltei à vida?
Por que voltei?
Ah! Entendi foi você!
Você me salvou!
Você acabou de ler minha poesia!
E cada vez que você, que você ouve,
me torno mais forte, distanciando o
meu Eu poético da morte.
Uma morte súbita.
Quando vejo alguém falando de pessoas estranhas logo me pergunto: é falta de assunto? Não, ao contrario, fofoca é desespero por algum assunto.
Um mundo habitado por pessoas que parecem-me estranhas. Parece-me que não as conheço mais. Elas hora estão junto a mim, outras longe. E não sei mais onde procurar.
"Estranha essa vida, né!? Hoje eu posso dizer milhões de 'eu te amo' para uma pessoa, amanhã podemos nem nos falar mais, como se o 'eu te amo', dito, fosse apenas mais uma palavra da boca pra fora."