Pessoas Boas Dormem bem
O amor: Amar também é se amar!
Aprender ficar sozinho, sair fora de gente fria, amar também é dormir na sua cama, e curtir a sua presença se amar é saber entender que as vezes o melhor é estar sozinho ainda que o desejo seja de estar acompanhado, amar -se é fazer de si mesmo sua própria companhia e gostar de ter a si mesmo como o amor da sua vida!
A cada dia um novo caos
A cada dia um nascer e um morrer
A cada dia comer e dormir
A cada dia amor e ódio
A cada dia espera-se a vida valer à pena.
Ao apagar das luzes
Dorme entre nós
Tranquila e serena a solidão
Dois corpos na cama
Juntos tão a sós
Estagnaram nossos lençóis
Em algum lugar do espaço
Puderam se amar
Mas a rotina logo vem cobrar
Descolorindo beijos
Destorcendo a emoção
Envelhecendo o que chamou paixão
Não há nada que impeça
A voraz lei do tempo
Momentos vão e veem
Na voz do vento
meus olhos saudosos, gostam de contemplar a beleza, de dia sonho acordada de noite sonho dormindo...
Ele dormiu.
Recebeu flores tão lindas e perfumadas como nunca em sua vida.
Deem flores para que possamos acordar com elas.
QUERO
Quero ser o sonho que te faz bem...
Que te faz dormir e sonhar.
Eu quero ser sua poetisa a cantar
as melodias mais profundas
das sereias no fundo do mar.
Deixa-me cantar!
Sou também jardineira das flores
E posso uma semente lançar...
As sementes dos amores.
E pintar um jardim tão perfeito
Que não haverá outro jeito
a não ser amar, amar, amar...
Nas profundezas do mar,
ou no mais simples leito.
CANÇÃO DO AMADO
Era madrugada e ela dormia languidamente
sobre o lençol de cetim.
Sonhou que havia alguém batendo à porta querendo entrar, havia barulhos de mãos na maçaneta.
(Oh, quem seria àquela hora?!)
Era o amado que a chamava para um passeio no jardim,
e lhe trouxera cestas de figos, flores e perfumes...
Mas ela estava cansada!
A luminosidade do lençol de cetim a convidava, dizendo:
- Não abra! É muito tarde!
Eis que o amado saiu com frio e o corpo molhado d’orvalho, às ruas cobertas de folhagens e pétalas que a chuva fizera cair...
Ao longe ainda ouviam-se os passos cansados do amado
e um perfume de flor ficara na maçaneta.
Sentiu saudades! Era dele o perfume.
Saiu correndo descalça e com roupas de dormir.
Havia homens maus nas ruas que a açoitara.
Ela dizia: - Estou atrás do meu amado...
Acaso não o vistes? Ainda há pouco quis estar comigo!
Deixem-me ir!
Mas os homens responderam com escárnio:
- Você não tem amado algum!
Se tivesse, o perfume dele estaria em seu corpo,
porém, agora estará em nossas mãos, será prisioneira
até que seu amado venha buscá-la! Pode dormir!
Agora não mais sobre o lençol de cetim,
mas na calçada suja, molhada.
Corpo ferido, sonhando com o amado e com as flores
que lhe deixara.
(Reeleitura do Cap. 03 de Cantares de Salomão em forma de poesia.)
Apaguei as luzes
Desliguei a TV
Viajei
Dormi
Sonhei
Reencontrei meu filho
Ainda pequeno
Era energia
Energia pura
Nos abraçamos
Com muito amor
A paz chegou
Plena, tão plena!
Acordei
Com ele no meu coração
Forever
E quantas noites eu fui dormir pensando em me afastar de você? Quantas vezes coloquei a cabeça no travesseiro e pensei em desistir de nós? Já perdi as contas… E por mais que eu pense essas coisas, sempre que o dia amanhece eu quero te encontrar, porque apesar de tudo, você faz meu dia mais feliz, faz de mim uma pessoa melhor, até você de mal faz bem pra mim.
"Existem os que dormem em quaisquer circunstâncias, mesmo em meio às batalhas ou cenários devastados. Gente estranha que parece ser de outra espécie."
(As Pessoas lá de Fora. Editora Longarina, 2018)
Durante a madrugada eu acordo, sinto que meu braço esquerdo está meio dormente e vejo que ela dormiu no aconchego do meu peito e prendeu meu braço. Quando tento move-lo um pouco, sem atrapalha-la, para ficar mais confortável para mim, ela, sem acordar, ajusta mais seu rosto entre meu peito e meu braço, joga sua perna esquerda sobre a minha direita e passa seu braço por cima da minha barriga me abraçando ainda mais calorosamente. Um sorriso que com palavras não consigo expressar o sentimento que flui pelo meu coração se desenha em meu rosto. A fraca luz de led azul da mesa onde meu computador está, ilumina a linda pele morena de seu doce rosto e eu reparo em cada sutil e delicado detalhe dos traços que compõe minha amada. Seus olhos fechados, levemente puxados, semelhantes a uma japonesa, perdidos em um mundo de sonhos que em mil anos eu não imaginaria. Seus cabelos negros jogados entre o travesseiro branco e o colchão azul claro da cama, sua respiração calma e tranquila está no mesmo ritmo da minha e nesse momento eu me toco de que meu coração bate calmo, meus pensamentos ruins e preocupações do dia a dia se vão; e eu percebo que naquele momento, naquele instante da madrugada, não existe lugar no mundo que eu queria estar mais do que ali. Ali era perfeito e ali eu peguei no sono novamente
É Meia Noite!...
evangelista da silva
Um amontoado de gente dorme, roncando brutalmente, enquanto tantos outros bichos tramam
Acordados, loucuras de como devorar animais inocentes na construção do ódio.
Assim, na noite turva e silente ouço o galo a cantar a saudade da galinha que trepa.
E eu, como que louco, acordado observo a marcha desequilibrada do homem.
Vivo nestes instantes de contemplação e medo diante a vida que se vive
Assombradamente neste Brasil esquizofrênico e obsessor.
Aproxima-se a meia noite em meio a um silêncio tumular.
É hora de os mortos passearem pelas vias promiscuidas das cidades.
E tantos outros obsessores na carne acompanham a tropa.
Uma tropa uníssona em desconsertar o mundo na desordem e violência.
Saem confusos e desoladamente à busca e procura de sangramento.
Nesta hora órfã e piedosamente só eu vou-me confuso viajando a pensar...
É madrugada e durante as madrugadas a morte é mais cruel.
Nas madrugadas tudo parece desigual e sem cor. Incolor!...
Todos estão mortos por certo e talvez. Só eu vivo a observar
A solidão mergulhada nas trevas aguardando o amanhecer...
(evangelista da silva)
Santo Antônio de Jesus, 24 de julho de 2018.
Às 24h...
Sei que é meio tarde
Em vez de dormir
Estou aqui abraçando a melancolia
Nesta noite de tempestade
Com mais ventania do que gotas de chuva
E dentro de mim
Eu só vejo o fim de alguém
Que um dia tentou evoluir
Mas descobriu sua grande insignificância
Acho que vou dormir tarde
Para falar a verdade não quero dormir
Não quero acordar
Só quero sei lá
Talvez abandonar o meu eu
Sair dessa realidade medíocre
Destruir esse ser de dentro pra fora
E depois ir embora
Acendam-se as velas!
Alumía a candeeia!
Aí dormiam elas
Numa casa da aldeia.
A luz faltou
Não sei o que fazer,
Preocupado estou.
Mas vamos escrever!
Caneta, papel e imaginção
À luz da vela reunídos.
Oh, que satisfação!
Despertai os meus sentidos!
Sentidos despertados,
Pela alma da chama,
Transparecem no papel
Através de quem ama.
Que te digo eu?!
A cera derrete pelo tempo vão.
O que me alegra é somente o teu...
O teu coração no meu coração!
"À luz das velas" - Guilherme Pereira (19.12.2019)
Dormir, sonhar,
Acordar para dentro,
Renascer, recordar, reviver,
Regar e florescer o pensamento,
Encontrar e se reencontrar,
Amar, amar, amar,
Despertar,
Viver!
Há uma mulher a morrer sentada
Uma planta depois de muito tempo
Dorme sossegadamente
Como cisne que se prepara
Para cantar
Ela está sentada à janela. Sei que nunca
Mais se levantará para abri-la
Porque está sentada do lado de fora
E nenhum de nós pode trazê-la para dentro
Ela é tão bonita ao relento
Inesgotável
É tão leve como um cisne em pensamento
E está sobre as águas
É um nenúfar, é um fluir já anterior
Ao tempo
Sei que não posso chamá-la das margens
O dia deve ser dividido, em três períodos de oito... Oito horas para dormir, oito horas para trabalhar e oito horas para pensar...