Pessoas Boas Dormem bem
Do que adianta andar de bar em bar e tomar muitas cervejas e dormir com diversas mulheres se qdo acordo no outro dia e sinto da mesma forma, sempre sozinho.
Tem dias que acordamos com um sorriso no rosto e tem noite que vamos dormi com os olhos cheios de lágrimas.
Levante, lembre-se, a vida é uma estrada que te leva mundo afora e não um colchão macio para dormir.
by/erotildes vittoria
Dormes
Ainda em meus braços dormes.
Teus cabelos bem de leve
os beijo.
Beijei-te a noite inteira,
ficaste imóvel.
Respiravas suave, manso sereno.
Em mim teu perfume está,
sinto esta pele macia, lisa e quente.
Teu corpo, colas-te ao meu, e ainda
assim permaneces.
Imóvel tento ficar, respiro silencioso
com medo de te acordar, mas esse corpo
junto do meu, desperta o meu querer,
vontade de te apertar, um beijo bem
longo te dar, e sem deixar que possas
pensar, te ter toda por inteiro, até
o outro dia chegar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Dorme, anjo bom,
o silêncio vai te ninar,
o meu coração escolheu
em seu coração morar,
Faço das poucas palavras
um hino, uma contemplação.
Veste-se de branco (vestido)
Como se estivesse em um
altar.
Dorme, anjo bom,
É hora de serenar,
As estrelas te vigiam
E o sol espera o teu despertar.
Por mais que o inimigo tente derrubar você ele não vai conseguir. Porque quem te sustenta não dorme. Quem luta por você não perde batalhas.
Chegar à noite em casa
e dormir com a solidão
Esse amor que arde em brasa
dentro do meu coração
Não importa o que eu faça
nem quão forte seja minha oração
Um anjo com uma só asa
não consegue sair do chão
Uma dor que não passa
não passa a dor de um não.
Sucesso não é rir muito e com frequência, apreciar as belezas da vida, beber até dormir e acordar para beber O nome disso é JUD!
"Então se passaram uma, duas, três horas. Tentei dormir, mas era incapaz de fechar os olhos porque lapsos da briga me atormentavam. Pensei em comer, mas meus sentidos me impediram... Eu precisava distrair minha cabeça, já latejando com tantos pensamentos negativos, impossíveis de dispersar. Liguei a tevê e troquei rápido de canais até encontrar um desenho animado, o que geralmente me colocava pra cima durante uma situação complicada.
Assisti por dois minutos, e quando a risada irrompeu da caixinha de som, eu não entendi a piada. Por alguma razão me senti estranho Parecia que riam de mim como fora mais cedo, e tornei a desligar. Peguei um livro, fui até o lado de fora tomar um ar e comecei a ler sentado na varanda. As letras estavam se movendo, embaralhadas, saltando da página. Fiquei tonto e tive vontade de gritar. Eu não aguentava mais estar tão confuso, tão louco, não sabia o que fazer. Entrei, sentei-me no sofá e, num ato inconsciente, usei minha mão direita para arranhar a esquerda.
Não foram arranhões fortes ou profundos de início, era como se minha pele estivesse coçando por uma reação alérgica. Então captei os meus sentimentos deixados de lado, ignorados, e eles vieram à tona como nunca antes. Pensei nas pessoas ao meu redor, no que elas me causavam, e a raiva aumentou. Minha mão arranhou mais, com mais violência. Pensei na tristeza e desgosto que tinham me feito passar. Minha pele sangrou. O sentimento corrosivo no meu interior foi se intensificando. Quando me dei conta do que estava fazendo, parei.
Foi uma sensação breve e libertadora. A dor na minha mão parecia invisível comparada à causada por todos os outros.
Enquanto eu me machuquei foi como se parte da raiva deixasse meu ser, e uma satisfação subiu pela minha coluna até o cérebro agindo como calmante. Não entendi por que estava fazendo aquilo, não sabia por que resolvi descontar sobre minha própria carne, e muito menos, por que raios eu estava gostando.
No minuto seguinte, um pranto dolorido sobreveio através dos meus olhos e eu desabei num choro emocionado e abismado. Meus lábios se moveram por conta própria e um sussurro escapou da minha boca, aumentando o tom na medida da minha raiva:
– Eu sou importante, eu sou... – choramingando em silêncio, um pouco mais estável, olhei para minhas mãos e em seguida as pressionei contra meus olhos, tentando conter as lágrimas, que pareciam infinitas – sou sim... e não mereço isso... – senti pânico, aflição, até que gritei com todas as minhas forças:
– EU NÃO MEREÇO ISSO!
Rapidamente, cambaleei, ainda perdido, sem ter completa consciência do que estava fazendo, até o banheiro. Abri o armário de higienização e retirei do estojo de barbear do meu pai uma gilete prateada, com cerca de 1x3 centímetros. Prendi a respiração, soltei devagar, então repeti o ato e fiquei parado, admirando meu reflexo no espelho, ainda com o rosto queimando e encharcado, sem conseguir sustar o choro e a lástima em que me abraçava. Não compreendi no momento o porquê daquilo, estava tudo muito confuso e eu só queria acabar com a dor. Novamente meus lábios se moveram instigados pela raiva, e um sussurro debilitado vazou do meu interior:
– Vocês merecem isso!
O tempo ao meu redor parou. Levei a gilete ao meu pulso esquerdo e a deslizei sobre a pele, rasgando de modo visível e profundo minha própria carne. Senti uma dor aguda e quente, o sangue brotou e permaneci num silêncio atormentador. Todos os pensamentos assustadores escorreram para fora de mim junto com aquele líquido denso e escarlate.
Depois do primeiro corte, abandonei a lâmina sobre a pia, abri a torneira, lavei o ferimento com água gelada e senti meu ódio, meus medos e desesperos descerem pelo ralo. Eu estava bem, apesar da minha pele arder; me sentia limpo. Puxei quase um metro de papel higiênico, envolvi-o na ferida em aberto e estanquei o sangramento. Dez minutos mais tarde, reabri o armário, guardei a gilete, retirei um band-aid do estojo de medicamentos e cobri a marca.
Com o coração pulsando e as mãos trêmulas, voltei até o sofá da sala, me deitei, tapei minhas pernas com o cobertor xadrez da mamãe, e religuei a tevê no mesmo desenho que estava passando minutos atrás. Em cada cena eu soltava uma gargalhada, o meu senso de humor estava sólido e usual. Era como se a água da pia tivesse lavado a minha alma, fazendo eu me esquecer de tudo."
- Trecho do livro Guerreiro.
Dormir e sonhar com uma pessoa tão distante com outra aqui tão perto, e essa vontade de terminar com tudo só aumenta.
E já são 4 da manhã e eu mais uma vez na solidão conversando com as paredes não consegui dormir e daqui a pouco tenho que ir trabalhar, sem esperança que isso um dia possa mudar, que eu só vou ser mais um na multidão tento procurar a solução, mas esta cada vez mais difícil e que nem andar sem chão pra pisar. Então morte me faça um favor, me leve hoje, pois eu já não quero saber qual vai ser meu fim.
Anjos e demônios, pessoas e suas crenças no que eu devo acreditar sinceramente eu nunca vi isso funcionar.
Me deixe viver, me deixe morrer.
E antes de dormir eu passo perfume e gel nos cabelos…coloco um jeans e minha melhor camisa. Sei lá, não quero parecer desleixado em meus encontros com a solidão.