Pessoa Linda
Não vá aonde tem um bom louvor, grandes palestras e linda arquitetura. Vá aonde o Evangelho é pregado.
E veio a despedida, a festa acabou
Aquela coisa linda, que se chamava amor
Deixou só a lembrança, não quis permanecer
Perdeu a esperança da gente se entender
E sem pedir licença, a solidão chegou
Com ar de inocência, nem mesmo se importou
Com a volta da saudade, não teve mais conversa
Nem uma amizade pra gente interessa
Mais um na madrugada, estrago a minha vida
Com a rapaziada, me entrego à bebida
Quem sabe te esqueço, na mesa de um bar
Ou então enlouqueço e te peço pra voltar
Passou uma semana, a raiva teve fim
No quarto a nossa cama, não quer saber de mim
Me culpa e me castiga, pela falta de amor
Acha que essa briga foi eu quem começou
E na realidade, sinto falta de você
Você é a saudade que não dá pra esquecer
Quando o amor é de verdade dispensa até procura
Você é a felicidade que eu não encontrei na rua
E o amor se fortalece, o sonho renasceu
Quem ama não se esquece, de tudo o que viveu
Assim é a nossa estória, contada pelo avesso
A estória de um amor do fim ao recomeço
E o amor se fortalece, enfim sobreviveu
Quem vê até parece, que nunca se perdeu
Assim é a nossa estória, contada pelo avesso
A estória de um amor do fim ao recomeço
A amizade é a página mais linda da vida. Tudo passa, tudo acontece, mas os bons amigos a gente jamais esquece.
Você é a pessoa mais linda e adorável que já conheci. Eu te prometo agora que vou te amar até meu último suspiro.
Thalita
Ela entrou sem pedir nada, apenas sorriu.
E como fosse pouco, deu carinho, beijo e abraço.
E cada hora era minuto, se desfez o tempo e o espaço.
E, nos seus braços, algo de bom em mim surgiu.
Mas cada centímetro de distancia é dor, é falta.
E a ausência do teu cheiro é quase inexistência de ar.
E ela, serena, me acalma quando sua presença ressalta.
Menina dos olhos puxados, como não amar?
Abrace-me, como fez no primeiro dia.
Me enlace como se não houvesse outro dia.
E a cada dia eu sei que por você tenho mais desejo.
Pois quando estamos juntos somos apenas um.
Me diga, como não amar uma pessoa tão afetuosa?
Meu anjo, meu bem, antes de dormir, meu beijo.
Você é linda do jeito que você é, e não mude para agradar ninguém, seja sempre você mesma. É claro que andar bem vestida, bem arrumada qualquer pessoa vai reparar, mas uma pessoa de verdade vai te desejar pelo o que você é, e não pelas suas roupas. Vai se interessar pelo seu conteúdo, pela sua conversa, pelo seu papo, por seus pontos de vistas, pelo seu modo de ver a vida. Vai se interessar pela sua personalidade, pelo seu caráter e vai desejar o seu sorriso. É isso, parece mentira mas não é, uma pessoa de verdade não vai ligar para sua conta bancária, não vai ligar para as marcas das suas roupas e não vai te amar menos por isso. O problema é que muitas vezes aceitamos qualquer pessoa que o destino nos trás, e acabamos passando os momentos certos com as pessoas erradas e deixamos de acreditar que merecemos sempre o melhor. Mas acredite, você merece uma pessoa de verdade, uma pessoa para amar e ser correspondido, uma pessoa com quem contar nas horas boas e ruins, uma pessoa que aceite seu passado, incentiva seu presente e planeja com você um futuro. Não aceite indiferenças, não aceite migalhas, aceite somente amor.
Palavras ao vento
A primeira letra do alfabeto é também a primeira letra da palavra amor e se acha importantíssima por isso! Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás e com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa...
Com B se diz "belo" - que é tudo que faz os olhos pensarem ser coração; e se dá a "bênção", um sim que pretende dar sorte.
Com C, "calendário", que é onde moram os dias e o "carnaval", esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data marcada. "Civilizado" é quem já aprendeu a cantar ´parabéns pra você` e sabe o que é "contrato": "você isso, eu aquilo, com assinatura embaixo".
Com D , se chega à "dedução", o caminho entre o "se" e o "então"... Com D começa "defeito", que é cada pedacinho que falta para se chegar à perfeição e se pede "desculpa", uma palavra que pretende ser beijo.
E tem o E de "efêmero", quando o eterno passa logo; de "escuridão", que é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas; e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem também "eba!", uma forma de agradecimento muito utilizada por quem ganhou um pirulito, por exemplo...
F é para "fantasia", qualquer tipo de "já pensou se fosse assim?"; "fábula", uma história que poderia ter acontecido de verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca; e "fé", que é toda certeza que dispensa provas.
A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a confundem com o J. G, de "grade", que serve para prender todo mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.
Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada.
O I de "idade", aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira.
J de "janela!, por onde entra tudo que é lá fora e de "jasmim", que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar assim.
L de "lá", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só pode ser completamente louco.
M de "madrugada", quando vivem os sonhos...
N de "noiva", moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro.
O de "óbvio", não precisa explicar...
P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.
Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.
E R, de "rebolar", o que se tem que fazer pra chegar lá.
S é de "sagrado", tudo o que combina com uma cantata de Bach; de "segredo", aquilo que você está louco pra contar; de "sexo": quando o beijo é maior que a boca.
T é de "talvez", resposta pior que ´não`, uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança... De "tanto", um muito que até ficou tonto... De "testemunha": quem por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.
U de "ui", um ài" que ainda é arrepio; de "último", que anuncia o começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidade de virar nenhum, pede cuidado.
Vem o V, de "vazio", um termo injusto com a palavra nada; de "volúvel", uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que querem que ela queira.
E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e de "xô", única palavra do dicionário das aves traduzida para o português.
Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro não se sentir o único culpado; de "zebra", quando você esperava liso e veio listrado; e de "zíper", fecho que precisa de um bom motivo pra ser aberto; e de "zureta", que é como fica a cabeça da gente ao final de um dicionário inteiro.
A noite está bela
Está tão linda quanto ela
Pois a lua está brilhando
Porém, ela irradiando
Ela acha que não vi
Mas quando olhei já percebi
Que gostaria de estar perto
Desta linda, estar bem perto
Te abraçando bem apertado
Com uns beijos misturados
Mas a ordem não tem importância
Pois é ela a relevância
De quando estou bem de pertinho
Sempre tem um bom carinho
Nesta noite muito linda
Só penso em ter a minha linda.
"Feliz dia para quem é o igual do dia".
"Saúdo-vos e desejo-lhes sol, e chuva, quando chuva é precisa".
"E olho para as flores e sorrio...".
"Que pensará o meu muro da minha sombra?".
"Que triste não saber florir!".
"Amar é a eterna inocência".
"Sejamos simples e calmo, como os regatos e as árvores".
"A minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer".
"Eu sou do tamanho do que vejo".
"Dá-me uma mão a mim e a outra a tudo que existe, vamos os três pelo caminho que houver".
"Pega-me tu ao colo e leva-me para dentro da tua casa".
"Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos".
(Citações de poemas de Fernando Pessoa extraídos de "Fernando Pessoa - Obra poética II" - Organizado por L&PM - Porto Alegre, RS - 2010)
Nossa Senhora
Das coisas impossíveis que procuramos em vão,
Vem soleníssima,
Soleníssima e cheia
De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,
E todos os gestos não saem do nosso corpo,
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar.
Vem, dolorosa,
Mater-Dolorosa das Angústias dos Tímidos,
Turris-Eburnea das Tristezas dos Desprezados.
Mão fresca sobre a testa em febre dos Humildes.
Sabor de água sobre os lábios secos dos Cansados.
Vem, lá do fundo
Do horizonte lívido,
Vem e arranca-me
Do solo de angústia e de inutilidade
Onde vicejo.
Apanha-me do meu solo, malmequer esquecido,
Folha a folha lê em mim não sei que sina
E desfolha-me para teu agrado,
Para teu agrado silencioso e fresco.
Vem sobre os mares,
Sobre os mares maiores,
Sobre os mares sem horizontes precisos,
Vem e passa a mão pelo dorso da fera,
E acalma-o misteriosamente,
Ó domadora hipnótica das coisas que se agitam muito!
Vem, cuidadosa,
Vem, maternal,
Pé ante pé enfermeira antiquíssima, que te sentaste
À cabeceira dos deuses das fés já perdidas,
E que viste nascer Jeová e Júpiter,
E sorriste porque tudo te é falso e inútil.
Vem, Noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite manto branco
O meu coração...
Serenamente como uma brisa na tarde leve,
Tranquilamente com um gesto materno afagando.
Com as estrelas luzindo nas tuas mãos
E a lua máscara misteriosa sobre a tua face.
Todos os sons soam de outra maneira
Quando tu vens.
Quando tu entras baixam todas as vozes,
Ninguém te vê entrar.
Ninguém sabe quando entraste,
Senão de repente, vendo que tudo se recolhe,
Que tudo perde as arestas e as cores,
E que no alto céu ainda claramente azul
Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem,
A lua começa a ser real.
Saudades! Tenho-as até do que me não foi nada, por uma angústia de fuga do tempo e uma doença do mistério da vida. Caras que via habitualmente nas minhas ruas habituais - se deixo de vê-las entristeço; e não me foram nada, a não ser o símbolo de toda a vida.
Não sou eu quem descrevo. Eu sou a tela
E oculta mão colora alguém em mim.
Pus a alma no nexo de perdê-la
E o meu princípio floresceu em Fim.