Pessoa Impulsiva
Doeu. E quem é que vai dizer que não? Doeu sim. Por algumas horas.. Qe viraram dias. E no final das contas, a única coisa que eu tinha na vida, foi deixando de ser prioridade. Foi deixando de ser meu, ser eu. Apesar de não esquecer por nem um segundo, eu escolhi não sentir mais. Usava a melhor gargalhada que eu tinha até com o cachorro do vizinho - só pra não dar o gostinho de me verem sofrer. E por favor, não venham me dizer que não era amor. Que culpa eu tenho, se nasci pra enfrentar a vida e ser forte? O fim foi tomando forma de fim lentamente, como deveria acontecer com todas as pessoas. Você foi do tudo, pro nada. Porém não sem dor.
Eu só peço que esses homens nunca descubram realmente o que eu penso sobre eles. Do contrário, morro solteirona.
É incrível como depois de anos me iludindo, ainda caio na minha ladainha. Não vou me apaixonar, não estou amando, e logo depois, não sofro. Vivo me boicotando.
Amo como se fosse a última vez. E sigo sempre sozinha, jurando da mesma maneira: dessa vez sim, foi a última.
Aprendi que ter um homem nas mãos não é vantagem, quando descobri o que posso fazer quando estão aos meus pés.
Desperdício é ter bastante açúcar em casa, mas não ter um puto de um vizinho bonito para pedir emprestado.
Hoje pensei ter encontrado um defeito seu. Fiquei eufórica, pronta para apontá-lo e justificar o nosso não-relacionamento – esse mesmo, que finjo não existir. Até que você me surpreende. Tira todas as pedras da minha mão, e ainda dá um tapa de luva na minha cara, com a melhor das atitudes. Como assim? Eu já tava com a frase “sabia, homens são todos iguais” na ponta da língua, e vem ele, brincar de ser todinho meu. Logo eu, que nunca acreditei que seres assim existissem. Não faz isso, gato. Não esfrega na minha cara toda sua perfeição. Não perca tempo provando que me merece. Eu não mereço. E não gaste vida, me conquistando dia a dia, me ganhando aos pouquinhos, porque eu vou continuar aqui, armada, fingindo não ser todinha sua.
Quando sentiu minha falta, ligou. Mas eu estava ocupada demais vivendo. Chamada perdida? Que seja! Esse babaca já me perdeu faz tempo.
Se não se importa, agora vou desligar. Desligar-me das suas mentiras, das suas falsas promessas, principalmente de você. Quer que eu seja feliz? Me deixa.
O coração tá pulsando, trabalhando que é uma beleza. E com tanta disposição que às vezes cisma em trabalhar dobrado. Deu pra exercer funções que nem são dele, acredita? Me pega pra Cristo com esse tal de apaixonar, pra quê? Tava lá no livro de fisiologia: bombear sangue para o corpo, e só. Não tinha nada de se apaixonar. Achando que manda em mim, li ainda mais a frente: involuntário! Aí é afronta demais. Ele faz serviço extra e eu tenho que aturar quieta? Mas nas páginas seguintes, tinha um órgão sensato: o cérebro. Esse sim! Vai lá, executa suas funções e pronto. Hora ou outra, ainda corrige as merdas que o coração cisma de fazer, quando inventa um amor. Então deixe seu cérebro bem ativo contra ameaças amorosas de alto-risco e não deixe o coração ter o controle de tudo, porque involuntária mesma é a força que eu faço para não me apaixonar.
Aquele momento que você aceita um pedido em namoro e todos os seus ex's namorados, rolos e afins começam a aparecer. Tão previsíveis.
E ela vai com o sorriso bobo de quem sabe que vai chorar amanhã, mas só quer mais um pedaço do infinito. Só por hoje.
Não é que eu to tentando te ignorar, é que isso acontece naturalmente sabe? As pessoas quando acham que são importantes, e tem algum efeito sobre as outras não percebem o quanto suas atitudes são insignificantes. Tipo, não faz nem cócegas. E quanto mais elas acham que estão por cima, mais ridicularizam a situação. Já viu homem com dor de cotovelo? São os seres mais desprezíveis da face da Terra; e o pior é que nem se dão conta do quanto são moleques. Que preguiça disso tudo. Vamos combinar assim: solta seu papagaio, vai jogar uma bolinha de gude... Faz algo compatível com sua idade mental entende? E pára com essa obsessão de me querer de volta, porque você não encosta em mim de novo, nem no seu joguinho de pique-pega. Otário.