Pessimismo
Todo mundo está fingindo, todos simulando ser algo que não são. O mundo inteiro é construído com base em mentiras e enganos.
Mas é assim que a vida funciona na maioria das vezes: a coisa com que você menos conta aparece e estraga tudo o que você planejou.
A pandemia matou a todos
Alguns, infelizmente, em vida
Outros, mais infelizmente ainda, em alma
-12/08/21
O que é o amor, senão uma efêmera quimera, onde nada é duradouro e ilusório à uma eternidade vazia?
A tristeza depende da sua visão da realidade, pensar que as coisas poderiam estar piores é uma forma de agradecer, a verdadeira tristeza é quando não se consegue pensar nas coisas piores.
Em caso de dúvida, sejamos otimistas, pois a alma aprecia mais os pensamentos favoráveis,
que podem nos levar a solucionar alguns problemas existentes...
Ósculos e amplexos,
Marcial
EIS UMA DÚVIDA: OTIMISMO OU PESSIMISMO...
Marcial Salaverry
Para auxiliar a dirimir tal dúvida, podemos observar que neste mundo, existem pessoas otimistas que sempre tem algo de positivo para falar, que sempre procuram ver o lado bom de tudo, como temos o seu oposto, ou seja, os pessimistas, que sempre acham que nada dará certo, e analisar essas personalidades é um tema interessante e complexo, pois envolve a personalidade humana e suas eternas idiossincrasias.
A esse respeito, li um pensamento muito interessante, de autoria de Albert Flanders, que traz uma certa luz sobre o assunto:
"O pessimista vê a dificuldade em cada oportunidade; o otimista, a oportunidade em cada dificuldade."
É uma mensagem que nos induz a uma profunda reflexão, para tentarmos entender porque existem pessoas que não tem coragem de tomar certas atitudes, principalmente se isso for provocar alguma mudança em sua vida, são incapazes de um pensamento positivo sobre a vida, e sempre vacilam, achando que nada vai dar certo. Na verdade, o que eles tem, é medo de enfrentar a vida. Submetem-se a situações, por vezes vexatórias, por lhes faltar coragem para uma atitude mais radical.
Como exemplo muito claro de pessoas assim, podemos colocar certas mulheres que sofrem maus tratos nas mãos de seus companheiros, sem ter coragem de denunciá-los, sob o famoso argumento: "ruim com ele, pior sem ele." Não posso concordar com isso, pois se é ruim com ele, sempre será melhor sem ele. Ora, se esse companheiro a agride, a maltrata, a trai, como suportar tal situação? Fica difícil de entender como ainda existem pessoas que pensam assim, e em nome da chamada “preservação do lar”, passam a vida sofrendo. Não deixa de ser um caso típico de pessimismo, pois sofrem sem ter a coragem necessária para mudar as coisas, por medo de não conseguir manter-se depois, por medo da vida, o que na verdade, chega a ser um tipo de masoquismo, com certeza.
Por outro lado, os otimistas encaram as dificuldades que surgem em seu caminho, como verdadeiros testes para apurar suas qualidades. Não fogem dos problemas, principalmente se estão procurando seus ideais. São pessoas assim que modificam o mundo. Toda essa evolução da ciência e da tecnologia se deve a quem não fugiu dos desafios.
Se surgem oportunidades para mudanças, encaram os desafios e, num caso como o citado acima, são mulheres que vão à luta, denunciam os maus tratos e com a continuidade da situação, preferem a separação do que aguentar situações perigosas. Mostram coragem e determinação, sem medo de enfrentar a vida, em benefício da própria vida, e certamente sua alma agradece a coragem pela atitude tomada...
Enfim, crianças, não se esqueçam de que é melhor arrepender-se por haver tentado algo, do que arrepender-se por nunca ter tentado.
Se a coisa não deu certo, pelo menos a mudança foi tentada. Não ficou passivamente esperando a vida passar.
E com pensamento otimista, aceitem um desafio: TENHAM UM LINDO DIA, pois vale a pena bem vive-lo...
Expressar o humano não é arte, é uma gritaria; toda arte por natureza deve ser fingida. Se me dissestes que a gritaria pode ser arte, responder-te-ia, o belo pode ser nauseante e o agradável poderia vim a não ser prazeroso? De imediato poderia replicar que as duas coisas não necessariamente têm que andar separadas, argumentando para isso, talvez, em termos de pulsões, treplicaria, então, não há registro deles no aparelho psíquico, pois estamos vivos sabendo que vamos morrer sem nunca ter morrido, ou seja, eles nos são simbólicos em certa medida, por isso a sensação de sermos infinitos e a morte nada, em um salto de percepção desejada, em uma sensação irrefletida e apontada para o nada (o desconhecido) e em um processo contínuo de linguagem (simbólico), o tão caro nirvana dos místicos, o encontro com o dharma _encontrando-se_, e acrescentaria, não necessariamente têm que andar separadas, mas necessariamente devem andar separadas, o próprio fato de tender denuncia isto, pois quando misturadas não seria nenhuma uma coisa nem outra, não seria agradável a priori (naturalmente), porém, como uma proposta revolucionária e inovadora e boa e genial, sim todas as coisas entrelaçadas pelo desejo, e não correlacionadas diretamente em termos de implicação lógica, mas nunca vista (sentida e compreendida), por isso o processo de apreciação se dar pela exposição e absorção do discurso, ou seja, uma dessensibilização. Em síntese, se torna um absurdo defendido, pois todos desejam ('não morrer' !?) e imune a qualquer racionalização que por natureza exige coesão lógica interna e externa, além do mínimo, ou necessário, de resultados pragmáticos, ou seja, se torna um discurso esvaziado de conceito, quando muito, de rigor. Poderias fazer a observação de que há uma falha na minha argumentação, apontando para isso que as duas pulsões tendem ao infinito por não ter assinatura no aparelho psíquico, ou seja, ambos têm a mesma força de ação e presença, digo, em termos quantitativos são equivalentes, argumentaria pois que não poderia estar mais equivocada; a morte é a verdadeira significante da questão, pois o fato de não sabermos o que é o instinto de fato por sermos seres racionais, nos faz seres de linguagem, razão e sim, morte, a morte é o que nos constitui como sujeitos e humanos, homem. A vida é o enquanto, a morte é o final, o que nos aguarda e como todo final, não é desejado, por isso nos esforçamos ao máximo para tentar deixar o enredo um pouco mais interessante, mas desde o início temos somente uma certeza, a de que vamos morrer, isto é, que a história terá um ponto final e isto nos faz diferente de qualquer outro animal, ao ponto de ignorarmos o máximo possível este fato indubitável, vivaz e límpido, porém, tenebroso. Ademais, o que nos faz ser humano é o atravessamento da linguagem, a inserção da lei, isto é, da instância do superego com a pulsão de morte. Perfazendo, somos 'seres' que morrem, no mais são produções imaginárias, por vezes delirantes, por conseguinte, mentirosas.
Uma razão insuficiente
Refletimos sobre o infinito por causa da consciência da morte, ou seja, de nossa finitude. [...] Por sermos seres finitos especulamos sobre o infinito e deus, pois se fôssemos infinito não haveria o quê e para quê especular.
Obs (s): Infinito como sinônimo de eterno, ou melhor, algo além da compreensão de espaço-tempo ou qualquer conjectura, hipótese, e teoria científica, e até mesmo sistema filosófico. [..] Para além de qualquer vislumbre humano.
Segunda abordagem:
O arranjo linguístico nos impossibilita observar a unidade em cada abordagem filosófica, pois o é basilar a toda disciplina, dando a ela premissas e objeto (s) de investigação (s), objeto (s) tal (s), explicitado em suas premissas, ou implícito a ela, visualizado após a correta dedução. Seja o clássico silogismo aristotélico, as lógicas heterodoxas, ou às mais voltadas à matemática e suas aplicações, quase sempre em computação, como por exemplo, a álgebra booleana, ou a filosofia analítica com B. Russell e a posterior L. Wittgenstein, ou a abordagem dialética, e também as inúmeras escolas de filosofia desde a antiguidade clássica, todas elas têm em comum, como função determinante ou premissa fundamental, ou vetores contidos no mesmo espaço vetorial, daí a sua disposição nele serem suas nuances na história, o próprio uso da razão, ainda que não a se possa definir. Essência, o que é, sua realidade é material, derivada dela, o que é informação, interpretação, o mental, substância, causa primeira, diferentes nomes e definições que se complementam e apontam sempre para a mesma coisa, o seu sentido é, isto ou algo além, aquém disto tudo, metafísica, revelação, reminiscência e etc…Tudo se resume a uma só dúvida, é somente? E atentando-se à nossa indeterminação ao se debruçar no possível entendimento do transcendente teológico, fica em aberto às grandes questões da filosofia, pois o está, apenas isto ou …? Sendo assim, precipitado seria qualquer afirmação, pois jaz filosófica. O que aparentemente temos, é uma indeterminação, no conceitual de SPI, mas como somos seres finitos, orgânico, não sabemos se ao mais infinito chegaríamos a alguma conclusão, o que me parece ser bastante razoável propor que, dado a nossa condição evidente, o sistema da possível verdade é no mínimo, para nós, um SI.
Sofro, logo existo
Silogismo
1- Ansiamos obstinadamente por saber desde que nos damos por humano (''o que *não cessa* de *se escrever*'').
2- A coisa em si é inacessível (''o que *não cessa* de *não se escrever*'').
3- A verdade se apresenta apenas como possibilidade (''o que *cessa* de se *escrever*) e tudo isto nos causa angústia.
Esclarecendo
Me refiro a verdade da coisa e do real enquanto todo. A nossa relação com a verdade, real enquanto todo, é de angústia e ela marca seu impossível através da contingência, gerando pela lembrança sofrimento, pois o conjunto aberto nos causa incômodo, como prova, perguntar algo e ouvir uma resposta que não responde, além de termos uma necessidade não só orgânica, mas também em pathos pela verdade, por significados, sentidos e porquês. Uma das possíveis formas de elucidar que a verdade se apresenta a nós como possibilidade, mesmo ela sendo impossível, é o fato de tudo isto ser questionável, sendo assim, talvez a verdade nunca se apresenta, mas apenas a nós é representada enquanto impossível através de nossa linguagem insuficiente. Como a linguagem e a razão é o que nos define como humano, pois é o que nos diferencia, e sendo tudo isto seu grande marcador de realidade e desejo, podemos assim concluir por equivalência ou analogamente a regra da cadeia que sofremos, portanto, existimos.
Obs: Talvez este não seja o grande desejo da razão, principalmente no seu primórdio, talvez seja apenas meu objeto a, mas se atendo que é ela e a sua busca que nos define como humano, mesmo ela sendo um subproduto de uma complexa circuitaria neural ou detentora de uma substância pensante, ela é nós e nós somos ela em essência; só não nos damos conta de tudo isso porque o afeto não emerge a todo momento, até porque não desejamos, daí a fuga do tédio através do divertimento como retratou bem Pascal, mas este de fato é o nosso ser.
Na mente da mulher há dois homens: o perfeito, este é o príncipe encantado e o cafajeste, estes são todos os outros.