Pesar
Quando penso em você, dou um sorriso dos olhos a boca, em seguida vem um pesar no peito que aperta até falta ar.
Madrugada.
O silêncio chega a pesar.
Sinto falta dos ruídos.
Posso ouvir o nada lá longe.
Sinto a escuridão
Segando meus olhos ávidos por luz.
Converso comigo para me distrair
Mais o tempo não passa.
A caneta companheira me acalma
Desenhando as palavras
Obediente, só escreve o que eu quero.
Acariciando meu ego
Fazendo o tempo passar
Sem que eu perceba.
SP 04/10/2016, 03:35 hrs.
sou o nada para o além,
das magoas sou o deserto...
ardente com pesar da morte
te encontro em outros patamares,
onde a lua da tua vida afunda
em desejo de tantos cadáveres...
vegetam numa vala de olhos perdidos,
sobre o que se salva apenas com amor,
se defina passo a passo com sede,
nada a mata só alimenta a cada momento,
que se expressa minha vida.
O MEU PESAR
Tenho pesar da solidão numa vida
Da sensação que o carente sente
Dum amor que assim de repente
Sai do querer, e vai de partida...
Da ilusão que da alma é fugida
Do olhar ingrato frente a frente
Dos que ostentam toda a gente
E os que não aquietam a ferida
Tenho pesar do senso dividido
De não estar sorrindo à revelia
Contente de um dia ter nascido
Pesar de mim, de quem sofreu
De não ser mais e mais alegria
E, de ter posposto o meu eu!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/10/2020, 09’36” - Cerrado goiano
Que a vida me ensine a tornar a alma mais leve, quando o corpo pesar e a continuar andando em frente, mesmo que o mundo inteiro venha a desabar sobre mim.
Herdeiro de Roma
De sangue latino
Ouça o clamor da carne
Antepassados gritam
Em pesar pela cultura
Que agoniza deprimente
Sempre que se manifesta
Herdeiro de Roma.
Mágoa:o que te fere precisa ser tratado para que não sangres em quem não devas e seu pesar não alastre-se aos inocentes ,a mágoa desponta-se pela imperícia de raciocínio de um ser onde ele se vê à parte de um todo,onde tenta-se afago pela sede de vingança,mas está apenas irá equilibrar o placar tão somente e não irá cicatrizar nada e ainda ela se manterá a mágoa.
A cruz em Seus ombros a pesar
Não limitou Seu desejo de nos salvar
O sangue que jorrava, não se compara com o orgulho que ao Pai dava
Cada lágrima que derramou, demonstrava o quanto nos amou
A dor que suportou, foi até por quem O rejeitou
Ele pensou em desistir, mas tinha um plano a cumprir
A redenção estava em Suas mãos, por isso tinha que insistir na missão
A coroa não era de quem reinava, pois Sua cabeça perfurava
Com os Seus pés e mãos furadas, colocava fim na morte que nos assolava
Venceu com muito dor e cumpriu o plano perfeito do amor.
Presença
No momento em que você chegou,
o tempo parou.
Não de passar, parou de pesar.
E, apesar da bagagem
que o tempo me deu,
Deu tempo de abrir mão do excesso.
Não foi fácil, confesso.
Eu tenho essa noção.
Despachei o que me atrasava
do passado,
Mas ainda trago uma malinha de mão.
Um nécessaire com o necessário,
para lembrar do fuso-horário
que existe entre nós dois.
Somos antes e depois
vivendo o agora.
Sem pressa, sem demora.
Dentro do presente.
Corpo e mente em comunhão.
Oras, na sua presença,
as horas passam, você não.
Hoje, penso mais no tempo contigo
do que no tempo futuro.
Ainda que seja obscuro,
ainda que haja perigo,
Não sinto mais medo.
Nem ansiedade.
O que tiver que ser será, meu amigo,
mais cedo ou mais tarde.
Você me deu mais ocupação
que preocupação.
Mais ação que intenção.
Fez eu me entregar sem postergar,
E, no seu olhar, sinto-me eterno.
Antigo e moderno. Atemporal.
Um samurai digital,
que segue a tradição do teu sorriso.
E enfrenta o que for preciso
para não dispersar.
A não ser uma espiada rápida no celular.
Que logo acaba em foto tua.
Mais uma recordação.
Pois é fato que a tua doce presença
atrai a minha atenção.
E eu me rendo ao teu pedido mudo,
para que, no nosso mundo,
não haja tempo perdido.
Somente o momento em questão,
Em que estamos juntos,
Descontando as horas,
espaçando o dia.
Para a agonia do amanhã,
que implora por nascer.
Mas enquanto a gente mal engatinha,
não adianta nada o tempo correr.
Eu sei que ele vai passar.
Não há como impedir.
Mas e se eu pedir mais tempo ao tempo?
Será que ele vai mais lento
e para para me ouvir?
Não. O tempo é contínuo
e não pertence a ninguém.
O destino do tempo é seguir em frente.
E a gente bem use o tempo que tem.
Eu paro em você e você para em mim,
enquanto o tempo continua.
A vida é assim.
Hoje, aprendi o que é presença
com a tua.
"soube esses dias identificar com pesar que eu me apaixonei por alguém que não conhece o amor pois não se permite amar ".
É preciso "medir, pensar, pesar e aprender a fazer conta, o que te soma ou subtrai e o que subtrai de ti".
Pensando alto
Os segundos correm depressa e a gente dorme no ponto...
É um cansaço, um pesar da correria da vida, que pouco a aproveitamos...
Desperdiçamos ensejos de fraternidade, amizade, como se a vida não tivesse fim... E só observamos esses detalhes quando estamos privados...
Estou mais de quarenta e oito horas acompanhando minha filha que está internada na enfermaria da pediatria, preciso nem falar das noites não dormidas e dos dias longos, tensos e da rotina obscura hospitalar...
E ainda hoje recebi a triste notícia de que uma colega do trabalho veio a óbito, sofreu um acidente de carro, fez cirurgias, foi para UTI e não resistiu😣
Mulher bonita, jovem, com planos e expectativas... Se foi...
A vida é mesmo um sopro, é curta e voa...
Que não perdemos tempo reclamando ou na inércia, esperando oportunidades que nunca chegam ou nem percebemos, porque as vezes esperamos o que nem sabemos...
Que sejamos mais receptivos a vivenciar momentos com nossos filhos, familiares, amigos, galera do trabalho, do curso, da faculdade, enfim pessoas...
Porque a vida é feita de momentos!
Agradeço a Deus todas as oportunidades de viver e aprender em todos os lugares que passo e com as diferentes pessoas que conheço... É quando compreendo e percebo que ainda há humanidade, solidariedade e fraternidade: sinônimos de amor.
Vai em paz, Elaine
Viver é bom, sim
Com altos e baixos.
Fé sempre!
CHORO OCULTO
Se me escorre bochornal pesar
Da alma inquietada e tão sofrida
Parece-me afliges querendo voar
Dos lamentos desta copiosa vida
E a minha triste cisma dolorida
Em lágrimas opacas põe a rolar
Nas tristuras e do silêncio saída
Não esquecida, insiste em pisar
E fico, cabisbaixo, olhando o vago
No peito o gosto pálido e amargo
E minha emoção duma cor marfim
Assim, eu choro, um choro velado
Ninguém os vê brotar de tão calado
Ninguém os vê arando dentro de mim!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
29, agosto de 2019
Cerrado goiano
Desculpa aí,mais, o meu lado da balança tá muito bem equilibrado. Então, não venha pesar toda a tua negatividade pra cima de mim. Que aqui eu sou prendada,o negócio é esse : ou você cai ou você fica. Cai do balanço ou fica no balanço. Só sei de uma coisa: meu equilíbrio ninguém tira não,o sossego de quem tem paz de espirito no coração.
A MORTE
Oh! dor negra! O adeus tal breve fumaça
Chora o pesar, a despedida em romaria
E vê despedaçar, amealhar a mágoa fria
Por onde o cortejo da saudade passa...
Mói o aperto no peito, sentenciado dia
A noite sem sossego, o acosso devassa
E só, trevoso, e o silêncio estardalhaça
No horror desta ausência, lamúria vazia
Oh! Jornada! A sofrer, fado de hino forte
Olhar molhado, e a alma cheia de pranto
Tinhas junto a vida, tendo tão junto a morte
Partiste! Denotando está infesta loucura
Trocaste o vital por este sossego santo
Desenhando na recordação tanta tristura
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/09/2019, cerrado goiano
Despedida de meu irmão Eugênio
Olavobilaquiando
Deus não havia chorado, mas consegui sentir seu olhar pesado, e ao pesar meus olhos, cansados, chorando, desesperados.