Pesadelos
Conhecer a nós mesmos de verdade nos faz harmonizar com a realidade para não viajarmos por um oceano de sonhos com naufrágio costumeiro na ilha dos pesadelos.
"Ela se foi e levou nossos sonhos por inteiro.
Se foi e só me deixou a saudade do beijo.
Sua felicidade se foi, quando você me deixou escapar, por entre seus dedos.
Na sua ausência, me falta a razão e me sobra o desejo.
As vezes me falta o ar, quando lembro do seu aconchego.
Falta a beleza no horizonte, pois em admiração ao por do Sol é você que eu vejo.
Sem sua metade, o que restou de mim é pesadelo.
Em mim já não existem sonhos, pois ela se foi e os levou, por inteiro..."
Quando optamos por sonhar sonhos inimagináveis, não seria bom querer concretizá-los, pois poderíamos estar correndo o sério risco de termos grandes pesadelos.
Como não consigo dizer o que me afligem, mas nao me julga. Aposto que você, sim você não sabe dizer o que afligem seus pesadelos, seus pensamentos até sua vida.
Alguns vai sim dizer, outros escrever e outros nem mesmo vai querer tocar nessa coisa que é de arrepiar a espinha.
Demônios.
Malditos demônios que me atormenta, me satisfazem.
Maldita vozes e pensamentos que me atormenta, sempre sem fim, pausa ou descanso.
Não suporto mais pensar!
Lidar com meus pensamentos, a voz na minha cabeça.
Voz que não se cala, que grita e me enlouquece.
Me atormenta tanto que as vezes enlouqueço, sinto coisas que sou incapaz de descrever.
Me amedronta, mas ao mesmo tempo é tão agradável.
Isso me assusta, meus próprios demônios e a voz na minha cabeça.
Demônios, o que são? Existem?
Não sei, depende do seu ponto de vista e no que acredita.
Defino como demônio, aquilo que é intocável, mas me amedronta, ou me satisfaz em troca da minha sanidade.
Não!
Não tenho interesse em demônios.
Quero o fim, ou paz, mas a paz não me convém.
Preciso dormir, gosto de dormir, mas faz um bom tempo que deixou de ser agradável.
Tenho pesadelos e sonhos de fantasia, mas não quero ter. Quero dormir, apenas dormir. Deitar na cama e apagar, sem lembrar do que aconteceu, ou como cheguei até ali.
Preciso do fim.
Se ora me vês esquivo...
Erro é teu...
Um querer indiferente...
Que nasce na fantasia...
Amei-te um dia...
Saio para rua...
Esquece...
Novo assunto aparece...
Nem a tristeza nem as horas belas...
Tudo me ruiu…
Tudo era igual...
Me sequei todo...
Endureci de tédio...
Sombrios pesadelos...
De um eterno devaneio...
Não paro, nem volto atrás...
Tenho um caminho marcado...
E decerto sei...
Que não é ao teu lado...
Sandro Paschoal Nogueira
Turbulência Interna
Tenho dois cérebros em luta constante,
Um que busca a razão, outro a loucura,
E no embate dessas forças opostas,
Eu sigo em busca de minha nobre cura.
Estou sempre em conflitos antagônicos,
A criar em mim um mundo de ilusão,
Que me faz oscilar entre os caóticos
Pesadelos dos meus sonhos de perdição.
Paredes nuas que escondem segredos,
Retratos que revelam só metades,
Eu construo meu mundo com esses medos,
E me perco em devaneios e saudades.
Mas ainda há um fio de esperança,
Que me leva a olhar pela janela,
E lá embaixo, a música e a dança,
Fazem eu esquecer que sai de uma favela.
A imaginação mal utilizada se transforma em crenças limitantes, que são o fundamento e a pavimentação para os pesadelos da mente e do sistema.
O despertar da mente
O dia ultimamente está acordando estranho. Em meio a uma fuga esquisita, corro sem parar tentando escapar de algo que me persegue e que não paro um minuto para ver, pois tenho medo de acontecer algo e de repente, acordo. O coração bate forte, a boca fica seca e mais uma vez o galo canta la fora; quatro da manhã. Deito mais uma vez e respiro forte e penso comigo "só foi um sonho" e tento relembrar tudo e cada lembrança me faz tremer e agradecer por não ser real. Algo corre para mim nos meus sonhos e corre para mim na realidade, mas de tanto me embrulhar, de tanto desviar acabo me prendendo em mim mesma e não percebendo que (...) a vida corre depressa e eu não a vivo.
"Uma vingança é doce no princípio com desejos elevados mas se torna salgado no final com pesadelos conturbados"
Acontece que quando decidimos sabotar mesmo aqueles pensamentos ilegais sem usar um disfarce que não tome nossa consciência, o alerta de que fizemos o errado quebra-se no silêncio da boa consciência.
Temos que viver o disfarce que os pesadelos causam, num acordar de um sonho ruim, atravessar essa maré fraca...já que mar bravo torna homens fortes.
Pesadelo é precisar aceitar uma condição que faça um sinal de alerta, uma angústia crer que isso é bom ou a melhor maneira.
...No final encontramos qualquer frase que corresponda nosso desejo, vontade, caráter, mas afinal encontramos de fato a verdade?...
O ponto de equilíbrio acaba sendo um ponto cego!
Iluminas facilmente com a tua existência,
és uma mulher muito notável,
há resplandecência na lucidez dos teus olhos,
percebo um fulgor ardente vindo dos teus sentimentos,
a complacência do teu riso luminoso
irradia simples e preciosos momentos,
até os pesadelos perdem o espaço
e os sonhos tornam-se mais presentes,
portanto, o meu viver está mais iluminado por estares presente
com este teu jeito tão admirável.
Alexandra ergueu as pálpebras pesadas pelas gotas sedativas do clonazepam e me olhou involuntariamente como se contemplasse apenas o vazio.
- Pai, cadê a Flora?
- Hã?
- A Flora?
- Hã?
- A Flora
- Hã?
- A Flora?
Só então caí na real de sua semiconsciência.
- Dorme, querida, dorme.
Ela voltou ao mundo dos sonhos. Era apenas um daqueles pequenos delírios que temos enquanto dormimos e que por alguma razão agimos
como se estivéssemos acordados, mas na verdade estamos apenas devaneando numa subconsciência que beira a razão.
No fim das contas não nos lembraremos de nadica de nada ao despertar de fato. Mas aí fiquei eu com a inquietante pergunta:
Com o que ou com quem ela estava sonhando? Quem é Flora? Seria o amigo [ou amiga] imaginário de quem ela já me falou várias vezes,
mas que eu nunca levei a sério?
Ah pesadelo, maldito pesadelo.
Não eis o primeiro, nem o último de minha vida.
Cada vez mais amedrontador, com fragmentos de memórias que me torturam e me lembram do passado.
Porque insiste em me lembrar?
Fragmentos de memórias que despertam sentimentos em mim, que já não quero mais sentir, que não deveria sentir. Sentimentos que não me representam mais.
Uma versão minha incompleta e ultrapassada, que não serve mais para nada.
Onde sou apresentado como uma pessoa que um dia seria capaz de se sacrificar por alguém.
Hahaha, eu? capaz de me sacrificar por alguém?
Jamais, estou propenso a sacrificar, assassinar e massacrar.
Esses humanos fragéis e impotentes que vivem cegos pela fé em uma divindade que os deixam viver na miséria.
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