Pesadelo
TIC TAC, ESTOU EM MEU PESADELO
Aqui de novo voltei, pra onde poderei ir desta vez? De novo não, não posso excitar em cometê-lo, esse poderia ser um enorme erro. Sem pânico, conte comigo, é uma fase, pensei, não há pra quê tanto exagero!
Meus pulmões se enchem, respiro fundo, nada adiantou. A lâmina me cortou. 1,2,3, eu deveria tentar outra vez? Não pensei, aí eu irei. Sangue, onde há um pano para me limpar? Aqui no quarto não há nada para me ajudar...
Estou no escuro, no mais profundo secreto, onde ninguém me vê. Ninguém sabe da situação, e se souberem será em vão.
Então é esse o fim? Eu realmente preciso estar aqui?
Não consigo olhar prós lados, estou com o olhar fixo prós meus pulsos ensanguentados, que horrível. Tic Tac. Com um impulso consigo larga-la mas não é isso que eu queria, você sabe.
Socorro, não consigo gritar nem dizer, o que me resta é esconder. É como estar mudo mas ouvir, ou até mesmo saber fingir sorrir. Mas o mais engraçado sou eu estando aqui.
Todo sonho que você tá brincando, vai voltar pra você em pesadelo.
sonhe com a pessoa
mas não exija que ela
se torne "seu" sonho.
você pode virar o pesadelo
da vida dela.
Todo dia é pesadelo acordar, o valor da vida é preciosa de mais para ser aproveitado por alguém tão sem valor igual eu.
gostaria de ficar acordado pra sempre
E não mais sonhar, e não mais ter pesadelo e não mais ter medo
E se eu dormir quero um coma
E não me levantar, cansei da luta
Cansei do mundo disso tudo da vida
E de ver tantos respirando sem viver..
PauloRockCesar
Eu te esperava
Mesmo não te tendo
Mesmo não te vendo
Mesmo com medo
De nunca sair desse pesadelo
Em segredo desse momento
Vivo a pensar que talvez um dia você venha me encontrar
- Venha me encontrar
Sonhos e pesadelos
Alimentar os sonhos talvez seja pesadelo.
A esperança alimentada.
A verdade revelada.
Alegria ou desespero.
Surpresa ou esperado.
O segredo precisa ser desvendado.
Porém, José não mais vive.
Faraó por sua vez triunfa.
Uai, ué, não entendendo qual é.
É que agora quem precisa da revelação não é faraó.
É uma multidão castigada semelhante a Jó.
Que foi ceifado um tanto que veio ao pó.
Colocado na escuridão.
Espírito maligno?
Processo dos antigos?
Espiritual, tecnologia e ciência.
De onde vem a regência.
Dessa nova escravidão.
De onde vem o canal.
Bits, satélites e tal.
Diabolicamente a força maligna espiritual?
Stalking.
Eu sei, coisa do mal.
Seria do oriente, do deserto, de bem longe ou bem perto, ocidente.
Bom, quem sabe a curiosidade ganha asas.
Cada individuo alvo na prateleira da própria casa.
Desvendará a bagagem do passado.
Ou processo presente.
Sei que José se foi.
Sonhar é mais um ato.
A tecla enter da máquina.
O sinal dispara.
Coagindo, confundindo.
Sabe aquela culpa que lhe oprime desde menino.
É um processo arquitetado persuadindo.
Ferindo.
Crime e desmantelo.
Estão soltos.
Se José morreu.
Sonhar é pesadelo.
Só não menosprezo quem realmente pode revelar.
O sobrenatural.
Que frustra esse mal.
Se tem pressão aqui.
Pra dor sentir.
Que também não fique livre lá.
Computador, chip, robô.
Câmeras, sinais e antenas.
Frequência em ondas pequenas.
Invasão da privacidade.
Quem vai revelar.
Giovane Silva Santos
O pesadelo nem sempre é o oposto dos nossos sonhos...
Por vezes é a continuação dos nossos sonhos mais lindos
Ainda acho que estou num pesadelo tipo coma que ainda não consegui acordar.
E aí tô num Lupe infinito de dias horríveis.
A partir de agora, todo dia será um pesadelo. Eles serão provocantes e aterrorizantes. Não podem me impedir ou me fazer desaparecer. Meu plano é me tornar um boato seu bem antigo.
Você pode ser o maior sonho da minha vida, mas também pode ser o pior pesadelo que já existiu em toda minha vida...
Pesadelo -
Por momentos julguei sentir o eco dos teus passos por entre o silencio da horas inquietas! Julguei sentir a culpa das palavras que não disse, dos momentos que perdi e dos instantes de saudade. Por momentos desejei que fosses tu, caminhando para mim como um Sol d'Inverno ...
Mas os teus passos vinham sobre a noite opaca e triste ... mesmo assim ... desejei que fosses tu!
E tudo terminou à hora do Sol-pôr ...
Meus olhos, na distância, na miragem, cheios de água e solidão, encheram-se de silencio e desenharam no horizonte das tardes quentes d'Agosto, um não sei quê de poesia ...
Ah! Que ninguém venha pedir-me "que razões!" O porquê de amar alguém que não nos quer?! Não sei! Não sei! As razões, essas, transcendem-me, ultrapassam-me os sentidos ...
E há bocados de sonhos despedaçados, caídos na noite, sem fim! E tudo está gasto! Menos a dor que me atravessa nesta hora e que me deixa estático, parado a meio tempo, como se fora o principio de tudo ou o fim de qualquer coisa ...
E não peçam que me cale! É impossível ficar aqui - no silêncio! Estou farto de sombras mudas - mortas! O amanhã não existe mas é teu ...
A noite cobriu meu ser de um mar de trevas e o Pesadelo aconteceu ... o silêncio apodreceu nas minhas veias e um punhal trespassou a minha Alma!
Outros dias virão! Adeus!
*AS ESTRELAS NO CHÃO*. (Victor de Oliveira Antunes Nt)
O mundo de hoje parece um pesadelo. Tudo reflete dinheiro; tudo é volúpia e marketing sempre; pra fazer mais dinheiro. Nessa ciranda louca e desenfreada estamos nos metamorfoseando; viramos coisas e já se diz que somos CPFs. Cada vez mais nos desconstruímos como entes; seres criados imagem suposta de Deus. Hoje o império dos sentidos submete a vida de cada um de nós às regras da grana. Nas mídias, pulsa a cultura da juventude consumista e insaciável: todo dia se quer algo novo e descartável. Os automóveis, por exemplo, já nascem um ano antes do ano. Essa loucura exige submissão: a do poder aquisitivo... Você sempre precisará ganhar mais... Tudo é vivido e feito com um único fim: ganhar dinheiro pra poder comprar... Nós, como entes vivos, perdemos, portanto, nossa dignidade. E a propósito, nossa própria capacidade de ficarmos assombrados.
Somos marionetes e nos transformamos nas mercadorias anunciadas que compramos. E agora perplexos, verificamos que esse estamento de coisas se aprofunda, a cada dia. Hoje, cada um de nós vale o que produz ou o que pode comprar. Nós somos CPFs. E é esse tratamento que damos, uns aos outros. Não poderia ser diferente, portanto, o tratamento dado às famílias dos que morreram em Brumadinho; às famílias dos meninos incendiados do Flamengo, às vitimas das tragédias de Teresópolis, de Petrópolis, e também da Ucrânia.
Se por um lado os valores comprometidos com a segurança da barragem foram abaixo da linha do mínimo, tanto quanto a segurança dos meninos, das famílias dos municípios ditos que viviam nas encostas cujos deslizamentos se anunciavam nos vales ribeiros, sobranceiramente das vitimas da invasão da Ucrânia, é porque embaixo disso tudo só tinham CPFs... Simples números... Entes pífios e sem qualquer significado se observarmos a dimensão das tragédias em relação às falas dos “políticos” e “gestores”; amiúde o tratamento social, humano e financeiro dispendido. É sempre mais do mesmo e da mesma forma. Passado o susto publico do primeiro momento, eis que começam as ponderações sobre o valor destes “entes CPFs”, números...
Pois é: tratar essas situações com falácias e barganhas é francamente acima do "terrivelmente vergonhoso”. Nenhuma grana será suficiente para minimizar a absoluta destruição de tantas vidas. Nada poderá remediar tamanhas dores e perdas; e é certo que ficarão centenas de lesões de alma. Mas daí a um pouquinho, ninguém mais liga... E a coisa que nos vem a cabeça é isso: e o dinheiro?... Quanto deram, quanto se gastou... Será que tem gente doando?... Tudo já está girando em torno dele: o dinheiro... Hora de dar “preço” na dor e na perda. Vamos começar a medir a importância dos CPFs, mas não a importância da “pessoa”, que foi explodida na calçada. Vai rolar valor por baixo, mas, ainda assim, vai ficar bem abaixo do que vale a vida; vida de cada um de nós. Talvez por isso não tenhamos famílias seguras, boas escolas e bons atendimentos na saúde e segurança nas ruas. A gente não é mais humano... é numero, coisa, produto, lixo... É que a nós vale mais "uma joia”, um “carro zero”, do que centenas de mortes; não foi ao meu lado, então que se dane... É “vida que segue”... Aliás, que dignidade que nada; vamos salvar o dinheiro e indenizar por baixo, abaixo da dignidade de cada um... Aos meninos do Flamengo, às vitimas das Serras, aos explodidos na Ucrânia... Vale mais guardar pra gastar com a Copa do Mundo que está chegando; vamos viver a vida... a expectativa de vida; e quiçá da nossa alegria e sucesso; esqueçamos, foram só CPF’s... Vamos ao shopping comprar coisas que brilhem aos nossos olhos...
Para os que discutem dinheiro seguem as avaliações dos CPFs...
Para os comuns, apenas entes...
Para os que se importam, morreram pessoas tanto em Brumadinho, quanto no Ninho do Urubu, em Teresópolis, em Petrópolis e na Ucrânia; morreram e continuam morrendo sonhos de vida e esperanças; o que morreu e continua morrendo assim, todo dia, portanto, é gente, não são números...
Acho, portanto que passarei a me lembrar desses lugares, como lugares das Estrelas no Chão. É o mínimo de reverência e respeito que me ocorre. A cada anoitecer há que lembrar cada uma, daquelas significativas vidas; lembrar e vê-las como estrelas que brilham no chão. Até porque, não existe e nunca se fez retrato de um CPF. (Victor de Oliveira Antunes Nt).