Pés na Areia
Como contentar-se
Como contentar-se com um grão de areia depois de afundar os pés na orla da praia?
Como contentar-se com o clarão da lua cheia depois que o astro rei correu da raia?
Como contentar-se com águas pelos tornozelos havendo mergulhado em alto mar?
Como contentar-se em prender os cabelos depois de experimentá-los ao vento soltar?
Como contentar-se com o brilho de uma estrela distante depois de haver cruzado o universo?
Como aceitar-se maltrapilho, cabisbaixo e hesitante após ter seu nome declamado em prosa e verso?
Como contentar-se com um canto à capela tendo se encantado ao som da sinfonia?
Como contentar-se com as chamas de uma vela após maravilhar-se com a luz da epifania?
Como contentar-se com rabiscos e rascunhos, depois de visitar a capela sistina?
Como conformar-se em correr riscos, cerrar punhos pra em seguida ser vencido na esquina?
Como ter saudade do Egito ou contentar-se com o deserto, depois de avistar a terra prometida?
Como conformar-se com um rito, convencer-se do que é certo, sem saciar sua sede por vida?
Como contentar-se com metades, depois de ter se entregue por inteiro?
Como contentar-se com saudades quem jamais se fez forasteiro?
Como contentar-se em cumprir metas e prazos na busca de riquezas que disfarcem a dor?
Como acostumar-se com sentimentos rasos já tendo mergulhado nas profundezas do amor?
Cravo meus pés descalços...
Na fina areia branca...
Onde as águas o lavam...
No meu lento caminhar...
Num frio amanhecer...
Aonde o sol vem acordando...
E de mansinho vem clareando...
Um lindo dia de versos...
Um dia de suspiros...
De risos...
De amor...
Sento-me...
A admirar...
E a devanear melhores...
Pensamentos e fantasias...
Agradecendo as maravilhas...
Que me cercam...
Sentindo-me tão natural...
Quanto à natureza...
Como se ela fosse parte de mim...
E tomasse conta envolvendo-me...
Num abraço de carinho recíproco...
Vamos caminhar na praia
Juntos, coladinhos
Molhar os pés na areia
De mãos dadas bem juntinhos
Vamos caminhar na praia
Molhando os pés na areia
E depois pela noite
Contemplar a lua cheia
Vamos caminhar na praia
Falando bem baixinho
Palavras ao pé do ouvido
Suspiradas com carinho
Vamos caminhar na praia
Até o dia amanhecer
Sem pensar no amanhã
Só deixando acontecer
Vamos caminhar na praia
Praia deserta, só nós dois
Esquecendo os problemas
Deixar tudo pra depois
Vamos caminhar na praia
Nossa praia... Nossa andança
Se um dia o sonho acabar
Será nossa doce lembrança
Vamos caminhar na praia
Nosso sonho mais bonito
Caminhar... Caminhar
De mãos dadas... pro infinito
Sonhos de Areia
Pisando com pés molhados na areia macia
Imersa na imensidão dos meus pensamentos
Tortos, paralelos, cheios de vontade
Vou caminhando, correndo, me perdendo
A noite vai virando dia
Nasce o sol que me incendeia
Vai secando a areia
Carregando meus sonhos pra longe
Onde não bate a luz, nem chegam os pés
Só chega a solidão nas asas da paixão
Vai pra longe, pra ser esquecida, pra sanar a ferida
Pra deixar em paz os pés que agora caminham na areia seca
Caminho de quem nunca foi feliz
Vamos caminhar
que delícia é sentir a areia nos pés
o barulho do mar
e aquela leve brisa a tocar meu rosto
perceber que a natureza
traduz tudo o que é bom
tudo que nos faz sentir melhor
ao entardecer sinto o cheiro
que vem do mar
me faz imaginar
e lembrar como é bom sonhar
estar ali aquele momento
e perceber
que pro nosso coração
não á sentimento melhor
do que o amor
o amor, por tudo ao nosso redor.
TÍNHAMOS JUNTOS!
UM PARAISO
AGUAS CRISTALINAS
CHEIRO DE MARESIA
AREIA NOS PÉS
PASSEIO DE BARCO
FUNDO DO MAR
SOL A DOURAR
ESTRELA DO MAR
NOSSO MUNDO
NOVOS SABORES
BELO ENTARDECER
BRISA DO MAR
MESMA ALMA
NOSSOS SONHOS
NOITE DE VERÃO
LUA A BRILHAR
MEDO UM DO OUTRO
DESEJOS ANTIGOS
NOSSOS DESABAFOS
NOSSA SINTONIA
GARGANTA SECA
VINHO A BEBER
SORRISOS A SOLTAR
LAGRIMAS A ROLAR
MESMA DOR
MESMO CALOR
FOTOS PARA GUARDAR
SÓ NÃO TINHAMOS OS MESMOS CAMINHOS
HOJE TEMOS!
NÓS, OUTRAS VIDAS
VOCE, SUA HISTORIA
EU, MINHA HISTORIA
EU, MINHA ESCOLHA
VOCE, SUA ESCOLHA
NÓS, UM SOFRIMENTO
NÓS, UMA SAUDADE
NÓS, A MESMA VERDADE
NÓS, O MESMO PENSAMENTO
DE QUE NADA EM TEMPO ALGUM IRÁ APAGAR TUDO QUE TINHAMOS JUNTOS.
E A CERTEZA DE NOVAS VIDAS.
Ayda Carla.
Aqui na beira desse mar, me sento na areia fofa que insiste em esconder meus pés. Talvez seja por ver-me sem fôlego e queira me dizer que aqui tenho que voar!
Estou pensando no meu mar, sim meu mar, caminhar até ele descalça, senti a areia fina em meus pés, a maresia em meu rosto e chegar até ele e senti-lo lamber as minhas pernas e depois todo meu corpo, um ato de prazer relaxante, ver as ondas explodindo uma após outra um grito de soberania do meu mar. Saudades desse mar que é todo meu.
Céu azul. O Sol querendo transparecer ao meio das nuvens brancas. Areia escaldante. Mar agitado. Pessoas correm de um lado para o outro para não queimar seus pés. Crianças brincam no razo do mar. Casais passam abraçados a minha frente. Fico com saudades do meu amor que aqui não está. Sinto o sol queimar, porém ele custa a me deixar marcas. Mulheres de todas as idades com o bubum para cima para pegar uma corzinha. Os Homens dentro da água batendo papo furado. Alguns vovôs e vovós jogam frescobol. Outros lêem livros enquanto esperam a sol se pôr. Final da tarde, as famílias pegam suas coisas, desarmam seus guarda-sois, fecham suas caixas de isopor, chamam as crianças para lavarem os pés, e vão para casa. Todos começam a deixar a praia vazia. A areia passa a esfriar, e o mar a se acalmar. Ali fica um Deserto frio, a espera de um novo inferno tropical chegar pela manhã.
Sapucaia
Em meio aos pés de criulis,
Na areia da vertente
Vendo as lindas borboletas,
Ouvindo o cantar dos bem-te-vis!
Saudade da Sapucaia!
Terra que me criou!
Terra das belas estórias,
Que contava meu avô!
Sapucaia querida!
Ah se eu pudesse ao tempo voltar!
Pra nas tuas terras correr,
Brincar à luz do luar!
Pescaria na vertente;
Farinhada na casa da madrinha;
Só quem viveu é que entende,
Essa epopeia minha.
Cada um com seu jeito
Pequena lembrança
No tanque de areia
mergulho os meus pés
corro, corro,
rodo peio, rodo peio,
Vejo o balanço
Subo até ele
Sinto-me um pássaro
Esqueço a todos
Como é bom ser criança
Aproveito aquele momento
Todos se divertem
Esta chegando a minha hora
Hora de acordar
Pois estava sonhando
Sonhando de brincar.
Eu quero desenhar meus próprios pés na areia inexplorada, cair em abismos, torrentes e desertos em busca do longe e da miragem…porque tudo o resto que eu faço não vale nada.
Sonhei que estava de frente para o mar, as ondas banhava meus pés camuflados na areia e foi entao que acordei. No decorrer do dia percebi que tinha esquecido algo muito precioso lá: "minha vida".
Hoje quando dormir espero poder voltar pra busca-la.
Chegou, posou os delicados pés na fina areia da praia; sandálias pretas ao lado de sua sombra esculpida pelo sol e cravada na areia. Resolveu sentar-se para se permitir maior contato com a terra; as ondas quebravam e as espumas feitas por elas tocavam os rosados e delicados dedos de seus pequenos pés.
Lisos fios de cabelo dançavam desarmoniosamente bem: seguindo aos desejos do vento. O sol estava a se pôr e seus raios entrelaçavam-se nos cabelos de cor mel. O silêncio beijava os seus rosados e carnudos lábios e tudo era paz de espírito.
O sol na minha face,
A brisa doce do oceano,
Tocando a minha pele,
A areia massageando meus pés.
Um clima tão relaxante,
Mas essa maresia,
Traz muita nostalgia,
Mesmo que dias eu passe,
Vou sempre me sentir infeliz.
Pelo menos por agora,
Até que eu a reveja,
Aquela linda sereia,
Que no meu coração relampeia.
Sou só mais um humano,
Que desocupado e sem fé,
Acabou se apaixonando no verão.
E como me apaixonei!
Meus olhos ficaram fascinados,
Quando nela reparei,
Ali foi mais que paixão.
Conheço palpitares de coração,
E aquele, daquela hora,
Foi bem mais que especial,
EU não o deixei ir embora.
Guardei ele na lembrança,
Alimentando uma esperança,
Que aquela menina docemente bordada,
Com instrumentos divinos,
Pudesse fazer parte do meu destino.
Cada virtude dela é descomunal,
E hoje eu suponho,
Que já não posso dormir sossegado,
Pois ela invade todos meus sonhos.
E acho que comecei a acreditar,
Que com ela os contos de fadas,
Talvez eu possa realizar.
Ter um final feliz...
Seria realizante.
Mas só se vai ser,
Se ela quiser que seja.
Por isso vou fazer de tudo,
Inclusive colocar a disposição,
Todo o meu conteúdo,
O bom e o ruim,
Para que ela veja,
Que ela conquistou tudo de mim.
Ah mar, é!
Já é madrugada, praia vazia. Areia molhada, cheiro de mar, ar de vazio.
Quantos pés pisaram nessa areia, quantos corpos se banharam nessa água salgada?!
À cada onda que quebra, meu coração bate quatro vezes. Será que bate ou apanha?
Pessoas sorriem, felizes, nessa maré, pessoas choram, tristes, nessa maré. O mar mexe com qualquer ser humano, aflora emoções, esbanja beleza e emoção.
Riscando na areia, só, rabiscos querem ser transformados em nomes, em sentimentos, em vida, em emoções... O coração procura, procura em que se apoiar, na areia? No mar? Nas pedras? Em pessoas? Pessoas? Não, pessoas não... Ou sim?!
Ao fundo, o som vem de uma mansão, música ao vivo, gente rica, de dinheiro, dando uma festa para seus convidados VIP... Sendo felizes? Ou valorizando, cada vez mais, o perecível?
Barcos à deriva, a luz do luar ilumina o que é necessário.
Um cão passa me olhando... Se ele pudesse raciocinar e falar, acho que perguntaria o motivo, de ele ser chamado de irracional, pois és sincero, és lindo, não tem maldade... E o animal, que se diz racional, é o total reverso.
A brisa não me abandona, as pedras, a água, a areia, o cão, me fazem companhia, quer companhia melhor? O maior mentiroso aqui, é eu, os outros, não mentem. Mostram a verdadeira face da natureza, mostrando, a total ignorância que tenho. Assim me sinto sábio, sabendo o quão pequeno sou, perto da imensidão que me cerca.
A natureza me tapeou. Foi o tapa mais lindo, mais sutil, e ao mesmo tempo agressivo que já tomei... Obrigado natureza... (Beijo, meu jaguara véio!)