Pés Descalços
Já, nela
No sábado, o condado da Direita sem calçada e de pés descalços sujos sem calçado, aumentou à fome que se alastra nos lastros das fundações sem alicerces, estivas e bases, mas aceso e baseado, estão plenos e com gente com vírus Delta solto pela praça.
As ruas estão no inverno, pegando fogo.
O "almoço" durante o jantar, no restaurante à francesa, escrito à L'amitié, na rua Conde de Bobadela é uma boa pedida.
Um couvert de cenoura crua, pepino em tiras, patê de azeitona, berinjela, grão de bico calado e pão francês cortado à cabeça na guilhotina da Bastilha.
Não há beleza requintada sem alguma estranheza na proporção.
E não acredite em nada que você ouve, e apenas em metade no que você vê.
Nesse tempo de língua solta e barata, ela é uma boa pedida.
Afasta-se
Em uma rede encostada
Cheiro agreste e pés descalços
És o príncipe leão de si
Será o prazer de seu coração
Juntos somos total emoção
Quase aberto o roupão
Solto o cabelo
Jasmineiros e galhos encurvados
Era um quadro celeste
Vida simples
Pisando no chão com os pés descalços
Correndo pelos campos , longe da cidade
Em cada amanhecer um sorriso no rosto
Um olhar manso
Seu jeito quebrantado
Caminha humilde
O velho sábio
O ouvir seus contos
Em sua voz suave
Senti uma saudade
Daquele velho danado
Fecho os olhos e lembro com alegria
A vida é simples
Mas de muita alegria
O cheiro da terra
O cheiro do mato
Me traz lembranças
Do tempo que eu era uma criança
O vento sopra a meu favor
Foi nesse mundo que aprendi
O que realmente tem valor
E hoje reside em meu coração
A tranquilidade e o amor
E o no mais simples
Encontrei vida para meu interior
Poetisa
IsleneSouzaLeite
Envolventes palmas,
na testa marcada
e nos pés descalços
há os sinais da mais
brilhante e distante
das galáxias nomeadas
e tempos de roseirais:
Cosmos RedShift 7
e o zodíaco na pele
de quem nem mesmo
o mau tempo teme.
Desconfiava sempre
que eu era diferente,
e sempre soube
que estava certa
com o coração voltado
para a Lua e o infinito:
O meu rosto carrega
a herança visível
de um povo perdido,
e da minh'alma gêmea.
Nas mãos bailarinas
que trazem acenos
para a imortalidade,
eu sei e você sabe,
e assim nos queremos
com pacientes segredos.
Memória poética
de uma infância
com os dois pés
descalços no barro,
Desejo inocente
por doçura socorrida
por uma Mariola,
Talvez alguém
não tenha provado,
Quem provou
provalmente não
tenha reclamado,
Mariola do passado,
de hoje e de sempre
eu honro o seu legado.
Abrindo os olhos, com lentidão além do normal, andava pelas ruas, os pés descalços deixavam leves marcas pelo caminho que passava.
Ela estava molhada, não se sabia de onde tanta água surgia pois ela nunca parava de fluir.
A sua volta, um lugar vazio, nada a vista. Não existia cores por onde ela passava, não existia um alma a sua volta. Não existia nem mesmo uma briza.
Nada a tocava, nada ela sentia, nem mesmo a abalava. Era um mundo a sua volta, carros, pessoas falando em cada parte daquele mundo vazio, algo do qual ela parecia imune.
O caminho não se findava, seus pé já estavam cansados, já era hora, ela precisava descansar.
Foi então que ela viu, o fim da estrada ela havia alcançado, parecia que o mundo havia chegado ao seu fim e tudo o que ela precisava fazer era pular.
Então ela pulou, no inicio era só o vazio, novamente nada a tocava, nada mexia consigo além daquela sensação quase prazerosa da queda.
Finalmente ela pararia de não sentir nada, seria o momento perfeito que ela finalmente sentia alfo dentro de si. Algo incomodo, porém já era algo. Algo que a fazia se sentir calmamente bem.
O aguardo não durou muito, o impacto trouxe ela de volta ao mundo que sempre havia visto, o mundo que conhecia tão bem. As imagens passeavam a sua volta como em um filme pobre e deprimente de cores gastas, mas eram as imagens que a traziam para o momento perfeito. Um afago, o abraço, o colo e o cheiro! Enfim um beijo, um calor, um frio e um vazio. Letras a rodeavam, notas chegavam em seus ouvidos, melodias que ela não se lembrava quando, nem onde, mas sabia que já havia ouvido. Ah... ela conhecia bem aquele mundo, era lá onde ela guardava tudo o que programava para si, mas não expunha ao mundo.
Ali, diante de tudo ela voltou a cair, o chão se abria para ela e novamente ela se deixava levar pela sensação da queda. Porém agora a sensação se esvaia, como a água que sai das mãos de alguém em um ato desesperador para matar uma longa sede. Então, acordando mais uma vez ela viu-se novamente do lugar que nem parecia ter saído. Todos a olhavam como se esperassem algo a ser dito, ela sabia daquilo, estava acostumada. Era fácil enganá-los. Com um gesto robótico, ela sorriu, suas bochechas se elevaram levemente, seus olhos se tornaram tão pequenos que mal parecia que ela enxergava algo. Ela sabia que só assim eles parariam de olhar para ela daquela forma... e quando lhe perguntava a tipica pergunta que a perturbava a cada letra dita, ela simplesmente respondia:
I'M FINE
Muriel, você não é uma conveniência. Eu atravessaria uma milha de vidro cortado com os pés descalços para segurar sua mão e conversar com você por uma hora. Você é tudo para mim.
Pés descalços sobre a terra
Prontos para a próxima partida...
Escolhas temidas e tristes abandonos
Se escondem no rápido movimento de seu corpo.
quem está no poder?
não é os pés descalços,
não é as mãos só calos,
simplesmente é o senhorio,
é a altives e a soberba,
todo dia pão na mesa.
e os ricos sempre e cada vez mais ricos,
e os pobres sempre e cada vez mais pobres.
olha o pobre:
e ele sente fome,
e ele sente dor,
e ele sente frio
e ele só tem Deus e a vida.
Voltei aos meus pés descalços.
Os saltos já não me cabiam mais.
Sou alma, não preciso de vestimentas.
Adrenalina
Medo Adrenalina
Guarda corpo, adrenalina
Pés descalços, adrenalina
Mãos tremendo, adrenalina
Gravidade puxando, adrenalina
Vento contra a face, adrenalina
Frio na barriga, adrenalina
Zumbindo na cabeça, adrenalina
Falta de ar, adrenalina
Estimulo cardíaco, adrenalina
Velocidade aumentando, adrenalina
Colisão, fim da adrenalina
Posso sentir a paz dentro do meu peito,
Um caminho, dessa vez, com jeito.
Os meus pés descalços tocaram no chão, e eu senti uma nova emoção.
Não de angustia, mas sim, paixão.
Aqui eu posso ficar, me entregar ao vento,
renovando tudo por dentro.
-Dudu.
Meus pés descalços
Não seguem em vão
Mesmo que ainda longe
Carregam o peso da carnede Adão
Eu entendi a importância de sonhar
E se ficar parado pouco ou nada posso mudar
O caminho é íngreme
Pedras podem rolar
Mas não me abalo
Vou caminhar
Há de fazer ser leve, pés descalços, alma de criança que corre na rua, coração sem medo de errar, só coragem de viver, ser do bem, fazer o bem, sentir-se bem. Conexão com a vida, com a terra, com o chão. As vezes voamos alto, ainda que com os pés descalços.
Ser humilde não é andar de pés descalços ou com uma roupa surrada é saber pedir perdão quando está errado.
Chega uma fase em nossa vida que o céu é nosso teto...
Mistério!
Com pés descalços pisar em solo árido é nosso chão...
Calos do destino bate em compasso no coração!
Como abrigo de nossa alma uma armadura que aos poucos se desprende no ar...
Deus em nosso silêncio nos soprando a Paz!
Prefiro os pés descalços, os que aprendem observando as ondas, os intensos, os imprevisíveis, os improváveis e os impossíveis; e que assim como eu, não se importam se o mundo acabar hoje. Talvez por isso tenho poucos heróis, poucos amigos, poucos olhares compreensíveis. Na verdade não faço questão de ser leitura fácil, sou um livro velho, gasto, rabiscado, coisa para intelectual. Pinto o mundo da minha maneira e ele é sempre cinza com tons de amarelo. Do jeito que eu quero, de maneira alguma politicamente correto.