Pés de Criança
Algemaram os meus pulsos pra eu não poder lutar,
Amarram os meus pés e gritaram: Não vai andar!
Tamparam minha boca disseram pra eu não falar,
Vendaram os meus olhos, eu não pude enxergar.
Esqueceram o ouvido livre, eu ouvi o Rap tocar,
Tive forças, criei asas, consegui me libertar,
Pra quem tem a mente aberta o Rap é asa pra voar.
E são essas coisas simples de descalçar os pés na grama ao lado de quem a gente ama que nos torna seres mais bacanas.
Continuo inativo, esperando uma brecha, uma porta aberta.. Para q eu possa marca teu futuro sem tirar os pés do presente
Se há algo que pode oferecer riscos a um homem é uma mulher que sabe, mesmo que de forma inconsciente, do poder que pode exercer um pé feminino.
Mais vale correr atrás de um sonho próspero, que está em um futuro um pouco distante.
Que ter os pés firmes e ficados em uma realidade já falida.
Para Sempre Bailarina!
Sophia antes de qualquer descrição, antes de ser um ser humano, é uma bailarina, característica que ela mais valoriza em si.
Não tinha pernas altas, colo de pé, não era alongada, muito menos tinha pernas em "x". Tinha seios grandes, talvez menores só que o próprio sonho, o de vestir um “tutu”.
Por mais que às vezes ela ficasse perdida nas aulas, lá era onde se encontrava, só queria se sentir bailarina, bailava para si.
Mas todos os meninos da sala a olhavam com olhar se desprezo. O mesmo olhar que ela se esforçava tanto para conseguir fazer uma pirueta dupla, era o que facilmente escapavam lágrimas quando se encontrava sozinha. Mas por mais que às vezes ficasse triste pelo ballet, nada a proporcionava alegria igual ao de preparar uma quinta posição e começar a dançar.
Chegado o final do ano, era dia de apresentação, ela chegou ao camarim faltando meia hora para a apresentação, sua mãe já estava na plateia com uma câmera fotográfica pronta para registrar o momento de sua entrada, mas ela não entrou.
A mãe, preocupada, foi até o camarim e lá estava Sophia, de "tutu" em frente ao espelho, e a mesma perguntou indignada o porquê de ela não ter entrado, e Sophia respondeu: "Mamãe, eu já realizei meu sonho, eu não preciso de fotos, não preciso de aplausos, eu só preciso desse momento registrado na minha memória, o dia que me senti bailarina".
Sophia cresceu, é dentista mas sempre faz um "grand jeté" ao pular uma poça d’água, imaginando estar vestindo aquele "tutu", mas na verdade está se calça jeans no corpo e um sonho realizado no coração.
Onde calam todas as coisas
Calam as rochas
aos pés da montanha.
Cala-se a morte
diante da vida.
Calam-se o sol
diante da lua
e a lua
diante do mar.
O mar cala-se
nos braços do horizonte.
E o homem nos braços da mulher
tende a se calar.
Cala-se a fome
com um pedaço de pão
e a sede
com uma taça de vinho.
A alma cala no corpo
que por sua vez,
cala na terra
a sete palmos abaixo do chão,
sob um pé de manga rosa.
Grão de terra
Eu sou a terra.
Sou a grama verde.
Sou o chão sob os meus pés.
Sou a brisa leve que oscila o cabelo da moça.
Sou a ave que voa rumo à liberdade.
Sou o claro do dia.
Sou paisagem escura do anoitecer.
Sou incansável viajante em busca de novas rotas.
Sou a melancolia das horas bucólicas.
Sou a realidade derramada no quotidiano.
Sou tudo e sou nada.
Eu sou atmosfera.
Você é linda, dos pés à cabeça,
pele macia e delicada,
uma alma intensa,
que precisa ser apreciada
na plenitude da tua essência.
Que os nossos passos sejam cheios de amor. Pois é a única forma de termos os pés firmes, rumo à felicidade pessoal e coletiva. De amor pra amor, vale a pena se misturar. É tempero do bom!
Eu não peço nenhum favor pelo meu sexo. Tudo o que peço a nossos irmãos é que tirem os pés do nosso pescoço.
Aos seres humanos foram dados dois pés para que não tivessem que permanecer no mesmo lugar, mas se permanecessem quietos com mais frequência para poderem aceitar e apreciar, em vez de irem de um lado para outro tentando se apoderar de tudo, entenderiam verdadeiramente o que é a ambição do coração.