Pés de Criança
Está pessoinha linda que fui um dia me trouxe a vida que tenho hoje. Ela nunca me permitiu deixar de acreditar em meus sonhos, mesmo nos grandes momentos de choros, de dor, de crescimento, me dizia baixinho: vamos que o oásis está à frente.
Muitas vezes tive que me despir de mim mesmo, minha mente urrava e queria desistir, mas minha criança interna não deixou. Então, choramos juntas, mergulhamos juntas, aprendemos juntas.
E nos momentos de amor, balançamos nos ventos, apreciamos os pássaros curiosos, choramos quando nasceu o sol. Revíramos as terras e plantamos muitas sementes.
As cortinas foram se abrindo cada vez mais, vieram ao meu lado seres que puderam me ajudar, a deixar o caminho mais leve, nunca desistimos.
Risos, após os choros, a sabedoria brotou em mim. Hoje juntas cuidamos de muitas pessoas que tem suas crianças feridas, olhamos com carinho uma para outra e dizemos amorosamente e bem baixinho : Não vamos deixá-la desistir.
Assim É, nos tornamos está alma humana cheia de luz e alegrias, pois compreendemos que quando nos curamos podemos curar o outro, quando nos amamos, temos a oportunidade de amar todos os seres.
E hoje somos apenas UMA!
Concilia corpo e alma para que ambos possam se acoplar em sintonia, e faça de tua vida uma dança leve e sincronizada como os pés da bailarina.
E as flores? Estas ainda perfumam os meus pés, enfeitam o meu coração e me faz ir de encontro a beija-flores. E, como se não bastasse, pintam os meus olhos com cores de vida; de vida em paz... Na Santa Paz de Deus.
Entre por a barba de molho e as unhas em banho-maria é preferível sujar os pés na evangelização de almas.
E são essas coisas simples de descalçar os pés na grama ao lado de quem a gente ama que nos torna seres mais bacanas.
Que meus pés não permitam
que eu me perca pelo caminho.
Que eu possa seguir, em meio
às dificuldades sem perder a
confiança.
Que meus pensamentos sejam
firmes, em direção da verdade.
Que eu não desvie do caminho
mesmo que a tristeza ronde
meu coração.
E embora as vezes passe por
terras barrentas minha alma
continua limpa.
Quero andar em meio a luz
e se sombras aparecerem
que sejam apenas das árvores
para descansar meu corpo da
longa jornada.
Continuo inativo, esperando uma brecha, uma porta aberta.. Para q eu possa marca teu futuro sem tirar os pés do presente
Algemaram os meus pulsos pra eu não poder lutar,
Amarram os meus pés e gritaram: Não vai andar!
Tamparam minha boca disseram pra eu não falar,
Vendaram os meus olhos, eu não pude enxergar.
Esqueceram o ouvido livre, eu ouvi o Rap tocar,
Tive forças, criei asas, consegui me libertar,
Pra quem tem a mente aberta o Rap é asa pra voar.
Se há algo que pode oferecer riscos a um homem é uma mulher que sabe, mesmo que de forma inconsciente, do poder que pode exercer um pé feminino.
Mais vale correr atrás de um sonho próspero, que está em um futuro um pouco distante.
Que ter os pés firmes e ficados em uma realidade já falida.
Calçar os pés com a preparação do Evangelho da paz é evitar que os vermes da terra corrompam a saúde do corpo, da alma e do espírito.
Para Sempre Bailarina!
Sophia antes de qualquer descrição, antes de ser um ser humano, é uma bailarina, característica que ela mais valoriza em si.
Não tinha pernas altas, colo de pé, não era alongada, muito menos tinha pernas em "x". Tinha seios grandes, talvez menores só que o próprio sonho, o de vestir um “tutu”.
Por mais que às vezes ela ficasse perdida nas aulas, lá era onde se encontrava, só queria se sentir bailarina, bailava para si.
Mas todos os meninos da sala a olhavam com olhar se desprezo. O mesmo olhar que ela se esforçava tanto para conseguir fazer uma pirueta dupla, era o que facilmente escapavam lágrimas quando se encontrava sozinha. Mas por mais que às vezes ficasse triste pelo ballet, nada a proporcionava alegria igual ao de preparar uma quinta posição e começar a dançar.
Chegado o final do ano, era dia de apresentação, ela chegou ao camarim faltando meia hora para a apresentação, sua mãe já estava na plateia com uma câmera fotográfica pronta para registrar o momento de sua entrada, mas ela não entrou.
A mãe, preocupada, foi até o camarim e lá estava Sophia, de "tutu" em frente ao espelho, e a mesma perguntou indignada o porquê de ela não ter entrado, e Sophia respondeu: "Mamãe, eu já realizei meu sonho, eu não preciso de fotos, não preciso de aplausos, eu só preciso desse momento registrado na minha memória, o dia que me senti bailarina".
Sophia cresceu, é dentista mas sempre faz um "grand jeté" ao pular uma poça d’água, imaginando estar vestindo aquele "tutu", mas na verdade está se calça jeans no corpo e um sonho realizado no coração.