Pés de Criança
Série: minicontos
PAGLIA
- Veste-se de criança e alegria seu sonho de fantasia, ao cair da ribalta. Sinestesia...
QUANTAS ALMAS TEMOS:
Quando criança está sozinho me era aprazível.
Meus poucos amigos, pouco me eram!
Assim me fez viciar ao perigo da solidão.
Recluso ao meu tumulo, em silêncio,
Escutei a voz do coração distanciando-me
Do convívio com pessoas.
Saímos de cena para deixar fluir!
Na plateia mascaras sem olhos.
Metade de mim era alma, outra metade nem calma.
A vida nada mais que comédia suburbana
O único ato de um único monólogo.
O idiota canta, sozinho encena horas a fio
Logo sua voz se faz silêncio sob a égide de um até breve.
Quando, vê, o show acabou.
A comédia bufou.
Nada é eterno!
Não sabemos quantas almas temos.
Cada momento não somos ou cabemos.
Minha criança
Eu fui criado menino buchudo.
Não tinha medo de nada
Do escuro, da chuva ou papangu
Cresci assim
Como Deus criou batata
Em meio aos jogos de bola de gude
Futebol, gata maga, enfinca, barra-bandeira
Amarelinha...
Sim, amarelinha!
Qual o problema?
Ouvia Gonzagão de mamãe na vitrola do vinil
Contos que noite a noite conta da saudosa rádio cariri.
Tomando banho nos barreiros de água barrenta e enlameada
Nu, no frescor da inocência.
À noite batia um prato de tambica antes da reza que era irrefutável na cosmo visão de Paim.
No dia seguinte, os pés amanhecia limpos e mamãe dizia que era o capiroto que lambia
Só assim lavamos os pés antes de dormir pelo menos por alguns dias.
Talvez não fosse recomendado para a saúde física.
Mas, de certo, era lenitivo à alma.
Saudade do meu tempo de criança
Passado que não se encontra mais.Nicola Vital
Hoje sou uma criança,
embebida de esperança,
neste nosso paraíso...
Vejo as ruas coloridas,
por pessoas divertidas,
com amor e um sorriso...
Vejo até os passarinhos,
entretidos nos seus ninhos,
a fazerem criação...
E os borregos no rebanho,
sem acharem nada estranho,
junto às prendas que lhes dão...
Vejo alegria a rodos,
numa festa para todos,
diversão a toda a hora...
Como os bandos de perdizes,
onde todos são felizes
e ninguém fica de fora...
Na criança que há em mim,
vejo este dia assim,
entre achados e perdidos...
Perguntando ao pensamento:
como será cada rebento,
quando forem mais crescidos?
25 de Abril sempre!
Deram-me confiança,
com as palavras certas,
como uma criança
que vê a esperança
de portas abertas...
Entrei na quimera
dos Homens de Bem,
e sem muita espera,
vi que a primavera
não lembra a ninguém...
Viva a liberdade!
Já ninguém conspira!
De livre vontade,
quem fala a verdade
passa a ser mentira...
Salvam-se ou doutores,
outros de igual porte,
sem que os bastidores
mostrem sonhadores
com a mesma sorte...
Assim, o alimento
das frases discretas
nutre o pensamento,
com descaramento
de alguns poetas...
E nessa empreitada
do que mais convém,
vi nesta saldada
que nem Deus agrada
aos Homens de Bem.
Os sonhos contêm mensagens secretas sobre nós, e os sonhos que nos acompanham desde criança são verdadeiros anjos-da-guarda.
Criança que és bela,
Sem nome nem raça...
És um ser que passa
Nesta vida singela...
I
Beldade inocente,
O sofrimento a consome...
Sem rumo, com fome
Na sociedade doente...
Dizem que és gente
Sem norte nem estrela...
Esta criança é aquela
Que não tem futuro...
Mergulhada no escuro,
Criança que és bela...
II
Tão terna, tão pura,
Tão cheia de vida...
De cabeça erguida
Derrama frescura...
Segue esta aventura,
Cresce na morraça...
Na rua e na praça,
À chuva e ao frio...
É só um vadio
Sem nome nem raça...
III
Não sabe brincar,
Tem outro juízo...
Falta-lhe o sorriso
Para se alegrar...
Já farta do azar
Que sempre a abraça...
É gente sem graça
Que é ignorada...
Consciência pesada,
É um ser que passa...
IV
Passa pelo mundo
Que é tão desigual...
Ou é marginal,
Ou é vagabundo...
É sempre segundo,
Eterna mazela...
Chora na viela
Pelo que não tem...
É sempre ninguém
Nesta vida singela...
O choro de uma criança ao ver uma reflexão do que vai passar no mundo de saciamento, onde pessoas pusilânime vende seu coração para esbanjar a sua riqueza na miséria de pessoas injustiçadas, o ódio, uma ferida que levará para sempre em seu coração, ao ver um de sua espécie se derretendo de fome no chão, é como sonhar um pesadelo e nunca mais acordar, "maldita hora que fui chorar".
Eu não quero, não vou, não pretendo passar pela vida na ponta dos pés, sem mostrar meu brilho, sem marcar presença!
Tu, que agora me tens aos pés, cuida bem do meu coração. Tu, que faz tempo olhaste para mim com olhos de marujo, com vontade e coragem para navegar em todas as minhas incertezas, vê lá em que mar nadas. Mas vê e não volta atrás, pois a água sem ti perderia o sal, os corais, a espuma. O mar desvira, entendes? Tu não queres que todo esse universo e essas vidas que cabem em mim desfaleçam, queres? Sei que jogo uma responsabilidade tremenda em tuas mãos, falando deste jeito, mas foi isso o que procuraste, foi esse o que preço que eu cobrei para me entregar - como se eu fosse capaz de não fazê-lo caso tu te recusaste a pagar. Encontra-me em teus mais belos sonhos, em castelos ou camas desforradas, tanto faz, sou muito tua. Mas venho com lições, discursos, ladainhas, além de ternura. Já venho te pedindo cuidado (e prometendo o mesmo). Tu sabes, um coração é quebradiço, frágil, escorregadio, fraco. Um coração em mãos é risco de morte, amor, risco de morte.
Digamos que eu quero que me tire os pés do chão, que meu ame e aceite o meu jeito, sei que sou estranha, não sou perfeita igual em seus sonhos...mas o meu amor é sincero, não quero algo instantâneo, que algo que me emocione, que eu desejo estar ao seu lado, não quero duvidas, jogos, isto me desgasta qualquer relacionamento...
quero me senti presa naturalmente, com um sentimento de amor, quero ser louca todos os dias...porque eu sou assim!
Agradeço a todos os imbecis que passaram pela minha vida. Obrigada por todos os pés-na-bunda que levei, por toda indiferença com que fui tratada e por todas as lágrimas equivocadas que chorei. Se não tivesse sofrido pela coisa errada não saberia o que de fato é bom. Obrigada também por serem cegos, se tivessem enxergado meu valor, jamais estaria livre para conhecer um amor de verdade.
Se o sapato me pressiona os pés, jogo logo é pro alto, pois, prefiro andar com os pés nus a calçar um calo de dor em silêncio.
Tudo em mim é poesia,do mais alto grito,ao silêncio profundo.
Basta ouvi-los e saber interpretá-los
feito de amor e do que me restou nesse mundo,recravo
Me refaço de pedaços,deixados pela dor
que se torna lembrança
deixando o cosmo no meu interior brilhar
Volto a ser criança,sem pudor.
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