Pés de Criança
O sol na minha face,
A brisa doce do oceano,
Tocando a minha pele,
A areia massageando meus pés.
Um clima tão relaxante,
Mas essa maresia,
Traz muita nostalgia,
Mesmo que dias eu passe,
Vou sempre me sentir infeliz.
Pelo menos por agora,
Até que eu a reveja,
Aquela linda sereia,
Que no meu coração relampeia.
Sou só mais um humano,
Que desocupado e sem fé,
Acabou se apaixonando no verão.
E como me apaixonei!
Meus olhos ficaram fascinados,
Quando nela reparei,
Ali foi mais que paixão.
Conheço palpitares de coração,
E aquele, daquela hora,
Foi bem mais que especial,
EU não o deixei ir embora.
Guardei ele na lembrança,
Alimentando uma esperança,
Que aquela menina docemente bordada,
Com instrumentos divinos,
Pudesse fazer parte do meu destino.
Cada virtude dela é descomunal,
E hoje eu suponho,
Que já não posso dormir sossegado,
Pois ela invade todos meus sonhos.
E acho que comecei a acreditar,
Que com ela os contos de fadas,
Talvez eu possa realizar.
Ter um final feliz...
Seria realizante.
Mas só se vai ser,
Se ela quiser que seja.
Por isso vou fazer de tudo,
Inclusive colocar a disposição,
Todo o meu conteúdo,
O bom e o ruim,
Para que ela veja,
Que ela conquistou tudo de mim.
Há algo que me incomoda nas relações, geralmente são as relações em si, não tenho nada contra as pessoas.
Quando eu não consegui ver mais as estrelas e o chão estiver acima dos meus pés,esse sim vai ser o dia que eu vou para de sonhar
Deus permita que daqui uns tempos eu possa olhar para uma foto minha destes dias e dizer-me, sem peso na consciência, que mantive viva a inquietação: essência da juventude.
Renata Palma
Pasmou-me saber que ela encanta a todos, na ponta dos pés. Me senti constrangido diante da riqueza dos detalhes, do sorriso farto, da leveza do corpo que com excelência contrapunha-se a tudo que conheci sobre a lei da gravidade. Enquanto todos a aplaudiam eu tive a certeza: Ela não pertence ao palco... e sim o palco pertence a ela.
Esses pés
Que por tantos caminhos já andou
Que por tantos lugares já conheceu
Que por tantos escorregões já se ergueu
Esses pés
Que aos poucos foram até você
E passo- por -passo te conquistou
Esses pés
Que já correram de ti
Esses pés
Que por você voltaram
Em quantos caminhos seus pés já me levaram
Chegaram a se perder...
Frios tropeçaram
Em desequilíbrio andou
Consciente ou não
Não foi culpa de seus pés
Andei sozinha
Caminhos perdidos,
Mais novas trilhas
Sabendo que no fim
Seus pés quentes estarão
Sobre os meus .
O que é a vida?
A vida é sonhar
Sonhar em andar com os próprios pés
Sonhar com um belo sol amarelo
Que vem para iluminar nosso futuro
A vida é alegria
A alegria de viver um amor
Um amor sem limites
Que se espalha pelos corações
Como o violeta no céu ao entardecer
A vida é família
Seja esta uma fatalidade
Ou uma benção de Deus
Família não só de sangue
Família de coração
Família Brasileira
Do Brasil do Ronaldo
E dos cavalos nos pampas
Um Brasil cheio de vida
Um Brasil que é vida.
Eclipse
Entre os carros e o asfalto, eu sinto meus pés se perderem
Nem todo dia, tudo o que eu falar vai ser compreendido
Mas, é bom soltar a imaginação!
Depois daquela ponte o céu parece acabar
Minha maneira de ver as coisas
Já te fez enlouquecer, e o vento que eu causei
Na tua pele se perpetuou
Sabe mais, tem uma voz que eu ouço dentro de mim
Ela convenceu-me de que tudo tem seu próprio tom
Se te ver acontece sem que eu espere
Eu sei, meu coração vai disparar!
Quando a noite chega,
A casa na colina vai desperta,
Escrevendo curiosos casos de incompreensão
Esconda sua mão, pois, se eu a alcançar te puxo
Para meu mundo
Onde a saída é feita de arrependimentos
Mas a estadia é um eclipse
Lunar!
Lágrimas de Sangue
Pisando de pés descalços no lago,
Distante de tudo que é seu,
Respirando ares distintos,
Quem canta agora sou eu!
A chuva que queima sua pele.
Oh Senhora! Se desespere!
Enquanto seu ódio vai embora pelo ar...
Enquanto o sangue o sangue das cordas que toco...
Nunca vai deixer de escorrer....
Um dia vai secar.
Visões de Dante
Pequenos restos ainda restam neste deserto
Que queima meus pés em suas labaredas
Como se livrar deste cruel inferno?
Que corrói minha alma com suas borboletas
No purgatório alojei-me no limbo dos pecadores
Carregando em minhas mãos livres navalhas afiadas
Cortando meus dedos nas linhas dos pescadores
Que pescam almas rejeitadas
Andei por muros e masmorras
Procurando te encontrar na velha estrada
Mas teu sorriso estava escondido
Não encontrei teu sorriso
Não encontrei quase nada
Nem o teu sorriso restou no paraíso
"Você me deu a paz de seus momentos
Me deu razão pra suportar a dor
Até esta lembrança em pesadelos
Mas esqueceu de me dar o seu amor
Me fez ser poeta em seu reino
Me fez ser possuida como quiz
Mas esqueceu do meu maior desejo
Esqueceu de me fazer feliz"...
Agora, coloco os meus pés na estrada...
Enfrentando mais um caminho... Talvez de luta, talvez de glória...
Na verdade... Os dois, pois não existem glórias sem lutas, e nem lutas sem glórias!
Até onde eu possa te encontrar
Além dos meus pés e de onde eu possa caminhar
Além de todo o caminho
Caminhando acompanhado ou sozinho
Acompanhado da liberdade que carrego comigo
Vou voando o mais alto que consigo
O caminho, o que guarda pra mim?
Além do vento no rosto, do pé descalço
Das promessas de amor eterno em luais
Além do fundo do mar
Além do novo, o antigo
Sentir o cheiro de antigamente de novo
Além de tudo, te amo
Além de tudo quero você junto comigo
Eu serei a pessoa mais feliz quando furar as nuvens e olhar para os meus pés e ver que eles tem o poder de voar. Olhar para o infinito e poder alcançar. Mas se isso não for possivel... deitarei-me todos os dias mais cedo para poder sonhar e contemplar esse fascinio pelo céu.
Vamos caminhar
que delícia é sentir a areia nos pés
o barulho do mar
e aquela leve brisa a tocar meu rosto
perceber que a natureza
traduz tudo o que é bom
tudo que nos faz sentir melhor
ao entardecer sinto o cheiro
que vem do mar
me faz imaginar
e lembrar como é bom sonhar
estar ali aquele momento
e perceber
que pro nosso coração
não á sentimento melhor
do que o amor
o amor, por tudo ao nosso redor.
Não sinto meus passos, não sinto os pés no chão. Piso em nuvens de algodão, piso em flores, nas dores molhadas de chuva.
Carrego pó que recolho de metade histórias que vivo, espalho grãos no caminho de lembranças fugidias.
Sigo só e só me querendo em você...
Pra longe vou, por os pés na terra, nutrir-me de minhas raízes, sentir cheiro de verde, me perder no silêncio das estrelas, silenciar...