Pés de Criança
O inferno não fica abaixo dos nossos pés como aprendemos na infância, ele está a nossa volta, pois é a partir de nossas escolhas que os céus e infernos surgem.
Ando só, por faltar-me companhia, num lance da vida despertei, sozinho não estava, nos meus pés o chão, calado me seguia...
O coração que suplica amor não o recebe, morre todo dia aos pés da esperança, nos laços da ingenuidade e num instante inesperado...Renasce.
Cai na folia
Desbanca a bateria
Samba na Avenida,
Pés descalço
Fantasia,
Canta a madrugada
Chamega,
Tira onda da saudade
Rola,
Enrola,
Abraça a felicidade
Desce o morro,
Balança,
Faz graça
Encanta.
Joga fora,
Manda embora,
A tristeza,
A ironia...
Porquê que vivo me desviando? Questionou-me alguém. Respondi-o filosofando: "Os pés não sabem por onde pisam, então cabe a nossa consciência e aos nossos olhos endireitâ-los."
Vamos seguir com os pés no chão e a mente no objetivo, pois quando ambos estão em sintonia, fica fácil manter o equilíbrio.
INVEJA
A inveja é tão praticada, tão difundida que chega a assustar! Por que será que algumas pessoas em vez de construir, fortificar o seu 'EU', preferem prestar atenção no outro? Preferem 'ser' e, de uma maneira malévola, viver o outro? Por que a palavra esforço não é conhecida por elas? Por que somente admiração não consegue fazer bem? Confesso que não entendo essa escolha de vida mal vivida.. De espirito enfraquecido.. de alma sem matizes... sem perfume! Não compreendo a escolha de viver na dor, na angústia! Sim, porque ninguém pode ser feliz querendo ser o outro! Não compreendo essa anulação de si mesmo! É tão simples ser verdadeiro, buscar seu ideal de pessoa, alimentar bem seu espirito, marcar seu espaço, criar suas raízes...doar! Eu acho bem melhor e você?
Não me aprisiono a nada
e sou ligada a fortes emoções.
Exagerada ao extremo e
metendo os pés pelas mãos.
Tem horas que acho o mundo pouco
para tanta intensidade da minha cabeça.
Vivo tentando acertar
e voltando sempre atrás.
Tenho mania de meter os pés pelas mãos
E muitas vezes acabo machucando
àqueles a quem mais amo!
Carrego comigo o peso da impulsividade
Mas acredito também que as pessoas mais felizes
São as que se permitem viver sem se preocupar
com o que outros vão pensar
Ou algo parecido.
E eu não vim aqui
Para ver o mundo passar e ficar inerte a tudo isso!
Quero sim, tentar,fazer acontecer e transparecer
tudo que de fato vier de dentro da minha alma!
Ou você anda segundo os Paradigmas da sociedade ou você se torna réu dela, e vai ser julgado por pessoas que mal sabem seu nome.
Brisa de cangote
Flutuar feito os pés do filho
Vir do Mar quando enverga
Não é Banzeiro do Rio
São as ondas da praia
Oceano das marés
Sobe e desce na lua certa
Salmo 122
1 Alegrei-me com os que me disseram: "Vamos à casa do Senhor!"
2 Nossos pés já se encontram dentro de suas portas, ó Jerusalém!
3 Jerusalém está construída como cidade firmemente estabelecida.
4 Para lá sobem as tribos do Senhor, para dar graças ao Senhor, conforme o mandamento dado a Israel.
5 Lá estão os tribunais de justiça, os tribunais da casa real de Davi.
6 Orem pela paz de Jerusalém: "Vivam em segurança aqueles que te amam!
7 Haja paz dentro dos teus muros e segurança nas tuas cidadelas!"
8 Em favor de meus irmãos e amigos, direi: Paz seja com você!
9 Em favor da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o seu bem.
A vida me ensinou a chorar com os pés no chão,
amar com o coração,e caminhar a diante,pensando nos amigos e não em diamantes!
Cântico dos desesperados
Caminhais por entre o fio da navalha
E de pés ensanguentados cambaleias
Temendo a direção do norte
Como também o caminho imaginário
Que se diz ser do sul.Resumis um todo a uma escala mínima
E mesmo assim vossos sonhos são tão iguais
Aos que sempre vão pensando alto…
Eis a sina dos que bebem água turva pela manha,
O quanto basta para que vossa voz se confunda
Com a razão que tendes, mas que sempre vos tiram.
Conflitos e dores numa palavra tão simples
Que vos levara ao progresso,
Mesmo que este progresso esteja tão distante
E ninguém entre vós há que vos desperte.
Caminhais sobre o fio da espada
E aqueles que se dizem entender sobre vós
Nada sabem e nada fazem.
Panfletos que se perdem na virada do tempo
A mistura de seres sempre desesperados
Quando os vossos lamentos e cânticos se abafam
E todo mundo se encontra as escuras.
Gritais e não há entre vós um só que vos escute,
Bolívia não esta mais entre vós outros,
Ché foi morto por todos aqueles que se diziam
Protetores.
Existência e identidade de um povo
América do sul de todos os adormecidos,
Quando sobre o fio da cruel espada ensangüentada
Que lentamente a todos vos mata…
E ressume cada instante quando por entre as trevas
Nada mais se avista do que as próprias trevas.
Murmúrios, sobre telhados quebrados…
Em pleno amanhecer tão estranho e sempre tão doloroso.
Deus meu, deus meu… Será que entre nós
Existe alguém capaz de fazer frente a esta tão estranha
Manha sempre tão densa e sempre serrada?
Escrito quando viajei pelo
Paraguai – Asunción
É preciso pisar no chão, descalços, todos nós, pés no solo amado, sentir o incomodo das pedras, o frio, o calor, o conforto e o carinho, o abraço aos dedos de terra mãe tão gentil. É preciso sair às ruas sentir o cheiro daquilo que desconhecemos, daquilo que achamos que conhecemos, é preciso estranhar o estabelecido, o posto e o imposto.
Calçados estamos, desatentos, ou muito, a nós mesmos, cheios de pressa, alguns de bota, outros de chinelos, tênis, sapato, todos bem abotoados, presos, amarrados, não tocamos a poeira virgem de pés descalços, não sei a dor que sentiria, ou o sorriso ingênuo que daria, não conheço o abraço, não sei calor ou frio, sou cego, surdo e mudo de paladar e tato inexistente.
Vivo repetindo, multiplicando, aderindo, calço sapatos que me protegem, uso calças e blusas, coloco meu casaco de general, gorro e guarda chuva, dia de sol, praia, chuva, lua, o mais em si mesmice do mesmo de todo dia. EU...
Ousa, o mais que puder, enxerga, escuta, senti, vem em minha direção, sorri e segue adiante, tira, pisa.