Pés de Criança
Já tive o mundo aos meus pés!!! Já me senti a mulher mais especial do mundo ... E isso tudo já caiu por água abaixo em fração de segundos ... Nada é definitivo, e minhas certezas de hoje podem daqui a pouco serem meras idiotices de alguém que acreditou que sentimentos eram pra sempre ... nada é pra sempre!!! Triste talvez, realista talvez, decepcionante talvez ... enfim, a vida muda de uma hora pra outra .... cuide de você, sempre, pois você é tudo o que vai sobrar se algo der errado e a vida te surpreender com o que você não queria ter que viver ...
Teimosia x Obediência
Autor: Elias Torres
Como é difícil ter de conviver e trabalhar com pessoas teimosas! Elas não aceitam sugestões, nem mesmo quando toda a equipe não concorda com elas. Esta atitude é uma forma de egoísmo e orgulho que pode atrapalhar o bom andamento do trabalho, acabar com amizades e projetos.
Quem é tão inflexível não demonstra humildade e não é bem-visto pelos outros, já que ignora o significado de união, perdão, bem comum. A teimosia tem cheiro de insensatez e de rebeldia, enquanto a obediência lembra prudência, luta, trabalho, dedicação e vitória.
Quantos são teimosos, sofrendo e fazendo com que os outros sofram, tornando-se pessoas arrogantes, chatas, indesejáveis – e sozinhas. Deviam ouvir mais e obedecer! Há também aqueles que são teimosos em relação a Deus. Conhecem sua palavra e sabem o que seria correto, mas preferem fazer as coisas do seu jeito.
Agem como aqueles que constrói sua casa na areia, como diz o texto de hoje – e como será grande a sua queda! O homem só será sábio se temer a Deus e for obediente à sua palavra. Assim, agirá como aquele quem constrói sua casa sobre a rocha e não precisa se preocupar com a força do vento e as tempestades, pois ela não cairá. Quem age assim reconhece sua dependência de Deus e assume seus erros perante o próximo, sem teimar.
Não devemos ser teimosos, seja em nosso relacionamento com as pessoas, seja em nossa vida espiritual. Deus espera que sejamos obedientes a ele, não obstinados. Enquanto insistimos em nosso caminho, estaremos longe do Senhor e de tudo o que uma vida de obediência e amor pode nos dar – no final, a vida eterna.
Se você tem agido com teimosia, mude de atitude! Se tem de conviver com pessoas teimosas, ore por elas, para que compreendam que o melhor caminho a seguir é o de Deus!
Desobedecer a Deus faz mal; desobedecer com teimosia arruína a vida.
Leia o Evangelho de São Lucas capitulo 6. 46-49.
Por que vocês me chamam “Senhor, Senhor” e não fazem o que eu digo? Lucas 6.46.
Texto extraído do livro Presente Diário 14
Pedir perdão não é só corrigir um erro com alguém, mas também ficar em paz consigo mesmo e sem o peso extra no coração
Se não te faz feliz ajoelharem-se a teus pés enaltecendo-te a importância de que dispõe teu cargo, e em seguida danificarem tuas coisas e privarem de teus filhos o amor, o conhecimento e o respeito; Muda-te então, tua forma de louvar a Deus.
Nunca te esqueças quem tu es, se te sentes vivo... Aguenta com os teus pes, mantenha-te activo... Nao ignore de onde vens.
A música não pode ser prioridade,a luta deve existir com os pés no chão,quando seu som,não estiver nas paradas de sucesso...Não envergonhae-se,tenha um emprego e estude,pois se a música não der certo,você estarás garantido,o som vai ser um lazer e quando menos esperar ,tudo pode acontecer...
A Previdência e as viúvas
DEBORA DINIZ
Antropóloga, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero.
Artigo publicado em 6/1/2015 no jornal
Cara presidente Dilma Rousseff, estou indignada: nós, mulheres, não somos as responsáveis pelo “rombo das contas públicas”. O ano suspirava seu final quando o então ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, anunciou medidas provisórias que alteraram as formas de proteção às famílias trabalhadoras. Tempo de conjugalidade, período de contribuição, idade dos beneficiários foram modificados e sem regras de transição. Trabalhadores jovens e velhos serão igualmente afetados por medidas econômicas que ignoram características fundamentais não só do mercado de trabalho, mas do modo como as famílias se reproduzem no Brasil. Tenho vontade de gritar minha surpresa — o tema não foi discutido, sequer anunciado durante a campanha presidencial —, mas guardarei minha indignação para os fatos. Entre as medidas de contenção, está o corte de 50% da aposentadoria para o cônjuge do trabalhador falecido. As medidas provisórias se protegem nesse falso universal neutro da língua portuguesa, pois o correto seria dizer “haverá corte de 50% na aposentadoria das viúvas idosas”.
Sou de uma geração em que as mulheres trabalham na casa e na rua — cuidam dos filhos e recebem salários. Muitas enfrentaram a difícil decisão sobre como cuidar dos filhos e se ordenar no mercado do trabalho, esse ambiente que ignora que as crianças vão à escola, adoecem, reclamam cuidados. Conheço mulheres mais jovens do que eu — e uma multidão de velhas — que optaram por cuidar dos filhos, pois consideraram que o salário de seus companheiros seria uma garantia de aposentadoria integral a ser compartilhada. Algumas delas escolheram empregos com menor remuneração, como forma de ajustes domésticos para os deveres de cuidado.
Uma divisão do trabalho doméstico e da rua foi acordada no passado com projeção para o futuro: cuidariam dos filhos — ela na casa e ele na rua —, mas casa e rua teriam a mesma proteção na velhice. Fizeram escolhas de longa data, pois acreditaram na estabilidade democrática. As medidas provisórias ignoram como as famílias se organizam no Brasil, mas principalmente ignoram a vida das mulheres que nos antecederam. Pergunto-me se essas mulheres não seriam também mães dos senhores que anunciaram as medidas provisórias — talvez uma amnésia os tenha feito esquecer quem os amamentou, limpou suas fraldas ou revisou seu dever de casa de matemática.
Em nome de uma economia que se anuncia como de bilhões, as medidas provisórias dizem a cada uma das senhoras idosas perto da viuvez que, além do luto, experimentarão empobrecimento. O Estado brasileiro passou a entender que o direito à aposentadoria é como patrimônio — a esposa teria direito a 50% dos bens. Por que falo em mulheres velhas? Porque é para elas que as medidas provisórias de “reforma da previdência” apontam o dedo como as responsáveis pelo rombo: elas seriam como sanguessugas do dinheiro público, mulheres que não trabalharam na rua, mas herdaram o direito conquistado pelo suor de seus companheiros. Há muito erro e injustiça nessa análise rasa das formas de conjugalidade e reprodução social. A aposentadoria não é apenas um direito do trabalhador, mas uma forma de proteção às famílias.
Na velhice, senhora presidente, a família se reduz à viúva. As mulheres morrem mais tardiamente do que os homens. Há explicações epidemiológicas e demográficas para a longevidade das mulheres que alcançam a velhice: cuidam melhor da saúde, e são mais jovens que seus velhos maridos. Nem perco tempo com a nova fantasia da previdência social sobre as mulheres — homens velhos que se casam com meninas jovens, eles oferecem segurança, e elas, juventude. Até mesmo para esse roteiro amoroso, as medidas provisórias lançaram a rede: o direito à aposentadoria não é mais vitalício para mulheres com menos de 44 anos e é preciso, ao menos, dois anos de conjugalidade para o direito. Sim, o alvo são as mulheres.
Se minha indignação por cada mulher idosa não for suficiente para fazer este governo envergonhar-se das medidas provisórias, apelo à estabilidade democrática. Essa é uma matéria da mais absoluta centralidade para o justo: não pode ser decidida por medidas provisórias e em período de recesso da atenção pública. Por isso, repito, não estamos falando de reformas, senhora presidente, mas da seguridade social, de desrespeito à boa democracia e, mais ainda, de fragilização da velhice.
A saudade, ainda que no seu alto grau de intensidade, não tem a força necessária para mostrar às pessoas o quanto elas foram importantes para nós. Por isso, tudo deve ser dito no momento certo, até porque não sabemos ao certo se teremos a oportunidade de dizer.
Que o dia seja cansativo, que as costas fiquem doloridas e os pés inchados, mas que saboreie o gosto da missão cumprida. E a alma? Ah! A alma... Que seja apenas leve!
Asco
Com os pés nessa realidade
Um suspiro vem avisando...
Voltei para este canto,
Sem cantos nem encantos.
Terra de gente ingrata,
Você um dia foi morada de flores.
Hoje, até os pássaros tem horrores
Em voar sobre estes ares.
Há homens que matam humanos,
Mais cabarés do que santidade.
Torpezas e avarezas os cabem...
E! Se eu for continuar com minha indignação
Não cardíaco, morrerei do coração,
Pois hoje fui revestido de sentimentalidade.
Eis que o dinheiro se tornou no deus de nosso mundo e quem o controla acaba por dominar todas as pessoas.
Aonde você se vê chegando?
Onde seus pés estarão pisando?
Conseguirá tocar o céu?
O amanhã é a lembrança do agora.
Como um raio estrondoso...
Meu mundo cai aos seus pés indevidamente
Iludo-me nestes sonhos que jamais serão efetivados
Fico presa a esta armadilha sem direitos reservados
O sono pesa minhas pálpebras de chumbo.
Morfeu me puxa os pés enquanto meus dedos
automáticos escorrem pelo teclado.
É hipnótico.
Um mais-que-um-vício.
Meu cérebro corroído por taturanas vermelhas.
Imagens, palavras: ir-e-vir-e-ir-e...
Dormir é desconectar.
Desconectar é viver.
E viver não é preciso.
Naveguemos, pois, Pessoa.
Amanhã retumbarão culpas.
Outra jornada A la recherche
du temps perdu.
Mas vá!
Melhor que os bispos da Universal,
melhor que o ópio da zona baixa.
Ou não?
Acabarei mesmo por me entregar.
O peso é demasiado.
Dos dias-e-noites,
do chiaroscuro intermitente
na janela.
Um vento negro apagará meu senso.
Levará o sonho para dentro de
minhas narinas corroídas,
das minhas orelhas moucas.
Dormirei, enfim, para
novamente girar a roda do destino.
Do meu destino apoucado
de alegrias pela areia
amarga dos anos.
Que já vai um pouco além
da metade da ampulheta
da vida.
Não há necessidade de contemplarmos o lapso temporal
para compreender que estamos diante de uma pessoa especial.